The Heiress

Entrando Em Narnia. Parte I.


"Eu estava em um castelo medieval e em uma grande sala do castelo havia 6 tronos. Os tronos eram de ouro puro e o primeiro, o terceiro e o ultimo eram os mais altos. No primeiro trono estava sentado Matt, ele estava mais lindo do que nunca. No segundo trono estava sentada uma moça muito bonita, parecia uma Afrodite de cabelos castanhos. No terceiro trono estava sentado um homem de cabelos loiros e olhos azuis, e a beleza dele era estonteante. No quarto trono estava sentada uma garota de uns 11 anos e ela estava sorrindo extremamente feliz. No quinto trono estava sentado um moço de cabelos castanhos escuros com um sorriso divertido. No sexto trono estava sentada uma moça parecida comigo, extremamente parecida.

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Eu olhei aquela cena e percebi que todos usavam coroas. Presumi que todos eram reis e rainhas. Quando olhei para os olhos da moça parecida comigo, percebi que ela não era somente parecida comigo, ela era eu. E eu era rainha. Minha vista escureceu e todos eles desapareceram."

– Moça! Moça! - alguém me chamava. Abri os olhos e vi que era uma aeromoça. Sorri envergonhada.

– Desculpe, parece que eu dormi demais. - falei me desculpando. Ela sorriu.

– Não se preocupe. Já chegamos. - ela respondeu.

Assenti e levantei ainda atordoada com o estranho sonho.

– Obrigada por me acordar. - agradeci á aeromoça e desci do avião.

Eu havia chegado em Londres. O aeroporto estava extremamente cheio e eu estava praticamente perdida. Peguei a minha mala na seção de bagagem e comecei a andar por aquela multidão de gente que falava inglês. Sorte minha que eu era fluente na língua inglesa. Eu estava me sentindo aquelas pessoas que viajam para o exterior a trabalho. Seria fácil eu fingir que era uma executiva.

Suspirei pesadamente. Até eu achar a tal de Sra. Turner... E eu nem faço ideia de como ela é. Olhei para as pessoas que seguravam plaquinhas com os nomes das pessoas que foram buscar e em nenhuma plaquinha estava meu nome. Vi uma jovem senhora, provavelmente viúva e percebi que ela era parecida com a moça do meu sonho. Parecida com a rainha que parecia com Afrodite. Mais a senhora era mais velha. Era como se a rainha de meu sonho fosse uma versão mais nova dela. Suspirei e balancei a cabeça espantando os pensamentos. É só um sonho, Lya. Só um sonho. Lembrei-me de quando Nico dizia que sonho de semideuses nunca são apenas sonhos. Mas aqui eu não sou uma semideusa. Aqui eu sou apenas a Lya, uma garota que está praticamente perdida no aeroporto de Londres e não sabe o que fazer.

Vi a senhora que parecia com a rainha do meu sonho vindo em minha direção. Ela estava me olhando e sorrindo. Quando ela chegou perto de mim ela alargou o sorriso. Sorri de volta por educação.

– Lya? Lya Bellator? - perguntou ela como se já me conhecesse, o que era impossivél já que eu nunca a tinha visto antes. Á não ser no meu sonho, mas isso era apenas um sonho.

– Sim, sou eu. Desculpe-me, mas quem é a senhora? - respondi e perguntei da forma mais educada que eu pude.

– Oh! - ela pareceu decepcionada por eu não á conhecer mas depois voltou a sorrir. - Sou Susana Turner, sua mãe já te falou que irá ficar em minha casa? - se apresentou e perguntou.

– Oh, ela disse sim. É um prazer conhece-la Sra. Turner. - respondi.

Ainda bem que não vou mais ficar perdida por aqui. Suspirei aliviada. Graças a Zeus, eu não caí do avião e nem causei um acidente nele. As confusões tendem a me seguir. Confusão chamada Beny, a fúria máxima.

– Vem, vamos para casa. - Me chamou a Sra. Turner. Sorri para ela e a acompanhei.

Fomos até um Porsche preto e o motorista da Sra. Turner abriu a porta de trás para entrarmos.

Passamos um tempo em silencio olhando a estrada e a paisagem de Londres. Era exclusivamente lindo aqui. Embora, o Olimpo deve ser mais lindo ainda.

– Você não se lembra de mim, não é? - perguntou ela.

– Não, desculpe, mas não lembro. - respondi. - Minha mãe já me trouxe aqui quando eu era pequena? - perguntei.

De que outro motivo ela poderia me conhecer? A hipótese de ela me conhecer quando eu era criança é a única explicação.

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– Não, não, ela não trouxe. - ela respondeu. - Você vai descobrir o porque de eu te conhecer, algum dia. Espero que seja breve. - respondeu ela com um sorriso misterioso.

– Oh, ok. - respondi e sorri torto.

Por que eu estou me sentindo como se eu fosse uma idiota que não está percebendo algo óbvio? Mas o que seria esse algo óbvio?

– Oh, Aslam, por favor seja rápido, eu não suporto estar perto de alguma amiga minha que não me reconheça. - murmurou ela baixinho.

O fato de que não era para eu escutar e mesmo assim eu escutei me assustou. Foi como se alguém fizesse com que eu escutasse. Espera, ela disse Aslam? O nome dela é Susana? Oh, não. Como eu sou idiota. O óbvio está mais que óbvio. Ela é Susana Pevensie, a rainha de Narnia. E provavelmente ela me conhece porque... porque eu fui para Narnia?

É melhor eu não dizer que sei quem ela é porque eu não sei bem quem ela é. Só sei que ela é rainha de Narnia. E o meu sonho? Nele estava ela também. Ela não era parecida com a rainha que parecia a Afrodite, ela era a rainha. O fato de que ela parecia com Afrodite eu não sei bem explicar. Só sei que ela parecia com Afrodite, mesmo eu não conhecendo Afrodite.

Mas e o Matt? Por que ele estava no meu sonho? Deixa eu arrumar os fatos. O Matt caiu no mesmo buraco que eu. E como eu fui parar em me quarto, de certo ele foi parar no quarto dele. O problema é: 'aonde é que ele mora?'. Se o Matt está em meu sonho, é porque ele provavelmente também foi para Narnia. Ou vai para Narnia. Ou... ou já está em Narnia.

Ouvi meu celular tocando e olhei para a Susana, ops, Sra. Turner.

– Posso atender? - perguntei.

Ela sorriu e assentiu com a cabeça. É melhor eu me acostumar a chamar ela de Sra. Turner, antes que eu a chame de Susana, o que vai ser estranho.

Peguei meu celular e atendi.

Alô? - falei atendendo.

Lya? - perguntou o... Matt?

Matt? Como é que você tem meu número?– perguntei confusa.

Eu não sei. Só recebi uma mensagem de um numero desconhecido falando que esse era seu número. – ele respondeu.

Mas porque não ligou para a pessoa para saber quem era que deu o meu numero?– perguntei franzindo a testa.

Porque em vez do numero estava desconhecido. - ele respondeu. - Eu não sabia que podia mandar mensagem desconhecida.

Eu também não. - respondi.

Não tem problema eu ter seu número, não é?– ele perguntou. - Se você quiser eu não ligo mais. – continuou.

Não, fica relax, não tem problema.– respondi. Porque é que eu não percebi que falei inglês em Hogwarts e no acampamento esse tempo todo? - Aonde é que você está? Como é que você sumiu do acampamento?

Caí num buraco.– ele respondeu baixo. - Você está no acampamento? Lya, não diz para ninguém que isso aconteceu e...

Poxa, que coincidencia. Eu também. – respondi falando sobre o fato de ele ter caído num buraco. - E eu não precisaria dizer, todo mundo de lá já sabe.

Você também caiu num buraco? Aonde você foi parar? – ele perguntou meio desesperado.

Ahn, meio que... no meu quarto.– respondi.

Eu também. Só não sei como.– ele respondeu. Mas eu tenho certeza que ele sabe como.

Não sabe mesmo?– perguntei.

Tá, eu sei. Mas eu não posso te contar. – ele respondeu.

– Sabia que você sabia. Mas eu também sei, relaxa.– respondi de volta.

Sabe mesmo?– ele perguntou.

Sim, eu sei. Mas também não vou te contar. Aonde é que você tá?– respondi e perguntei.

Em Londres. - ele respondeu.

Em Londres? Putz, só faltava nós irmos para Narnia juntos agora. Se é que nós vamos para lá.

Ah, ok. Olha vou ter que desligar. Lembre-se de colocar uns 100 reais de créditos que eu tenho certeza quem em alguma hora e em algum lugar nós vamos precisar.– falei.

O que? Mas... – foi falando ele mas eu interrompi.

Só faça isso, ok? Tchau!.– falei e desliguei o telefone.

A Sra. Susana Turner me olhava curiosa. Ela olhou para fora e eu também. Vi que estávamos em uma casa de campo em estilo antigo. Acho que chegamos.

– Chegamos. - Ela falou.

Sim. Realmente chegamos. E parece que é aqui que começa minha aventura. Será que tem alguma sala vazia com um guarda roupa dentro? Espero que sim.