Lua e Sol

Capítulo 28


Shikamaru entrou na sala, observando com atenção as paredes claras. Duas cadeiras estofadas de vermelho, encostadas em uma parede, uma mesa com outra cadeira estofada, porem de cor azul claro... a mesa continha vários rolos de pergaminhos, um tinteiro, um mata borrão...

Ele estava quase pegando um dos pergaminhos, quando a imagem de uma jovem, muito parecida com Nobue, um pouco mais velha que a virgem, apareceu em sua mente. Ela usava um colan negro, era de baixa estatura, tinha olhos negros, cabelos da mesma cor e a pele pálida.A jovem o encarava séria, até que do nada, um sorriso surgiu no rosto dela. Era um sorriso que misturava uma tristeza muito grande, juntamente com uma certa arrogância.

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A jovem abaixou a cabeça, antes de desaparecer da mesma forma que surgira. Ele recuou um passo, olhando tudo em volta. Nada mudara. Shikamaru balançou a cabeça. A risada de Kagome fez que ele recuasse dois passos da mesa, antes que ela, entrasse.

- Ah, senhor Nara. Nobue-sama pediu que o senhor esperasse um pouco.Akamaru foi brincar com o gatinho de estimação da Sayuri e... bom... Quem mexe com o Gohu apanha feio!

- Akamaru apanhou... de um gato?

- Difícil acreditar, ne? Mas tal dona, tal gato... kami, bem que a mestra hana podia ter levado o pequeno demônio junto... mas acho que se ela levasse, era capaz dele... – Kagome riu ainda mais. – Sabe, aquele seu amigo, o tal de Kiba, estava falando mal da Sayuri com o cachorro. Daí o Gohu estava passando, escutou e avançou! Foi ate bonito de ver o talzinho sendo todo arranhado... Mas como cachorro é leal, Akamaru avancou no Gohu... E o Gohu é pior que gato ninja...

Kagome começou a rir novamente, antes da porta ser aberta. Nobue entrou, muito irritada.

- Kagome, você pode chamar Jun, por favor?

- O que você quer com a mulher-leopardo?

- Kagome!

- Já fui, já fui... – kagome ergueu as mãos, suspirando. Bateu continência para shikamaru, antes de sair. Nobue ofereceu uma cadeira para Shikamaru, antes de sentar-se atras da mesa.

- Senhor Shikamaru, o cachorrodo senhor kiba ficou muito machucado.Tivemos que aplicar sedativos nos animais e nos donos dos animais... Se não se importar, o senhor é que terá que voltar a sua vila, para buscar a ajuda de Tsunade-sama e também...

Nobue suspirou e botou as pontas dos dedos nas temporas,massageando-as. Fechou os olhos, enquanto mexia os lábios, sem emitir nenhum som.

- Algum problema?

- Não. – Nobue tirou as mãos das têmporas e sorriu fracamente para ele. – Eu apenas... Bem... Não consigo achar uma pessoa.

- Se eu puder ajudar...

- Infelizmente, não pode... A menos que o senhor conheça...

Uma batida na porta interrompeu Nobue. A jovem mandou entrar e Shikamaru surpreendeu-se com a entrada de uma mulher negra, cabelos crespos na altura dos ombros. Ela trajava uma túnica amarelo queimado, assim como a calça, usando sapatilhas. A mulher curvou-se lentamente, antes de dar um breve olhar a shikamaru, encarando entao Nobue. Jun era extremamente linda.

- Jun, preciso que você me faça um favor. Esse senhor, é o cunhado do homem encontrado... – Jun assentiu e fez um sinal para Nobue avançar. – muito bem. o que quero, é que você o leve o mais perto de...

Jun novamente sem falar, passou dois dedos na testa, como se fossem uma faixa.

- Sim, ele é ninja. porem, como você sabe o caminho mais perto para...

Jun fez um triangulo com as mãos e assentiu.

- Jun irá lhe levar até em casa, senhor Shikamaru. Eu espero que... – Jun bateu uma palma na outra e entao apontou para Shikamaru e fez sinal negativo com a mao esquerda. Fez otriangulo novamente e apontou para o próprio peito. Nobue riu, antes de se dirigir a Shikamaru. – Jun irá para a casa dela, em Suna. Acredito que a partir dali não haja problemas para o senhor chegar em konoha.

- Ela mora em suna? – Shikamaruencarou Jun, e ela o encarou de volta erguendo a sobrancelha.

- Sim. – Nobue falou com simplicidade. – quanto tempo você acha que vao demorar, Jun?

A mulher franziu a testa e entao levantou três dedos.

- Dias? – Nobue perguntou, sendo que a outra negou com a cabeça. – entendo... Senhor Shikamaru, daqui a três semanas, estará em Suna.Tomara que...

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- Nobue sabia que o Gohu não apenas arranhou o coitadinho do cachorro? Ele quebrou a pata do Akamaru! – Kagome entrou falando, sem bater. – aquele chato do Inuzuka estava rosnando porque a bruxa da Sayuri...

- Kagome!

- Oi?

- Já que Sayuri não vai poder dar aulas por no mínimo uma semana, você pode reunir a classe dela no local habitual? Já pedi para avisarem a mestra Arashi, que ela vai ficar com aquela turma, pelo tempo que Sayuri estiver em recuperação.

- Coitadas das crianças. – Kagome suspirou, entao acenou e saiu. Jun fez uma breve reverencia e saiu também.

- Essa moça, Jun... Ela não é muito sociável não é?- Shikamaru falou, percebendo que Jun não falara uma única palavra.

- Jun é muda. Ela escuta perfeitamente, apenas não fala. – Nobue falou, dando um sorriso. – A partida de Jun está marcada para amanha de manha, se o senhor quiser ir falar com os seus amigos... E alias, se quiser ir com ela...

- Isso que eu vou fazer. Muito obrigado, Nobue-sama.– Shikamaru levantou-se. apenas tomaria a decisão de partir, depois que realmente visse a situação de Kiba.

Assim que a porta se fechou, Nobue levantou-se, saindo da sala. Kiba Inuzuka era um ninja parceiro. Jamais voltaria a konoha, sem o seu cão ninja, a menos que ele estivesse morto. E mesmo o cão estando morto, levaria o cadáver para ser enterrado perto de si. Mas, apenas ferido, como era o caso, Kiba não sairia de perto do animal... Levaria umas duas semanas para ele estar bem.

Nobue saiu do pequeno prédio, se encaminhando parao templo, na parte mais alta da vila. Um breve sorriso surgiu em seus olhos. Nem Sayuri nem Kiba estavam prontos para, o que todas ali já haviam entendido. Eles seriam companheiros, amigos, amantes, tanto no sentido físico como no senntido platônico da palavra... Provavelmente o genio excessivamente rígido de Sayuri abrandaria-se com o sorriso, bom humor do Inuzuka.

A antiga mãe, Yukina, teria sorrido e principalmente, abençoado a união. Ela, Nobue, apenas ficava entristecida pois Sayuri era a melhor guerreira da vila. Sayuri não quisera, em momento algum, ser a líder. Aquilo não estava em seus planos.

Sayuri gostava de dar as suas aulas de artes marciais e principalmente, trabalhar no hobby, que a cada dia que passava, estava fazendo famosa fora da vila. Logo chegaria o dia, que Sayuri teria que escolher qual vida ela continuaria a viver. E Nobue tinha certeza, que não seria escondida em uma vila, protegida por magia, ensinando a crianças como se defender.

Lua e SolLUA E SOL LUA E SOL

Tomoyo estava sentada, observando a lua, quando percebeu um vulto aproximando-se. a energia de Hana, mesclada com a de um homem, que Tomoyo encontrara por breves momentos. Quando a mestra sentou-se ao lado da pupila, tomoyo conseguiu perceber que Hana tinha os olhos vermelhos.

A ovem ficou em silencio, até que a mais velha começou a falar.

- A mãe morreu. Yukina foi substituída por alguém de mesmo poder e gentileza.

- Nobue. – Tomoyo puxou ar, soltando-o lentamente. – é difícil de acreditar, que alguém tao jovem como ela, seja a responsável por...ia

- Nobue não é apenas a responsável pela vila. Ela agora é a peça de ligação entre Tomoyo Uchiha e você.

- Eu prometi a mãe Yukina, que ficaria longe da vila. Eu não...

- Você um dia vai voltar, Tomoyo. Vai voltar e precisará não só da ajuda de Nobue.

- qual a missao que a senhora disse que estava sendo me dada?

- Sanae. Ela não irá ate a vila. Ela crescerá aqui, junto aos pais, junto aos amigos... E junto a você. fui falar com o pai dela... Você a educará como curandeira. Ensinará nossos princípios.

- E a espada? – Tomoyo perguntou, sem se conter.

- Nada mudou com relação a ela. Você continua sendo a guardiã. Cuide especialmente, para quea Uchiha não se apodere dela.

- A Uchiha não irá por as mãos nela, não se preocupe. – Tomoyo olhou preocupada para Hana. – por que você está assim, mestra? Posso ajudar?

- Você não pode apagar as mentiras que eu escutei essa tarde, menina. – Hana olhou para Tomoyo. Aquela garota sempre tivera os olhos sérios. – Eu conheci Gai Maito antes de engravidar de meus filhos. na época, ele parecia um rato subnutrido.

- O tempo passou, mestra.

- Passou. Ele continua a ter a alma boa. Por isso, eu peço que você pense muito bem antes de caminhar em direção a ele, Tomoyo. Não imagina o custo que foi...

- mestra Hana, de todas as pessoas desse mundo...

- Eu sei. Sei, Tomoyo, também da sua divida com Itachi.

- Itachi salvou minha vida varias vezes. Eu não vou renegar minha vida, se necessário, para...

- Escute, Tomoyo... Gai é muito mais velho que você. não que você ou ele sejam desmiolados. Mas...

- Meu pai tinha idade para ser avô da minha mãe. – Tomoyo falou, encarando Hana. – E eu não vou desistir do único homem que fez meu coração bater com força, mestra Hana.

- Gai ajudou a matarem o seu pai. – Hana falou, de maneira suave.

- E eu espero que ele esteja, dessa vez, realmente morto. Pois se não estiver, se for necessário, eu irei partir atras dele para liquidar de uma vez com essa historia.

- você não pode sair de konoha. Não sem uma grande proteção. O rei dos demônios... quer que o seu poder esteja nas criaturas que ele quer criar.

- meu poder... – Tomoyo riu ironicamente. – o poder de meu pai foi trancafiado junto com Tomoyo Uchiha. Ele não irá conseguir pegar.

- E o poder que você tem de sua mãe? você não o trancafiou junto com o outro poder. E é esse que o rei dos demônios quer.

- Que mentiras a senhora escutou para ter voltado tao amarga?

Hana levantou-se, sem fitar Tomoyo. A menina era muito jovem, para saber as dores do seu coração... Ter o homem da sua vida lhe dizendo que criara a irma... Ele havia se casado para proteger a mae. Nascera uma crianca, filha de seu pai... Morta.

Mas as crianças que ele cuidara, que educara, não eram do pai. Eram dele. Ele se deitara com a mulher, ele tivera crianças com ela... Mentira-lhe descaradamente. Ela não conseguira evitar o toque dele. Os seus beijos. Sua desonestidade, era o que fazia ela sair dali. Ela apenas iria ao encontro de Tsunade, no dia seguinte, lhe dizer para parar de procurar pela crianca que Madara Uchiha lhe roubara.

Pois a criança, Tomoyo, já não existia.

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