World Of Heroes: A guerra por Azgalor

Capitulo 10 – Planejamento


Capitulo 10 – Planejamento

Era fim de tarde, David, Johran e Luiz estavam na biblioteca da mansão.

- estou falando, o martelo tem uma aura diferente das outras armas! Eu posso ver! – Johran olhava para Lavasmasher com desconfiança. Ao empunhá-lo na batalha em Seasun duas semanas antes, ele se sentiu invencível.

- eu acredito em você... Acho que já vi esse martelo em algum livro... – David estava diferente. Ria com mais freqüência e não mantinha mais aquele humor impassível de antes. Ele havia dominado o livro de magia sombria em uma única semana, aprendeu com Luiz o básico sobre magia do vento e magia de raios e estava criando sua própria magia. Todos já haviam feito isso, com exceção dele.

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- eu também... – Luiz estendeu a mão para uma das estantes de livros – O livro de Tavor! – ao dizer isso, um livro vermelho voou para a sua mão.

- Tavor? Quem é esse? – Johran estava confuso.

- um deus. Foi morto por Minos, que reclamou seu trono entre os grandes deuses. Tavor era deus do fogo e das forjas... Estou certo? – David olhou para Luiz

- sim... Todos os deuses, com exceção de Navror, o rei fantasma, são deuses novos. Quando novos deuses aparecem, eles lutam com os deuses mais velhos pelo trono, e normalmente os novatos vencem... Mas o rei fantasma é diferente... Ele é o único que restou dos antigos deuses de cinco mil anos atrás... – Enquanto falava, o velho mago folheava o livro em busca da pagina do martelo.

- os deuses não são imortais? – com o passar dos dias, Johran estava começando a ver a aura das pessoas. David tinha uma aura sombria e poderosa; já Luiz tinha uma aura tão caótica quanto poderosa, como uma tempestade contida; Bianca tinha uma aura forte, uma aura de esperança; Kragen tinha uma aura sem energia mágica... O que era estranho para Johran, mas Mariana era a mais impressionante. Os olhos dela haviam se tornado dourados, e sua aura era igualmente brilhante. Já Johran, ele tinha uma aura de fogo, poder perigoso, ancestral, e mais profundamente, uma aura de comandante.

- sim, eles não morrem, mas podem ser mortos com uma arma de metal especial. Quando eles são mortos, são banidos para as prisões na fortaleza de Navror. – o garoto de olhos negros havia estudado loucamente sobre tudo o que podia. Passava a maior parte do tempo na biblioteca.

- exato... Mas existe uma lei, nenhum deus pode matar outro. Para isso, o deus faz um acordo com um mortal. Um pacto, em que ele cede parte de seus poderes para o escolhido, que se torna o campeão desse deus, ou “olho” como os deuses chamam. Trinta anos atrás Minos fez esse acordo com o antigo rei, Damon Dragonrage, que, junto ao seu dragão invadiu a fortaleza de Tavor no plano divino e o estraçalharam, permitindo assim que Minos pegasse seu trono. – Luiz ainda folheava o livro em busca do martelo.

- Damon? O rei que desapareceu dez anos atrás deixando Azgalor na mão do conselho? – Johran ainda era um garotinho de oito anos naquela época, mas todos conheciam o antigo rei e sua armadura de escama de dragão.

- O próprio. Na verdade, dez anos atrás, Minos, Amós e Malygus descobriram que o rei fantasma havia sido corrompido. Minos deu a Damon a missão de investigar, e para isso Damon precisava encontrar a entrada para o mundo inferior. Desde então, Damon desapareceu. É provável que esteja morto. – Luiz conhecia aquela historia bem demais.

David estava ficando irritado com o velho mago por estar passando as folhas de modo tão natural. Ele estendeu a mão para o livro e murmurou “martelo de Tavor”. As paginas foram passadas rapidamente, como se fosse um vento. O livro permaneceu aberto na seção do martelo.

- onde aprendeu a fazer isso? – Luiz perguntou, nunca havia visto aquilo antes. O garoto de olhos negros apenas deu de ombros.

- Godforger, o martelo de Tavor gera metal derretido com o desejo daquele que o empunha. – o velho mago leu – isso não é apenas lava... Você pode criar qualquer metal... – ao terminar de dizer isso, ele teve uma pequena visão em que Johran re-forjava uma usando o martelo.

- você esta bem? – Johran olhava para Luiz com uma preocupação sincera estampada em seus olhos.

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- estou... – mentiu ele. Kragen, Bianca e Mariana entraram na biblioteca. – finalmente chegaram. – ele estendeu novamente a mão para a estante e o livro voou para lá. – Hora de planejarmos.

. . .

Todos estavam sentados em uma mesa que Obivilion havia instalado na biblioteca.

- me digam suas sugestões. – ordenou o velho mago.

- minha idéia é essa: eu poderia falar com meu pai, tenho quase certeza que ele colocaria seu exercito em minhas mãos. Mariana agora é líder do clã Lightbrawn, pode reunir os aliados do seu clã e assim marcharemos sobre a capital – disse Kragen com orgulho da voz, mas Johran levantou a mão.

- esta esquecendo de torre negra... – disse ele, olhando de relance para o martelo.

- o que tem torre negra? Todas as forças dos necromantes avançaram contra a capital. – Kragen se perguntava mentalmente porque as pessoas tinham medo de uma torre de pedra preta.

- respondendo a seu pensamento, apenas treze locais no mundo são capazes de abrir um portal que pode ligar outros mundos. Zul e seus necromantes abriram um portal para o mundo inferior, seus necromantes agora recrutam espíritos vingativos, isso sem contar com o ritual dos mortos, que gera aproximadamente cem mortos vivos por dia. – David havia descoberto uma magia de invocação de sombras, e agora ele tinha espiões em torre negra e na capital.

- espera! Você leu meu pensamento? – Kragen estava descrente, mas o garoto de olhos negros apenas deu de ombros.

- muito bem. A idéia de Kragen é ótima, mas vamos marchar sobre torre negra. – Luiz nunca viu ninguém ler mentes, isso era estranho.

- então faremos assim: eu irei até meu pai e pedirei seu exercito e Mariana convocará os aliados Lightbrawn... Bianca vem comigo? – Kragen olhou para a garota

- tudo bem... mas e os outros? – ela olhou para os outros dois garotos

- eu vou até Ironbrawn, tentarei conseguir a ajuda dos anões... – Johran tinha a estranha sensação de que os anões iriam gostar dele

- e você David? Se quiser, pode vir comigo... – Mariana olhou diretamente nos olhos do garoto, mas ele baixou o olhar.

- não posso... Um de nos tem que ficar aqui, caso algo aconteça... – David sempre achou aqueles olhos intensos, ainda mais agora que eram da cor de ouro.

- mas e Luiz? – perguntou ela

- eu tenho que buscar a ajuda dos outros magos... – Luiz respondeu, embora ele desejasse apenas sentar e descansar.

- entendo... Então temos de partir logo, não é? – Mariana estava visivelmente desapontada.

- sim. Temos que partir agora! – Kragen levantou-se

. . .

Duas horas depois, todos já haviam saído, restando apenas David e Obivilion, em sua forma de draconiano. Os dois conversavam na sala da mansão.

- acha que eles conseguirão? – David perguntou

- sim... Conseguirão... Mas você sabe, isso será só o começo... – respondeu o dragão

- sim... Eu sei... – o olhar de David se tornou sombrio. – você é mesmo obrigado a isso?

- infelizmente, sim... eu não poderei ajudá-lo quando ele mais precisar... e o destino dele... – Obivilion olhou para o céu.

- estará em minhas mãos... – completou ele em tom infeliz.

. . .

Naquela noite, Ilha dos Dragões

Era uma caverna ampla como um átrio. Cerca de trinta dragões dourados descansavam. No centro da caverna havia um trono dourado. E sentado no trono, havia um homem usando armadura completa de escama de dragão, com o elmo em forma de cabeça de dragão. Sobre suas pernas havia uma espada longa feita de metal vermelho, com a guarda em forma de dragão.

Um draconiano vermelho, três metros de altura e asas encolhidas entrou na caverna, foi ate o homem no trono e fez uma reverencia.

- Lorde Damon. Quais as ordens? – o draconiano olhava para o homem com um medo profundo.

- preciso que vá até Azgalor, perto da capital, uma mansão. Queime-a e mate o jovem mago que está lá. – Damon tinha uma voz extremamente rouca.

- senhor, ouvi dizer que o terror negro esta lá... – até mesmo os draconianos do continente sul, que se diziam inconsequentes aprenderam a temer o nome Obivilion.

- Obivilion esta fraco. Acabou de acordar... VÁ! – o antigo rei não gostou de dar aquelas ordens, mas foi obrigado a isso. O draconiano fez uma reverencia e correu para fora da caverna.

Damon se lembrou do dia de sua ruína, dez anos atrás.

- FlashBack ON –

Ele estava frente a frente com Navror, o rei fantasma. Damon atacou, mas o deus do mundo inferior lançou chamas verdes em sua direção.

- eu sou invulnerável! Você não pode nem arranhar meu corpo! – zombou ele

- seu corpo não... mas sua alma... – quando terminou de falar, Navror fechou o punho e Damon gritou de dor, um urro tão poderoso que a fortaleza chegou a balançar.

- FlashBack OFF –

- Maldito seja Navror. Me obrigar a matar um herói... – Damon murmurou amargamente.