Doce Ironia.

Confiança.


"Eu decidi lutar e só vou parar quando eu não tiver mais forças."



P.O.V’s Ashley.

Sabe quando você tem uma perfeita cara de Poker Face? Sim? Bom, é a que eu estou nesse momento.

Serio, a situação seria engraçada... se não fosse trágica.

Na verdade, eu queria muito rir. Rir e gritar um “Eu sabia!” em alto e bom som, mas eu estava controlando essa vontade por causa dos dois seres vermelhos e envergonhados a nossa frente.

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Caso você ainda não tenha entendido a situação, eu vou tentar explicar.

Hoje teria dois períodos vagos pela manhã para o quinto, sexto e sétimo ano, e esses períodos foram disponibilizados para os estudos já que estamos em um nível mais avançado em magia e o quinto e o sétimo ano teriam provas importantíssimas chegando e o sexto ano passaria por isso em breve.

Preciso dizer que ninguém tinha usado o período vago para estudar?

Eu não tinha nada para fazer. A Audrey tinha sumido desde cedo e até agora não tinha dado sinal de vida. Então eu achei a Rose e a Lilly e fomos procurar a parte verde a prata dos nossos amigos. Acabamos encontrando o Scorpius e o Lorcan então decidimos dar uma volta pelo castelo apesar de eu estar me sentindo um castiçal ambulante.

Não que a Rose e o Scorpius tenham finalmente assumido o namoro, mas era obvio que eu estava sobrando ali.

Então enquanto andávamos sem rumo, rindo e conversando, pelos corredores vazios, eis que nos deparamos com a cena do ano.

Cara, eu estou falando como uma jornalista. Isso não importa.

A cena era: Roxy e Albus no maior amasso no meio de um corredor vazio.

Claro, poderíamos ser discretos e sairmos dali como se não tivéssemos visto nada e deixar eles continuarem no bem bom, mas bom... não seria a gente se não atrapalhássemos.

Scorpius gritou logo um “O negocio ta bom aqui não é?”, o que fez os dois se separarem assustados e depois nos olharem mais vermelhos que tomates.

Mais vermelhos até do que eu quando fico envergonhada. Chupa essa sociedade!

– Ounw, eles ficam tão lindos juntos! – Lilly cortou o silencio cômico que se seguiu com uma voz fina demais até para ela.

– Sabe, eu acho que os Broteants estão mexendo com você. – Lorcan falou olhando para a namorada enquanto a cara de todo mundo mudou pra “Oi?!”

– O que, em nome das cuecas do One Direction de Merlin, é Broteants? – Lilly perguntou confusa. Meu Merlin... que casal bizarro. Perai... A BAIXINHA GOSTA DE ONE DIRECTION?!

Eu achava que só eu tinha uma queda por bandas trouxas.

– É uma espécie de mosquito invisível, que altera a voz das pessoas e... – o loiro começou a explicar.

– Ninguém quer saber. – o interrompi. – Você gosta de One Direction? – perguntei animada a Lilly.

– Você ta brincando?! – ela olhou para mim com um sorriso rasgando o rosto. – Eles são divos. Meu Merlin... você já deu uma olhada no Zayn? – ela se abanou no final levando um olhar torto do namorado. Eu ri.

– E os olhos verdes de Harry Styles? Meu Merlin... aquele garoto me seduz. – eu falei do mesmo modo.

– Quando foi que o assunto mudou para One Direction? – Rose perguntou confusa.

– É. Ninguém quer saber dessa bandinha trouxa de gays. – Scorpius rolou os olhos.

– Perdeu o medo da morte? – eu, a Lilly e a Rose falamos juntas.

– Até você Rose? – o loiro perguntou chocado.

– Liam Payne é o que você jamais será. – a ruiva falou simplesmente e ainda jogou o cabelo para o lado.

– Ok, recapitulando o assunto. – falei voltando o olhar para a Roxy e o Albus que nos olhavam como se fossemos malucos. – De agarração nos corredores... que coisa feia. – completei com um sorriso de lado enquanto eles ficavam novamente vermelhos.

– Isso foi meio hipócrita da sua parte. – o Lorcan comentou sonhadoramente.

– Cala a boca. – disse simplesmente.

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– Nós podemos explicar. – o Albus falou finalmente.

– Tenho certeza que sim. – um Scorpius risonho falou.

– É... bom... eu... tenho eu ir! – a Roxy disse desesperada para sair dali.

– Nem pensar! – eu a barrei.

– Acho que vocês tem algo para explicar. – Rose me apoiou com um sorriso.

– Quero ver o Alvito aqui explicar para o Fred. – Scorpius cantarolou rindo e vendo o Albus ficar pálido.

– Oh, meu Merlin... – acho que o garoto só se deu conta disso agora. – Scorpius, prepara meu enterro porque se o Fred descobrir ele me mata!

– Quem mata quem? – todo mundo congelou quando a voz do próprio invadiu o corredor. O Albus parecia estar vendo um fantasma enquanto a gente observava um Fred curioso acompanhado de uma Audrey risonha e um James divertido se aproximar pelo corredor.

Acho que só o lerdo do Fred não tinha notado ainda.

– Ah, nada de mais. – Lilly começou a responder distraidamente. – Apenas o Albus e a Roxy... – ela não pode continuar porque delicadamente o Lorcan tapou a sua boca.

– Você deveria ser menos inconsequente Lilly, acho que são zonzobulus te atacando. – disse simplesmente para a namorada. – Deixa meu melhor amigo viver mais um pouco ok?

– Cadê o tio da pipoca quando você precisa? – eu perguntei indo para o lado da fabulosa que concordou com a cabeça. Nem perguntei o que ela fazia com o Fred desde cedo, porque eu já tinha uma vaga ideia.

Eu não olhei para o Potter. Eu e ele estávamos numa situação... estranha desde o episodio na sala de Estudos dos Trouxas. Ele parecia estar sofrendo um complexo que todo mundo sofre quando percebe que falou mais do que deveria e eu, bom... eu não conseguia tirar a minha conversa com a Hermione da cabeça. E tudo o que ela me trouxe tornando ainda mais difícil olhar para o garoto sem sentir... coisas.

Então nós dois tínhamos entrado numa espécie de silencio constrangedor.

– O que tem o Albus e a Roxy? – o Fred cruzou os braços olhando serio e desconfiadamente para os dois que engoliram em seco.

– É Albus. O que tem entre você e a Roxy? – Scorpius botou lenha na fogueira ganhando um tapa da Rose.

Os dois citados se entreolharam como se pensassem em uma saída e depois o Albus suspirou derrotado dando, corajosamente, um passo a frente.

– Eu e a Roxy estamos namorando. – falou firmemente e olhando para o seu ‘cunhado’. Parecia que uma bomba tinha caído no meio do corredor porque ninguém ousava falar nada.

– Ou meu maninho é muito corajoso... ou muito burro. – o Potter falou baixinho ao meu lado e eu acenei com a cabeça concordando com a segunda opção.

– Como é que é? – a voz do Fred era medonhamente calma. Então seus olhos bateram fixamente no Albus e a informação pareceu ter entrado no seu cérebro. – Cara é melhor você correr. – acrescentou num rugido e rapidamente o Potter foi até ele prendendo firmemente seus braços para trás e o impedindo de avançar no seu irmão.

– Relaxa cara. – disse simplesmente para o seu melhor amigo furioso que fuzilava o Avito com os olhos.

– ME LARGA POTTER! EU VOU ACABAR COM O SEU IRMÃOZINHO! – o Fred gritou tento se desvencilhar do aperto firme.

– CALA A BOCA FRED! – a Roxy gritou dando um passo a frente. – Eu estou com o Albus e dessa vez você não vai estragar isso.

– Eu a amo Fred. – Albus falou simplesmente.

– Cala a boca Potter! Eu não quero você perto a minha irmãzinha! – o Fred rugiu ciumento.

– Saiam daqui. Eu me resolvo com o Weasley furioso. – o Potter comentou com tedio e não precisou falar duas vezes. Todo mundo se retirou ficando apenas eu, a Audrey, o Fred e o Potter obviamente. – Se eu te soltar você vai parar de tentar matar meu irmão? Por mais que ele seja um saco... não quero ele morto. Quem mais vai levar bronca da minha mãe por mim?

– Eu quero seu irmão longe da minha irmã James! – o Fred falou para o melhor amigo.

– Porque? – o Potter perguntou simplesmente enquanto eu e a fabulosa apenas observávamos.

– Porque eles são primos caramba! – o ruivo revidou.

– A Molly e o Louis também são primos. O Hugo e a Luce também. – o moreno falou calmamente para o amigo. – E você não se opôs quando eles começaram a namorar.

– É diferente. – o Fred disse teimosamente.

– Porque? Porque ela é sua irmã? – o Potter ergueu uma sobrancelha seriamente. – Eu sei como é isso Fred, porque eu passei por isso quando a minha irmã começou a namorar o Scamander. Mas o Albus jamais machucaria a Roxy, achei que soubesse disso.

– Eu não gosto disso. – o outro disse simplesmente.

– Você não precisa gostar. Precisa confiar. – o Potter falou.

– Foi mal Pontas. – o Fred bagunçou frustrado os seus cabelos ruivos. Pontas?

– Sem problemas. – o outro fez um toque com ele e depois se virou sorrindo para a gente. – Acho melhor a gente ir ruiva. – completou para mim olhando de canto para a fabulosa e para o melhor amigo que agora trocavam olhares.

Bom, a Audrey olhava para ele com as mãos na cintura. Lá vinha bronca.

– Vamos lá. – cantarolei seguindo o moreno pelo corredor, mas ainda deu tempo de ouvir a Audrey gritar um:

– Fred Weasley II, se eu descobrir que você andou um dedinho fora da linha eu entro em greve!

Eu olhei para o Potter e nós dois gargalhamos. Por um momento, tudo pareceu um pouco menos complicado.