My Darkness

Chapter - Warning Ignored.


Noah estaria mesmo disposto a contar a Eloise sua verdadeira identidade? E Stefan, o que realmente estaria fazendo pelas redondezas de St. Jonhs? Estava falando a verdade tentando proteger Damon das garras de Klaus?

Lise acordou com uma dor de cabeça esmagadora, sentou-se na cama e esfregou os olhos lentamente, já podia ver os pequenos raios ensolarados invadirem seu quarto.

O que será que Noah iria me contar? — pensou de relance, não tinha caído na conversa de Robert. Levantou-se e foi até a janela, seu celular começou a tocar feito doido, porém o ignorou por completo. Resolveu que não iria para o trabalho naquela noite, iria verificar o que tanto Robert e Noah queriam esconder dela.

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Damon estava sentado na praça, vidrado em um canto afastado das pequenas casas, podia sentir que seu irmão ainda estava na redondeza.

Será que terei que te forçar a ir, irmão? — Adentrou na mente de Stefan, forçando um sorriso irônico. Stefan estava a metros da onde estava Damon, sentado em uma enorme acácia, perto do velho cemitério St. Louis.

Sabe que não me amedronta com sua ironia, meu irmão. — rebateu de volta.

Damon se ajeitou no banco e fixou seus olhos azuis cinzentos em direção ao cemitério.

Damon se levantou e atravessou a rua. Não estava preocupado com nada, apenas queria quebrar o pescoço de Stefan. A presença de seu irmão mais novo lhe causava repulsas.

Sem demoras, ele chegou perto dos portões empoeirados do cemitério de St. Louis e, com um sorriso nada amigável, se voltou para cima.

— Será que não vai descer para apertar minha mão, Stefan? — perguntou sarcástico.

Stefan maneou a cabeça e sua feição não era mais tão serena. Era óbvio que algo estava errado. Em um pulo ágil, desceu da imensa acácia e ficou frente a frente com seu irmão.

— Não estou brincando, Damon, ele está atrás de você. — disse.

Damon arqueou a sobrancelha, se aproximou bruscamente de Stefan, que não pode evitar o soco que o arremessou contra a imponente árvore. Stefan limpou sua boca suja pelo sangue e encarou-o.

— Vejo que é dessa forma que me agradece, Damon. – disse ainda sentado no chão.

Damon estava com sua expressão modificada, podia sentir o ódio crescer, devastando seu corpo. Apontou para seu irmão e grunhiu furioso.

— Some daqui!

Stefan se levantou lentamente, podia notar o imenso buraco na árvore, causado pelo impacto violento, mas antes de ir, ele apenas ressaltou.

— Saiba que ela nunca te esqueceu. — uma pontada de raiva contida exalava de sua voz.

Antes que Damon pudesse perguntar, ele havia sumido diante de seus olhos.

Então Elena não havia o esquecido, mesmo depois de ele ter se afastado dela, jurando nunca mais vê-la?

Algo no fundo de sua mente sabia que Stefan estava dizendo a verdade sobre Klaus, mas não deu muita importância para o aviso.

As horas pareciam não passar, os olhos de Lise estavam vidrados no horizonte, sua mente parecia não formar frases completas, estava perdida entre as falas confusas, podia ouvir a voz de Noah ecoar em sua mente.

Você quer mesmo saber a verdade?

Até que seu celular começou a tocar novamente. Ao pegá-lo, pode ver no seu visor 'Robert ', fez pouco caso e acabou deixando de lado. Por fim, pegou sua jaqueta e saiu o mais rápido que pode da pensão. Era noite de sábado e sabia que o tal grupo iria se encontrar depois das onze da noite na propriedade de Kevin, um dos amigos de Noah.

O vento era gélido e penetrante, o rosto fino de Lise estava rubro, mesmo assim, não iria desistir de ir até o fim. A passos rápidos, seguia a trilha de pedras até seu destino final, mas uma mão a puxou, trazendo-a para um lugar escuro.

Protestou, debateu-se, mas o dono daquela mão não a largou, até que a pressão se aliviou.

— Está maluco, idiota?! — praguejou, procurando quem havia feito aquilo com ela.

Sem demoras, Damon saiu da escuridão, parecia ter certo brilho nos olhos azuis escuros, que eram sinistros. Lise apontou para ele, furiosa.

— Olha aqui, pare de ficar me seguindo, está me ouvindo? — disse autoritária.

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Damon esboçou um rápido sorriso, aumentando a fúria dela.

— Você é muito curiosa, mocinha. — disse, encarando-a.

— E você acha que é quem para ficar por ai, seguindo as pessoas? — perguntou.

Damon riu e Lise não tardou em insistir que ele fosse embora, para deixá-la em paz em sua louca caçada por respostas mais concretas a respeito de Noah e do que estava acontecendo na cidade.

— Vai embora. — apontou para o escuro, furiosa.

Voltou-se para frente e continuou a andar a passos firmes, mas quando se virou para ver se ele havia obedecido a sua ordem, pode notar que havia sumido.

Estranhou, mas não disse nada. Ao se voltar para frente, acabou dando de cara com ele, parado feito uma estátua.

Berrou assustada.

— Está vendo? Não está preparada para ficar vagando por ai à noite. — disse irônico.

Eloise levantou uma de suas mãos para acertá-lo, mas ela parou e o encarou por um instante, como se quisesse entender o motivo de ele estar ali, seguindo-a. Estaria mesmo protegendo ela de algo?

— Olha aqui, Damon, não preciso de sua ajuda, mas que droga, sempre me virei sozinha, entendeu? — grunhiu.

Ele continuou parado enquanto Lise caminhava rumo à reunião dos vira-latas, os passos dela eram apressados, como se quisessem se livrar dele.

— Mas que garota teimosa. — grunhiu, com os dentes serrados, desaparecendo em meio às sombras da noite.

Em questão de minutos, Lise chegou perto da imensa porteira aberta, pode notar a plaquinha com o sobrenome "Jordan' entalhado na madeira. Observou, analisando se não tinha ninguém por perto, e rapidamente entrou, se escondendo atrás do conversível preto que estava estacionado bem na entrada.

Não conseguia ver nada, tudo estava em silêncio.

Droga! Será que eles resolveram mudar a maldita reunião? — pensou um pouco afoita com a ideia.

Um vento forte a surpreendeu, fazendo-a se desequilibrar e encostar-se ao carro, que sem demoras, disparou o alarme, causando um barulho ensurdecedor.

Lise se levantou e rapidamente correu para perto da porteira, ouviu os cachorros latirem no fundo da propriedade e entrou em pânico, começando a correr.

Mas parou ao notar uma imensa sombra na sua frente, parecia rosnar e babar, tudo que não desejava era acabar dando de frente com um lobo das montanhas ou um urso pardo, em plena escuridão.

Seu coração disparou e lentamente começou a recuar, mantinha seus olhos verdes fixos na sombra que continha dois olhos amarelos, impedindo sua rota de fuga.

Meu Deus! — pensou em pânico, sabia que se corresse acabaria se dando mal e se continuasse parada, também.

Damon observava tudo que ocorria em cima da árvore, lá estava o amiguinho dela, irreconhecível e transformado em uma besta fera.

Uma nuvem se afastou, cobrindo a imensa lua branca, deixando a noite um pouco mais escura.

Lise segurou uma ripa solta que estava ao seu alcance e lentamente a arrastou para perto de sua perna, seus olhos estavam vidrados e cheios de medo, sentia suas pernas tremerem.

Damon notou que o Lobisomem começou a se movimentar. Tinha que entrar em ação antes que Noah dilacerasse Lise em questão de minutos.

Pulou na frente dela, desviando a atenção da besta fera, que ainda estava acobertada nas sombras.

— Permaneça imóvel, querida. — soou até patético, mas não iria desobedecê-lo.

Mas uma voz o interrompeu, era bem familiar para Lise e para Damon, o velho Jack apareceu dentre as sombras, chamando a atenção dos dois para si.

— Não ouse levantar sua mão para um do meu clã, maldito sanguessuga. — soou irônica.

Lise continuou encarando o velho, pouco distante dela.

Os olhos de Jack estavam fixos em Damon, mas se voltou para ela e disse com ar irônico, notando o medo escancarado no rosto pálido da garota loira.

— Isso não é hora de garotinhas iguais a você estarem acordadas. — arqueou a sobrancelha.

Damon se voltou para o velho Jack e disse, ironizando o ambiente e aumentando a tensão:

— Mande seu vira-lata sair de minha frente. — soou autoritário.

O velho Jack sorriu e rebateu na mesma altura, deixando Lise ainda mais confusa com tudo aquilo. Sua mente só podia estar lhe pregando uma peça de muito mau gosto.

Queria correr, mas suas pernas continuavam imóveis, por fim, criou coragem e arriscou uma pergunta.

– O que está acontecendo aqui? Quem é ele? — perguntou confusa, encarando ambos e apontando para a sombra.

— Fique de fora. — repreendeu um Damon furioso.

Lise engoliu em seco.

A voz de Jack novamente chamou a atenção de ambos.

— Saiba que não permitirei que ele ataque essa enxerida, por mais que ela mereça, por estar mexendo com algo que desconhece. — respondeu seco.

Novamente Lise pode ouvir o mesmo uivo estridente e ensurdecedor, de quando Brian e Noah brigavam.

Rapidamente, Damon segurou o fino braço dela e a puxou para fora dali, já não conseguia ver mais nada ao seu redor a não serem as mãos dele em seu braço.

— Afinal, o que era aquilo? — soou boba a pergunta.

Damon se negou a respondê-la e continuou a andar, sem encará-la. Sentia suas veias arderem, estava com sede, era inevitável.

— Ta me ouvindo? — insistiu mais alto.

Damon parou bruscamente, fazendo-a se chocar com suas costas, derrubando-a no chão.

Ele virou-se, pronto para ajudá-la a se levantar, mas ao notar uma pequena gota de sangue saindo de seu nariz, se virou bruscamente.

— Grosseiro. — praguejou, limpando seu nariz na manga de sua blusa.

Damon firmou os passos. Não podia deixá-la ali sozinha, mas também não podia continuar com ela. Ambos concluíram o resto do caminho em um silêncio torturante, pois Lise tinha tantas perguntas a serem feitas.

A noite estava fria e a sensação estava por quase dominá-lo por completo. Um quarteirão antes de chegar à pensão, ele se afastou bruscamente dela, deixando-a confusa e sozinha no meio da rua deserta e pouco iluminada. Lise sentia sua cabeça doer, parecia ouvir o estridente som ecoando em sua mente.