PDV ELENA

Encarei os olhos verdes a minha frente, eu sentia minhas mãos tremulas, ergui minha cabeça tentando não demonstrar medo ou qualquer expressão de dor. O homem a minha frente levou uma das minhas mãos ao meu cabelo retirando alguns fios que estavam grudados em meu rosto. Retirei as mãos dele de perto de mim rapidamente dando alguns passos para trás logo em seguida.

- Saia daqui. – murmurei.

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- Não antes de pegar o que é meu. – falou ele segurando meu braço, dirigi sem pensar meu olhar a sua mão. – Está com medo de mim? – perguntou dando um pequeno sorriso irônico. – Imagino como seria te ter agora... Lembra-se Elena? Lembra-se daquela noite em que te prendi em minha cama? Adoraria fazer tudo aquilo novamente.

Senti meu corpo estremecer, talvez não de medo, mas sim de nojo, nojo dele, nojo de mim mesma. Nojo de um dia tê-lo amado. Puxei meu braço com força.

- Tente chegar perto de mim Klaus. Apenas tente. Farei um escândalo tão grande que você nunca mais poderá sequer aparecer aqui. – eu disse tentando fazer a ameaça verdadeira, quem sabe até confiante.

- Eu tenho direitos sobre ele... Ou será ela? Aliás, quero participar da vida do meu filho.

- Seu filho? – gargalhei. – Você nunca terá um filho Klaus. Você sempre será assim... Um ser nojento, repugnante. Pelo menos até encontrar alguém que tenha a coragem que eu não tive.

- Elena, Elena, Elena – disse ele repetitivas vezes – quando irá aprender que sempre serei seu passado, seu presente e seu futuro?

- Você nunca fará parte da minha vida. – terminei por fim a conversa me virando e correndo para o meu carro.

Remexi minha bolsa atrás das chaves, abri o carro com agilidade entrando no mesmo em seguida e só então, após trancá-lo novamente, consegui liberar as lágrimas que insistiam em cair. Encostei minha cabeça no volante, eu estava derrotada e se Klaus tentasse me pegar novamente?

Desesperada não era a palavra certa para o que eu estava no momento. Bati com minhas mãos no volante.

O que eu faria agora? Peguei minha bolsa no banco do passageiro em busca do meu celular, eu precisava falar com Bonnie. Procurava em vão o número da mesma em meu celular, desesperada quando encontrei o número do Damon sem pensar duas vezes acabei colocando para discar. Levei o telefone até minha orelha e respirei fundo ao ouvir os bips.

Ao ouvir os bips cessarem ouvi a linda voz, a voz dele.

- Alô? – eu não conseguia pronunciar uma só palavra, os únicos barulhos que eu ouvia era a da respiração de Damon e os meus soluços constantes.

- Damon, eu preciso de você. – ao pronunciar essas palavras meus soluços pioraram e acabaram em choro.

- Aconteceu algo?

- Preciso de você. – foi a única coisa que consegui falar antes da bateria do meu celular acabar.

Coloquei o sinto rapidamente com minhas mãos trêmulas e liguei o carro, dirigi pelas ruas sem saber para onde ir ou com quem falar. Quando me dei conta que estava indo em direção a minha antiga casa. Ela estava toda acesa, parecia até que tinha alguém ali. Desliguei o carro e o tranquei me aproximando da casa, encostei minha cabeça contra a janela e vi ali uma pequena família, sorri involuntariamente lembrando-me da minha.

PDV DAMON

- O que aconteceu papai?

[...]

- Nada meu amor. Volte para o banho sim? – falei baixo tentando não transparecer minha preocupação.

Katherine assentiu e voltou correndo para o banheiro.

Olhei para a mesa onde estava meu celular, estiquei a minha mão pegando o mesmo, busquei na minha agenda telefônica o número de Elena, o celular estava desligado.

Caminhei até o banheiro onde minha filha estava tomando banho e chamei sua atenção atrás da porta.

- Katherine, se importa se eu chamar a Dona Ana para ficar com você? Papai tem que sair, mas volta logo. – suspirei.

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- Tudo bem papai.

Peguei meu celular o guardando em meu bolso, peguei as chaves do carro e as chaves de casa, passei na casa de Ana pedindo a mesma que ficasse com Katherine por alguns minutos e saí do meu apartamento, entrei no carro e dirigi rumo a casa de Elena.

Por que será que eu estava me preocupando tanto com ela?