É só uma coisa implícita

Capítulo 22 – Habilidade oculta


Capítulo 22 – Habilidade oculta

— Os suprimentos já estão bem alocados. Mercadorias de excelente qualidade como o esperado – Ayesha comentou enquanto subia os degraus para sentar-se em seu trono dourado, acompanhada apenas por Adam e Alia, que pararam à frente da escada – Tudo correu como esperado? Algum dado relevante sobre a consulta médica?

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— Nada muito relevante – Alia respondeu – Os dentes da menina estão começando a nascer, ela queria saber se precisava de alguma instrução especial pra cuidar da dentição. Mas ainda é muito cedo pra qualquer preocupação, apenas é necessário observar se não há anormalidades enquanto os dentes crescem.

— Parece que dói e causa coceira. Ela queria instruções pra isso também – Adam lhe disse.

— Interessante... Felizmente não sentimos essa parte do processo enquanto ele ocorre nas cápsulas. Você disse que ela estava chorando com mais frequência ou intensidade às vezes. Então era por isso?

— Sim – Adam respondeu – Mas deve melhorar agora.

— De que forma? Alguma substância entorpecente?

— Não. Bebês pequenos não devem consumir essas coisas, a menos que extremamente necessário por recomendação médica – Alia falou – Há um tipo de brinquedo de borracha especial, parece que é uma invenção terráquea. Alivia as irritações na gengiva quando o bebê morde. Então adquirimos um desses.

Adam não perguntou porque ela omitiu a informação sobre o mordedor para gelo, os dois haviam conversado sobre isso antes e durante a viagem. Mais uma manobra arriscada, mas tudo pelo bem estar de Gamora. Ele nunca se vangloriou ou sentiu-se especial pela extrema confiança que Ayesha tinha nos dois, mas agora sentia-se grato por isso, ainda que uma parte de sua consciência se sentisse mal por trair a confiança de alguém que acreditava cegamente nele. Mas Ayesha estava num caminho cruel, tão cruel, e desnecessário a seus olhos e aos de Alia. Por isso o que estavam fazendo parecia certo.

— Alguma tentativa de fuga ou outros problemas?

— Não – Adam falou – Nenhuma. Ela ficou apreensiva com algumas pessoas que pareceram reconhece-la, porém mais pelo instinto protetor com o bebê. Mas foram só alguns olhares breves, nada além disso.

— Não precisamos nos preocupar. A informação não sairá de lá.

— Faremos mais um teste em algumas semanas. Bárbaros rebeldes têm causado problemas em um dos nossos planetas aliados e afugentado os negociantes.

— Em Arcads?

— Sim. É um excelente centro de negociações pra comércio e acordos. Isso não é conveniente pra nós ou os demais que participam da sociedade.

— Então todos não deveriam se reunir pra discutir a situação? – Alia questionou.

— Faremos se preciso, mas temos alguém que ainda é temida em alguns locais da galáxia, especialmente locais isolados. Talvez a mera presença dela possa melhorar as coisas.

— Se me permite opinar... Ela ganhou muita popularidade, senhora. Muitos a amam agora, ainda que não todos. E mesmo se as informações não saírem dos planetas neutros, não seria possível que os delinquentes a menosprezassem por isso e gerassem um conflito? A segurança do bebê e dos habitantes estaria em risco.

Ayesha ficou em silêncio enquanto pensava.

— A menina confia em você, Alia?

— Eu nunca fiz um teste, nunca a segurei, mas ela costuma permanecer calma na minha presença.

— Você será a responsável pela proteção dela se algo acontecer. E se tudo der muito errado, Adam pode neutralizar a situação antes que qualquer um dos nossos, ou elas duas, saiam feridos. Estou correta?

— Certamente, senhora – ele disse.

— O melhor é tentar acabar com o problema sem o uso de violência. Mas não hesite se for necessária, embora eu não ache que você precisará.

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Adam assentiu.

— Essa situação não é urgente? – Alia perguntou – Se estão causando problemas com ameaças de violência deveria ser resolvido logo.

— São apenas suspeitas por enquanto. A entrada do grupo rebelde foi permitida porque são bons mercadores, possuem artigos que não são muito comuns aqui e que poderiam inovar alguns setores, pra isso um acordo precisa ser fechado. Mas parece que não são aptos a conversar de maneira civilizada. Se a situação se tornar de fato ameaçadora, nós agiremos. Se não funcionar, nossos aliados entrarão nisso também.

Os dois concordaram.

— Fizeram um excelente trabalho. Isso era tudo. Estão livres pelo restante do dia.

******

— Você acha mesmo que temos chance de um dia convencê-la a soltar Gamora?

— Não sei – Adam respondeu – Quando tento imaginar a situação minha mente fica em branco, ou apenas a vê gritando de indignação com nossa proposta.

— Isso não é um bom sinal.

Os dois falavam baixo, apesar de estarem sozinhos numa ala vazia, portanto sem vigilância, da prisão. Gamora era a única prisioneira que tinham no momento, e não mais mantida no setor prisional.

— O que acha que ela fará com nós dois se descobrir?

Alia ficou em silêncio por um longo tempo.

— Eu não tenho certeza... Não soube de muitas histórias sobre isso. Tempos atrás condenados por traição foram presos, alguns exilados e outros libertados depois. Futuros governantes considerados falhos foram condenados a deixar o treinamento e viver como cidadãos comuns, geralmente por divergências muito grandes de ideias com quem governava no momento. Então a suma sacerdotisa assumiu o comando e tudo tem andado bem, apesar de alguns absurdos acontecerem às vezes, os quais a maioria de nós foi ensinada a ignorar.

Adam assentiu, também refletindo em silêncio por alguns minutos.

— Nunca mais ouvimos falar daquela criança.

— A menina que a sacerdotisa disse ser uma remanescente da ordem negra de Thanos?

— Sim.

— Está preocupado com isso?

— Eu não quis dizer. Tenho omitido habilidades novas dela desde que decidimos ajudar Gamora. Mas enquanto falávamos com ela, me veio um pensamento muito forte, quase como se aquela menina estivesse no reino, como se a sacerdotisa soubesse. Talvez pretenda falar com ela em breve.

— Realmente... Ela não nos disse mais nada. Fomos ameaçados, ela devia nos fornecer informações.

— Acha que ela desconfia de nós?

— Não... É normal ela só falar de algumas coisas quando tem informações mais concretas.

— Lembra-se do que ouvimos falar do novo membro dos Guardiões antes da guerra? Que ela podia sentir o que outras pessoas sentiam?

— Sim.

— Você também pode fazer isso.

— É verdade.

— Alguns confundiam com leitura de pensamentos, mas era apenas uma absorção de sentimentos. Às vezes isso pode denunciar algumas intenções mesmo. Mas será que você não conseguiria ir mais longe?

— Como assim?

— Você disse que teve uma intuição muito forte, como se viesse da sacerdotisa. E se tiver vindo? Só um sentimento não poderia mostrar em quem alguém está pensando se você não tiver mais dados pra deduzir. Você só soube de quem Gamora sentia falta naquele dia que a ajudou porque ela disse o nome dele.

Adam estreitou os olhos quando possibilidades começaram a se formar em sua cabeça.

— Não... Eu sabia antes. Sentimentos muito fortes são facilmente direcionados a alguém. Mas eu não sabia o nome dele. Não sabia quem era ele, eu só o vi, e depois ela falou.

— E hoje? Você sentiu algo forte também?

— Não. Era só um pensamento.

— É aí que eu queria chegar. Você está sempre descobrindo habilidades que ainda não sabe que tem. Você já é desumanamente forte, rápido, consegue manipular e mudar almas de lugar, embora não tenha deixado isso claro pra sacerdotisa... Naquele dia você descobriu que consegue absorver sentimentos que não são seus, como a empata dos Guardiões. E se você for telepata também?

O olhar de Adam misturou surpresa e reflexão, e pelos próximos minutos pareceu a Alia que ele podia ter perdido a habilidade de falar.

— Ei... Você está aí?

— Eu... Não tinha pensado nisso.

— Depois que salvou Gamora e o bebê daquela vez, você conseguiu fazer aquilo outras vezes?

— Sim. Especialmente se eu tocar em alguém, mas não achei necessário comentar.

— Não temos mais certeza das intenções da sacerdotisa com Gamora, só sabemos que ela ainda quer acabar com os outros Guardiões. Mas o que aquela criança quer? Ela também quer dizimá-los. Mas a sacerdotisa recusou. E agora ela mudou os planos com Gamora. O que vai ser agora? Aster, creio que seja o nome dela...

— Isso.

— Lhe foi oferecida uma chance de assistir a execução dos Guardiões. Mas e agora? Se queremos tirar as duas daqui temos que saber de todos os passos. Se você conseguisse descobrir o que há nos pensamentos da sacerdotisa...

— Ela está aqui.

— Quem?

— Aster. Está na entrada do palácio.

— Ela ainda é uma ameaça. Provavelmente a sacerdotisa vai querer nossa presença. Devíamos correr de volta pra lá.

— Então vamos? É uma boa chance pra um primeiro teste.

Alia concordou e ambos se levantaram.

— Os guardas já devem ter voltado ao posto, ou voltarão em breve. Não devíamos estar aqui agora – Alia se preocupou.

— Não vão nos pegar. E não se apavore.

— O que...?

Antes que pudesse completar a frase, Alia sentiu Adam segurá-la pela cintura e se mover numa velocidade assustadora na direção da saída da prisão, parando apenas no salão decorado que separava o lugar do restante do palácio.

— Isso até pareceu um teletransporte – ela falou, sentindo-se levemente tonta pela velocidade repentina.

Adam tocou a testa da amiga, e seus olhos brilharam. Sem nem mesmo entender como, ele conseguiu ajuda-la a recuperar o bem estar, exatamente como fizera com Gamora.

— Como faz isso?

— Não sei. E temos que correr.

Os dois tinham acabado de atravessar e sair do salão quando um dos informantes de Ayesha surgiu.

— A sacerdotisa solicita a presença de vocês dois. Temos uma visita e ela deseja segurança – o jovem falou, despedindo-se com um aceno de cabeça e se afastando.

— Você acertou – Alia disse quando já se encaminhavam para a entrada do local.

******

— Mais de um ano passou desde aquele dia – a garota começou quando Adam e Alia chegaram ao salão de entrada do castelo.

Era sem dúvida aquela criança, mas agora mais alta, com cabelos mais curtos, até mesmo sua voz havia mudado, e seu olhar parecia ainda mais frio e ameaçador. Roupas e capa para proteção do frio da noite caíam até seus pés, os impedindo de saber se estava armada. Também não sabiam dizer com quantos anos ela estaria agora, apesar de ainda não aparentar ter atingido a idade adulta.

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— Está atrasando a busca pelos outros.

— A reorganização de nosso reino está quase completa. Prosseguiremos com a busca pelos Guardiões em breve. E que eu me lembre não lhe prometemos nada além de um convite para assistir a execução.

— Posso propor algo mais rápido. Você já tem ela e a criança. Você acaba com ela, eu caço e acabo com os outros. E vou poder não só ver a filha deles dois sofrer como aconteceu comigo, como posso pensar em reiniciar nossa ordem ou fazer qualquer outra coisa que me der vontade. Então ela é mesmo filha do líder deles? Com quem ela se parece?

— Parece uma humana comum, com uma cor de cabelo estranha.

— Que lembra a luz do nascer e do pôr do sol?

— Sim.

— Então muito provavelmente ele é mesmo o pai. Ouvi Thanos falar algumas vezes sobre como ele havia distorcido completamente o coração e os pensamentos de Gamora, que os dois estavam juntos, e que ela confiava mais nele do que em qualquer outra pessoa no universo.

— Informação interessante... – Ayesha falou, silenciando enquanto pensava a respeito.

— Achei que Thanos tivesse matado todos eles naquele dia na guerra, até saber dos desfechos do que houve depois. No entanto, nem Thanos sabia que havia um bebê, ele não nos falou nada em momento algum. E se descobriu quando a levou embora, não se importou em nos informar.

— Pra onde ele a levou? E o que aconteceu? Isso explicaria a amnésia dela quando chegou aqui?

— Não sei dizer, não sobrou muita gente informada pra me dar todos os detalhes do que houve.

— Então suponho que os outros Guardiões realmente também não saibam.

— Creio que não. Não acha que Peter Quill estaria desesperado procurando pelas duas se soubesse? Se for verdade que ele valoriza Gamora mais até que a própria vida, ficaria ainda mais louco pelo bebê. Vi anúncios buscando por Gamora em vários lugares da galáxia, mas nada sobre um bebê.

— A que Ordem você se refere?

— A Ordem Negra, trabalhávamos em associação com Thanos antes dele fracassar em seu grande plano pra consertar o universo, por alguns míseros anos.

— Sua proposta está rejeitada. Os Guardiões nos ofenderam de forma terrível, e vão pagar por isso, especialmente o principal culpado, que não está em nosso poder nesse momento.

— Deve ser aquele guaxinim. Ele tem fama de roubar coisas e uma ficha de crimes incrivelmente extensa.

— São essas nossas suspeitas.

— Então porque não se concentra apenas nele?

— Não temos certeza de que os demais não foram cúmplices.

Enquanto as duas discutiam, Alia viu Adam olhar para Aster como se estivesse meio hipnotizado, mas ainda tentando parecer neutro na situação, e se perguntou se ele estaria testando as hipóteses que tinham discutido minutos atrás.

— A criança já deve ter mais de seis meses. Quando pretendem encontrar outro destino para ela? – Aster perguntou.

— Ela ainda não se alimenta normalmente – Alia interviu – Não acho prudente separá-las ainda.

Aster ficou em silêncio, parecendo estar divida entre compreensão e sentir-se contrariada.

— Então tome o tempo que achar necessário. Tem sido divertido observar os Guardiões de longe. Se quer uma ajuda, eles andam trabalhando, sempre em lugares diferentes. Nada que chame muita atenção já que a galáxia anda mais calma, por enquanto. Eu também gostaria de acabar com eles juntos, especialmente o líder e a zehoberi. Só por isso estou apenas observando. Espero voltar a entrar em contato quando possível.

— Como desejar, mas devo lembrar que recusei sua proposta, e agradecemos a informação. Isso facilitará caçá-los quando chegar o momento.

Aster nada disse, apenas encarou Ayesha de maneira penetrante antes de se virar e sair. Ainda que aparentemente ela não estivesse armada, os guardas na entrada tiveram o impulso de se afastar quando ela passou e desapareceu na escuridão da noite. Ayesha suspirou em alívio e olhou para Adam.

- Vejo que estava muito focado em observá-la, até parecia em transe. Acha que estava armada?

Adam piscou, voltando a ficar atento ao ouvir a voz de Ayesha.

- Não sei dizer ao certo. Talvez. Já ouvi sobre guerreiros que conseguem materializar e desmaterializar suas armas conforme seu desejo. Talvez ela tenha aprendido isso.

- Se for assim, pode ser ainda mais perigosa.

- Se me permite perguntar, quando realmente pretende prosseguir com os planos? – Adam quis saber.

- Quando a criança tiver mais independência pra sobreviver sem a mãe. Quanto tempo você acha que isso levará?

- Ela ainda deve levar alguns meses pra aprender a comer, falar e andar, eu acho – Alia lhe disse – Mas, e se Gamora se mostrar útil nas missões?

- Se os ganhos forem muitos, podemos pensar em considerar a proposta da garota. Os Guardiões teriam o que merecem, e evitaríamos um conflito aqui.

- Então pretende manter Gamora aqui pra sempre? – Adam perguntou.

- Enquanto for conveniente e não causar problemas. Confirmem se Aster realmente deixou nosso sistema e estão dispensados.

******

- Às vezes parece que a sacerdotisa está perdida em suas intenções.

- Não... Ela só guarda as possibilidades que tem e escolhe conforme a conveniência no momento, como ela mesma disse – Alia falou – Você realmente parecia em transe. O que houve lá?

- Eu consegui. Vi os pensamentos de Aster.

Alia arregalou os olhos e inspirou fundo em surpresa.

- E?!

- Ela esteve com os outros Guardiões da Galáxia. Em algum planeta fora do nosso sistema. Foram segundos. Ela só passou por eles pra observá-los de perto. Uma das mulheres da equipe a achou familiar, mas não lembrou de onde.

- Nebulosa... A irmã de Gamora. Mais uma das crianças que foi vítima de Thanos. Devem ter se visto no passado.

- Era uma mulher azul. Gamora é verde.

- Então era ela. São irmãs de criação. E você é telepata... – Alia falou como se ainda não acreditasse nisso.

- Também estou surpreso.

- Foi difícil invadir os pensamentos dela?

- Não. E não acho que ela percebeu. Só senti algumas coisas que ela mesma não queria acessar, e as ignorei já que não tinha diretamente a ver com os Guardiões. Busquei pelas memórias mais recentes. Ainda não tenho ideia de tudo que posso fazer com isso.

- Vai descobrir com o tempo. Mas não é porque o ajudei que está autorizado a ler meus pensamentos sem permissão.

Adam riu.

- Eu não vou fazer. Parece invasão de privacidade. Não gosto disso.

- Mas é. E é por isso que só deve usar essa habilidade quando necessário.

- Eu sei.

- Vou dormir. E é bom que vá também.

- Boa noite.

— Boa noite – ela sorriu ao se despedir e sair da sala de reuniões, deixando Adam sozinho.

Ele olhou pela janela, vendo as estrelas que enfeitavam o céu noturno e pensando que lá fora havia uma família da qual Gamora fora brutalmente tirada duas vezes, e que estava procurando por ela. Os soberanos não tinham muita ideia de como famílias funcionavam. As pessoas que moravam juntas eram mais amigos e colegas de trabalho do que família. Mas ele conseguia sentir qual era a sensação de ter uma, desde muito antes de conhecer Gamora, por mais que não entendesse de onde vinha.

A conversa com Ayesha e Aster o deixara com medo. Deveria apressar seus planos? Quais seriam as consequências de traírem o reino? Deveriam fugir durante uma missão? E se tudo desse errado? Quando seria mais seguro para Meredith?

Escondeu o rosto nas mãos enquanto tentava tirar o peso de todos aqueles pensamentos em sua cabeça. Vários minutos depois desistiu de andar em círculos em suas ideias por enquanto, e seguiu o conselho de Alia de recolher-se para dormir.