Forgotten Secret

Capítulo único


Forgotten Secret

++++ PDV Bella ++++

Era a tarde de mais um 1 de novembro. Peraí!! Tarde?? Bella, isso são horas de acordar em plena sexta-feira? E por que cargas d´água a minha cabeça doía tanto? Por falar em água... que sede absurda, parece que eu tô de porre! Oops... por que eu estaria de porre num dia como hoje? Aliás... onde é que eu estava ontem à noite??

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Tateei pelo meu relógio em algum no canto da minha cama, ou do chão, mas o que eu peguei, e muito desconfiada, foi um chapéu de bruxa preto e roxo, grande, e de onde caíram algumas balas e chocolates na hora de puxar pra cima. Pronto! Estava tudo explicado! O problema seria tentar explicar tudo pro Edward, quando visse a mente de um certo lobo lhe revelando algo inacreditável a respeito de mim...

++++++++++++++++++FLASHBACK++++++++++++++++++

- Deixa de ser tonta, Bells, vai ser muito divertido, eu prometo!

- Não, Jake! Não e não! Tenho pavor dessas fantasias de Halloween, as histórias da sua tribo já me dão arrepios em volta de uma fogueira... imagina em uma caverna abandonada e cheia de teias de aranha e morcegos em volta?

- Beeeeells, que bobagem... são só os garotos quileutes que você já conhece, a caverna é bonita e vamos contar histórias de terror, mas você sabe que quando o pessoal bebe só sai palhaçada no final! E o mais importante de tudo: EU vou estar lá para te proteger de qualquer perigo, ó princesinha fresca! – ele fingiu se ajoelhar com um ar extremamente zombeteiro e segurou a minha mão enquanto falava esse monte de baboseiras. – e seu sanguessuga vai estar caçando, então nem tem compromisso pra você arrumar de desculpa...

- Chega, Jake! Você tá muuuito engraçadinho hoje! Eu não vou e pronto!

- Beleza! Passo às oito pra te buscar!

E lá estava eu, às oito em ponto, com um chapéu de bruxa gigantesco, vassoura e uma verruga no nariz, entrando no Rabbit rumo ao tão comentado Halloween de La Push...

++++

O caminho de praia que dava acesso à caverna estava tenebroso, com tochas acesas demarcando co caminho, e várias abóboras imensas com velas dentro. Eu já comentei que o que mais me assusta no Dia das Bruxas são esses seres estranhos, alaranjados e misteriosos, com chamas agourentas tremulando dentro de rostos malignos? Tá bom, Bella, senta lá e pára com esse drama todo, você tinha medo disso tudo aos 7 anos, essa palhaçada toda não passa de criancice e...

-AAAAAAAHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH!!!!!!!!!!!!! Aaaaaaaaaaahhhhhhhhhhhh!!!!!!!!!!!! – Gritei mais uma vez e agarrei o primeiro apoio que encontrei por perto, ou seja, o pescoço de um Van Helsing com algumas estacas, balas de prata e cinto com dentes de alho; resumindo: o Jacob.

- Bells, relaxa! – mas ele gostou de continuar abraçado comigo, pois me soltar que é bom, nada...

- Ei, Bella! A gente não sabia que você era tão medrosa, desculpa, é sério!

Eram só Seth, Quil e Embry recém-chegados de um canto escuro próximo de mim, gritando muito alto e vestidos de caveira (Embry), alguém muito ensangüentado e com uma faca enfiada na cabeça (Quil) e, por incrível que pareça, Conde Drácula, com direito a dentes de vampiro e capa preta esvoaçante (Seth). Pode?

Ainda sem forças e apoiada no Jake (que me segurava de bom grado e com uma proximidade até incômoda – eu já disse que ele me dá alguns arrepios impertinentes?), desculpei a piração dos meninos e entrei na tão falada caverna, que no fim das contas era realmente muito grande e bonita, um patrimônio preservado que a tribo sempre mantinha em boas condições e onde era proibido jogar lixo e coisas do tipo... parece que os meninos tinham custado a conseguir autorização para fazer festa ali.

- Já te disse que você deu uma bruxinha linda?

- É a sétima vez, Jacob!

- Oito! Você deu uma bruxinha linda, Bells! Vem! Come e bebe o que quiser, fica à vontade, beleza? Vou ali no Sam rapidinho, já volto! O Paul perdeu no sorteio e ia ter que ficar de ronda hoje, quero ver se não tivemos problemas...

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Servi-me de um ponche (muito forte, por sinal! Lobisomens ficam bêbados?) muito gostoso e me abasteci de alguns doces que encontrei numa mesa por ali. Havia muitos conhecidos não só de La Push, mas também de Forks e do colégio, parece que a festa tava bombando mesmo!

O Jake chegou junto com o resto da alcatéia em um momento em que o efeito alcoólico daquele ponche começava a me fazer rir demais e inclusive tropeçar uns passos de dança com as várias fadas, duendes, caveiras, fantasmas e monstros que pulavam por ali. A alegria era contagiante (ou será que a bebida é que estava forte?), e quando o Seth se pendurou no meu pescoço e começamos a dançar (e berrar) o Rebolation eu imaginei que já tava ficando tudo errado.

- Ja-ke... – cheguei cambaleando até ele, uma das poucas pessoas que eu ainda reconhecia por ali, tamanho o meu... ahnn... é... nível alcoólico... Pô, gente! Puseram alguma mel naquela bebida, tava boa demais! Ou será que foi maconha mesmo? – Eu... acho que... fiquei... meio... é... bêbada?

- Bells – cara, se o Jacob estava preocupado comigo, era sinal de que eu tava longe de parecer boa mentalmente... – Já chega de ponche, ok? Você não viu que tava forte? Tem muito álcool ali, você nem é acostumada!

- É.. e-eu... sei! E você, por... acaso... bebe... d- desse jeito? – eu reparei no copo duplo que ele entornava.

Ele sorriu de volta, que dentes lindos...

- É bom ser feliz de vez em quando!

- Voc-cê é menor de... idade!

- Ahhhhhhh, sério? E quem devia estar tomando conta de mim neste exato momento? – a música tava muito alta, e eu me arrepiei toda quando ele chegou perto do meu ouvido para falar isso. Reparei que sua respiração era quente e seu cheiro sempre bom tinha ficado melhor ainda, parecia que o álcool decidira apimentar aquele perfume almiscarado de que eu gostava tanto.

- Err... Eu? Eu não!

- Vem comigo, Bells!

Ele me abraçou pelo ombro e me tirou do meio daquela bagunça, deve ter previsto que eu precisava de ar fresco, mas na verdade o motivo da necessidade não era a embriaguez, e sim as sensações que ele estava me causando só de tocar a minha pele.

A praia estava muito escura, pois as tochas haviam se apagado com o vento, e a pouca luz que existia ali vinha de algumas abóboras ainda acesas, e a lua nova não poderia contribuir para tentar clarear um pouco o ambiente sombrio.

Ele nos sentou ali na areia gelada e me abraçou mais forte, e tenho certeza de que ouviu o meu coração disparar quando retirou uma mecha de cabelo do meu rosto e enfiou por baixo do chapéu.

- Não que eu não queira, Bells... e nunca duvide disso... mas acho que no estado em que você se encontra, o simples beijo que o seu corpo tá pedindo vai parecer um abuso amanhã de manhã, e eu gosto demais de você pra tentar conviver só com sua cara de raiva na memória depois...

Ele alisou o meu rosto com o dorso quente de uma das mãos e suspirou cheio de vontades quando eu fiquei extremamente vermelha, fechei os olhos e mordi o lábio inferior, morrendo de vergonha por estar me mostrando tão transparente assim.

- Não é isso que... voc-cê está pensand-do, Ja-cob... eu só estou com... frio e... MEDO! Ja-ke! Atrás de você!

Porque alguém muito alto aparecera do canto das árvores e vinha vindo ao longe, em passos largos, rápidos, decididos;

Porque mesmo de longe se percebia algo branco no lugar do rosto, parecendo uma máscara de hóquei, como aquela que o Jason usava num dos filmes mais horripilantes que já assisti;

Porque de acordo com a contagem de ingressos, todos os vendidos (e os respectivos convidados) estavam dentro da caverna, e ninguém morava por ali;

E porque quando ele chegou mais perto, eu pode perceber que era uma tesoura gigantesca e sangrenta, que estava muito bem apertada em sua mão...

O Jacob se levantou de repente e ficou na minha frente:

- Ei! Você! Tudo bem aí? Tem convite pra festa, será que poderia se identificar?

O cara horripilante parou de andar e olhou pra gente, parecia nem ter visto que estávamos ali, seu foco era a caverna.

- Oi! Nome, por favor?

Sua cabeça pendeu para um lado, como se considerasse a pergunta. Segundos depois reiniciou a caminhada, ainda mais rápido que antes. Um vento gelado e repentino me fez pular do chão e apagou o resto das abóboras. A única coisa que eu enxergava no meio daquele blecaute agora era o rosto branco da máscara flutuando na altura de um homem muito grande, que usava um macacão preto ainda molhado de alguma substância viscosa que também brilhava fracamente pra mim. Sangue?

- Cara! Você tá assustando a minha namorada, se não quiser se identificar, tranqüilo, a saída é pela direção contrár...

Ainda bem que os reflexos lupinos do Jake não tinham sido afetados pelo álcool, pois a tesoura que o psicopata atirou ficou bem segura na mão gigantesca dele, que aparou na hora. Sem mover um músculo ou olhar para trás, ele me passou o recado rapidamente:

- Bells, corre pra longe daqui, esse cara é maluco! Chama o Sam, ou qualquer lobo que encontrar, e diz que eu já to resolvendo o problema. Corre, vai!

Mas eu não moveria dali nem se estivesse em condições. O mascarado deu a volta no Jake numa velocidade incrível, parou na minha frente e inclinou o rosto pro lado, me encarando. Eu não tinha mais reflexos, tamanho o meu medo e nível de alcoolismo. Tudo girava. Eu estava morta. Fechei os olhos.

- Buuuuuuuuu...

- Desgraçado! – Ãh? Era o Jacob que gritava ao longe?

Resolvi abrir os olhos de novo.

- HAHAHHAHAHAHHAHA!!! BELLA, VOCÊ É HILÁRIA!!!

- Paul, desgraçado, eu te mato! Deixa o Sam que você saiu da fronteira pra pentelhar na fest...

- Ela é sua namorada, Jacob? Sério? O sanguessuga já sabe?

O Jacob saiu perseguindo Paul pela praia furioso, tentando acertá-lo. Eu estava extremamente aliviada, meio que rindo da situação, grata por não ter me envolvido em mais um acidente fatal e ainda meio idiota pelo efeito insistente do álcool...

++++

O Rabbit parou na frente da porta da minha casa e ele me ajudou a descer.

- Obrigada pela noite mais bagunçada da minha vida, Jake! Até que foi divertido! – eu ainda me escorava nele, com um misto de vergonha do meu estado e vontade de não me soltar dali mais. Era a sensação mais estranha que eu já sentira também.

- Tem certeza que vai ficar bem?

- Eu já estou melhor, Jake!

- Não tá não! Anda louca pra me dar um beijo desde antes da praia... – ele sorriu com malícia e eu percebi que tinha sido frustrada na tentativa de ignorar seus lábios durante o percurso pra minha casa.

- Você é absurdo! – e sensitivo também... tinha toda a razão, eu estava fora de mim.

- E você deu uma bruxinha linda!

Nos encaramos por um tempo, minhas mãos ainda apoiadas nos braços dele, seu cheiro me embriagando ainda mais. Só consegui sorrir e responder muito sem graça...

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- Chato!

- Valeu, Bells... Há muito tempo eu não me divertia em tão boa companhia no Halloween! E foi impagável te ver dançando de pileque! – ele alisou meu rosto e continuou me olhando com aqueles olhos que eu amava. Quando tirou o meu cabelo do rosto de novo, o meu chapéu caiu no chão e espalhou o monte de chocolates e balas que eu catara na festa. Eu ri sem graça e disse a única coisa que me veio à cabeça:

- Doces ou travessuras?

- Acho que afinal eu vou dar uma de maluco e ficar com os dois!

E antes que eu sequer pensasse em alguma coisa, a minha cabeça se esvaziou com o contato quente e viciante dos lábios dele nos meus, num beijo delicioso de que eu me arrependeria amanhã, mas que no meu estado atual eu pedia com todas as minhas forças que a noite nunca acabasse depois dele...

FIM

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.