Eu sempre fui um Ótimo contador de estórias. Desde muito novo, muito antes de eu sequer saber soletrar a palavra l-e-r, eu já tinha um talento natural para dramatizar e sim, também já era um grande mentiroso. Isso é inegável. Dito isso, eu gostaria (e poderia) escrever, com uma impressionante riqueza de detalhes, cada situação, livro, filme, música, e um monte de outras coisas que me fizeram me apaixonar pela escrita, mas isso necessitaria de toda uma vida (e também, MUITO café) e além do mais, vocês teriam que renascer, umas cem vezes antes de conseguirem ler tudo. Por isso vou resumir as milhares de horas lendo livros, os milhares de rascunhos jogados no lixo, as milhares de lágrimas, enfim, todas as minhas frustrações e todo meu suor, sangue e dedos inchados, em uma GRANDE verdadeira mentira: Eu já nasci com talento para a escrita.

Há um pingo de verdade na mentira acima. E acrescento: Escrever é nada mais do que mentir, Só que de uma forma verdadeira. Confuso, não? Isso acabou de sair de mim agora, no calor do momento... talvez eu deva registar... foi realmente profundo e um pouco confuso... enfim, voltando ao que interessa:

Aproveitem, verdadeiramente, as minhas mentiras!

“ Se você ouve uma voz dentro de você dizer ‘você não pode pintar’, então pinte sem dúvida, e essa voz será silenciada.” – Vincent Van Gogh.

“Difícil não é lutar por aquilo que se quer, e sim desistir daquilo que mais se ama. Eu desisti. Mas não pense que foi por não ter coragem de lutar, e sim por não ter mais condições de sofrer. “ - Bob Marley.

Mergulho neste azul
De sentimentos
Afogo-me
Neste oceano

Bravo
Com o pouco ar que me resta
Mergulho mais fundo
Bem no fundo
De um lugar que ainda desconheço
Não sei o por quê
Para onde ir?
Mergulho
Mergulho
Mergulho
Não tem chão
Tampouco fundo
Por todos os lados
Uma
linha infinita
Que não alcança a visão
Por ser bom jogador
Contrariar as possíveis regras da física é um bom movimento
Não tem nenhum lugar, qual rumo?
O combustível é só de ida (não tem volta)
Melhor é adiante
Rangem os dentes
Os músculos viram pedras
O rosto toma uma só expressão
Mais fundo e mais fundo
Demasiada é a pressão
É preciso continuar
Mais fundo
Mais fundo
Mais fundo
Já não preciso do ar
Fico bem
Os pensamentos são desnecessários
O Azul toma conta de todo meu corpo
Aquele mar bravo que me falava grosseiramente
Agora é manso
Chegamos!?§

— Azul, Geraldo Tinoco.

Maldita sejas tu, serpente

És bela e fria, como as rosas cristalinas de orvalho

Ó doce e vil serpente

Tu te alimentas do ódio do homem

E não chegando, te alimentas também do seu amor

Ó doce e vil serpente

És cruel

Entorpecidos pela tua beleza, fria e embriagante

Tu desencaminhas os caminhantes

Tornas selvagem os mansos

E aos etéreos, tornas evanescente

Ó doce e vil serpente!

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  • Entrou em 11 de ago. de 2015 06:48
  • 2 comentários destacados pelos autores
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