Heaven

O começo, de um fim?


O inferno na minha vida, começou em uma festa pós show que fizemos, eu consumi muita droga, comi muita mulher, fiquei bêbado. No dia seguinte eu já não sabia como reagir a tudo aquilo que estava ocorrendo. A heroína, maconha, cocaína, tudo quanto era tipo de droga, o que você pudesse imaginar, já estava fazendo parte da minha vida, mesmo sendo uma noite depois de ter consumido exageradamente tudo aquilo.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

O meu vicio com drogas, já era um pouco velho, mas não tão aflorado como agora, parece que agora eu necessito delas, de alguma forma. Não sei se é para sobreviver, porque isso só destrói, mas eu precisava daquilo, mas do que água para matar a sede, mas do que alimento para matar a fome.

Quando levantei, fui em direção a cozinha, passando pela sala primeiramente. Em cima de um balcão de madeira escura e arrojada havia um saco transparente, um saquinho relativamente médio, contendo cocaína dentro, e do lado, duas seringas sem uso e a heroína do lado. Abri uma das embalagens com cuidado, para que não caísse no chão, e após abrir, injetei. Uma breve sensação de estar nas nuvens, havia esquecido da existência de algumas pessoas, tudo isso durante alguns minutos. Não agüentei e cheirei a cocaína, e mais uma vez, aquela sensação tão gostosa de sentir. Só descansei, quando vi que tinha acabado tudo, e então peguei a minha guitarra, e fiquei tocando-a pelo resto da tarde.

Ao ouvir barulhos, vindo da parte de fora da casa, não me assustei. A porta se abriu, e era apenas Anth e Flea. Eles já estavam acostumados com esse lance de drogas, mulheres, sexo a noite inteira, e então não se assustaram. Só Flea, que me questionou sobre algumas coisas.

– John, você esta bem? Parece que exagerou um pouco na noite passada!

As drogas me davam uma satisfação momentânea, e depois delas, eu fica nervoso e sem paciência nenhuma.

– Sim, Flea... Exagerei, mas isso não é da sua conta.

Larguei minha guitarra, e sai. Fui em direção a um beco escuro, o qual Anth freqüentava às vezes. Comprei heroína, muita heroína e não esperei chegar em casa para consumi-las, na verdade, nem voltei para a mansão. Eu entrei em uma pequena casa, já sobre o efeito das drogas. Estava cambaleando, parecendo um morto vivo, e então percebi que aquela casa era um centro de prostitutas.

Não me importei com este fato, além de dormir lá, iria comer uma vadia gostosa como aquelas. Dito e feito. Uma mulher alta, morena, nem magra e nem gorda, veio em minha direção, começou a me beijar e tirar a minha roupa. Transamos. No dia seguinte, uma puta dor de cabeça, e um bilhete em cima da cama. Peguei o bilhete, guardei no bolso de meu casaco, e pulei a janela, afinal, eu não tinha como pagar o “serviço” já que na noite passada, gastei boa parte do meu dinheiro. Fui a pé para casa, pois, nem dinheiro para a merda de um taxi eu tinha... Ainda bem que deixei uma boa quantia guardada, pois teria gastado tudo!

Quando cheguei à mansão, já eram quase 13h00 da tarde, e todos, sem exceção estavam me esperando para começar a gravação de algumas musicas. Seus olhares me fuzilavam, e claro, que eu devia alguma explicação a eles, no mínimo.