The Elevator

Capítulo 5: Fin(?)almente


Os dois seres presos planejaram um mini plano para fazer com que os outros os soltassem e, assim, poder, finalmente, sair daquele lugar.

Eles fingiriam conversar (Como duas pessoas civilizadas, diga-se de passagem. Já que todas as suas conversas sempre foram com brigas e xingamentos no meio) e, após um certo tempo, começariam a chegar mais perto, mais, mais e, finalmente, se beijariam. Pensaram que assim, Percy e os outros os soltassem.

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Pena que um mísero detalhezinho foi esquecido. Percy, Nico, Annie, Travis e Connor estavam ouvindo tudo que era falado dentro daquele cubículo de ferro.

Nessa hora, o plano estava começando a ser posto em ação. Ambos começaram a falar coisas sem sentido, a dar sorrisinhos um para o outro.

— Sabe que eu estou odiando isso, né? — Leo comentou sorrindo e colocando uma mecha do cabelo de Piper atrás da orelha.

— Tenho que concordar com você. Assim que sair daqui, vou matar aqueles 5. — Retrucou, abaixando o rosto, demonstrando uma falsa vergonha pelo gesto do garoto.

Sim, ela queria matar os 5. Após um certo tempo pensando ( Afinal, eles estavam há quase duas horas ali, tinham que fazer algo e só restou duas opções, ou pensar, ou olhar para o rosto de Leo. Piper escolheu a primeira opção) em algumas coisas sobre o plano de prenderem eles ali. Chegaram a umas conclusões bem certas, Annabeth quem havia dado a ideia, os Stolls foram quem sumiram com os celulares de ambos, ou seja, eles estavam no meio, e isso faz com que o número de participantes do plano aumentasse e chegasse a 5, e Percy merecia um baita reconhecimento por ter conseguido inventar uma história tão convincente, já que nem inventar uma história para a aula de redação na época da escola, ele conseguia fazer.

— Eu te ajudo — falou pegando na mão da garota.

Acho que se existisse um prêmio para “Os melhores fingidores de que pararam de se odiar e agora se amam, só na verdade ainda se odeiam mas só querem sair da droga do elevador e matar os seus amigos por os prenderem lá.”, eles, com toda certeza que existe neste universo, ganhariam.

— Acho que está na hora — sussurrou Valdez, com a voz um pouco mais baixa, no ouvido de Piper.

A garota engoliu em seco sentindo os seus pequenos pelinhos da nuca se arrepiarem e tentou ignorar essa inesperada reação. “Nossa, o que foi isso?” pensou.

— Ok… — Sussurrou de volta.

Leo levou a mão que estava segurando a de McLean, até a nuca da garota, passando pelo seu braço, antebraço e ombro. Ela ajeitou seu corpo e ambos se levantaram, sem quebrar o contato visual. Leo enlaçou a cintura de Piper com o braço livre e a puxou para perto de si.

Piper sentiu seu corpo estremecer. Havia mais uma coisa que ela tinha que admitir, na verdade duas. Ele tinha pegada e ela havia gostado disso.

[…]

Os 5 indivíduos presentes na sala estavam em pé na frente da TV, olhando para a tela LCD sem piscar, talvez até sem respirar. Parecia que queriam entrar na tela e observar tudo de perto.

— Serio, se eles se beijarem, eu solto eles, mesmo que seja armado — Pronunciou-se Nico, após certos minutos de silêncio, o que fez todos o olharem. — O que foi? —

Todos voltaram seus olhos para a tela e Annie falou:

— Por que sempre tem alguém fala uma besteira? —

[…]

Piper podia sentir a respiração de Leo chocar-se contra seu rosto e o coração batendo freneticamente em seu peito. Não aguentou mais e suspirou. Ela queria aquele beijo, muito. Como nunca quis beijar nenhum outro garoto. A essa altura, o fato de estarem presos num elevador nem importava mais. Já Valdez, tinha em seus braços a garota que amou por anos em segredo, apenas imaginou esse momento em seus sonhos, nunca passou pela sua cabeça que poderia realmente acontecer.

“Isso é um sonho, um sonho muito real e maravilhoso, que eu nunca quero acordar” Pensou.

Não, aquilo não era nenhum dos seus sonhos, era real, dessa vez era para valer. E ele não saberia dizer se era bom ou ruim.

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O garoto de cabelos encaracolados desceu sua mão da nuca dela para as costas e McLean deslizou suas mãos pelos braços musculosos de Leo até chegar em sua nuca, aonde entrelaçou seus braços. A distância entre ambos foi diminuindo numa velocidade consideravelmente baixa até ser quase nula.

Valdez roçou seus lábios nos de Piper e uma corrente de nervosismo, ansiedade e expectativa passou pelo corpo de ambos. A garota tinha uma sensação estranha, era como se estivesse flutuando.

Ele pressionou seus lábios sobre os delas, num selinho que fez ambos terem certos sentimentos que nunca tiveram com nenhum outro beijo com outra pessoa. Apertou um pouco, mais, se é que isso era possível, a garota consideravelmente mais baixa que ele, contra seu corpo o que fez a mesma puxar seus cabelos com mais força.

Leo contornou os lábios de sua pequena amada, pedindo passagem para aprofundar o beijo, e isso lhe foi dado.

Se achou que Piper pensou que o Leo tinha hálito de menta e esses clichês clássicos em relação à boca do cara que está beijando, errou feio. O único sabor que a garota conseguia sentir era do da vodca que o garoto havia bebido antes de entrar no elevador, e, ainda assim, era bem fraco.

Nenhum dos dois conseguia explicar o que sentia durante o beijo, apenas que era o melhor de suas vidas. Era como se o resto do mundo ao redor deles tivesse sumido e apenas eles estivessem nele. Era melhor que ler seus livros preferidos, ouvir suas bandas preferidas, ver seus filmes preferidos e comer suas comidas preferidas. Tudo junto.

O elevador deu um tranco, sinalizando que havia voltado a funcionar e agora descia novamente, e se separam ofegantes.

— Ah não, nem vem — Piper falou, com a voz ainda falhando, e apertou o botão que abria as portas.

Quando se abriram o elevador parou, a menina que tinha os lábios vermelhos por causa do recente beijo, se virou para Leo e perguntou:

— Aonde estávamos mesmo? —

Valdez abriu um sorriso e empurrou a garota contra a parede de ferro.

[…]

— Nico, desliga isso agora! - Percy gritou para o primo, sabendo o que aconteceria a seguir.