The New Barbie

O começo... Do meu fim


- Venha. Vou te mostrar o resto do colégio. – disse a vovó revoltada ainda com aquele sorriso medonho.

Assenti e fui seguindo ela. De repente, ela parou e virou pra trás.

- Não vai trazer suas malas? – perguntou ela.

- Tenho cara de carregadora? – perguntei.

- Não temos carregadores. Se você não trouxer sua mala, ninguém vai trazer pra você. – disse a vovó com um olhar sério.

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- Ah. Que droga! – gritei e dei meia volta pra pegar minhas malas e fazer papel de carregadora.

Entrei no internato assombrado atrás da vovó.

- Ah, me desculpe. Eu nem me apresentei. Eu sou a diretora Morgana Müller.

- Hum. – não fiz questão de responder.

Por onde nós passávamos, as pessoas olhavam pra mim. Tudo bem que eu gosto de atenção, mas os olhares eram de nojo e confusão. Tsc. Até parece que nunca viram alguém bem vestido.

A vovó me mostrou a sala de música, quadra de esportes – a ao ar livre e a fechada -, a piscina, as salas de aula, o teatro, o refeitório, enfim... Tudo. Até que paramos de frente a uma porta em que dizia: “Dormitório Feminino”. Entramos em um corredor estreito e longo com um tapete longo azul-marinho com o símbolo da escola. Dos lados se encontravam portas de madeira. Fomos andando até chegar em uma das últimas portas.

A vovó abriu um pouco e pediu licença. Entrou no quarto e deu passagem para que eu entrasse também.

O quarto era bem simples para a minha desgraça. Tinha 3 camas de solteiro, uma separada da outra por um criado-mudo. O jogo de cama das 3 eram iguais. Eram da cor azul-marinho e tinha o símbolo da escola, tipo um escudo com as iniciais W.S no meio do mesmo na cor branca e em volta tinha duas plantas verdes. Sim, horrível eu sei. Do lado esquerdo tinham 4 portas e do lado direito tinha uma mesa com 3 cadeiras, um sofá marrom também e um rack com uma TV simples em cima.

- Senhora Müller. Perdão. Não ouvi à senhora. – se desculpou uma garota tão branca quanto à vovó, só que seus cabelos eram castanho-escuros e seus olhos eram azul-claros quase que brancos.

- Tudo bem, Elizabeth. Essa é Samantha. Ela será sua nova companheira de quarto. – disse a vovó e se virou pra mim. – Elizabeth te explicará tudo. Boa tarde. – concluiu, assentiu para a tal da Elizabeth e saiu nos deixando sozinhas.

- Muito prazer. – disse a garota estendendo a mão.

- Oi. – respondi dando um aceno e um sorriso falso.

- Bom. Essa é sua cama. – ela disse apontando para a cama que ficava no canto direito da parede.

Andei até a cama e me deitei. Estava cansada demais.

- Eu já volto. – ela me avisou e entrou em uma das portas do lado esquerdo.

Menos de 1 minuto ela voltou com uma roupa nas mãos.

- Esse é seu uniforme. Se vista. Temos aula daqui a 20 minutos. – ela avisou e me entregou o uniforme.

- Não vou usar isso. – falei e virei o rosto.

- Você não tem que querer. Tem que usá-lo se quiser estudar aqui. – ela disse ainda no tom de voz calmo e suave que me deixava visivelmente irritada.

- Será que ninguém me ouve? Eu NÃO QUERO ficar aqui. – gritei.

- Não me importa o que você quer! Só estou fazendo a minha obrigação de te ajudar. Agora se vista logo antes que eu chame a diretora. – disse ela agora alterada.

- Humpf. – resmunguei e peguei o uniforme de suas mãos. – Onde é meu banheiro? – perguntei.

- Você quer dizer nosso banheiro. – disse ela dando ênfase no “nosso”. É ali. – apontou para uma das portas do lado esquerdo.

- Nosso? – perguntei e me levantei da cama.

- Sim. Só há um banheiro, e nós dividimos. – disse ela com a voz recomposta.

- Que ótimo. – disse irônica e bufei.

Fui em direção ao banheiro e tranquei a porta. Me virei para observar o banheiro e quase desmaiei. Era um banheiro SUPER, HÍPER, MEGA, ULTRA... Pequeno. O meu closet era maior que isso daqui. Tudo bem, deixe-me descrever essa caixinha de fósforos. Na parede da frente tem uma banheira no canto direito e o Box do lado esquerdo. Na parede esquerda tem uma pia e o vaso sanitário do lado da mesma. E por fim, na parede da direita tem três porta- toalhas, sendo que só dois estão ocupados.

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Respirei fundo e contei até 20 para que me acalmasse.

- Morreu ai dentro? – gritou Elizabeth do outro lado. Garota abusada!

- Vai se ferrar! – gritei de volta e pude ouvir um risinho.

Ignorei e voltei a prestar atenção no uniforme. Era uma saia xadrez azul-marinho com branco que parecia mais um vestido porque a mesma era muito longa, uma camisa pólo branca, uma gravata vermelha e preta, um casaco largo da mesma cor que a saia, uma meia ¾ na mesma cor que a saia e o casaco.

Eu vesti a blusa pólo, coloquei a saia como se fosse cintura alta, coloquei a meia, vesti o casaco e deixei o mesmo aberto.

Saí do banheiro e assim que me viu, Elizabeth começou a rir que nem uma idiota.

- Do que está rindo? – perguntei.

- Não é assim que se veste o uniforme. – respondeu ela entre risos.

- Eu me visto como eu quiser! – falei colocando as mãos na cintura.

- Não aqui, queridinha. Aqui você se veste com o uniforme. – disse ela e puxou minha saia para que ficasse na altura do joelho. Se eu quisesse parecer uma velha eu iria a um asilo, por favor! – E do jeito certo. – concluiu e fez um gesto como se limpasse as mãos.

Ela ficou ajeitando meu uniforme para que ficasse igual ao dela. Pronto eu estava oficialmente virando uma tapada excluída pobre!