Digimon Adventure 3.0: Luz Vs Trevas

Separação e a Surpresa de Lilithmon.


CAPÍTULO 047

Ao escutar as palavras provindas da boca de Márcia, em que a mesma disse que seus filhos são Paulo e Lúcia, a portadora do brasão da Luz que ele tanto perseguiu e quase matou, ele literalmente entrou em um momento depressivo em sua vida. Algo que nem mesmo ele podia explicar. Um ódio por si mesmo, um rancor por si mesmo. Era algo que o perturbava-o dia e noite até que viesse o estopim para que a sua angústia aumentasse cada vez mais. Arrependido, sim estava, mas não saberia se as pessoas o perdoariam pelos seus crimes no passado.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

Crimes que foram muitos. Primeiro que conseguiu a proeza de entrar no digimundo. Segundo que alterou coisas no digimundo por meio de sua superinteligência. Terceiro, criou um digimon terrível na forma extrema com seu próprio DNA como a Lilithmon, na qual manteve relações sexuais, mudando assim a ordem natural do digimundo. Após isso treinou seis digimons até ficarem nas suas formas extremas — Ornismon e Lilithmon foram os únicos que não foram treinados, pois já estavam na forma extrema. Após isso, começou a criar um verdadeiro Império às escondidas para não chamar a atenção — seu irmão fora escolhido como digiescolhido justamente há três anos para detê-lo. Assim se manteve na identidade de ShadowLord opressor, cruel e sádico. Daí, sabendo da existência de novos digiescolhidos, ele tentou roubar as digitamas, mas acaba roubando a de Lucemon, doando um pouco de seu DNA. Tempo depois filiou-se ao Exército Negro, um dos braços da Aranha, e põe Lilithmon como comandante geral, A Grande Soberano. Depois recruta Paulo e Impmon pra fazerem parte do exército. Meses depois desfaz seu exército e investe pesado contra o brasão da Luz de Lúcia e chega muito perto de matá-la. Matou inúmeros digimons, chegando a destruir até mais que o cruel KingEtemon. Arrependeu-se quando agrediu o próprio irmão e viu o erro que cometeu. Muitos erros graves no seu passado.

Ele sabia disso. Estava ciente que cometera atitudes bárbaras no seu passado sombrio. No entanto, ele se arrependeu e quer buscar o perdão. Mas não sabe se Márcia o perdoará se um dia descobrir toda a verdade.

"Será que a sombra do meu passado me perseguirá? Será que as pessoas que eu fiz mal me perdoarão? Não sei, não faço a mínima ideia. Quando eu quero me esquecer disso, quando eu tento conquistar a felicidade, isso acontece. Deus, a mãe de Lúcia é esta mulher que estou gostando. Ironias do destino? Não, eu não acredito no destino. Porém, eu deixei de ser mal, isso não basta? O meu arrependimento não é o bastante? Ou preciso me sacrificar, entregar minha vida para que tudo acabe?"

— RAY!! — gritou Márcia — O que está acontecendo? Desde que eu contei sobre mim você reage muito estranho. Por que está assim, calado?

— Desculpa, Márcia. Eu fiquei pensando em alguns problemas pessoais. Não fique tão preocupada assim — disse ele.

— Não me dê outro susto desse — ela escorou a cabeça no ombro dele — eu gosto de você, não quero te ver triste.

— Eu não estou triste. É melhor nós irmos. Está ficando tarde.

Eles se levantaram da areia da praia e voltaram para a pousada. Ray não tirava a preocupação de sua mente.

Uma câmera voadora filmava toda a região. Parece que Lilithmon a enviou para procurar Conceição e os demais, mas, sem êxito, ela desistiu das buscas. Entretanto o objeto ainda filmava a região e filmou o casal Ray e Márcia na praia.

— Mestra Lilithmon, mestra Lilithmon! — disse o seu servo batendo na porta dos seus aposentos.

— O que aconteceu? Por que esse escândalo?

— Venha aqui alguns minutos, tem algo importantíssimo que a senhora precisa ver — disse Meteormon.

Lilithmon foi até a sala e sentou-se no seu sofá negro. Daí o servo ligou o telão e bem na frente dela aparecia Ray e Márcia abraçados na praia. A digimon não conseguiu acreditar no que via.

— Ray, ele... Está vivo! Como é possível? Ele não morreu naquele ataque... — depois viu Márcia na transmissão — Opa, quem é a vadia do lado dele? Eu detesto dividir o que é meu com outros.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

— O que a mestra fará?

— Eu sei aonde eles estão. A praia da pousada, alguns quilômetros ao sul daqui. Amanhã de manhã bem cedo farei uma visitinha ao casal de pombinhos. Darei uma segunda chance ao meu amado. Será que ele voltará para mim?

— Não sei mestra, mas acho que não.

— Então ele terá que arcar com as consequências. Que serão muitas — Lilithmon levantou-se novamente e foi até a varanda observar a torre negra quase concluída. — Existe um segredo por trás daquela torre. Um dia irei descobrir.

...

— Disparo da Morte! — Beelzebumon atacava com sua arma, mas Lotusmon se esquivava de todos. — Droga, ela é muito rápida.

— Não desista, Beelzebumon — disse Paulo.

No entanto, o digimon de Paulo estava muito cansado e não conseguia levar a luta adiante, até que ele volta à forma de criança e caindo no chão. Paulo, claro, foi ajudá-lo.

— Desculpa, mano, mas eu não consegui vencê-la. Estou muito cansado — lamentou Impmon.

— Eu que peço desculpa por mandá-lo lutar ainda fraco — falou o garoto.

— Não adiantaria de absolutamente nada. Mesmo se me acertasse com seu ataque ainda assim nada aconteceria. Na verdade aqui é uma ilusão minha que eu criei. Nesta floresta meu poder aumenta significativamente a ponto de criar ilusões e controlar a natureza — disse Lotusmon.

— Ilusão? Então se você não está aqui, onde está? — perguntou Mia.

— Bem distante de qualquer um de vocês. Agora eu percebi que vocês não são tão parceiros assim. Um brigando com o outro que feio, principalmente quando são afetados pelo meu jardim das discórdias. O jardim mais amaldiçoado que existe — na mesma hora a vista de um paraíso se transforma radicalmente. As flores murcham, a grama seca e o lago fica sujo. Tudo isso assustou os digiescolhidos — Essa é a verdadeira aparência do meu jardim. Tomada pelas trevas hahahahaha.

— Que horror — disse Rose.

— Agora eu tenho algo interessante para lhes dizer. Não só apenas sou perita em ilusão, mas eu sou capaz de abrir portais para outros cantos no digimundo. O que significa que a união de todos acaba aqui. A partir de agora eu abrirei dois portais, daí vocês se separarão em dois grupos. Se não concordarem, os mato agora mesmo.

— Separar? Droga — resmungou Paulo.

— Eu concordo em nos separar — disse Ruan.

— Muito bem então... — ela abriu dois portais — ...podem escolher quem vai com quem.

— Eu e minha irmã iremos juntos — disse o líder.

— Eu também vou contigo Paulo — disse Mia — farei companhia a vocês, tanto eu como Betamon.

— Vamos nós três — disse Paulo. Logo eles três atravessaram com seus digimons.

— Sobrou nós então ficaremos juntos — disse Jin. Ruan, Rose e Jin atravessaram o outro portal com seus digimons.

Nesse momento as ilusões desaparecem. A vista do jardim volta ao normal e a ilusão de Lotusmon some.

A digimau sai de seu transe e volta ao normal. Blossomon ainda continuava na sala até que recebe uma ordem de sua mestra.

— Agora que os digiescolhidos se separaram será muito mais fácil derrotá-los. Que pena eu não ter poderes ofensivos na forma de ilusão, os enganei direitinho dizendo que se não passassem pelos portais eu os mataria. Blossomon, você está autorizado a atacar o grupo que ainda ficou nesta floresta. Quanto ao outro grupo, eu sei mais ou menos para onde foram.

— Sim mestra.

...

Ray ficou em um quarto e Márcia em outro. Eles nunca ficavam no mesmo quarto, pois segundo ela era intimidade até demais dormirem juntos. Ray com certeza ficou implorando nesses últimos dias para dormir junto a moça, mas nada conseguiu.

A pousada era grande. Com vários quartos de tamanho médio. Uma vista de frente ao mar era o cartão postal desse estabelecimento. Vários digimons se hospedavam, porém havia quartos preparados para seres humanos também.

Ray aproveitou o começo de noite para se lavar e cuidar de sua higiene. Cada quarto tinha um banheiro com chveiro, banheira e vaso sanitário. O rapaz despiu-se e foi para a banheira. Ele queria um momento de descanso, paz consigo mesmo. Uma banho relaxante era tudo para ele no momento. Não pensou em mais nada.

— Será que eu digo a verdade para ela? Digo de uma vez que eu quase matei a filha dela? Nunca senti tanto medo como estou sentindo agora, mas tenho que reunir toda a coragem possível e impossível pra falar pra ela amanhã — disse consigo mesmo.

Márcia tomou banho cedo e foi se deitar mais cedo. A partir do dia seguinte ela e seu namorado partiriam para outro lugar do digimundo e precisavam estar dispostos. Ela, apesar de deitada, não dormia e pensou no jeito sério que Ray ficou logo depois de voltarem da praia.

"Nossa o que ele teve pra ficar tão sério assim? Alguma coisa aconteceu de ruim. Não sei o que é, mas deve ter sido algo que falei pra ele. Mas o que?" — pensou enquanto se ajeitava na cama para achar uma posição confortável.

...

Ruan, Rose e Jin foram parar na mesma floresta em que estavam. Tanto eles como os digimons não sabiam para onde foram parar, pois o lugar da floresta era desconhecido.

— Pessoal nós viemos parar na mesma floresta. Isso quer dizer que Lotusmon continua sendo a nossa inimiga — disse Rose.

— Jin, acho que não estamos no mesmo lugar — disse Mushroomon.

— Com certeza que não, a floresta está mais densa do que antes e as árvores ficaram mais altas. Pode haver uma trilha aqui por perto — respondeu o japonês.

— Eu não acredito que fui injusto com o Paulo — lamentou Ruan — Fui duro e arrogante. Peguei muito pesado com ele.

— Não lamente, não foi a sua culpa. Foi aquele jardim — disse Hagurumon.

— Sim, mas antes de entrar naquele jardim eu já estava tomado pela inveja por ele ser o líder do grupo e ficar dando ordens — disse o espanhol

— Hahahahaha então os digiescolhidos estão perto do nosso quartel general? Que coincidência.

— Quem está aí? — perguntou Ruan.

— Sou eu — Blossomon saiu de trás de uma imensa árvore. — Digiescolhidos, durante esses cinco dias eu nunca tive a oportunidade de lutar contra vocês, porém a minha oportunidade chegou. Vocês serão punidos.

— Nunca conseguirá nos deter — disse o loiro.

— Hagurumon digivolve para... Guardromon. Granada de Destruição! — o golpe atinge o digimau, mas nada acontece.

— Com esses ataques simples não conseguirá me derrotar — o digimau prendeu Guardromon com seus braços e o jogou para longe.

— Guardromon! — bradou Ruan.

— Palmon digivolve para... Togemon. — Toma essa seu valentão — ela parte pra cima de Blossomon e dá um soco bem na cara dele.

— Droga. Eu não posso perder pra um cacto idiota como esse. Shuriken de Folha — o golpe atinge a digimon de Rose fazendo-a cair.

— Togemon você está bem? — perguntou a menina.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

— Sim. Precisamos derrotar esse digimon — disse a digimon.

— Deixem conosco — disse Jin.

— Mushroomon Megadigivolve para... Pinocchimon!

— Hã? Acha que um nanico feito você pode me deter?

— Posso, eu tenho certeza. Toma essa, Marreta! — Pinocchimon dá um golpe com sua marreta jogando Blossomon pra bem longe dali. — hahahahahaha adeus plantinha.

— Haaaa vocês me pagam! — e foi jogado pra bem longe mesmo.

— Precisamos nos esconder dos inimigos antes que eles nos achem — disse Paulo.

Então eles foram procurar algum esconderijo dentro da floresta, mas não foi fácil achar já que os domínios de Lotusmon tinha poucas cavernas para se abrigar. Mesmo assim eles tiveram êxito de encontrar uma caverna, pequena, próxima ao quartel general da mestra das trevas. Eles passaram a noite depois de um longo dia de lutas.

Um terceiro digimon misterioso na forma extrema — um dos que foram ao Vale Ocultado — os observava de perto, sem deixar que sua identidade fosse revelada. Ele era o terceiro e último do trio de digimaus que serviam como generais para o Patamon das trevas. Ele ficou observando as crianças durante esses cinco dias que se passaram.

— Hehehehe que vontade louca de me intrometer nessa guerra e acabar de vez com os digiescolhidos, mas o mestre MagnaAngemon disse que deixemos os digiescolhidos com os Lordes das Trevas. O mestre MagnaAngemon foi realmente astuto e inteligente quando fez um pacto com aquele ser humano chamado Shadowking Aranha. Com seu poder drenado por Shadowking conseguiu colocar uma semente das trevas no humano que se dizia ShadowLord e controlá-lo. Como doou praticamente todo o seu poder para essa missão única, ele reduziu a um simples Patamon numa bolha de proteção no mundo das trevas. Com a bolha se protegeu contra as trevas ao seu redor. Muito inteligente da parte dele. Agora ele busca sua liberdade do mundo das trevas e pra isso a torre negra precisa ser concluída. Hehehehe cinco anos de maldades e o ShadowLord nunca notou que o verdadeiro mal está no topo do seu prédio. Ali está a causa de todo o mal hehehehehehe.

...

Amanheceu no digimundo, mas antes que isso acontecesse, Lilithmon se arrumou para o encontro com seu ex-marido. Ela ficou na forma humana e colocou o seu famoso vestido preto com sapatos da mesma cor. Ela queria ficar apresentável quando aparecesse diante do seu ex-amado. Saiu pelo elevador até o subsolo onde pegou a limousine.

O carro saiu da garagem e foi até o destino.

— Ai Ray, eu quero ver a sua cara quando me ver parada na sua frente. Menino mau, escondendo-se de mim esse tempo todo, isso não foi nada legal.

— Mestra pra onde vamos? — perguntou o motorista Vegiemon.

— Praia da pousada de Taomon. É um tanto perto, deve ser uns cinquenta quilômetros ao sul daqui. Pode ir direto e arranca com esse carro, eu quero chegar o mais cedo possível lá.

— Certo, mestra — ele apertou um botão e o carro avançou rapidamente em alta velocidade.

...

Paulo, Lúcia, Mia e seus digimons foram parar numa praia deserta muito distante da floresta. Eles passaram a noite numa cabana abandonada e descobriram que ChaosMetalSeadramon era o mestre que comandava esse lugar. Apesar de estarem nos domínios do grande dragão marinho negro, eles corriam pouco perigo, até porque o digimau não sabia que eles estavam ali. Pelo menos por enquanto.

Eles acordaram e saíram da cabana. Ao saírem de lá viram alguns digimons chamados Ebidramons na beira do mar esperando alguém. Eram uns cinco digimons desse tipo. As crianças e os digimons deixaram a cabana e adentraram no que pode ser uma ilha. Sim, era uma ilha aonde estavam.

— Precisamos ficar longe desses digimaus o mais rápido possível — disse Paulo correndo.

— Paulo, onde estamos? — perguntou Lúcia.

— Eu não sei exatamente, fomos levados pelo portal de Lotusmon e paramos aqui — disse o irmão mais velho ao mesmo tempo em que corria.

— Paulo, eu to com fome, não consigo nem correr.

— Vem cá, Impmon, eu te seguro — o garoto segurou seu digimon e continuou correndo.

— Pessoal, chegamos perto de uma cachoeira, olhem — disse Mia.

— Gente, gente, eu vi lá de cima. Estamos numa ilha. Não é grande, mas mesmo assim é segura se ficarmos longe da praia — avisou Lucemon depois de ter voado o local.

— Ótimo. Todos nós ficaremos aqui como um esconderijo — disse o líder.

Nas águas do oceano, surge ChaosMetalSeadramon. O mestre das trevas dirige-se até encontrar com os Ebidramons na praia.

— Ebidramons, eu os convoquei para dizer que os digiescolhidos estão nesta ilha. Lotusmon me disse que os enviou pelo portal dela e que provavelmente estariam aqui. Portanto vocês vão vasculhar toda esta área.

— Sim, mestre — disseram ao mesmo tempo.

— Agora vão, eu quero os digiescolhidos ainda hoje — disse o digimau.

Assim os cinco Ebidramons foram em busca das crianças. Será que as encontrarão? ChaosMetalSeadramon retornou ao fundo do oceano e permaneceu lá até saber de alguma informação dos digiescolhidos.

...

Ray arrumou-se bem cedo. Estava com uma cara péssima como se não tivesse dormido na noite anterior. Ele com certeza não se sentia nos seus melhores dias, porque ele contaria toda a verdade à sua amada.

Assim que saiu do seu quarto foi até o de Márcia chamá-la para irem embora dali o quanto antes. A moça ainda se arrumava colocando o velho hidratante no corpo que numa altura dessas não despertava mais o fogo de Ray. O rapaz simplesmente colocou na cabeça que ninguém o perdoaria.

— Então tá eu já vou esperar no lado de fora.

— Sim, espere. Daqui a pouco eu vou.

Ele deu um beijo no rosto dela e saiu. Assim que pôs os pés pra fora da pousada ele deu de cara com Lilithmon que tinha acabado de chegar. O cara tomou o maior susto de sua vida.

— Olá, Ray, querido. Há quanto tempo não nos vemos — disse a mulher olhando-o dos pés a cabeça — O que aconteceu? Sua aparência mudou muito. Seus cabelos cresceram um pouco, veste roupas normais...

— LILITHMON!!!! — o homem levou um susto — C-como me encontrou?

Lilithmon começou a rir da cara de bobo que ele fazia ao vê-la ali, parada na sua frente. O que acontecerá com ele?

Enquanto isso...

MAR DAS TREVAS

— Acorda, pequeno demônio. Como o sono depois de anos e anos? — perguntou Shadowking Aranha flutuando dentro do mar das trevas.

— Finalmente consegui me libertar depois do nosso acordo. Pensei que vagaria pelas trevas para a eternidade desde que fui preso por aqueles digiescolhidos.

O Patamon das trevas começa a abrir os olhos vagarosamente. Seus olhos eram vermelhos em vez de azuis. Ele ascendeu com sua bolha de proteção até chegar a superfície do mar. Saiu, só depois que acordou.

— Finalmente eu consegui voltar depois de cinco anos nesse estado. Ah, é você. Prometeu-me a liberdade definitiva deste lugar. Já fiz a minha parte do acordo. Agora quero que honre a sua parte do acordo — ele ficou sobre o mar continuando na bolha, pois se saísse seria encobrido pelas trevas e viraria um Skullsatamon, mas com a bolha ele estava prestes a virar um MagnaAngemon.

— Claro que eu vou honrar com a minha parte. Não se preocupe, pequeno gafanhoto. Sou um homem de palavra. Quando eu falo, cumpro. A torre negra está prestes a ser usada por completo e a tua liberdade definitiva para fora deste lugar.

O Patamon olhou com um semblante malicioso para o loiro. Seu objetivo máximo era retornar para o digimundo o quanto antes.

— Não se importa de eu usar os seus capachos, não? Precisei de um para invadir uma ilha do digimundo. Eu só passei aqui para vê-lo, pois eu já sabia da hora exata do seu despertar. Mas preciso ir para Firewall e dominar a parte oculta do digimundo.

— E aquele ser humano chamado Shadowlord?

King olhou com desprezo.

— Ele foi derrotado pelos digiescolhidos por ser um humano fraco. Mas agora estamos ganhando tempo com os Lordes das Trevas. Enquanto eles mantêm os pirralhos ocupados, arquiteto meus planos na surdina. Nem eles, nem os Dez Anciãos fazem a mínima ideia do que eu pretendo a longo prazo. Fufufufufu.

O Patamon das Trevas bocejou e voltou a dormir dentro da bolha. Ficou farto de escutar Shadowking Aranha. Mas era notável que os dois fizeram um grande acordo no passado e agora o acordo estava para ser concluído.

O Shadowking Aranha, o dono absoluto do Exército Negro, era uma incógnita. Não era conhecido pelos digiescolhidos, nem Weiz, nem Lordes e também Gennai. Nada. Conseguia se infiltrar nos dois mundos livremente e aparentemente era extremamente poderoso. Mas apenas duas pessoas sabiam sobre ele: Mimi Tachikawa, porque se encontrou com ela em Miami usando o seu nome verdadeiro, Adrien King; e Ray Kyoto, porque foi ele o responsável de mudar a personalidade do rapaz. Adrien era como um professor para Ray, mas este serviu apenas de fantoche para as ambições do psicopata dono da Aranha.

Continua...