A Última Palavra.

Capítulo 14


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—Todos prontos? –como não encontrou nenhuma objeção, Max continuou: —Ação!



Liesel fechou os olhos. Quando abriu, era Anne.



—Você não pode me impedir de vê-lo, Erich! –gritou com toda a força de seus pulmões. —Não tem esse direito!



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A menina deu as costas para o irmão mais velho e bateu o pé como uma criança mimada.



—Tanto posso que estou fazendo. –retrucou ele, com a voz suave. Contrastando com o tom calmo, Erich apertou firmemente o braço da garota.—Você não é dona do seu nariz e está longe de estar. Mas querida –afrouxou o aperto —Eu te amo.



Anne apenas riu. O riso doce e inocente que ele tanto apreciava preencheu o local.



—Mas é claro que você me ama. –sussurrou ao pé do ouvido dele. —É sua obrigação, você é meu irmão, no fim das contas.



Erich soltou o braço da garota como se ele estivesse em chamas. Sentiu o peito doer, percorreu-o com as mãos mas para sua surpresa, não tinha nenhum tipo de ferimento externo.



—Claro. –Erich soltou o braço de Anne enquanto puxava-a para si em um longo abraço. —Sou seu irmão.



•LIESEL E KURT•
Continuaram abraçados, mesmo depois
dos aplausos ecoarem
por todo o local.
Ela não pode ver, mas Kurt mantinha
um sorriso discreto no rosto.
Ele não tinha como saber,
mas ela sorria internamente.

• • •



A porta do escritório se abriu, um homem de altura mediana passou por ela.



—Incomodo? –indagou em um tom neutro, soberano, que dizia a Max que a única resposta aceitável era “não”.

•TINHA BARBA BRANCA•
E se tivesse cabelos, seriam da mesma cor.
Hoje completava 65 anos
e os botões estourados
da camisa pequena demais para seu tamanho,
diziam que não comprava roupas novas
desde os 20.

—De maneira alguma, delegado. –Max levantou-se prontamente e apertou a mão do homem.



—Em que posso ajudá-lo?


—Em muitas coisas, professor. –confessou. —Muitas coisas.



Um brilho sinistro passou rapidamente pelo olhar do delegado. Max não notou.

• • •



—Não sou um bebê, posso ficar sozinha por algumas horas sem cair do berço. –ironizou a garota. —Sabe... Se você não for, não vou contar a ele.



—Liesel. –Kurt passou o braço pelos ombros dela e apertou de modo reconfortante. —Você não vê que o Vandenburg só quer o seu bem? Ele só está sendo protetor. Além do mais, ele não está pedindo algo desagradável. Ou será que minha companhia é tão ruim assim?



—Claro que não, bobo. –Liesel ouviu-se dizer. —É só que...



—Shh! –Kurt abaixou até a altura dela e beijou-lhe a testa. —Vamos apenas ter uma agradável tarde juntos, ok? –sorriu quando Liesel olhou em seus olhos e assentiu.



Afastou-se dela e andaram juntos pelo caminho que a garota fazia todos os dias desde que fora morar com o judeu.



•FOI UM DOS DIAS MAIS FELIZES•
Que Liesel tivera ultimamente.
Ela só lamentava que Max não estivesse nele.