My Darkness

Chapter – Strange holiday


A cidade estava em festa, o feriado tão esperado por toda a cidade havia chegado, Eloise, acostumada, foi até a velha praça para ver os fogos de artifícios e o mesmo desfile de carros antigos, contando a história do Canadá.

– Será que posso te fazer companhia?

Eloise estava tão vidrada nas cores que mal reparou no moço loiro que se sentou ao lado dela, novamente ele perguntou.

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– O que é comemorado neste dia? – soou rouca.

Eloise virou-se para ver quem a tirou de seu transe, e lá estava ele, um novo forasteiro, ele continha um sorriso parecido com o de Damon, por um minuto ela pensou que fosse ele, pois a voz era quase no mesmo tom.

– É aniversário do Canadá. – mostrou um meio sorriso.

Ele se ajeitou sobre o banco duro de cimento e continuou a encará-la, de certa forma, deixando-a constrangida.

– Por um acaso conhece algum Damon? – arqueou a sobrancelha.

Eloise sentiu seu coração gelar, quem seria aquele estranho e o que ele queria com o Damon?! Sua cabeça martelava.

– S... – antes de terminar a frase, Damon apareceu.

Ele parou na frente de ambos, percorreu seus olhos azuis em seu irmão, Stefan se levantou e sorriu, deixando-a confusa, mas notou que Damon nada esboçou.

– Irmão? – saudou Stefan.

Damon, por sua vez, foi curto e grosso, com apenas uma palavra, respondeu.

– O que quer? – soou áspero.

Eloise continuou a encarar ambos, sem entender. Damon se aproximou de Lise e segurou em seu braço, antes que Stefan fizesse o favor de roubá-la pra si, como fez com Elena e Katherine.

– Preciso falar com você, é algo de extremo interesse. – respondeu Stefan, parado.

Damon soltou do braço de Lise e se voltou para Stefan, forçou um sorriso seco e rápido.

– Fale.

Stefan se aproximou dele, e deu uma rápida olhada em sua volta, como se quisesse dizer "Aqui não é o lugar certo", Damon sorrateiramente adentrou nos pensamentos de seu irmão.

Vejo que aqui seja o lugar que você deseja. – continuou com olhos fixos nele.

Stefan balançou a cabeça e soltou um longo suspiro.

– Não é mais. – respondeu claramente.

Damon grudou no braço de Stefan e o arrastou até a velha pensão, Eloise acompanhou com os olhos a forma que ele estava tratando seu único irmão, sentiu as pernas ainda bambas, ajeitou a blusa e sentou-se em outro banco para continuar a ver o desfile.

Damon abriu a porta da pensão com certa fúria e soltou o braço de Stefan, encarando-o com uma expressão nada amigável.

– Afinal, como me descobriu aqui? – grunhiu.

Stefan encarou-o.

– Não é difícil achar suas trilhas de sangue, meu irmão. – gesticulou com uma mão.

Damon cobriu o rosto enquanto vigiava, para ver se ninguém os ouvia, soltou um longo suspiro e voltou-se para encará-lo.

– Agora fale o que quer de uma vez, Stefan.

– Damon, Klaus está a sua procura e... – antes de terminar, Damon o interrompeu.

Damon mostrou um sorriso falso.

– E você veio bancar o bonzinho e me contar? Qual é, Stefan?! – grunhiu. – E Elena, onde ela está?

Stefan encarou-o por um minuto.

– Está bem e muito longe daqui.

– Longe... de mim, é isso? – aproximou-se bruscamente.

Stefan encaminhou-se até a porta, depois do final terrível que levou Katherine, Damon sumiu sem deixar rastros, mas Stefan sabia muito bem de seu interesse por Elena.

– Fique longe dela. – essas foram as últimas palavras de Stefan antes de sumir.

Damon arremessou o abajur na parede com toda sua fúria. Como assim ficar longe dela?! Sentou-se na beira da cama e abaixou a cabeça, cobrindo-a com ambas as mãos, sabia que não estava tomando as precauções corretas.

Eloise continuava parada, vendo o passar dos carros, a leve brisa soprou em seu rosto, deixando-o rosado. Damon levantou-se e aproximou-se da janela, e lá estava ela, sentada imóvel, com os olhos fixos nas cores vibrantes das fantasias.

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– Doce Eloise. – sussurrou contra a brisa.

As imagens e os acontecimentos da noite anterior não saiam de sua memória. O que assustou Noah e Brian? E como desapareceram, assim, do nada?

Coçou levemente a cabeça e soltou um suspiro.

[...]

– Não sou louca. – grunhiu baixinho.

Aquele feriado não estava sendo igual aos anteriores, parecia que algo estava acontecendo, mas algo muito ruim, Lise fechou os olhos para tentar paralisar seus pensamentos vãos.

– Oi, Lise.

Abriu seus olhos rapidamente e se deparou com Noah e sua velha jaqueta de couro, encarando-a, sorriu sem jeito e saudou-o de volta.

– Oi, Noah.

Ele sentou-se do lado dela, houve um breve silêncio, não tinha assunto, Lise sabia que se perguntasse a respeito do acontecido, ele não diria.

– Está lindo, não? – Noah puxou um assunto ralo.

Eloise encarou-o e balançou a cabeça e o silêncio predominou, a brisa estava aumentando e ficando ainda mais fria, sentiu seu rosto ferver, tomou coragem e, por fim, perguntou:

– De que grupo você estava falando ontem, com Brian...? – voltou-se para encará-lo.

Noah se ajeitou no banco.

– Você não vai acreditar se acaso eu te contar a verdade, vai? – encarou-a.

Eloise balançou a cabeça, curiosa. Como assim “a verdade”?!

– Se eu te contar que sou um...

Antes de terminar a frase, Robert apareceu, interrompendo com olhar severo e bem claro.

– Que bom vê-los apreciando o desfile. – primeiro encarou Noah, depois sorriu para Lise.

Eloise sorriu. Noah mal encarou.

– Você ia me contar...? – Eloise voltou-se para Noah, ignorando Robert.

Novamente Robert respondeu por ele, deixando Eloise confusa com a resposta.

– Grupo de Poker, coisas de homens. – mentiu.

Eloise encarou Noah, que desviou os olhos para outro lado, o clima pesou entre os três, mas Robert não poderia deixar Noah estragar tudo e assustar a garota.

– P-Poker? – perguntou.

Noah confirmou a mentira de Robert, não era de seu perfil desobedecer a seu líder, Eloise levantou-se e antes de sair disse:

– Vou indo, até mais.

Robert aguardou até que ela estivesse a certa distância e voltou-se para Noah, furioso.

– Você pirou, é, garoto?! Como iria contar isso?! Na certa, ela riria de sua cara. – grunhiu.

Noah levantou-se e encarou pela primeira vez seu líder e apenas disse:

– Dane-se.

Saiu sem olhar para trás, Lise esteve a um passo de ouvir a verdade e Damon ainda podia ouvir a voz de seu irmão em sua cabeça. Um feriado para se deixar para trás.