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[A eternidade está nos olhos de quem vê.
Um segundo pode se tornar substancial na vida de uns, enquanto insignificante para outros.]
Numa luta constante para alcançar o seu amigo (e modelo de vida), Fernando não foi sensível o suficiente para perceber que, tudo de que Ricardo necessitava dele não eram as suas experiências, e sim do seu sorriso.

Uma vez que todos os anos os quais passaram juntos desempenharam o papel de manter uma eternidade de pé, é legítimo afirmar que tudo o que eles conheciam um sobre outro não passou de uma ilusão, apenas para sustentar o infinito; uma noção equívoca de que tudo o que conhecemos durará para sempre; o símbolo que só tem base quando vinculado a inconsistência humana; o segredo que apenas aqueles que vivem o agora souberam desvendar.

É o infinito. O infinito dos nossos dias.