Edward POV

Eu estava descontrolado,furioso. Mal conseguia raciocinar,me sentia sufocado. Como ela pode simplesmente se esconder de mim por esse tempo todo? Porque ela não deixou que eu pelo memos tentasse explicar as coisas que tinham acontecido em meu passado? Essas eram perguntas para as quais eu provavelmente não obteria resposta..pelo menos não por enquanto

Tinha acabado de sair do escritório de Bella,e estava rodando meio que as cegas pela cidade. Não sabia pra onde ir,ou melhor não havia nenhum lugar onde eu pudesse ir que iria diminuir a dor que eu estava sentindo naquele momento

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Desde que Alice descobriu onde Isabella e meu filho estavam,eu venho tentando me convencer de que sou forte o bastante pra reencontrá-la sem que as feridas que se abriram em meu peito desde a manhã em que eu descobri que ela tinha desaparecido do hospital voltem a latejar,mais é claro que eu só estava me enganando. Eu não consigo me aproximar dela sem que as lembranças invadam minha mente,simplesmente não posso me controlar

E era por isso que eu tinha dito tudo aquilo. Agora não havia como voltar atrás,e pra ser sincero,mesmo que houvesse eu não voltaria. Ela merece sofrer ao menos um decimo do que eu passei esse tempo todo,e eu tenho o direito de recuperar o tempo que perdi com meu filho por causa de seu egoísmo. Eu ainda a amo,mas preciso me livrar desse sentimento nos poucos meses que ainda nos restam. Antes que esse amor completamente descontrolado acabe me enlouquecendo;

Estava decidido: Bella seria minha amante por três meses,eu conheceria meu filho enquanto me livro do desejo que ela ainda é capaz de me despertar,e quando acabasse eu a esqueceria. Será como se ela nunca tivesse existido

O toque do meu celular me dispertou de meus pensamentos,e eu relutei em atender ao ler o nome no visor. Não estava com humor,nem paciência pra falar com Alice,e eu tinha certeza de que ela teria milhares de perguntas sobre como tinha sido o meu encontro com Isabella. Acabei atendendo,eu sabia que ela não desistiria enquanto eu não dissesse tudo o que tinha acontecido.

-Onde você esta Edward? Como foi seu reencontro com Isabella? Você viu meu sobrinho? Responda,homem!

-Ser você me desse tempo para sequer respirar,quem sabe eu conseguisse dizer alguma coisa,não é irmãzinha?-minha voz era irônica, e isso fez Alice se calar. Contei tudo o que tinha acontecido á ela,tirando a parte em que eu tinha perdido o controle ao ponto de fazer aquela proposta maluca á Bella. Se sem isso,Alice já me chingou de todos os nomes feios que ela foi capaz de se lembrar,não quis nem pensar no que ela faria quando descobrisse o que eu pretendia. Alguma coisa bem no fundo da minha mente me dizia que Bella aceitaria o que eu tinha proposto,e eu mal podia esperar pra te-la em meus braços de novo

Afastando o ultimo pensamento para o fundo de minha mente,liguei o carro e segui para o ultimo lugar em que eu queria estar,mais o único para onde eu podia ir: a casa de Tanya,minha noiva

Bella POV

Já tinha anoitecido,e cada vez que eu ouvia o barulho de um carro passando em frente a casa,meu coração acelerava de maneira quase absurda. Antonhy estava deitado no sofá,com a cabeça encostada em meu colo. Ele estava calado, o que era totalmente incomum,e isso era o que bastava para que eu soubesse que ele também estava nervoso com a visita que teríamos essa noite.

Conversar com um menino de quase quatro anos de idade sobre um pai que elel nunca tinha visto não era a tarefa mais fácil do mundo,mais o pequeno pareceu entender que nossas vidas iam mudar depois dessa noite. Sem contar que ele estava curioso sobre Edward,e sobre o porque dele só ter vindo ve-lo agora.

-Mamãe,será que ele vai gostar de mim? –Antonhy perguntou,enquanto virava o pequeno rostinho em minha direção. Sorri pra ele,antes de responder:

-Mais é claro que ele vai gostar de você,amor. Seu..seu pai estava mesmo muito curioso pra te ver quando a gente conversou hoje a tarde sabia?-o som da campainha não permitiu que eu continuasse,e eu me levantei pra abrir a porta,enquanto ele se sentava no sofá,a cabeça pendendo para o lado e uma mecha dos cabelos cor de cobre idênticos aos de Edward caindo sobre os pequenos olhos verdes

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Assim que abri a pesada porta de madeira,comecei a pensar que meus olhos só podiam estar me enganando: O que Edward Cullen fazia na minha casa,na casa do filho dele com aquela vadia loira a tiracolo?

Meus olhos,mesmo que sem meu consentimento,cravaram-se sobre os dele,e eu reconheci o brilho que havia naquele olhar: aquilo era cobiça,desejo

Os segundos pareciam demorar a passar ,e o silêncio foi ficando cada vez mais pesado. Parecia que estávamos presos numa espécie de bolha que nos isolava do resto do mundo,e naquele momento tudo o que eu podia fazer era me perder no azul intenso do olhar de Edward,como se isso pudesse apagar,nos fazer esquecer de todo o tempo que passamos separados,todo o sofrimento que causamos um ao outro. Infelizmente,suas palavras me trouxeram de volta á realidade de forma brusca:

-Vai ficar parada ai até quando,Isabella? Já me fez perder 4 anos da vida do meu filho,não acha que está na hora de me deixar pelo menos tentar recuperar o tempo perdido?

Eu apenas respirei fundoo e me movi para o lado,deixando o espaço livre para que ele e a tal de Tanya entrassem. Eu me lembrava com uma exatidão assustadora do rosto quase perfeito daquela mulher,e não conseguia conter o ciúmes que eu sentia ao ve-la perto dele,mesmo que isso fosse completamente infundado,considerando as circunstâncias atuais

Assim que Edward entrou na sala,Antonhy se levantou do sofá e veio correndo pro meu lado,escondendo o rosto contra minha perna esquerda. Edward me olhou de forma quase acusadora,e eu me abaixei até estar na altura do meu filho. Quando falei,minha voz estava calma:

-O que foi que houve,meu anjo? Não vai falar com seu pai?

Ele me olhou por alguns segundos,e eu sorri de forma meio insegura,antes de me levantar e puxá-lo pela mão até onde o pai dele estava. Os olhos de Edward não se desviavam do rosto de Tony,e ele parecia incrédulo com a semelhança que havia entre eles. Eu não podia culpa-lo,nem eu tinha me acostumado com isso ainda,pra ele devia ser mais que chocante

Assim que nos aproximamos,Edward se ajoelhou e puxou o filho para seus braços pela primeira vez,segurando-o como se não pudesse acreditar que ele estava ali,como se não quisesse soltá-lo jamais. Me distanciei devagar,deixando que os dois curtissem o momento. Eu sabia que mesmo que Jake sempre estivesse por perto,Antonhy sentia falta do pai,e tinha certeza de que Edward o amava mais do que a própria vida,mesmo que nunca tivesse visto seu rosto antes. Esse era um momento especial,e só deles

Tanya me olhava de uma forma estranha,como se estivesse me analisando,ou algo parecido,e aquilo estava começando a me incomodar,então eu sai da sala e fui me “esconder” na cozinha. Eu ainda podia ouvir as vozes dos três no outro comodo,principalmente a de Tony,e acabei desligando a minha mente do que acontecia ao meu redor e mergulhando em lembranças. Acho que foi por isso que me assustei tanto quando a voz de Edward soou perigosamente próxima, e ainda mais rouca do que naquela tarde:

-E então,já pensou no que eu lhe propus mais cedo querida? Vai nos dar o que ambos desejamos desde o momento em que nos reencontramos,ou continuará fingindo que não se interessa?

Fiquei tão chocada com as palavras que ele disse, que me virei um pouco rápido demais,e meu corpo se chocou contra o dele. Antes que eu pudesse sequer pensar em uma resposta,fiz a besteira de olhar em seus olhos,e no segundo seguinte,sua boca descia sobre a minha. O beijo já começou sedento,quase voraz, mas eu não estava me importando com isso naquele momento. Tudo o que eu queria,tudo o que eu precisava era matar pelo menos um décimo da saudade que eu sentia dele. Ali naquele momento,mesmo enquanto seus lábios devoravam minha boca,suas mãos pareciam suaves enquanto acariciavam meu corpo,e eu pude ter um vislumbre do homem por quem eu tinha me apaixonado anos atrás: mesmo que tentasse esconder,no fundo Edward Cullen ainda era o cara que tinha passado oito anos amando uma garota que ele nem sequer sabia se acordaria. O homem que eu amava,e que eu lutaria com todas as forças pra trazer de volta.

Ele não desgrudou nossos lábios nem mesmo quando o ar se fez necessário,e eu estava arfante quando sua boca finalmente se afastou alguns centímetros. Continuei de olhos fechados enquanto lutava para normalizar a respiração,se eu o olhasse naquele momento,com certeza faria algo estúpido.

-Deus-ele murmurou,depois de alguns segundos-eu acho que nunca vou entender essa coisa que você desperta em mim,Bella. É incontrolável,e eu não consigo evitar,mesmo que me odeie com todas as forças por ainda querer você dessa maneira

-Ao que parece,a vagabundazinha loira não é o bastante pra te fazer esquecer o que sente por mim não é?-soltei sem pensar.depois que consegui abrir os olhos e me afastar dele. A imagem dos dois chegando juntos me veio a mente, e eu senti nojo.

-Não fale do que você não sabe-ele sibilou entredentes- Tanya é mil vezes mais mulher que você,que não passa de uma covarde incapaz de encarar os próprios atos

-Eu não sou covarde Edward,e nós dois sabemos disso-mantive minha voz baixa para não chamar a atenção de Antonhy,ele não precisava me ver discutindo com o pai.

-A não? E fugir como você fez,levando meu filho que nem tinha nascido,foi o que,um ato de coragem?

-Eu estava confusa,precisava de um tempo pra lidar com tudo o que tinha descoberto,e se eu ficasse por perto,não ia conseguir fazer isso. Eu tive que me afastar,e acredite,ficar longe de você esse tempo todo foi de longe a coisa mais difícil que eu já fiz

Ele não falou nada por um tempo que me pareceu longo demais,e quando finalmente resolveu se manifestar suas palavras eram cobertas de uma fria resignação:

-Eu não acredito em nada do que você diz,mais mesmo se isso for verdade,já é tarde demais pra tentar consertar as coisas,Bella. Apenas decida-se sobre o que eu lhe propus e vamos acabar logo com isso. Eu vou tirar você da minha vida de uma vez por todas,não importa o que eu tenha que fazer. Já passou da hora dessa obsessão que eu sinto acabar. A única coisa de que eu não me arrependo nessa história toda é o meu filho

E então ele simplesmente saiu,como se nada tivesse acontecido,me deixando ainda mais perdida do que eu já estava

O resto da noite foi um verdadeiro inferno,e eu só não subi para o quarto porque sabia que Edward me atormentaria ainda mais se pensasse que eu estava tentando fugir dele mais uma vez. Isso sem contar meu filho,que mesmo querendo se fazer de forte,ainda estava um tanto confuso com o aparecimento repentino do pai. As vezes ele era tão maduro que eu me esquecia de que Antonhy não passava de uma criança

Tanya estava disposta a me tirar do sério,essa era a única explicação que eu consegui encontrar para a maneira quase acusadora que ela me encarava. Quem aquela mulher pensava que era? Ela não podia me julgar,não fazia a menor ideia do que eu tinha passado esses anos todos,de tudo o que eu tive que enfrentar..sozinha. Eu podia jurar que ela não sabia nada sobre o passado de Edward:se eu não tinha conseguido lidar com aquilo quando soube,uma mulherzinha fútil como aquela não iria entende-lo de maneira nenhuma

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Edward estava agindo cinicamente,para dizer o mínimo:ele me encarava furtivamente,quando pensava que eu não estava vendo-o. Mesmo sem coragem de encará-lo eu podia sentir o peso de seu olhar sobre mim,e meu corpo se arrepiava vergonhosamente,só de pensar que ele ainda me queria,mesmo que fosse de uma maneira egoísta,quase doentia

-Vamos,Edward?-eu ouvi Tanya chamar,depois que desci as escadas. Tinha ido colocar Tony na cama,e ele tinha ficado acordado mais tempo do que costumava. Estava empolgado porque Edward tinha lhe prometido um programa de garotos na manhã seguinte.

Parei no ultimo degrau e esperei que os dois se levantassem e fossem embora de uma vez. Eu estava cansada,e já não aguentava mais a tensão constante que reinava no ambiente a noite toda. Mas é lógico que eu deveria saber que Edward não ia facilitar as coisas pra mim,de maneira nenhuma. Sua resposta foi curta,mais ele não me pareceu rude:

-Vá pra casa sozinha Tanya. Eu vou ficar. Ainda tenho alguns assuntos que preciso resolver com Bella,a gente se ve amanhã-e então ele se inclinou até beijá-la de forma calma e carinhosa,e eu desviei o olhar. Doía ver a forma como ele parecia focado em deixa-la feliz. Me fazia lembrar como ele costumava agir comigo,e era difícil saber que a grande culpada por todas as mudanças era eu. Eu o tinha perdido,e ao que parecia ele não me daria chance de tentar reconquistá-lo. Eu precisava conviver com isso,tinha que dar um jeito de aceitar

Depois que ela se foi,ele se virou e andou decididamente até estar parado em frente a mim,nossos corpos quase se tocando. Quando falou,sua voz estava estranhamente calma:

-E então,já sabe a minha resposta,Bella? Vamos fazer isso do jeito fácil,ou do difícil?

A cena do beijo entre ele e a vagabunda loira me veio á mente e eu não medi minhas palavras:

-Vai mesmo ter coragem de trair a mulher perfeita que acabou de ir embora com uma vagabunda como eu,Edward? Você costumava ser mais criterioso antigamente-minha voz transbordava sarcasmo,e eu sabia que isso era perigoso,mais não me importei

Isso pareceu realmente irritá-lo. Quando me dei conta,ele estava puxando meu corpo pra perto,e seus olhos estavam praticamente faiscando quando ele voltou a falar

-Eu não vou trair minha noiva,querida. Ela sabe de tudo o que eu planejo fazer com você,e é por isso que a coisa é ainda mais interessante. Eu vou adorar ver a forma como você vai parecer envergonhada quando voltar a encará-la depois uqe for minha de novo. Prepare-se para se arrepegggnder de cada maldita lágrima que eu derramei por você Bella

Antes que eu pudesse pensar no que estava prestes a fazer,senti minha mão voando de encontro ao rosto dele. Crápula,quem ele pensava que era pra falar assim comigo? Eu até entendia que ele estivesse magoado por tudo o que eu tinha feito,mais as coisas estavam começando a ir longe demais. Eu precisava recuperar o controle sobre minha vida,antes que Edward me enlouquecesse

Por incrível que pareça ele não se alterou,apenas se inclinou até uqe sua boca estivesse colada na pele do meu pescoço. As palavras que vieram a seguir me deixaram desconcertada:

-É bom que você esteja selvagem essa noite querida. Porque eu duvido que vá conseguir ser delicado..seu corpo ainda me enlouquece,por mais que eu tente negar

-O homem em que você se tornou me dá nojo,Edward Cullen-sibilei entredentes. Eu estava dividida entre empurrá-lo pra longe e beijá-lo até que ambos estivéssemos sem folego algum. Ele tinha esse incrível poder de me deixar confusa,e no momento,isso não era bom

-Não é muito diferente do que eu sinto por você,querida,portanto acho que eu não me importo-ele soltou um riso debochado antes de voltar a me olhar,e seus olhos pareciam querer desvendar minha alma. Por um segundo,eu pensei ter visto um vislumbre de dor naquele olhar,mais logo depois ele já tinha colocado de novo a mascara fria e impassível-e então,já se decidiu,ou vai me fazer perder mais tempo aqui essa noite?

-Eu não consigo entender o porque dessa sua proposta maluca,se você me odeia tanto-me afastei e comecei a andar pelo comodo enquanto falava,precisava de espaço pra tentar raciocinar com o mínimo de clareza-por que diabos quer me tocar daquele jeito de novo,se nem sequer consegue me olhar sem desprezo?

-Eu odeio você,e isso não vai mudar,Bella-ele respirou fundo antes de se aproximar e segurar meu rosto entre suas mãos-mais meu corpo parece queimar quando estamos perto,e eu só conheço uma maneira de acabar com isso. E acredite em mim,eu preciso acabar com isso,antes que eu enlouqueça

Quando ergui o rosto e vi seus olhos de novo,eu soube que mesmo que isso fosse errado,e que eu provavelmente só conseguiria me machucar ainda mais quando tudo terminasse,eu acabaria cedendo. Porque eu ainda não tinha encontrado uma maneira de esquecer,de deixar de amar aquele homem. Provavelmente nunca encontraria