A Mistura dos Mundos

Capítulo 8


-Annabeth... acredita em mim... – eu tentei, mas ela me cortou.

-Percy, Hermione é minha amiga, não vou deixar que faça isso com ela – Annabeth me abriu espaço e puxou Hermione para perto dela. – Tudo bem, isso está acabando com a gente, mas não é pra tanto! Você nunca foi assim!

Eu queria dizer: Mentira! Fui sim, principalmente com aquele filho de Ares que foi te ensinar arco e flecha!

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Se eu dissesse ia piorar a minha situação.

Abaixei a cabeça e fui obrigado a escutar ameaça de um bruxinho.

-Faça isso de novo e você vai parar no... Tártaro! – Rony gritou com a varinha apontada para mim.

Para o meu ponto de vista, Rony Weasley estava sabendo demais sobre os Olimpianos.

Ouvi seus passos em direção ao quarto improvisado, só assim levantei a cabeça pensando estar sozinho, mas não. Annabeth Chase me encarava com braços cruzados e encostada no batente. Tradução: mau sinal.

-Que foi? – Perguntei erguendo as mãos.

-Não acredito que você fez isso.

-Mas não foi a toa!

-Como não?! Todos viram! Ela não te fez nada!

-Não na frente de vocês! Eu não confio mais nela!

-E eu não confio mais em você!

Annabeth virou as costas e caminhou com passos pesados em direção a sua cama improvisada.

Soquei a parede com a maior força que eu tive. Caminhei até a porta da varanda e então corri pela floresta úmida.

Estava escuro, à noite, era o que eu precisava para me acalmar, mas eu não parei de correr.

Até que bati de frente com algo que me arremessou longe e me fez bater a cabeça em uma pedra.

Se fosse algum outro, exceto os vampiros, teria se machucado feio!

Pus-me de pé novamente e fui andando em direção ao local. Dali eu já não via mais a casa, e estava longe da arena onde treinei (a arena estava para trás, mais próximo a casa).

Quando cheguei próximo ao local de onde fui arremessado, estiquei a mão direita para tocar e pude sentir uma leve camada de ar invisível que fazia minha mão ir para trás.

Então um pensamento desagradável invadiu a minha mente na hora.

Nós estávamos ficando totalmente isolados. Talvez para sempre.

Peguei um graveto e me afastei. Com toda a minha força, joguei o graveto contra a parede de ar, mas o graveto ultrapassou normalmente.

Bufei de raiva.

Tentei passar de novo, mas não consegui. A coisa me mandou para trás.

-Gabriella! Gabriella, Nico! – comecei a gritar e a socar com toda a minha força aquela parede invisível. – Nico!

-Percy! Calma! O que foi? – Nico apareceu me afastando daquele paredão.

Eu estava chorando de raiva e me deixei sentar no chão.

Eu juntei meus joelhos e afundei minha cabeça neles.

-Nico, isso está prendendo a gente! – Gritei alto o suficiente para que todos ouvissem.

Apontei para o lado do paredão.

Nico andou, acho que foi tentar sentir o que eu apontei.

-Percy, isso é terrível! Primeiro as mensagens, depois Grover...

-Grover? Mais o que...?

-Meninos! Posso saber o que aconteceu?

Minha cabeça já estava erguida, apenas virei para o lado para observar Gabriella.

-Onde você estava? – Nico perguntou á Gabriella que corou.

-Ela não estava com você? – perguntei á Nico que balançou a cabeça negativamente.

Olhei para Gabriella querendo saber uma resposta também.

-O véu negro vai rodeando a arena e vai até, mais ou menos, uns cinco metros para trás da casa – Gabriella disse ajoelhando-se ao lado de Nico.

-Véu negro? – Perguntei confuso.

-Não vê, Percy? – ela perguntou inclinando a cabeça.

Sacudi a cabeça.

-Através da Névoa. Tenta – ela disse e me apontou.

Olhei para onde, certamente, estaria o paredão e forcei a olhar. Uma fumaça negra pendia como um véu impedindo qualquer um de passar.

-Olha o que acontece – Gabriella chegou perto do véu e quando levou um dedo para tocar, o véu fez como um fraco estilingue quando manipulado por uma jovem criança. – Quando maior o impacto, maior a força.

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-Isso não estava aí – Nico concluiu.

-É isso o que eu quero dizer! Isso não estava aí! Ou foi feito agora ou...

-Ou está encolhendo, Percy – Gabriella finalizou para mim.

-Como isso foi feito? – perguntei enquanto voltávamos caminhando lentamente para a casa.

-Não tenho idéia, mas foi um deus – Gabriella respondeu olhando brevemente para mim e depois voltando a olhar a sua frente. – É forte demais para um simples herói ou até mesmo um bruxo.

-Eu já tinha idéia que um deus estava envolvido – Nico disse.

-Nico, se você consegue ultrapassar aquilo, você queima – Gabriella disso olhando para Nico, depois olhou para mim. – Até aqueles que têm a maldição de Aquiles.

-Que é?! Vai ficar lendo pensamentos agora?! – brinquei.

Nós rimos olhando para baixo.

-Posso saber onde estavam? – Aquela voz... era a que eu mais queria que disse as apalavras: “Eu acredito em você”.

Levantamos os olhos, eu, Nico e Gabi.

-Estávamos vendo o quanto é legal viajar pelas sombras a três – Nico inventou.

Gabriella pigarreou repreendendo Nico.

-Vamos lhe mostrar uma coisa – Gabriella disse dando mai volta e caminhando.

Eu, Percy e Annabeth a seguimos.

Estávamos quase chegando quando eu inventei de correr. Coloquei nos pés a maior velocidade que eu tinha deixando todos para trás, então, foi antes do que eu esperava. O véu havia encolhido e eu fui lançando com tudo para trás.

-Percy! – Annabeth gritou enquanto eu caía para trás deles.

Quando eu caí, bati o meu calcanhar de Aquiles, o que doeu demais.

-Ah!- Soltei colocando as mãos nas minhas costas.

Escutei passos rápidos quebrando os galhos mais finos.

Então alguém se ajoelhou ao meu lado e acariciou o meu rosto.

-Percy! Percy! O que foi isso?! – A voz de Annabeth estava bem próxima, eu podia sentir seu hálito.

Aquilo me acalmou, a dor passou e eu abri os olhos.

Os olhos acinzentados de Annabeth estavam cheios de preocupação.

-Uma demonstração – sorri após sussurrar.

Annabeth mudou sua feição e agora estava com raiva.

-Você é um idiota, Perseu Jackson! – Ela gritou e se levantou limpando os joelhos.

Revirei os olhos e me levantei.

-Percy quis demonstrar que... – Nico tentou me defender.

-Percy sabia que o véu negro estava se encolhendo, correu por que se esqueceu e não foi esperto o bastante para olhar através da Nevoa. – Gabriella disse a verdade.

Nico encarou Gabriella, parecia que iam brigar, mas sorriram e trocaram selinho.

Não entendi nada.

-O véu negro nunca fora usado antes em uma batalha – Annabeth disse encostando-se ao véu que eu agora me forcei ver. – Não por deuses decentes, pelo menos.

-Deuses decentes não usam coisas que nos queimam se desobedecemos – eu disse. – Mentira, talvez sua mãe. – Apontei para Annabeth que ficou furiosa.

-Não fale da minha mãe, Perseu Jackson! – Annabeth gritou e me empurrou.

-Mas eu acabei de chamá-la de decente! – Gritei de volta.

-A chamou de... de... Não importa! – Annabeth deu as costas.

-Não fala comigo, ok? Eu não quero ouvir uma palavra sua dirigida á mim – eu disse por fim fechando o pulso.

Annabeth parou por um tempo. Depois se virou e me encarou com o rosto repleto de raiva.

-Vai desejar nunca ter nascido, Jackson – Annabeth ameaçou.

-Já desejo só por ter de ouvir sua voz – retruquei.

Annabeth arrancou sua espada e tentou me atingir. Destampei Contracorrente o mais rápido que pude, então parei seu ataque, mas ela tentou de novo.

Eu fiquei só na defesa, enquanto ela gastava o gás tentando me atingir.

Então aconteceu algo que eu não queria que acontecesse: Annabeth me derrubou de bruços e apontou sua espada bem no local do meu calcanhar de Aquiles.