Amar Você

Jogo


Eu estava sentada na grama molhada, ao lado das outras meninas, que ali assistiam o tal jogo de futebol dos garotos. O jogo mal tinha começado quando a bola, encharcada de água, voou em direção a minha cara, acertando-a em cheio. Não podia ver, mas eu tinha certeza que ganhei um tom avermelhado que mais tarde ficaria roxo e inchado. Mas que saco! Gemi de dor e logo Cebolinha, que havia me acertado, correu ao meu encontro pedindo desculpas e passando a mão no meu rosto dolorido. Seus dedos acariciaram minha face e ele fazia movimentos circulares com o polegar. Ele tinha uma expressão de dó e de quem achou pouco, ao mesmo tempo estampadas em seu rosto.

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- Vai rir da minha situação é? - Encarei-o.

- Claro que não. - Pareceu hesitar - Mas vai ficar roxo, certeza. - Ele abriu um sorriso no rosto.

- Certeza. - Confirmei.

Rimos juntos, enquanto os outros nos encarávam, com os olhos arregalados, estranhando nossa situação. Acho que eles acharam que eu iria reagir batendo no pobre coitado, mas não, nós dois demos risadas! Ah, fala sério, passei dessa idade de menina invocadinha já! Logo ele voltou para o campo e continuou a jogar bola com seus amigos. Cê os dribalava tão fácil, eu descobri isso dá última vez que o vi jogando, quando eu fui comprar sorvete na padaria. Ele ficava tão sexy quando estava molhado e suado. Magali ainda estava segurando o guarda-chuva em cima de nós duas, para não nos molharmos. Logo ela dirigiu seu olhar para minha pessoa e começou a falar, não muito alto.

- Mô, sabe o que eu tava pensando amiga?

- Bom, eu ainda não descobri como que se lê mentes. - Caçoei.

- Hahaha, boba! - Ela riu - Então, que tal passarmos alguns dias das nossas férias lá no sítio do Chico?

- Que massa Maga! E ainda por cima estamos em época de Festas Juninas!

- É mesmo! - Ela pareceu empolgar - Estou com tantas saudades dele e da Rosa.

Concordei. Só a Magali para ter idéias tão legais como essa. Seria tão divertido e gostoso rever nossos amigos caipiras, fazia um tempo imenso que não nos víamos! Tentei imaginar como eles estariam, agora jovens. Tenho certeza que a Rosinha continuava meiga e graciosa como sempre foi, e o Chico... Ele eu não sei. Como estávamos em Julho, era provável que eles estivéssem planejando uma Quermesse para os próximos dias. Eu adoro quermesses! Comida e mais comida e... Tinha que parar com isso também, não queria ganhar a fama de gorducha novamente. Abaixei a cabeça, quando senti meu rosto ferver ao corar, quando Cebolinha me mandou um beijinho soprado, depois que ele marcou um à zero contra o outro time.

O sorriso que se desenhava em sua bela face era magnífico. Acho que ele estava gostando de mim também, mas eu só queria que não fosse uma apaixonite aguda, que acabasse com o tempo. Fitando o chão, eu estava no mundo da lua, apenas lembrando do sabor que o beijo do meu melhor amigo tinha. Queria sentir o toque dos seus lábios de mel nos meus novamente, sentir sua lingua roçar a minha e fazer com que elas dançassem juntas de novo. Poder desfrutar do seu carinho, do seu amor, se é que ele fosse verdadeiro e...

- Oi Mônica. - Não demorei para reconhecer sua voz.

Era o menino dos cabelos dourados e olhos iguais o céu azul. Era ele novamente, com aquele seu sorrisinho tímido e sem graça estampado em sua face. Fabinho sentou-se ao meu lado, na grama molhada, e fitou o chão também. Depois do oi ele não disse mais nada, apenas sorriu, como se esperasse alguma resposta minha. Ah, qualé? Vou ter que dar oi pra ele também? Não quero ser chata, mas ele já me deu no saco, literalmente. Depois da festa da Carminha, não fui mais com a cara de \"anjo\" dele. Apesar do seu sorriso lindo, nele tinha um tom de sarcásmo, sinísmo e ironia. Não gostava daquilo, não gostava dele.

- Oi Cretino, quer dizer, Fabinho. - Depois dessa eu quase ri.

- Como é? - Ele passou a me encarar.

- To brincando, Fábio! - Devolvi o mesmo olhar pra ele - Mas que falta de humor, colega!

- Calma lindinha, to brincando também, não pode não?

- Não. - Disse friamente.

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- Ah, agora você pode zoar com os outros e os outros não podem zoar com você, é? - O loiro franziu o cenho.

- Isso aí mané! - Afunguentei-o com as mãos e me levantei - Tchau.

Por Deus! Que garoto tapado! Esse ai é pior que eu pra enxergar as coisas que estão na frente dele. Revirei meus olhos e levei-os até meu amigo sexy e suado. Ele tinha ganhado o jogo por um à zero. Corri até ele e o abracei forte, fazendo-o me rodopiar em seu colo. Seus braços me envolveram, apertando-me contra seu peitoral másculo e forte. Senti meu coração bater mais rápido de novo.

- Parabéns Cê. - Eu disse um tanto encabulada.

- Obrigado Mô. - Ele me devolveu um sorriso torto.

Nossa, assim ele me mata! Ele levou sua boca para perto da minha e selou seus lábios nos meus, me dando um selinho quente e carinhoso. Senti uma desgarça elétrica passar por entre nossos corpos me fazendo estremecer. Acho que ninguém viu nosso beijinho de leve. Logo uma voz feminina soou em nossos ouvidos me fazendo acordar do transe apaixonante. Seu cabelo liso e loiro era como uma cortina que cobria seu rosto bobo, seus olhos verdes não eram lá tão belos e sua roupa também não. Ela vestia uma blusinha branca básica e uma saia de prega; que coisa brega, já até saiu de moda, credo. Preciso dar umas aulinhas de como se vestir, pra ela, tadinha. Sim, era a \"famosa\", Irene.

- PARABÉNNNNNNS CÊ! - Ela tinha uma voz de nojentinha - Você merece fofo!

Quase infartei quando ela lhe entregou um selinho nos lábios molhados dele.

Fim do 18º Capítulo.

ooooooooooooooooooooooooooooe! UIAHSUAUSHA! Desculpa a demora :B época de prova, sacomoéné? :P então :) aqui está mais um capítulo, avá >< ficarei feliz se receber reviews *saltita* siauhusa kissu :*