Olá, meu nome é Kate Winsted, tenho 20 anos, e moro na Califórnia. Minha mãe abandonou meu pai quando eu tinha somente 9 anos, naquela época eu fiquei sem entender nada e revoltada, foi difícil pro meu pai, lhe dar com aquilo. Comecei a me drogar, mas logo me recuperei, graças a Deus. Meu pai me ajudou muito neste processo, e, sempre digo que ele é um anjo que faz parte da minha vida.

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No verão de 1986 meu pai precisou viajar a negócios, e eu tive que ficar em casa me virando sem dinheiro nenhum. Ele não havia deixado nada para mim, e eu teria que começar a trabalhar de alguma maneira, durante esses dias de sua ausência.

Procurei por trabalho em tudo quanto era lugar, e não achava nenhum que me chamasse à atenção. Entrei em uma pequena casa, escura, em um beco perto de uma ponte. Ao entrar me assustei um pouco com a aparência daquele lugar. Tinha vários quartos, sem porta alguma, somente com um tecido. Comecei a caminhar e vi, que havia uma pequena sala, parecida com um mini escritório, e uma voz me chama.

– Ei, menina, você mesma! O que esta fazendo aqui?

Eu indaguei:

– Eu? Não estou fazendo porra nenhuma, vim dar uma olhada neste lugar, ele me chamou a atenção... E, ah, eu tenho nome! Kate Winsted.

– Nossa, prazer Sra. Kate! Como vai? Veio a procura de trabalho, ou diversão com as nossas garotas?

Assustei-me, aquilo que eu estava pensando, era verdade.

– Não vim atrás de diversão com ninguém, ainda mais com garotas. Vim à procura de trabalho, mas não acho que este local me ofereça o certo. Posso saber o seu nome?

– Desculpe por não ter me apresentado! Meu nome é Luiggi, e eu que coordeno essa porra toda, com uma pequena ajuda, de uma pessoa que não vêm ao caso neste momento. Mas sobre o trabalho, acho que, com ele você conseguira coisas que jamais teria antes, a grana entra muito fácil por aqui... E então, você vai perder essa oportunidade? Sei que não esta achando emprego por ai... Esta um caos total.

Eu pensei, pensei e pensei, e a resposta seria “sim”. Eu não estava achando emprego em lugar nenhum, e essa seria a única opção. Acertamos as condições, e ficou decidido que eu ficaria com 45% do dinheiro que ganhasse sobre os clientes, era pouco, claro, mas melhor do que nada.


Comecei então a trabalhar, no começo foi muito difícil, eu tinha muita vergonha, e eles pediam coisas totalmente absurdas. Não contei para o meu pai sobre isso, e foi nessa época que comecei com as drogas, pois, não iria agüentar sóbria toda aquela pressão.

Então, eu resolvi que não iria trabalhar mais com aquilo, e durante este período eu já havia me curado. Meu pai continuava sem saber do que eu havia feito, é claro que desconfiava, mas eu nunca contei para ele. Na ultima noite de meu trabalho, pela porta da frente da pequena casa, entrou um homem, com uma aparência estranha, ele era bonito, mas era muito novo. Sua face estava sem cor, sem vida e ele perambulava pelos corredores, estava na cara que ele estava drogado ou bêbado. Esse seria o meu ultimo cliente da noite.

No dia seguinte, fui até seu quarto e deixei um pequeno bilhete com uma marca de batom nele que dizia:

“Sinto, que tu precisa de ajuda, mas não sabes como começar [...] Kate.”

E deixei o meu numero de telefone. Minhas esperanças afloraram e eu sentia que devia ajudá-lo.