Love Chronicle

Sorte? Pra mim é macumba


Se essa rua, se essa rua fosse minha... eu mandava, eu mandava ladrilhar... com pedrinhas, com pedrinhas de brilhante...

Mentira. Se essa rua fosse minha eu ia mesmo é expulsar toda essa cambada de gente vendendo coisas no meio da passagem! Povo abusado! Mas acho melhor nem falar nada sabe, essa é a cidade da Yang, se eu falar qualquer coisa ela pode me expulsar da casa dela e aí eu não vou ter mais comida, e comida é tudo nessa vida, por isso, fico quieta. E todos ficam quietos (quer dizer, tecnicamente né, já que tem um monte de gente gritando coisas como “olha o colar de joias! Barato! 1. 000 jikusins!”, claro, claro, barato o caramba! Aproveitador!). E continuam quietos. E... está quietude demais.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

Yana: Caramba Aira, porque você não deixou o Fay vir junto? Ele pelo menos seria tão idiota que esses caras que estão gritando calariam a boca para admirar! – um dos homens que estavam vendendo coisas me olhou feio. Mostrei a língua.

Aira: É porque ele é um idiota! Parece que você não entende, ele merece ficar de castigo! – revirei os olhos, ela o ama mas não admite, por isso o deixou de castigo no cantinho da casa para ajudar o Kurogane a consertar a casa – E você, hein, Yana? Porque fez o Kurogane ficar e o Syaoran vir? O Syaoran é muito educado, diferente do Kurogane, que já teria enchido de porrada esses vendedores que ficam olhando pros peitos alheios e gritando! – um deles, que estava olhando pros peitos da Aira, arregalou os olhos. Ela virou a cara com um olhar maligno na direção dele – Que foi hein? É travesti, também quer ter? – acho que não é por isso não né, mas tudo bem Aira, se você acha que é isso.

Aira: Eu, pelo menos, tratei bem o Fay ao obriga-lo a ficar lá.

Retrospectiva deste momento

Fay: Mas eu quero ir junto! – ele disse com os olhos lacrimejando. Até eu fiquei com vontade de falar pra Aira: Tenha piedade!

Aira: Quer ir junto é o caramba. Tu vai ficar aí caladinho muleque, vai ficar sim! Quer olhar pros peitos de outras garotas?! – sim, quando o Fay estava saindo de casa, passou uma mulher gorda, e obviamente ela tinha muitos peitos. Todos pensamos: Normal, até eu olhei. Menos a Aira. Ah, a Aira não. A Aira ficou brava, deu chilique, deu um soco na cabeça do Fay e o jogou em um cantinho da casa.

Fim da Retrospectiva de como a Aira tratou bem o Fay

Yana: Ah claro. Tão educada! Agora estamos no tédio! (Syaoran querido, você não é tedioso, é só que... Syaoran: Não tudo bem, não me senti ofendido! – é muita fofura pra uma Yana só! Vou derreter!).

Aira: Você não foi nada educada!

Yana: Ér... Bem...

Outra retrospectiva, essa mais cedo.

Yang: Porque não damos uma saída? Nós podemos comprar algumas coisas.

Olha pro Syaoran. Syaoran olha pra mim. Todo mundo fica se olhando. Aira toma iniciativa.

Aira: Claro, estamos indo já, bora! – a Yang ficou olhando com cara de retardada pra Aira sem entender nada. Acontece que isso seria uma boa oportunidade para ver se encontramos alguma pena/lembrança da Sakura. – Estou falando pra gente ir agora, e a gente vai agora querida, levanta!

Todos levantaram ao mesmo tempo em um impulso de medo. Estávamos nos dirigindo pra saída quando... eu vi que o Kurogane estava indo junto.

Yana: O que você acha que está fazendo?

Kurogane: Estou andando. E eu não acho, eu tenho certeza.

Yana: Não, não, não! Você vai ficar aqui pra consertar a casa?

Kurogane: E porque eu faria isso?

Yana: Porque?! Como assim porque?! É tipo, muito óbvio! – ele me olhou com cara de idiota. Quer dizer, mais idiota – Você é um brutamontes! Serve pra esse tipo de coisa! E eu não preciso de mais um idiota me acompanhando! Já tenho a Aira e o Mokona (mentira Mokona, você é muito fofo)! Você tipo, tem a obrigação de arrumar tudo isso! E além do mais, se eu encontrar alguma terma por aí, um banho para várias pessoas, eu já tenho o Syaoran, você iria estragar tipo, todo o clima (brincadeirinha Sakura, brincadeira). Por isso fique aqui como um bom Kuro-wan. Bye, bye! – e eu saí correndo antes que ele me enfiasse um prego.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

Fim da recordação, menos violenta, mas grosseira.

Mas, mudando um pouco de visão, vamos mostrar o trabalho escravo dos dois.

Kurogane: Porque é que eu tenho que consertar a casa de alguém? – disse Kurogane, na sua magnitude gentil e Lolita, no teto e com um prego entre os dentes. O Fay deu uma tábua de madeira pra ele. Não, não era a Yana esculpida.

Fay: Porque ela nos deu abrigo á noite! – parou pra pensar – e porque você o cachorro da Yana-tan!

Kurogane: Eu não sou o cachorro dela!

Fay: Então porque você a obedeceu e ficou aqui para consertar as coisas? – o Kuro-wan corou e pregou a tábua com força.

Kurogane: Porque deve ser difícil para essa garota morar sozinha! – o Fay riu da cara dele. Bem, a cara dele estava parecendo um tomate esmagado, por isso acho que o Fay tem razão em rir. Até eu, a narradora misteriosa vou rir. Estou rindo! Hahaha!

Fay: Sim! Ela disse que a mãe morreu. – E porque o Mokona está aqui? Será que ele ficou para vigiar o trabalho escravo dos dois? Se bem que o Fay não está fazendo nada... Bem, como ele é bonito eu posso dar um desconto. Não pera. Aquilo não é o Mokona. É uma comida! É mesmo né, pra eles acharem a pena, precisam do Mokona, pois é ele que detecta a presença mística. Uhuuu, falar “presença mística” é muito loco!

Kurogane: Mas está realmente tudo bem? – e de repente ele fica sério – Aquela princesa está sempre tonta ou dormindo... – o que tem de mais nisso? EU sou sempre assim!

Fay: As penas que ela tem não são suficientes, que são duas. Para recuperar suas memórias ela precisará de mais. – Ele disse sério. Agora ferrou tudo, o Fay ficou sério, ferrou, ferrou! – Ela não tem os pensamentos dela mesma. É por isso que ela veio conosco – opa, falou “conosco”, agora tu é chique – sem perguntar nada. Mesmo se todas as penas voltarem, as memórias que ela deveria ter do Syaoran não retornarão.

Momento de silêncio. Kurogane triste, leitores tristes, eu triste.

Fay: O Syaoran continuará procurando por elas, contudo há muitos desafios pela frente. – Mas... Nós podemos os esperar aqui! Que bom né?! Quem sabe eles tragam presentes! – só que não, o povo que você anda é tudo um bando de mesquinho. Na verdade, um bando de pobres. Bem, acho que devo devolver a fala para a protagonista. Até qualquer episódio!

Saindo da narradora e possuindo a Yana. Quem sou eu? Nunca descobrirão...

O Mokona estava na cabeça do Syaoran. E pro Syaoran falar com ele tinha de olhar pra cima. E ele olhando pra cima é muito sexy. E sim, eu falei isso. Mas é que realmente é. Queria ter uma câmera. É muita beleza. Muita beleza mesmo. Muita. Isso, isso, olhe pra cima! Ai meu Deus! Ai meu Deus! Eu estou até repetindo as coisas. E ele olhou pra mim. Ele está falando comigo e eu não consigo prestar atenção, porque ele está olhando nos meus olhos. Como é que se faz mesmo pra se controlar pra não pular em cima dele? Estou começando a esquecer...

Será que valeu mesmo a pena ir para a Yana? Yana, volte pro planeta. Volte. Escute o Syaoran!

Ok, ok! Eu escuto!

Syaoran: Shizuka-chan? Shizuka-chan? Você está me ouvindo?

Yana: Hein? O que? Claro que estou ouvindo! Eu só estava... Tipo, pensando que você era uma pipoca. Isso! Uma pipoca.

Aira: Huuum, então você queria comê-lo?

Yana: Isso. Não pera! É claro que não, é canibalismo! – o Syaoran, a Sakura e a Yang assentiram com a cabeça e a Aira a sacudiu. Quer dizer, a cabeça.

Aira: Inocentes!

Syaoran: Bem, de qualquer forma, você quer jogar?

Yana: Mas hein? Jogar o que?

Syaoran: Não sei. – Vixi Syaoran, ta pegando a minha idiotice é?

Vendedor que não é chato: É negi. Não conhece? – Dentro de uma tigela tinha dois dados. Pra mim parece macumba. Se bem que, pra mim, praticamente tudo é macumba.

Syaoran: Já vi algo parecido. – Já?! Não mostra no mangá!

Vendedor que não é chato – ou melhor, vendedor legal: É simples. Só role esses dados e o total mais alto ganha. Qual das garotas gostariam de jogar?

Bem, a Aira nem estava mais ali, estava olhando a banquinha de um vendedor de roupas para mulheres. Ela não conta mais. A Yang fez que não com a cabeça. O Mokona é um treco não identificado (se é um treco é porque não é identificado) que só fica assustando as pessoas idiotas quando fala, por isso eu acho que ele não conta. E eu? Bom...

Yana: Cara, eu sou muito ruim nesses negócios, nem em jogo de sorte com duas balas eu consigo ganhar. – O cara fez um sorrisinho falso e entregou os dados na mão da Sakura que estava com os olhos praticamente fechados e caindo de sono.

Yang: Bom, então vamos nessa! Quem fez o maior resultado até agora?

Homem velhinho: Eu!

Yang: De quanto foi?

Homem velhinho: 11!

Yang: Isso não é justo com um amador! Ela tem de tirar dois 6!

Só que aí a Sakura jogou os dados. E bem... Surgiu uma gotinha atrás da cabeça do Syaoran e da minha, e todos fizeram a cara do homem (homem, alien, não sei) da pintura do “Grito”.

Mokona: Yaay! Sakura venceu!

Vendedor legal: Bem... que sorte né? Role os dados de novo... – ei! Ela já venceu seu aproveitador! Não gosto mais de você apesar de você ser um velhinho com o cabelo comprido preso em um rabinho!

Ela jogou de novo três vezes. E todas as vezes deu a maior sorte. Que isso querida, que sacanagem é essa? Nem quando eu beijo os dados, balanço eles nas mãos soprando ali dentro, fazendo macumba, eu consigo sair da combinação do 10!

Reação das pessoas: Syaoran paralisado, eu batendo na mesinha do cara, a Aira... Bem, a Aira ainda está vendo as roupas, por isso esqueçam que eu a mencionei... Mokona dançando, Yang olhando da tijelinha onde devem cair os dados para a Sakura e o carinha que poderia ter vencido se não fosse a aparição dessa coisinha fofa-que-eu-tenho-dó-de-chamar-de-macumbeira-mas-é chorando.

Acabou que com tudo isso ganhamos comida (uhuu, comida é vida! Muita, muita comida!) e algumas roupinhas. O Syaoran está com um kimono meio verde com detalhes pretos, assim como a fita que o prende. A Sakura com um vestido longo (óbvio, ela não usa roupas curtas) rosa e branco, parecendo aqueles de antigamente que a saia é avolumada, com as partes da saia que são rosas parecendo pétalas de flores gigantes e ombreiras brancas. Eu ganhei um vestido bege claro estilo época dos anos 60 com babados pretos na saia, luvas brancas até um pouco depois do cotovelo e uma meia branca/transparente até os joelhos com um babado branco. O Mokona ganhou um chapeuzinho de policial (kawaii!!!), a Yang ganhou um vestido branco também avolumado na saia, de mangas compridas e ombreiras. E a Aira... bem a Aira estava muito linda com um vestido roxo sem mangas, apertado no tronco e rodado na saia, longo até um pouco depois dos joelhos, um laço branco na parte esquerda da cintura, uma coroa de rosas pretas nos cabelos curtos soltos e por fim os sapatinhos estilo Cinderella que ela já estava antes. Quando ela vestiu todos nós ficamos boquiabertos...

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

Continuamos a andar até parar em uma ponte para observar o céu e o riozinho que passa por baixo. Começamos a conversar.

Yang: É incrível, você só tira 6 e 6! – disse ela conversando com a Sakura obviamente – você é a filha favorita de Deus!

Sakura: O que... – pausa pra bocejar – você está falando?

Yang: É uma pessoa com muita sorte – pausa para mastigar o onigiri – minha *omoni contou pra mim. O Deus a ama e lhe dá muita sorte. Você sempre foi assim? – ela disse sorrindo e se virando para a Sakura, como uma pessoa muito fofa.

Momento de silêncio. Eu, o Syaoran e a Aira ficamos quietos.

Sakura: Não sei... – pegou na ferida!

Yang: Porque? – a Sakura fez uma cara triste e confusa.

Sakura: Eu perdi minhas memórias... Eu só me lembro do meu nome... e de uma cidade no deserto. – Já que ela e o Syaoran moravam em um uma cidade no deserto.

Yang: Desculpe, perguntei algo ruim...

Sakura: Não, não, tudo bem. - sorriso - Estamos em uma jornada para recuperar minhas memórias. Eu não me lembro bem, mas ele me contou.

Yang: Ele?

Sakura: Sim... – Ela se virou para o Syaoran com um sorriso no rosto – o Syaoran-kun.

De repente ele ficou pensativo, mas até de pensar ele é interrompido. Um grito de uma mulher ecoou até nós, fazendo com que o Mokona se escondesse na roupa da Sakura. Olhamos um pouco mais acima, e em frente a uma casa que tinha em cima da colina ao lado da ponte, uma mulher ao chão gritava.

Mulher em desespero: Pare com isso, por favor!!

Gordo Feio: Esta loja não pagou o imposto para o Riyanban, pagou?

Mulher em desespero: Não tenho dinheiro no momento! Meu avô precisa de remédios para a sua doença, por favor, espere um pouco! – o homem levantou um chicote ameaçadoramente. E eu percebi que a mulher estava agachada em frente á um velhinho, que provavelmente era o seu avô, e que havia vários outros capangas feios atrás do Feio Maior.

Feio Maior Que Eu Já Conhecia: Sem essa! Pague todos os impostos que você tem de pagar!

Mulher Quase Chorando: Não posso pagar, os impostos são vinte vezes maiores que os do Riyanban anterior!

Feio Maior: Então vou acertá-lo mais! – ele já tinha acertado com aquele chicote o velhinho? – 100 vezes!

Mulher: Não!

Yang: Sem essa!!! – A Sakura saiu correndo e se jogou em cima dos dois indefesos. Syaoran saiu correndo também.

Aira e Yana: Sakura-chan, não!!!!!! – saí correndo atrás de Syaoran.

E aí o Syaoran pulou na frente da Sakura, fazendo com que o chicote fosse cada vez mais em sua direção. O que faço? Eu não sou rápida o suficiente!

Yana: Syaoraaaaan!