The Ghost Ship

Desventuras no Queen


Justin P.O.V.:

Scooter estava falando comigo que o barco não iria afundar. Eu ri de quando ele disse que não era um barco fantasma, e sim um cruzeiro de primeira. Ele era meu pai, praticamente. Desde de quando meu pai parou de me ver com freqüência, ele cuida de mim como se eu fosse seu filho, para que eu não sentisse muito a falta dele. E sim, os castigos estão incluídos no pacote. Infelizmente.

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Quando o homem que me contratara chegou, vi uma garota com ele. Castanha, com um rabo de cavalo para o lado, olhos brilhantes da cor dos meus, vestido bege com babados marrons, sapato de salto. É nessas horas que eu agradeço por ser famoso.

Sr. Browning me apresentou para a filha, Emily. Fiquei meio hipnotizado com ela, mas consegui me recompor e cumprimentá-la com dois beijos nas bochechas. Logo me arrependi disso, por que ela pareceu mais hipnotizada que eu. Pra conhecê-la melhor, perguntei para Scooter se podia dar uma volta com Emily, enquanto ele e Sr. Browning conversavam sobre essas coisas de shows: Cachê, acomodação, segurança...

Enquanto andávamos, eu me permiti suspirar. O navio era incrível. Eu e Emily começamos a conversar, eu contei a ela minha história, ela contou a dela pra mim. E eu errei ao perguntar sobre sua mãe. Ela pareceu meio sem jeito, mas disse que a mãe havia morrido num acidente, se jogando em cima dela para protegê-la. Fiquei totalmente sem jeito, nossa, eu era um IDIOTA!

Emily disse que não havia problema, e voltamos a conversar. Quando vimos, já eram seis da tarde. Mas eu nem liguei para o tempo. E, o mesmo passou rápido de novo. Ela era linda, hipnotizante... De repente, segurei sua mão. Corei, mas segurei. Ela sorriu, corada, e tentei agir como se não estivesse derretendo por dentro.

Então, dei um passo, e o chão desabou abaixo de nossos pés. Literalmente. Antes de eu desabar, bati o rosto na extremidade do buraco no piso, e me agarrei a ele com uma das mãos. A outra mão segurou a mão de Emily. Ela começou a gritar, mas eu a acalmei, dizendo que não iria soltá-la, e comecei a gritar por socorro. Ficamos suspensos a sei lá quantos metros de altura até nos tirarem de lá. Um corte em minha face sangrava, eu tinha arranhões nas mãos, mas de resto, estava bem. Bem assustado.

Emily não parecia diferente. Estava tão assustada quanto eu. Não a vi mais, me levaram para uma espécie de enfermaria, para cuidar do corte. Era superficial, mas estava sangrando e ardendo. Scooter quase surtou quando eu expliquei a ele o motivo do corte, e, mesmo com seu surto extravagante, eu agradeci por não ter sido minha mãe. Ela teria me levado de volta pra Atlanta NO MESMO INSTANTE.

Depois de me liberarem, eu fui para meu quarto e fui ver a extensão do ferimento no espelho. UAU. Estava maior do que eu pensava.

-Barco estranho... – Murmurei a mim mesmo, indo tomar um banho e colocar uma roupa pra dormir. Senti o chão tremer por algum segundo, como se fosse uma repreensão, e me arrepiei. O navio parecia ter vida...

Coloquei uma calça de moletom e uma das primeiras camisas que arranquei da bagagem e as vesti. Quando estava no banheiro, ouvi uma voz feminina e sinistra me chamando, mas achei que fosse coisa da minha cabeça e deixei pra lá.

Deitei na cama, e apaguei bem rápido. Não tive sonhos, como sempre, mas, ouvi a mesma voz. Ela, dessa vez não chamava meu nome. Dizia que eu não estaria preparado, e que seria só dela. Que estranho.

Eu acordei cedo, umas sete da manhã, com um sobressalto. Estava suado e despenteado. Me levantei e fui me olhar no espelho. A estadia naquele barco estava e não estava fazendo bem pra mim. Definitivamente não foi a melhor visão do mundo. Eu estava com olheiras, de tantos shows e entrevistas, fugas de fotógrafos, além do cabelo em trapos e... Era impressão minha ou eu estava com marcas de saliva no canto da boca?!

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-Deus, eu babei. – Murmurei para mim mesmo. Depois, joguei a cabeça na pia e lavei o rosto. Muito bem lavado. Eu estava com partículas de DNA de saliva pela cara toda, queria me livrar delas!

Eu troquei de roupa e saí para dar uma volta. Parecia que eu era a única pessoa de lá. não encontrei Emily em lugar nenhum. Quando vi a piscina do navio, pensei que não seria uma idéia tão ruim dar um mergulho. Um mergulhinho só. Acabei ignorando as regras e dando um mergulho de roupa e tudo. Bem, roupa não podia descrever o mendigo que eu estava. Uma calça moletom e uma blusa meio velha, e chinelos.

Acabei arrancando a camisa, e mergulhando só de calça. Caí numa bomba, e o impulso foi tão grande que eu encostei as costas no fundo da água. Era a melhor sensação que eu podia sentir. Nadei um pouco até me chamarem. Quando cheguei na borda, o segurança sentiu um pouco de remorso de me dar uma bronca. Ri da sua reação e disse, numa risada, sacudindo o cabelo:

-Sei que estou errado. Mas, tem alguma coisa melhor que dar um mergulho de manhã?

Acabou que o segurança deixou eu nadar um pouco. Meu momento de artista estava correndo perfeitamente até Scooter aparecer e me mandar sair da água.

-Eeeei, por quê? – Falei.

-Vamos, Justin, sai daí, você sabe que é errado! – Ele disse, com um tom um pouco repreensivo. Bufei e saí da piscina, sacudindo o cabelo e espirrando água nele de propósito. Ele disse que eu era insuportável, e que não sabia por que ainda estava naquele emprego, numa risada.

-É por que você me ama, papai. – Falei, de brincadeira. Poderia parecer que eu o chamava de pai todo o momento, mas eu tinha muita vergonha de chamá-lo de pai quando a coisa era séria. Eu simplesmente corava e travava totalmente. Bem, eu pensei que Scooter me faria corar de novo, mas ele riu e voltou a dizer que eu era inacreditável.

-Eu amo ser Justin Bieber. Só eu consigo te irritar! Eu me amo! – Disse, encharcado da cabeça aos pés, com a camisa nos ombros, com as mãos na cabeça, rindo.

-Ok, ok, agora vá trocar de roupa antes que você pegue alguma pneumonia! – Scooter me cortou. – E, ensaio do show ás duas horas.

-A Emily vai estar lá?

-Por quê? Gostou dela?

-Ela é legal. E bonita. E, bem, quero ver se ela está bem. Lembra que quase morremos ontem? – Perguntei. Scooter deu uma risada e eu cheguei na porta da minha cabine.

-Justin se apaixonou... De novo... – Ouvi Scooter dizer, antes de ir embora.

-Ah!! – Murmurei, jogando minha camisa nele. Ele riu e jogou a camisa de volta, eu entrei no quarto e troquei de roupa. O dia ia render muito.