Doce Ironia.

Amar pela essência.


“E você joga sua cabeça para trás rindo feito uma criança. Eu acho estranho o fato de você me achar engraçada porque ele não achava. Eu tenho passado os últimos oito meses pensando que tudo o que o amor faz é quebrar, queimar e acabar. Mas em uma quarta-feira, em um café eu vi começar de novo.” – Taylor Swift.



P.O.V’s Ashley.



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Eu não falava com o Potter enquanto andávamos sem rumo pelos corredores. Na verdade eu me sentia meio que... envergonhada? Nossa... isso realmente era uma novidade.

Só não era surpreendente levando em conta tudo o que aconteceu e o fato que Merlin ama foder com a minha vida.

Eu estava começando a achar que alguém lá em cima estava precisando de uma nova diversão que não fosse ficar brincando com a vida da ruiva aqui.

– Tudo bem ruiva? Você parece um pouco distante. – o Potter quebrou o silencio tenso que se instalou sem nosso consentimento.

– Você acha que o Fred e a Audrey voltaram? – perguntei ignorando a sua pergunta.

– Bom, acho que sim. – ele tinha um sorriso de lado agora. – Mas acho que se for realmente oficial, você será a primeira a saber. – completou me olhando e eu sorri.

– Onde será que o pessoal se meteu? – questionei mais para mim mesma do que para o garoto ao meu lado.

– Não sei. – o Potter hesitou alguns segundos. – Topa... conversar?

– Conversar? – repeti lhe olhando como se ele fosse um ET.

– Sim. – ele falou dessa vez rolando os olhos. – Acho que temos que esclarecer algumas coisas. Sem segundas intenções. Juro.

Claro, porque conversar com o Potter sobre meus sentimentos definitivamente estava na minha lista de planos para o dia.

– Acho melhor não. – falei finalmente e sem o olhar.

– Do que você tem medo Ashley? – ele parou me olhando intensamente.

– Não tenho medo de nada. – rebati cruzando os braços.

– Parece ter. – o Potter revidou. – Eu só quero conversar, tenho coisas para te falar. Não vou te forçar a falar nada o que você anda pensando durante esses dias que você anda com uma seria mudança de comportamento em relação a mim. Eu só quero... que você entenda.

– Eu... vou poder te fazer perguntas? – questionei sabendo que essa era uma ótima oportunidade para tirar umas coisinhas a limpo.

– Claro. – ele falou firmemente e eu acreditei.

– Vamos lá. – suspirei derrotada e o Potter sorriu me arrastando pela mão em direção ao sétimo andar, em direção a agora tão conhecida...

Sala Precisa.

– Porque você não escolhe o lugar? – ele propôs com um sorriso e eu assenti do mesmo modo.

Eu pensei em algo que me trouxesse paz e automaticamente aquele lugar me veio a cabeça. Com um sorriso passei três vezes em frente a parede e depois observei uma grande porta de madeira, lentamente se abrir.

Um Potter curioso, foi o primeiro a empurrar a porta e entrar no local, soltando uma baixa exclamação de admiração logo depois.

Tratei logo de entrar e observei ao redor com um sorriso de saudades enquanto fechava a porta. Estava novamente naquele primeiro dia, na França, antes de ir a casa da minha não-tão-querida avó e ver a minha vida mudar repentinamente. Eu estava nos imensos jardins da minha antiga casa.

Do jeitinho que eu lembrava.

– Que lugar é esse ruiva? – o Potter perguntou curioso enquanto se sentava na grama e erguia seu olhar para o ‘sol’ que brilhava e depois olhava as flores que pintavam o jardim das mais diversas cores.

– Os jardins da minha antiga casa. – respondi me sentando ao seu lado e erguendo meu olhar para o ‘céu’. Vi o Potter me observar atentamente. – Esse lugar me trás paz.

– É lindo. – ele comentou.

– Eu sei. – respondi com um sorriso e pegando uma margarida com a mão e a observando atentamente.

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– Bom, acho que devo esperar você começar com as perguntas. Deixo você questionar primeiro. – ele rompeu o silencio novamente.

– Tudo bem então Potter... – comecei, mas ele me interrompeu.

– Acho que esta na hora de você parar de me chamar pelo sobrenome. – no final da sua frase eu lhe mandei um olhar de repreensão pela interrupção. Ele simplesmente sorriu mais.

– Porque? – questionei irritada.

– A gente já se conhece a meses ruiva. Não acha que esta na hora de superar isso e começar a me chamar de James? Ou Jay? Ou “O amor da minha vida”... – o Potter continuou viajando.

– Cala a boca. – o interrompi.

– Vamos lá. Não é difícil. – ele falou rindo.

– Não vou te chamar de James e muito menos de Jay. – eu rebati teimosa e ele rolou os olhos.

– Porque?

– Porque é... comum. – falei simplesmente e ele franziu a testa, acho que esperava outra resposta.

Na verdade, até eu esperava falar outra coisa.

Pensando bem, acho que já não em opunha mais a chama-lo pelo nome. O que era surpreendente... e bizarro. Mas todo mundo o chamava de James e as vadias de Hogwarts de “Jay”.

Eu não iria chama-lo do mesmo jeito que elas chamavam.

– Que tal... Sirius? – falei hesitantemente e lembrando do seu segundo nome. Porque eu estava tão constrangida?

– Sirius? – ele me encarou erguendo uma sobrancelha e dando um sorriso de lado. Maldito menino sexy. – Ninguém me chama de Sirius. – era o que eu precisava ouvir.

– Prazer, ninguém. – rebati deitando na grama e não me importando com mais nada, mas sentia seus olhos pesando em mim.

– Acho que você pode começar com as perguntas. – ele falou finalmente se deitando ao meu lado.

– Tudo bem Sirius... – tentei falar novamente e bufei quando fui interrompida por sua risada baixa. – O que foi?

– É estranho te ver me chamando pelo nome. Ainda mais pelo segundo nome. – ele se pronunciou ainda rindo.

– Achei que você quisesse isso. – rolei os olhos virando minha cabeça para o lado e encontrando suas orbes castanhos-esverdeadas me observando de perto. Perto demais.

– Eu quero. – ele falou numa intensidade que me fez ficar cada fez mais ciente do quão perto estávamos daquele jeito. Limpei a garganta e virei olhando para cima novamente, mas sentindo as minhas bochechas pegarem fogo, ao mesmo tempo em que sentia seu sorriso.

Droga... ficar constrangida assim não é o meu normal.

– Enfim Sirius... – dei um leve sorriso a pronuncia do seu nome. – Porque você levou a Dominique ao baile? – de repente essa era uma pergunta super importante que eu precisava de respostas. Ele limpou a garganta audivelmente.

– Eu havia prometido a ela. – lhe olhei pedindo mais informações. – Terceiro ano. Uma longa historia. Bom... não fui com ela porque queria exatamente. Mas eu prometi... e eu nunca quebro uma promessa. – completou me olhando nos olhos.

– Porque “Pontas”? – perguntei rapidamente e lembrando da situação anterior.

– Meu avó tinha esse apelido entre os Marotos. – Sirius disse calmamente. – Dizem que eu sou muito parecido com ele então eu meio que herdei o apelido por parte do Fred.

E lá estamos nós de volta a historia de James Potter original. Historia essa que ainda me parecia bizarra. Então de repente eu tinha mais uma pergunta importante para fazer.

– Porque nunca me contou a historia de Lilly Evans e James Potter? – disparei com rapidez e vi sua cabeça se virar subitamente para mim, surpreso.

– Você sabe? – perguntou.

– Sim, eu sei Sirius. – revidei. Ele ficou em silêncio por um minuto.

– Nunca achei totalmente importante. – ele disse finalmente. – Eu não sou o James Potter original e por mais que você se pareça com ela, você não é Lilly Evans. Achei que se soubesse da historia ia ser meio confuso para você e também... é complicado você viver se baseando na vida de outra pessoa.

Ele estava certo.

O mundo vai acabar! O Po...Sirius esta certo em algo!

– Mas agora você já sabe porque eu nunca desisti de você não é? – ele rompeu o silencio com a voz rouca e baixa. – Porque eu ainda tenho esperanças de te ter um dia? Você é a minha Lilly, Ash. O meu lírio. E, se você quisesse, eu seria o seu James Potter.

Eu fiquei em silencio sem saber o que falar e pela primeira vez eu acreditei plenamente no que ele disse. Pela primeira vez eu cogitei a possibilidade dele realmente me amar.

Porque eu também estava cogitando a possibilidade de estar me apegando a ele mais do que deveria.

Eu virei a cabeça na sua direção encontrando mais uma vez seus lindos olhos me observando e perto, mas dessa vez eu não desviei. Apenas lhe olhei, analisando cada pequeno detalhe do seu rosto e sua respiração batendo na minha.

Seus lábios se roçaram com os meus, antes de eu me sentar subitamente e me xingar em seguida. Não me xingar por ter ficado tão próxima, mas sim por ter me afastado.

Eu... não queria me afastar.

Droga... o que estava acontecendo comigo?

– Acho melhor irmos. – falei com a voz fraca.

– Tudo bem. – ele concordou se erguendo e me ajudando a levantar. – A proposito... Fred disse que sua aula de voo esta marcada para amanhã a tarde.

Isso me fez o encarar assustada. Ele tinha um sorriso sacana no rosto.

– Oi?! – eu me controlava para não surtar.

– Isso que você ouviu. – ele riu de leve. – Vamos te ver montando em uma vassoura.

Fodeu legal.

– Não se preocupe... vou estar lá para te segurar. Sempre esqueceu? – perguntou com suavidade acho que notando minha cara preocupada.

– Acredito em você Sirius. – sussurrei baixinho enquanto o seguia para fora da sala. Sabendo que talvez ele tivesse ouvido.