Erros do Passado

Deus não! Meio-Sangue Poderoso!


Capítulo 16-Deus não! Meio-Sangue Poderoso!

PDV Percy

-Na verdade tem sim, Annie. –eu fiz uma pequena pausa e em seguida completei: - Annabeth, eu sou Perseu Jackson, o deus dos Heróis e de tudo que os cerca. Me perdoe Annie. Me perdoe...

Não consegui olhá-la. Ela estava chocada com minhas palavras... Sem reação...

E quando eu pensei que tudo ia ficar bem... Que ela ia entender...

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

A reação que eu já esperava chegou...

Annabeth puxou sua mão da minha e, se levantando, começou a gritar:

-COMO VOCÊ FEZ ISSO COMIGO? COMO? DEPOIS DE TUDO QUE NÓS PASSAMOS... VOCÊ ME TRAIU PERCY! PENSEI QUE NÓS FOSSEMOS NOS ACERTAR... FICARMOS JUNTOS... ENVELHECER JUNTOS... TER UMA VIDA NORMAL PERCY! MAS NÃO! NÃO ERA O SUFICIENTE PARA O GRANDE PERSEU JACKSON! VOCÊ QUERIA MAIS! EU NÃO ERA O SUFICIENTE! EU NÃO SOU O SUFICIENTE NÃO É PERCY? OU MELHOR, GRANDE DEUS PERSEU JACKSON O DEUS DOS HERÓIS. –eu escutava tudo calado. Eu já esperava essa reação. Ela se sentia traída... Eu também me sentiria assim. E só de pensar que a minutos atrás ela estava me apoiando a contar...

Levantei-me ficando de frente para ela... Eu não deveria chorar... Eu devia parecer forte... Mas eu já não estava nem ai.

-Me perdoe... –minha voz saiu como um sussurro e quando percebi já estava chorando. –Era a única chance... Eu não queria... Eu não quero ser um deus... Não sem você... Não sem a mulher que eu amo... Os deuses disseram... Disseram que eu não sou um deus... Pelo menos não só isso... Eles disseram que como eu sou o deus dos heróis e já que eu só aceitei ser um deus para salvar uma heroína, eu sou, além de deus, um herói... Continuo a ser um meio-sangue... Sou um meio-sangue com poderes de deus... Sou ainda mais poderoso que um deus pelo fato de ser “deus” dos heróis e de tudo que os cerca. Tenho controle sobre tudo que um semideus tiver, tem ou teve contato... Eu ainda sou um meio-sangue... –disse tentando convencer mais a mim mesmo do que Annabeth.

-Isso não existe... –disse ela fria.

-Existe sim! Olhe. –disse tirando a camisa para que ela pudesse ver meu icor.

-É vermelho...

-Sim! É vermelho! Mas ainda sim é icor. Eu ainda sou um semideus Annabeth... Só que eu estou mais poderoso... Só isso...

-Você é imortal... –sussurrou ela.

-De fato. Estou buscando um jeito de conseguir com que todos no acampamento também sejam imortais. Mas minha mente tem um bloqueio... Só consegui fazer com que o tempo não passe para quem está no acampamento... Sabe... Quem entra no acampamento não envelhece... O tempo para... Mas continua a correr para as pessoas lá fora... E como viver sem envelhecer... Entende? As pessoas sentem o tempo passando... Mas elas não envelhecem... Elas não são de fato imortais... Mas não envelhecem... Se eu parar de congelar o tempo elas voltam a envelhecer... Entende? Meu objetivo é conseguir com que os semideuses sejam imortais assim como as Caçadoras de Artemis.

-Então você congelou o tempo? Nenhum campista vai envelhecer? Vamos continuar sempre na mesma idade?

-Bem... Sim... E não. Eu congelei o tempo sim. Nenhum campista vai envelhecer... Mas vão ficar mais velhos... Mas não vão envelhecer... Entendeu? Assim como os deuses... Eles têm não sei quantos mil anos... Mas aparentam ter 20 ou 30 anos...

Ela confirmou com a cabeça.

-Annie, eu sei que para você não deve ser fácil, mas... Entenda... Por favor... Tente entender... Eu não tive escolha... Espero que um dia consiga me perdoar...

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

Cheguei mais perto dela e lhe dei um selinho:

-Eu te amo! –sussurrei em seu ouvido.

Fui em direção a porta quando ouvi:

-Aonde você vai?

-Vou acertar as contas com um certo filho de Cronos. –respondi já com ódio nos olhos.

Ela olhou nos meus olhos. Ela parecia assustada. Com medo. Quando eu confirmei com a cabeça pude perceber que ela já suspeitava. Suspeitava, mas não queria acreditar.

Ela correu até mim e se jogou em cima de mim me abraçando. Abracei-a de volta enquanto ela sussurrava:

-Eu beijei ele! Eu o abracei! Eu segurei na mão dele. Eu namorei com ele. –ela sussurrava com nojo.

-Calma. Vai ficar tudo bem... –eu sussurrei de volta.

E então ela me beijou.

O beijo foi calmo e com ele eu pude compreender todas suas inseguranças, todos seus temores. Naquele beijo eu vi o quanto ela me amava. Mas eu vi também o quanto ela estava chateada comigo.

Quando o oxigênio de tornou necessário nós nos separamos ofegantes e ela disse:

-Isso não foi uma reconciliação.

Confirmei com a cabeça e disse:

-Eu sei. Mas mesmo assim foi ótimo.

Acariciei seu rosto e logo em seguida disse:

-Agora eu preciso mesmo ir...

-Eu sei, eu sei... Responsabilidades de deus.

-Não! Responsabilidades de meio-sangue, de um homem apaixonado, de um melhor amigo, de qualquer um... Menos de um deus. Pois eu não sou um deus Annie... Não completamente.

E com isso eu sai pela porta do quarto deixando-a sozinha somente com seus pensamentos como companhia.