Capítulo 13

PDV ELENA

Me mexi desconfortavelmente sobre a cama e senti algo repuxar meu braço, abri meus olhos e me deparei com um quarto branco, meu braço estava ligado a um pequeno fio que ia em direção ao soro. Choraminguei baixinho, eu odiava agulhas.

Percorri meu olhar por todo o quarto branco até que o paralisei meu olhar ao depará-lo com a figura do homem deitado na cadeira de visitantes, ao seu lado estava a pequena Katherine que dormia em seu colo com um pequeno ursinho rosa, não pude evitar o sorriso que escapou de meus lábios ao presenciar aquela cena. Era óbvio o carinho que rondava os dois.

Forcei minha mente a se lembrar do acontecido, mas as únicas coisas que viam eram pequenos flashes de memória. A única coisa de me que lembrava era do quanto fiquei nervosa ao ver aquele monstro no parque, as lágrimas que eu deixara escapar em meu percurso do mesmo até a minha antiga casa e do meu encontro com aquela luz que me segara momentaneamente.

Forcei minhas mãos ao procurarem o pequeno botão que eu usaria para chamar a enfermeira, não queria acordar Damon muito menos Katherine.

- Elena? – ouvi a voz vinda da direção de Damon, sem pensar duas vezes levei meu olhar até ele.

- Ãn... te acordei? – perguntei envergonhada.

- Não. – disse retirando Katherine de seu colo e a colocando novamente na cadeira e levantando-se vindo até mim – Você está bem? – perguntou com a preocupação estampada nos olhos.

- Estou... Eu acho. – falei olhando para os lados – O que aconteceu?

Damon olhou para a cadeira e suspirou.

- Ouvi sua ligação e fui correndo para a sua casa, fiquei um tempo por lá conversando com um amigo seu... Klaus eu acho. Quando estava voltando para casa me deparei com o seu carro... Bom seu carro estava completamente destruído e você estava nele.

- Meu amigo? Em minha casa? Mas eu não tenho nenhum... Pera você disse Klaus? O que ele estava fazendo lá?

- Acho que te esperando, quando sai ele ainda ficou por lá.

- Por que trouxe Katherine? Aliás, por que está aqui? – perguntei timidamente sem querer ser rude demais.

- Me desculpe. – ele falou olhando para baixo – Quando te vi, lá, naquele carro fiquei desesperado sem sabe o que fazer, como eu não podia deixar Katherine sozinha tive que trazê-la.

- Não, não. – o tranquilizei – Não quero dizer isso. – sorri um pouco – É bom ter Katherine aqui. – a olhei – É a minha única família.

Damon olhou para as suas mãos e em seguida direcionou seu olhar a mim.

- Sabe que pode contar comigo também não sabe?

Me virei de lado para olha-lo e gemi baixo de dor ao sentir a agulha do soro fazer um pequeno rasgo na minha pele.

- Ai.

- Nossa. – Damon riu baixo – Como você é desastrada. – ele esticou a mão para pegar o pequeno aparelho que chamaria a enfermeira e o apertou com cuidado. – Ela não vai demorar. – Damon levantou-se um pouco da cadeira e aproximou seu rosto de meu braço para olhar o meu braço.

- Acha que vou precisar levar ponto? – perguntei um pouco amedrontada.

Damon riu baixo, sua risada era linda, não era grossa, mas isso não deixava de ser máscula.

- Não foi um corte tão feio. Deixe-me ver. – disse e eu rapidamente estiquei minha mão em sua direção, o soro já estava longe do meu corpo e agora molhava de pouco em pouco a cama. – Olhe, - ele pegou o lençol da cama e enrolou sobre meu pulso – o sangue já estancou, viu?

Sorri de lado.

- Sim.

- Senhora Gilbert? – perguntou a enfermeira entrando no quarto – Senhora Gilbert, por que retirou o soro?

- Me desculpe, me movi um pouco e acabei me cortando. – direcionei o olhar para a minha mão.

A enfermeira direcionou seu olhar a Damon.

- Pode me deixar um pouco a sós com sua esposa? Preciso examiná-la.

Olhei para Damon com um olhar acusativo.

Como assim esposa.

- Claro. – ele sorriu de lado.

Abaixou seu rosto como se fosse me beijar, porém ele sussurrou em meu ouvido:

- Depois te explico.

Damon levantou-se novamente e andou até o pequeno sofá pegando Katherine, que resmungou baixinho, no colo.

- Você tem uma filhinha linda. – falou a enfermeira assim que Damon saiu.

Não falei nada, apenas assenti desejando que tudo fosse verdade, que Damon fosse meu marido e que Katherine fosse minha filha.