Rua

Hesitei ao tocar a maçaneta da porta de casa, pois eu sabia que minha mãe iria me entupir de perguntas quanto ao meu estado - Por que você está molhada? - Por que se atrasou? - Onde estava? - sinceramente eu não estava afim de responder nenhuma delas se quer. Girei a maçaneta e entrei, as gotas de chuva que estavam coladas em meu corpo gelado, começaram a pingar no carpete de casa e não demorou muito para ouvir a voz da minha mãe ecooar pelo corredor.

- Filha, é você? Onde estava?

Não respondi, apenas tentei correr até meu quarto e entrar num banho bem quente, e deixar as minhas roupas molhadas de lado. Minha tentativa falhou, logo que entrei em meu cômodo, minha mãe veio logo após, e ainda por cima uma cara meio... Brava estava estampada em seu rosto. Bati a porta do banheiro, mas a mulher não ia deixar essa passar - ela andava meio estressada ultimamente, e o porquê eu não sabia.

- Mônica! Abra essa porta! - Notei uma hesitação em sua voz - Por que está molhada?

Abri a porta e entreguei a ela um olhar desconformado. Será que ela não viu o toró que estava lá fora? Ah, fala sério né mãe! Você é cega é? - Credo Mônica, isso são modos? - Ri comigo mesma. Mamãe desenhou um sorriso bobo em sua face, devolvi a ela o mesmo, assim gargalhamos juntas. Estava fechando a porta quando Dona Luísa disse, em bom e alto som:

- São os meninos né querida? Ou melhor, \"o\" menino! - Chata; ela descobriu.

- Claro que não mãe! É a chuva mesmo!

Escutei ela rir no lado de fora, mas logo ficou um silêncio e eu retirei minhas roupas e entrei embaixo do chuveiro, onde as águas quentes, banhavam meu delicado corpo. Suspirei. Eu estava gostando demais do meu amigo de infância, que antigamente só brigava comigo e vivia com os olhos roxos, - coitadinho, sofreu nas minhas mãos - mas será que estaria ele apaixonado por mim também?

Certeza eu não tinha, mas a sua frase, dita minutos atrás, entrou como uma bala em meu coração - Eu te amo Mônica! - eu não queria me iludir, mas era mais forte que eu, bem mais forte. Eu estava perdidamente apaixonada por ele, e não tinha como reverter isso. Suspirei cansada e fechei os olhos.

***

Logo depois do almoço, ainda chovia, e Magali veio me chamar para assistir o jogo de futebol dos meninos no campinho. Não pensei duas vezes e já estava lá fora. Eu iria ver o Cebola molhado e sexy com aquela camisa grudada em seu peitoral! Ai meu Deus, pára tudo que eu quero descer! Puta merda, por que ele tem que ser tão lindo e gostoso? - tá, eu paro, é sério - Entrei embaixo do guarda-chuva da minha amiguinha comilona e andamos até o campo. Ela foi o caminho inteiro tagarelando.

- Ele te puxou pro campinho, é? - Sua curiosidade aumentava.

- E me beijou embaixo da chuva. - Suspirei de felicidade.

- Coméquié? - Torceu as sobrancelhas e logo riu.

Confirmei, fazendo um movimento positivo com a cabeça. Notei um sorriso alegre se desenhar em seu rosto bobo. Ela riu enquanto zoava comigo, me dizendo que eu era uma tonta e tapada ao não perceber que o Cê também me amava. Será? Será mesmo que ele me amava desde o início? Hesitei, parando no mesmo lugar, enquanto ela continuava a caminhar com o guarda-chuva. Algumas gotas tocaram meu cabelo e eu corri rapidamente sob a proteção que ela carregava.

- Será que ele me ama mesmo?

- Claro boba, eu acho que ele só virou um galinha pra chamar sua atenção.

- Não tenho tanta certeza disso...

- Ah Mônica! A verdade está na tua cara, só você que não quer enxergar.

Quando ela terminou de falar, virou-se para o campinho e correu abraçar o Joaquim; ele estava molhado assim como os outros, mas a chuva não estava tão forte como antes. Não demorou muito para o jogo começar e eu tomar uma bolada na cara.

Fim do 17º Capítulo.

heeeeeeeeey \"pípous\" UIASUIUSAHSUI SE GOSTARAM MANDEM REVIEWS E SE NÃO GOSTARAM FAÇAM O MESMO! hihi :x UIASUIHASHAH kissu :*