Hesthia, Ainda Há Esperança

O pântano proibido


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Antonella estava morta. De acordo com Wrath as flechadas e patadas que ela levou foram dolorosas demais para uma pessoa aguentar. E pelo jeito, ela sofreu muito com todos os poderes aplicados nela por Sebastian e Wrath.

Adella não acreditando, tentou confirmar para ver se Wrath, e Sebastian não estavam brincando.

-Espera. Mataram Antonella? –Olhou para eles.

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-Sim, matamos. –Wrath respondeu ainda com a frieza no olhar.

-Não temos certeza ainda, mas tudo indica que sim. –Sebastian disse. Fazendo Adella estampar um sorriso em sua cara.

-Isso é motivo de festa não é? –Disse animada.

-Wow, você odiava mesmo ela... –Falei a olhando.

-Sim. Não aguentava mais aquele entojo no acampamento, tudo era nós que devíamos fazer, ficava o dia inteiro sentada, fazendo nada. –Adella disse.

-Mesmo? –Questionei olhando para Sebastian.

-Sim. Antonella, era realmente uma preguiçosa nata. –Sebastian confirmou.

-Posso colocar o peixe na fogueira? –Adella mudou totalmente de assunto. Todos nós dissemos que podia, e ela os colocou.

Sentei na pedra que Wrath sempre sentava e disse depois de pensar um pouco.

-Se Antonella saiu da Hesthia, ficamos em desvantagem porque só nos restam quatro, ao todo.

-Sim, estamos em desvantagem. –Wrath disse limpando o sangue de uma das suas flechas que se encontravam na sua espécie de bolsa.

-Tem alguma ideia se dá para colocar alguém no grupo. –Perguntei olhando a cena de Wrath com as flechas.

-Não é tão fácil quanto parece Selene. Quando Adella a achou, tivemos foi sorte, senão já teriam nos caçado e nos matado. –Sebastian disse. –E isso é porque estávamos em quatro antes de você. Perceba que uma pessoa só, faz a diferença. –Finalizou pegando uma toalha em sua cabana e passando em seu corpo suado.

-Como faremos? –Perguntei um pouco preocupada.

-Esperamos a sorte aparecer... –Wrath disse limpando sua última flecha marcada com sangue.

-Vamos ficar dependendo de quê enquanto não temos o quinto elemento do grupo? –Perguntei.

-Como disse, esperando a sorte. –Wrath respondeu olhando para mim e guardando suas flechas em sua cabana.

-Não vamos procurar? –Questionei novamente me levantando da pedra.

-Podemos mas alguém terá de cuidar do acampamento. –Adella disse.

-Por que não nos dividimos em dois, exemplo. Você e Wrath ficam aqui enquanto eu e Sebastian procuramos. –Tentei dar alguma ideia.

-Por mim, tudo bem. –Sebastian disse vindo até mim e beijando minha testa, ainda segurando a toalha, mas agora, ele estava seco.

-E quanto a vocês dois? –Perguntei.

-Tudo bem, para mim. –Adella disse nos entregando os nossos devidos peixes.

-Tanto faz. –Wrath disse mordendo sua comida.

-Então sairemos hoje a procura de um novo integrante. –Sebastian disse sentando ao meu lado. –De preferência uma mulher bem linda. –Finalizou com um sorriso malicioso como se quisesse me fazer ciúmes. Eu apenas o olhei, ainda séria, e o empurrei da pedra, o que o fez cair no chão.

-Melhor ficar quieto... –Adella disse rindo da cena.

-É melhor mesmo. –Sebastian concordou se levantando do chão e assentando ao meu lado novamente. –É só brincadeira ok? Nervosinha. –Ele disse sorrindo e me beijando na bochecha, e eu, sem mudar minha expressão, continuei séria com aquela brincadeira.

Após termos comido todos os peixes, descansamos em nossas devidas cabanas e logo depois levantamos para continuar o dia. Adella pegou alguns alvos para as flechas de Wrath e, o mesmo, pegou alguns obstáculos bem improvisados.

-Para quê isso? –Perguntei.

-Nos treinaremos. –Wrath respondeu.

-Bom, enquanto vocês treinam, eu e Sebastian iremos procurar alguém. –Eu disse já indo para a floresta com meu companheiro de busca e Adella nos advertiu.

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-Tomem cuidado por onde iram andar... Ninfas e ligas inimigas estão por todos os lugares.

-Ok. –Sebastian disse caminhando comigo até a floresta.

Fomos em direção ao Leste procurar nosso novo integrante. Eu tinha esperanças de termos sorte e o encontrar vagando pela floresta, estava animada com esta hipótese. Eu e Sebastian apreciávamos a paisagem ao longo do caminho, olhávamos admirados com tanta beleza, pássaros incomuns de caudas enroladas e azuis que brilhavam ao passar na luz do sol que iluminava uma parte da floresta; borboletas incríveis, o bater de asas das mesmas era leve e, poderia até ser loucura, mas eu podia sentir a leve brisa que suas asas faziam. Animais esquisitos, mas de um modo fofo apareciam a todo momento em nossa frente me assustando e logo morrendo de doçura, e Sebastian apenas ria dos meus sustos; alias, me olhava o tempo inteiro, parecia não só apreciar o lugar quanto me apreciar.

Depois de um tempo procurando por alguém, apreciando a paisagem, e, também, depois de alguns beijos, o sol já estava se pondo. Não dava para ver direito por causa das árvores grandes e cheias de folhas que atrapalhavam a luz do Sol entrar na floresta, mas acabou que nem percebemos que já estava escurecendo, e eu, medrosa como sou, já fiquei preocupada.

-E agora? –Perguntei.

-E agora o que? –Sebastian respondeu com outra pergunta.

-Como voltaremos? –Disse mostrando claramente minha preocupação.

-Minha medrosinha está com medo? –Ele disse sorrindo e me abraçando de lado enquanto andávamos.

-Você sabe que eu não vou com “a cara” da noite... –Eu disse. –Tanto é que todos os desastres que aconteceram comigo aconteceram a noite. –Finalizei.

-Fica calma. Nada irá acontecer de mal quando estiver comigo. –Disse tentando me confortar. Ainda abraçado a mim.

Caminhávamos ainda procurando por alguém. Sebastian tinha me dito que logo já iríamos embora, até que ouvimos alguns risos estridentes e finos, vindo do nosso lado direito. Olhamos para o lado dos risos e não havia nada. Estes, pareciam ser de mulheres. Andamos seguindo reto e escutamos novamente, nos perguntamos se estávamos ouvindo a mesma coisa e chegamos a conclusão que não estávamos doidos e que, realmente havia alguém perto de nós. Decidimos olhar o que estava nos cercando, na verdade, Sebastian decidiu olhar isso, eu estava contra o tempo todo, e deixei bem claro que se acontecesse algo seria toda a culpa dele.

Fomos a direita, onde estavam os risos misteriosos, vagalumes nos guiavam como se fossemos destinados a estar naquele local ou algo semelhante. Mesmo com eles, não me sentia bem, algo me incomodava naquele lugar, mas deixei quieto. A medida que andávamos, mais risos se juntavam e mais altos ficavam, ou seja, estávamos perto. Abracei em Sebastian com força devido ao meu medo, e ele, estava atenciosamente prestando atenção nos risos. Chegou a um ponto que tivemos que parar pois o chão acabava ali, a partir do lugar que paramos havia um lago cor de musgo, nada limpo, plantas invadiam o lago, as mesmas eram uma cor morta, um verde mais escuro. Galhos caídos na água, sem pássaros, borboletas, ou qualquer animal; para falar a verdade, não havia vida direito ali. Sebastian, parado, observou o lugar sem dizer uma palavra até que me olhou e disse me deixando assustada.

-O Pântano das Ninfas...