Hesthia, Ainda Há Esperança

Algo mais forte que Wrath


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Estranhei, Wrath não é muito de falar, principalmente quando é comigo.

-Claro. –Falei indo até ele, e ficando parada em sua frente.

-Ahm... –Cogitou, mas logo cedeu. –Pode parecer idiota mas eu acho... –Travou, mas continuou. –Que vou me apaixonar por essa índia. –Confessou.

-Mas, como? –Perguntei. –Se você nem a viu.

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-Algo me diz que vou.

-Mas, qual é problema de se apaixonar? –Perguntei,

-Se apaixonar é algo mais do que simplesmente amar. –Wrath disse. –Há também que aceitar o “não”, as decepções, as dores causadas, e o medo de se declarar.

-Também há isso Wrath, mas você só relevou os pontos ruins de se apaixonar. Pense bem, ela poderá gostar de você. E se estiver apaixonado por ela, a deixará também. E não é apenas, amar, é dar carinho, fazer feliz, se divertir, sorrir e fazer sorrir, e inúmeras outras coisas. –Finalizei.

-Mas e se acontecer o que aconteceu com a Anne? –Perguntou inseguro.

-Não pense desse jeito. Se continuar com isso, nunca fará o que quer, e irá viver preso a um peso do passado. –Falei.

-Ainda tenho muito o que pensar... –Wrath disse. –Mas de qualquer jeito, obrigado pelas suas palavras. –Ele disse meio sem jeito, tentando sorrir. Se levantou e ficou meio travado em me abraçar, até que com dificuldade, conseguiu.

Hora errada, Sebastian havia acabado de sair de sua cabana quando viu nós dois abraçados. E claro, ele iria começar a falar e não iria me escutar, como eu fiz com ele.

-O que é isso aqui? –Gritou, como eu disse.

Nós rapidamente saímos do abraço e tentei explicar para ele.

-Sebastian, eu sei, você tem todos os motivos para não me escutar. Mas se puder, acredite em mim. Não é o que você está pensando. –Falei “dando cobertura” para Wrath.

-Desde quando se abraçam assim?

-Essa foi nossa primeira vez, juro. E não tem nada acontecendo entre mim e ele.

-Calma Sebastian! Ela está dizendo a verdade, não há nada... –Sebastian interrompeu Wrath.

-E qual o motivo do abraço? –Sebastian gritou novamente.

-Ela me deu conselhos porque eu pedi, e eu estava só agradecendo. –Wrath disse com o tom de voz firme e controlado.

-Com abraços? Depois de tê-la jogado no chão naquele dia do lago? Inacreditável. –Exclamou furioso.

-Sebastian, por favor, aquilo já faz muito tempo. –Falei.

-É, eu já pedi desculpas sobre aquilo que aconteceu. –Wrath disse.

Achei melhor ir até Sebastian e o acalmar, o abracei e sussurrei em seu ouvido.

-Eu te amo, mas se não deixar eu ter amigos, isso pode mudar... Pense bem. –Falei o “ameaçando”.

Sebastian logo saiu do abraço, olhou para Wrath com fúria e se virou, sem falar absolutamente nada. Percebi que Sebastian era ciumento, mas não normal, mas sim um ciumento furioso, e numa dessas, ele poderia causar um estrago.

-Ele está esquisito. –Falei.

-Concordo. –Assentiu com a cabeça.

-Sabe o que houve? –Perguntei.

-Não. –Wrath respondeu rapidamente, como se a resposta já estivesse programada. Achei esquisito.

-Tem certeza? –Questionei novamente para ter real certeza de que Wrath dizia a verdade.

-Sim, eu tenho.

Passaram-se um tempo, a noite já estava presente. O dia passou rápido, e treinamos sem parar. Eu estava muito mais forte, sabia controlar direito os meus poderes a meu favor, com mais treino conseguia dominá-los.

Nesse tempo, notei que Sebastian olhava atentamente para um lado e para outro, e logo em seguida olhava para mim, era como se ele estivesse esperando alguma coisa acontecer e que para ter certeza de que estava preparado ficava atento nisso, o que foi resultado de um mal dia de treino para ele.

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Já havíamos comido o peixe. Sebastian ainda continuava atento, e aquilo já estava começando a parecer algo perigoso. Me acalmei com a situação, desejei boa noite a todos, e fui dormir. Dentro da cabana, deitei, e por mais que eu queria ficar acordada para refletir sobre o dia, o cansaço interferiu e me fez dormir logo.

No meio da madrugada, escutei alguns passos que vinham do lado de fora, me deixou assustada, o que eu queria comigo, era Sebastian para me proteger de qualquer coisa que me acontecesse. Como a fogueira estava acesa, dava para ver uma sombra de uma pessoa andando de um lado para o outro e, em suas mãos, estavam um finco. Desesperei-me em silêncio para não chamar a atenção. Entreolhei na greta que havia na cabana para o lado de fora, e me surpreendi.

-Sebastian?