The Heiress

Entrando Em Narnia. Epilogo.


O dia estava lindo. Da janela do castelo de Cair Parável eu via as dríades nadarem e dando saltos no ar. Finalmente aquela guerra acabou e hoje era o dia da coroação.

Matt me chamou e eu fui até ele. Ele estava lindo. A roupa dele era azul escuro com branco enquanto o meu vestido e minha capa era verde e prata – era meio óbvio o fato dele ser dessa cor já que são as cores da Sonserina – mas Matt estava realmente lindo.

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Entramos na sala dos tronos junto com os Pevensies e assim como em meu sonho havia 6 tronos.

Nos ficamos de frente á eles e os castores vieram trazendo almofadinhas com 6 coroas. 3 de ouro e 3 de prata.

Aslam se aproximou, ficando entre os tronos do meio.

–Em nome dos brilhantes mares orientais, apresento-lhes, rainha Lucia, a destemida. – falou Aslam e o fauno Tumnus colocou uma coroa de prata em sua cabeça. – Em nome dos grandes bosques do ocidente, rei Edmundo, o Justo. – continuou Aslam e uma coroa de prata foi colocada na cabeça de Edmundo pelo Sr. Tumnus. – Em nome do radiante sol do sul, rainha Susana, a Gentil. – e uma coroa de ouro foi colocada na cabeça de Susana. – Em nome das grandes montanhas do oriente, rei Mattheus, o Guerreiro. – e uma cora de ouro foi colocada na cabeça de Matt. – Em nome das grandes ilhas do mar ocidental, rainha Lyara, a Sábia – e uma coroa de prata foi posta em minha cabeça. – Em nome do limpo céu do norte, apresento lhes, o rei Pedro, o Magnifico. – terminou Aslam, e uma coroa de ouro foi posta na cabeça de Pedro.

Nos sentamos nos nossos tronos e Aslam olhou para nós.

–Quem é coroado rei ou rainha de Narnia, será sempre rei ou rainha. Que vossa sabedoria nos abençoe até que as estrelas caiam dos céus. – falou ele.

E todos festejaram a coroação dos reis e rainhas de Narnia.

–Viva o rei Pedro! Viva a rainha Lyara! Viva o rei Matt! Viva a rainha Susana! Viva o rei Edmundo! Viva a rainha Lucia! – gritaram todos ali presentes e nós sorrimos. O meu sonho se realizou.

Após a coroação eu fui dar uma volta pelo castelo. Tudo estava bem. Porque eu não me sentia bem?

–Lya. – ouvi a voz de Matt me chamando e olhei para ele.

–Fala. – falei vendo ele vindo em minha direção.

–Lembra naquele dia em que você disse que sonhou que alguém te pedia em casamento? – ele perguntou e eu franzi a testa.

–Sim, mas o que...

–Lembra que eu disse algo e você queria a explicação? – ele perguntou me interrompendo.

–Matt, aonde você quer chegar com isso? – perguntei de volta.

–Lembra que eu disse que iria explicar depois? – ele perguntou ignorando a minha pergunta.

–O que você iria dizer naquele dia, Matt? – perguntei.

Ele abaixou a cabeça, suspirou e me olhou.

–Eu queria dizer que... que eu te amo. Tudo bem se você não sentir o mesmo, eu vou entender mais... eu... eu já vou. – falou e se virou mas eu segurei seu braço.

–Matt, você não faz o tipo de cara que se declara para uma garota no meio de um corredor e simplesmente vai embora sem beijar ela. – falei sorrindo.

Ele me olhou surpreso e riu.

–Você quer que eu te beije? – ele perguntou.

–Olha, você me ama e eu te amo. Que mal tem em se beijar? – perguntei revirando os olhos.

–O que? – Matt perguntou engasgando. – Você me ama?

–Sim, eu te amo. Muito mesmo. – respondi.

Ele colocou uma mão em minha cintura e me puxou.

–Então eu vou te beijar sem culpa. – falou ele sussurrando.

–Á vontade. – sussurrei e seus lábios se encostaram nos meus.

E esse foi o melhor beijo da minha vida.

(…)

Anos se passaram e nós crescemos em Narnia. Matt me pediu em casamento, e como no sonho, foi perto de uma cachoeira.

Eu sempre soube que um dia nós teríamos que ir embora, e jamais esqueci do que passei antes de estar em Narnia. Com certeza essa foi a aventura mais longa que eu já tive.

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Não durou dias, mas sim anos.

E hoje estávamos cavalgando atrás do veado branco a toda a velocidade. Vimos Edmundo parado e voltamos até ele.

–Vem Ed. – chamou Susana quando chegamos perto dele.

–Estou recuperando o folego. – respondeu ele.

Eles conversaram um pouco enquanto Matt me olhou e me perguntou baixinho:

–Vamos embora, não é?

–Sim. – respondi simplesmente. – Mas vamos nos ver em Londres. – completei.

Ele sorriu e assentiu.

–Com certeza.

Vimos Pedro descer do cavalo e olhar para um poste que havia na floresta.

–O que é isso? – perguntou Pedro.

Descemos dos cavalos e fomos olhar.

–Vem de um sonho. Um sonho de um sonho. – sussurrou Lucia. – A sala vazia.

Ela se virou e saiu correndo pela floresta.

–Lucia. – chamou Pedro.

–De novo não. – exclamou Susana.

Saímos correndo atrás dela por entre as árvores e ela nos chamou:

–Venham!

Entramos em um caminho estreito que eu percebi ser do armário e em meio a reclamações de pisoes no pé e esbarroes eu caí e me vi sozinha na sala vazia. Eu não estava mais em Narnia. Olhei para minha mão e lá estava o anel de pedra azul que Matt havia me dado quando ele me pediu em casamento e uma lágrima caiu dos meus olhos.

Pelo menos Matt e Susana estão nessa época. Os Pevensies morreram á anos atrás e agora eles estão na verdadeira Narnia. Espero que quando eu morrer eu possa ir para lá. Mas como Aslam disse: “Uma vez rainha de Narnia, sempre rainha de Narnia” e isso me deixou aliviada.

–Ah, você está aí. O que fazia dentro do armário? – perguntou a velha Susana entrando pela porta.

–Você voltou para lá? Por favor, me diga que eu também voltei. Me diga que você me viu lá outra vez, Susana. – implorei a olhando e ela arregalou os olhos sorrindo.

–Sim, eu te vi lá outra vez. E Edmundo e Lucia viu também. E meu primo Eustaquio e a amiga dele, Jill, também... – ela respondeu.

Eu se levantei e fui até ela a abraçando.

–Que bom. Eu odiaria não voltar. Mas até lá, eu vou ter que esperar. – falei sorrindo e a soltando.

–Espero que consiga esperar. Senti falta de alguém para falar sobre Narnia. – ela falou sorrindo.

–Agora você tem eu e Matt. – respondi.

–Matt também? – ela perguntou.

–Sim, ele também. – falei e sorri. – Provavelmente ele foi para Narnia pelo guarda roupa dele. – falei.

Ela sorriu.

–Quanto mais melhor. – ela disse rindo.

–Também acho. – concordei. – Mas o que vai acontecer agora? Tipo... Eu fui pra Narnia, mas quando eu vou voltar? – perguntei.

–Não sei. – Susana respondeu e suspirou. – Eu queria saber o que aconteceu com os meus irmãos...

–Narnia foi destruída. – contei. – Mas eles estão na verdadeira Narnia. Eu acho que é o país de Aslam... – completei.

–Ah. – murmurou e me olhou seriamente. – Acha que algum dia eu posso ir para lá? – ela perguntou.

–Eu acredito que sim. Lembra do que Aslam disse? “Uma vez rei ou rainha de Narnia, sempre rei ou rainha de Narnia.” – citei – E você é uma rainha de Narnia. Você sempre será bem vinda á Narnia. – conclui.

–Então você e Matt não terão de se preocupar... Sempre serão bem vindos á Narnia. – ela comentou sorrindo e eu sorri de volta.

–Então agora começa mais uma parte da minha vida aqui em Londres. – comentei e suspirei sorrindo.

–Vai se acostumar rápido. Londres é incrível. – ela afirmou.

–Eu sei. Mas quando verei Matt novamente? Sinto á falta dele. – falei.

–Isso eu não sei responder. – ela falou e entramos no escritório dela.

Eu me sentei em uma das poltronas de lá e seu telefone tocou e ela atendeu, mas não prestei muito atenção no que ela dizia até que ela me chamou, afastando o telefone do ouvido.

–Lya, é pra você. – ela falou.

–Quem é? – perguntei distraída.

–Matt. – ela respondeu e eu pulei da poltrona indo até ela.

–Ele me ligou? – perguntei animada e ela revirou os olhos me passando o telefone.

Alô?! – perguntei.

Oi meu anjo, sentiu minha falta? – perguntou Matt rindo.

Muita. Está em Londres? – perguntei.

Não. – ele murmurou – Minha mãe adotiva me obrigou á ir com ela para uma cidade pequena em Washington.

Que cidade? – perguntei atenta.

Forks. – ele respondeu.

Já até sei o que você vai encontrar aí. – comentei rindo.

O que? – ele perguntou.

Segredo. Só uma palavra: C-R-E-P-U-S-C-U-L-O. – falei.

Não entendi. – ele respondeu confuso.

Não era para entender. Mas tome cuidado aí, fique a espreita e não confie muito nas pessoas. As aparências enganam. – aconselhei.

Agora eu entendo o porque de você ser “A Sabia”. – ele comentou rindo. – Vou sentir muito á sua falta. – falou.

Eu também, mas nós nos veremos de novo. Ainda temos que casar lembra, amor? – perguntei rindo.

Lembro sim, minha noiva. – ele respondeu rindo.

Vou ter que desligar para não gastar a conta da Susana. Mas me liga sempre. – falei.

Susana? – Matt perguntou.

É, te explico outro dia. Eu te amo. – falei sorrindo.

Eu também te amo muito. – ele respondeu.

Te amo mais. – falei rindo.

Impossível. – ele respondeu rindo também.

Fiquei mais um tempo se despedindo dele e depois desligamos. Susana não estava mais ali mas depois ela voltou para me chamar, falando que já tinha chegado a hora da janta.

Eu não sabia quanto tempo demoraria para mim ir á outra aventura, mas eu sábia que aonde quer que eu estivesse eu me lembraria que eu entrei em Narnia e que essa foi uma das melhores experiencias do mundo, nada me faria esquecer isso. Nem mesmo se eu fosse atingida por um obliviate.