Na manhã seguinte eu estava determinado a fazer Bella se reapaixonar por mim, e dizem que eu sou bem persistente quando quero.

Preparei um café da manhã para ela e deixei em sua mesinha do computador ao lado da cama com um bilhetinho...

Fui até o banheiro em seu banheiro e colei mais um bilhetinho no espelho...

Antes que eu saísse do quarto decide observa-la enquanto dormia, como ela era serena. Bella poderia ser calma ou furiosa como as ondas do mar.

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Peguei um papel e uma caneta e lhe escrevi mais um bilhete...

Deixei bem ao seu lado, perto o suficiente para que ela pudesse enxerga-lo de primeira.

Deixei minha Bella dormir e fui para meu quarto, por enquanto eu era o único acordado.

Bella’s POV

Acordei como se um caminhão houvesse passado por cima de minhas pernas, a noite de ontem havia sido longa.

— O quê é isso? — Murmurei para mim mesma ao notar um pequeno papel dobrado bem ao meu lado

“Nunca se perde por amar. Perde-se por se refrear — Barbara DeAngelis”

— Que caralho é esse? E que comida é essa?

Me levantei e fui em direção ao belo café da manhã e encontrei mais um bilhetinho

“O melhor beijo é aquele trocado em um olhar”

Fui para o banheiro para me arrumar e me deparo com mais um maldito bilhete.

“De todas as formas de cautela, a cautela no amor é talvez a mais fatal para a verdadeira felicidade — Bertrand Russel”

— Isso não tem graça, quem fez isso? — Gritei — Edward...

Não sei se devia me sentir lisonjeada ou nervosa, como ele ousa fazer isso? Entrar no meu quarto, preparar essas coisas para mim, que tipo de pessoa escreve bilhetinho com essas frases de amor?

Saí nervosa de meu quarto, ainda de pijama, e fui bater na porta do quarto de Edward para pergunta que diabos era aquilo.

Mas assim que cheguei a sua porta havia mais um bilhetinho pendurado lá.

“Dá-me um beijo e depois mais vinte; Em seguida soma mais cem a esses vinte; E mil a esses cem: assim continua a me beijar até esse mil a um milhão chegar; Triplica esse milhão e estando terminado voltemos a nos beijar como havíamos começado — Robert Herrick”

Filho da mãe

— Edward, Edward, Edward, Edwaaaaaaaaard, abre essa porta Edward — Bati freneticamente até que ele me atendesse.

— Sim? — Perguntou ele com um sorriso presunçoso no rosto

— Que palhaçada é essa? — Estendi os bilhetinhos para ele

— Não gostou? — Perguntou ele tristonho

De certo modo eu gostei, amei, achei lisonjeiro, mas eu não vou dar o ar da graça assim tão cedo para ele.

— Foi... bonitinho, mas porque? — Perguntei

— “Certa vez ela sugou com um longo beijo toda a minha alma através dos meus lábios, como a luz do sol bebe o orvalho” — Disse ele

— Mas que merda é essa, Edward? Desde quando gosta de poesia? E quem disse isso?

— Alfred Lord Tennyson, sempre tive uma afeição por poesia

— Tá, mas isso não responde minha pergunta, por quê?

— Você me sugou Bella, sugou minha alma, agora quero ela de volta, mas isso só será possível se você se manter ao meu lado, eu quero você

— Ah quer? — Perguntei sorrindo

— Quero

— Então vai ficar querendo — Taquei os bilhetinhos em sua cara e saí o mais dramaticamente possível.

Se Edward quer fazer esses joguinhos estúpidos eu também irei fazer.

— Poesia... se ele acha que é fácil me agradar está muito enganado

— Está se contradizendo Bella — Ouvi ele murmurar atrás de mim

— Nunca te ensinaram a bater antes de entrar? — Perguntei

— Estamos no meio do corredor — Retrucou ele.

— Não seja por isso

Fui para meu quarto e bati a porta na cara dele antes que ele pudesse dizer qualquer coisa.

Passei o resto do dia em meu quarto, eu sei que é criancice da minha parte, mas não estava afim de encarar o rosto de Edward Cullen por um tempo.

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Alice me trouxe comida no quarto e como de costume sua curiosidade falou mais alto.

— O quê é que tá pegando entre você e o Edward? — Soltou ela

— Nada, porque teria que tá pegando algo entre eu e ele? — Perguntei enquanto enfiava um pouco de torta de limão na boca, estava deliciosa.

— Está bom? Digo, a torta, está boa? — Perguntou Alice sem segundas intenções

— Está sim, muito, foi você que fez? — Perguntei enquanto saboreava mais um pedaço da torta

— Não. Foi o Edward — Murmurou ela

— Ah, agora além de recitar poesias ele cozinha, interessante, o quê mais ele pode fazer? Ele tem alguma espécie de super poder também? — Perguntei enquanto deixava a torta de lado

— Ele sabe tocar alguns instrumentos, isso conta? — Alice sorria

— Vamos sair? — Perguntei de repente

— Sair? — Disse Alice

— É, chame Jacob, Emmett até mesmo o Edwar, ligue para Rosalie, vamos.

Eu não sabia exatamente o quê pretendia, mas não queria ficar em casa, Alice, sem questionar, saiu do quarto e foi avisar a todos.

Assim que ela fechou a porta voltei a me deliciar com a torta feita por Edward.

— É tão gostosa quanto ele — Murmurei para mim mesma.

Edward’s POV

— Tem certeza que isso irá funcionar? — Questionei mais uma vez a ideia de Jacob

— Claro que tenho, qualquer garota fica louca com isso, é meio que um teste, sabe? — Incentivou ele.

— Então provocar ciúmes na Bella é a chave para saber se ela realmente gosta de mim ou não? Onde iremos fazer isso?

— Alice chamou a gente para sair, ela disse que Bella não quer ficar em casa, tá aí a oportunidade perfeita para provocar um ciuminho besta na Bella

— Fechado

Deixei Jacob na sala e fui me arrumar para sairmos.

Encontrei Emmett, Jacob, Alice e Bella no primeiro andar uma hora depois, já era quase oito meia.

Alice obviamente estava bem vestida, como de costume, mas Bella... estava impecável

— Uau — Murmurei ao encara-la

— Vamos— Disse Bella puxando Alice pelo braço

Bella e seu vestido preto curto demais para meu gosto, mas não pude evitar de olhar para a bunda dela enquanto ela saia desfilando pela sala até a porta.

— Ai caramba — Murmurei para mim passando a mão pela testa.

Segui as duas e Jacob e Emmett vieram atrás de nós.

Fomos para o barzinho que sempre íamos, e lá encontramos Rosalie, o quê foi um tanto quanto desconfortável depois daquela nossa pequena situação em Malibu.

— É o seguinte, cara, chame alguma garota para dançar e certifique-se de que Bella está olhando — Disse Jacob

— Tem certeza de que isso vai funcionar? — Perguntei ainda em dúvida sobre esse nosso plano

— Conheço minha irmã — Retrucou Jacob

Confiante o suficiente me certifiquei de que Bella estivesse me encarando (e ela estava) peguei a primeira que vi em minha frente e a puxei para dançar, senti nitidamente o olhar furioso dela me fuzilando, sorri vitorioso.

Bella’s POV

Olha, se ele acha que está me incomodando ver ele se esfregando com essa ruiva ai, ele tá enganado... mas espera, ela ta pegando na bunda dele? Mas que atirada.

Foco Bella.

Ai não dá, sério, qual é a dele? Ele só pode tá de brincadeira, e tudo aquilo de manhã? É obvio que eu havia gostado das poesias e da torta, e eu gosto dele, mas qual é a dele? Por que tá dançando com ela quando muito bem poderia ter vindo aqui me importunar até que eu dançasse com ele, obvio que eu não cederia, obvio, obvio, obvio, mas ele pelo menos poderia ter me dado alguma atenção...

— Calma querdinha, ou você vai engoli-la com os olhos — Disse uma voz ridiculamente familiar

Rosalie.

— Não estou engolindo a garota com os olhos — Retruquei enquanto desviava o olhar

— Eu. Sempre. Soube — Disse ela pausadamente;

— Sempre soube do que, oxigenada? — Perguntei confusa

— Que éramos do mesmo time — Disse ela

— Que? — Literalmente, eu não estava entendendo nada do que ela falava.

— Eu também sou bi — Disse ela

— EI, eu não sou biscate — Falei, nervosa.

— Não bi de biscate, bi de bi — Disse ela meio sem jeito

— Não sou bipolar

— Oh caralho, bi de bissexual — Disse ela estressada.

Não me pergunte o quê aconteceu depois, porque eu também não entendi, só fui ter noção do que estava acontecendo quando notei que a língua de Rosalie tentava invadir a minha boca, e ela me puxava para perto de si, e eu tentava gritar, mas a boca dela estava pressionada demais contra a minha, comecei a aperta-la, belisca-la, mas a retardada parecia gostar, prensei meus lábios um no outro, eu estava determinada a me manter imóvel até ela perceber que eu não queria nada daquilo.

— Ah entendi — Disse ela em meu ouvido — você tem vergonha de fazer isso em público, tudo bem, podemos ir para o banheiro

— GAROTA, VOCÊ É LOUCA? EU NÃO SOU BISSEXUAL, EU NÃO GOSTO DO QUE VOCÊ TEM NO MEIO DAS PERNAS, EU SOU HETÉRO, TÁ ME ENTENDENDO, H-E-T-É-R-O — Explodi.

— Então porque não parava de olhar para bunda daquela garota? — Rosalie apontava para a garota que dançava com Edward.

Percebi que todos, sério, TODOS olhavam para a gente, inclusive Edward, mas não dei importância e continuei.

— EU NÃO ESTAVA OLHANDO PARA ELA, MAS SIM PARA ELE, TÁ ME ENTENDENDO CACETE, EU TAVA OLHANDO PRA ELE ENQUANTO AQUELA VAGABUNDA SE ESFREGAVA NELE, ENTENDEU? ERA PRA ELE QUE TAVA OLHANDO, E É PRA ELE QUE EU SEMPRE OLHO, CAPTOU A IDEIA SUA LOUCA OXIGENADA?

Saí correndo para fora do bar, todos estavam perplexos com a situação que acabara de acontecer ali.

Me dei conta do que eu havia dito, me dei conta que partilhei com várias pessoas desconhecidas o quê sinto por Edward, e neste momento, eu só queria enfiar minha cabeça em um buraco e nunca mais olhar na cara dele.

— Foi um belo show

— Não enche — Reclamei, sabendo quem era sem mesmo olhar

— “É pra ele que eu sempre olho”

— Não enche Edward, sério — Reclamei, enquanto enxugava as lagrimas traiçoeiras que decidiram saltar de meus olhos.

— É pra você que eu sempre olho também — Disse ele

Me virei ainda meio desconcertada, e enxuguei novamente as lagrimas, ele se aproximou e enxugou uma que eu deixei escapar.

Ele me abraçou, e beijou minha testa, depois minha bochecha, meu nariz e por fim selou seus lábios nos meus.

— Não... posso fazer isso — Falei me afastando dele

Ele me puxou novamente e me tascou um beijão de dar água na boca, me deixei levar por um instante, mas em seguida o empurrei e ele sorria, parecia ter conquistado o quê mais queria, e isso me fez sorrir também, mas logo o sorriso sumiu e eu voltei a minha posição na defensiva.

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— Não posso fazer isso Edward, ainda não estou pronta, tá? Me esquece, por favor, eu... eu não amo você, não te quero mais

Essas definitivamente as palavras mais difíceis que eu já disse em toda minha vida, e era tudo mentira, é claro que eu queria, é claro que eu o amava, mas não sou madura o suficiente para ter uma relação séria.

Ele ainda sorria, um sorriso estonteante, me limitei a olha-lo mais uma vez, e voltei a caminhar, eu só queria ir para casa e chorar, e chorar, e chorar.

Olhei para trás e ele ainda estava lá, com o mesmo sorriso no rosto, e as mãos nós lábios como se me sentisse ainda ali, voltei a andar sem olhar para trás.