O Desabrocha da Última Flor

Sasuke tentava se concentrar no que a sobrinha falava, mas era simplesmente impossível. Seu coração batia em um ritmo estranho. Ele não estava fazendo nenhum tipo de esforço... Então por que estava soando como uma marreta? Olhou para trás buscando qualquer sinal da sua esposa. Um vendaval surgiu do nada derrubando algumas flores de cerejeira.

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- Que estranho! Ainda é cedo demais para elas caírem – Daiki franziu o cenho e ergueu a mão pegando uma delas.

Imitando o menino o duque pegou uma das flores também. E não é que o garoto estava certo... Elas não deviam estar se soltando assim, nem haviam se aberto totalmente. Bom, pelo menos a que ele pegou não. Os orbes negros ficaram como pratos ao ver a flor de despedaçar totalmente nas mãos dele. As pétalas rasgaram-se totalmente para logo em seguida serem levadas pelo vento. Seu peito doeu.

- Tio, o senhor está bem? – Aiko o olhou curiosa.

- Sim, eu estou bem... Vão na frente que eu vou buscar a tia de vocês.

- Tá bom! – As duas crianças saíram correndo em direção a mansão.

Seguiu os pequenos com os olhos até que eles desapareceram pelas portas. Deu meia volta e não conseguiu se impedir de correr até o jardim. Os grandes portões de ferros estavam meio fechados devido ao vento ele correu os olhos e não viu nenhum sinal de Sakura.

- Advinha quem veio te ver meu querido... – A voz feminina conhecida fez com que ele estreitasse os olhos e se vira se tão rápido que a cabeça chegou a rodar.

- Karin?!

- Por que esse espanto meu amor? Eu disse que desistir de você não era uma opção.

- Onde está a minha esposa? – A voz firme tornou-se áspera.

A ruiva deu uma risada tão insana e ao mesmo tempo tão cruel que os cabelos da nuca do moreno se arrepiaram em alerta.

- Ele deve estar nadando com os anjos agora.

O Uchiha franziu o cenho tentando entender o que a dançarina queria dizer com aquilo. Quando seu cérebro finalmente compreendeu o que ela estava dizendo, seu olhar foi rapidamente para o lago. Tecidos verdes boiavam... O vestido de Sakura. Sem raciocinar direito correu até o pequeno e o profundo lago jogando-se na água e rapidamente retirando o rosto dela da água. Nadou até a margem e chegou lá ao mesmo tempo em que Karin saia do jardim gargalhando diabolicamente. Cuidaria daquela psicopata maluca mais tarde.

- Sakura – acariciou de leve o rosto pálido -, Sakura, por favor, abre os seus olhos...

Deitou-a totalmente de costas e começou a massagear o peito após arrancar o espartilho. Abriu os lábios dela com os seus próprios e forçou o ar para dentro dela. Voltou a massagear seus tórax e comprimiu seus pulmões e novamente forçou ar para dentro. O processo se repetiu por segundos tão longos que pareceram horas. Até que como em um milagre a moça começou a expelir a água e abriu os olhos tossindo muito. O duque se afastou dando um pouco de espaço para ela.

- Sasuke? – Ela sussurrou os olhos verdes embaçados pelo medo e confusão.

- Está tudo bem – abraçou-a apertado sentindo seus próprios olhos arderem -, você vai ficar bem...

- Foi ela... Foi ela que provocou aquele acidente – murmurou respirando fundo.

O maxilar masculino estalou pela força com que ele apertou os dentes.

- Não tema... Logo não vamos mais ter que nos preocupar com ela.

§§§

- Oh meu Deus! O que houve? – Exclamou Mikoto ao ver o filho carregar a nora e ambos estavam encharcados. – O que aconteceu?

- Um pequeno acidente no lago – Sakura respondeu antes que Sasuke pudesse falar algo.

Logo todos os empregados e os visitantes da casa estavam em volta do casal o que parecia estar irritando bastante o duque. A preocupação era ligeiramente genuína.

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- Tsunade – a voz de gélida de Sasuke fez todos se calarem até a própria Sakura emudeceu -, tome conta da minha esposa. Eu tenho um assunto para resolver, mas voltarei logo.

- Você não vai trocar de roupa – os negros desceram até os verdes.

- Troco quando voltar, como já disse não vou demorar.

Itachi a pedido do pai acompanhou o irmão, pois este parecia bastante furioso. Sasuke ignorou completamente a presença do irmão e foi ao estábulo da casa convocando cada um dos servos de sexo masculino que residia ali. Descreveu minuciosamente a dançarina e ex-amante e mandou fazerem uma busca por toda a região. Ordenou que ela fosse encontrada até o meio-dia no dia seguinte e sem maiores explicações deu as costas voltando para a mansão.

- O que infernos foi isso?

- Hoje foi à segunda vez que a Karin tentou matar a Sakura.

- O que?! – Exclamou o mais velho incrédulo.

- Ela empurrou a Sakura dentro do lago e foi à responsável pela sabotagem que fez a carruagem partir daquele jeito – o Duque não sabia se sentia raiva da ruiva ou dele mesmo. A única coisa que tinha certeza era de que queria ficar apenas com a sua flor.

Voltou para a mansão rapidamente com certo receio de deixar a sua duquesa sozinha. Sua mente sabia que ela estava completamente a salvo no quarto, mas seu coração era outra história.

- Posso saber o que exatamente aquela dançarina de segunda fazia aqui?

Sasuke parou de andar na hora que sua mãe falou e pelo tom com que ela falou.

- Eu não fazia idéia de que ela estava aqui!

- Existe um limite sabia? – A matriarca se aproximou bastante séria -, você já a perdeu uma vez e agora que está começando a recuperá-la vai arriscar tudo por... Uma nada?

- Mãe... Eu amo a Sakura – falou firme e sem hesitação.

- Não é para mim que você deve dizer isso! – Afirmou categórica se afastando e levando Itachi consigo.

O filho mais novo ficou alguns segundos parado no mesmo lugar, suspirou profundamente tendo mais do que nunca certeza do que deveria fazer. Subiu as escadas indo para os aposentos onde estavam seus pertencentes. Colocou uma roupa seca e leve e pegou seu objeto de valor máximo para depois dirigir-se até os aposentos da esposa. Do corredor viu Tsunade sair do quarto com uma bandeja que continha um copo de suco pela metade e alguns biscoitos.

- Ela conseguiu comer?

- Um pouco, agora está tomando um chá de camomila.

- Ótimo, eu não quero que ninguém venha até esse quarto a não ser que seja chamado – ordenou sério.

- Sim senhor – curvou-se de leve e continuo caminhando.

Apertando o objeto entre os dedos entrou no quarto. Sua esposa estava com uma camisola de renda branca, meio sentada na cama e com os cabelos longos transados para o lado. Sua expressão era um pouco angustiada e surpresa inundou seus olhos ao vê-lo.

- Sinto muito por isso – sentou-se na beirada da cama.

- Não é sua culpa – a moça colocou a xícara no criado mudo.

Sasuke segurou a mão dela e colocou o diário lá. Sakura quase pulou da cama ao ver o livro que ela mesma escrevera.

- Onde conseguiu isso? – Perguntou chocada.

- Sua irmã me deu logo após o acidente – revelou tenso sentindo a garganta secar. – Eu tinha uma opinião horrível sobre você.

- Isso foi culpa minha! Eu deixei a minha mãe te dar essa impressão sobre mim.

- Mesmo assim eu deveria ter respeitado o nosso matrimônio e mesmo antes deu descobrir quem você era de verdade a culpa e o arrependimento já me comiam por dentro – a franja escondeu os olhos negros.

- Sasuke...

-Era por isso que eu não consegui vir te ver, a culpa de você ter ficado desse jeito é tanto minha quando dela. Eu li cada página desse diário... E espero que você me dê à chance de compensar toda dor que eu te causei. – Olhou dentro dos olhos verdes -, mas não vou te obrigar a ficar casado comigo.

- Por quê? Por que você está agindo dessa forma agora?

- Porque eu me apaixonei por você – contou de uma vez deixando a cerejeira desorientada. – Lendo as coisas que você escrevia eu pude conhecê-la de uma maneira que...

- Você realmente me ama? – Interrompeu trêmula.

- Sim – apertou os dedos dela -, e preciso saber se você ainda pode me amar.

- Eu nunca deixei de te amar – murmurou olhando para as mãos -, Deus sabe que o quanto eu tentei, mas eu nunca deixei de te amar.

Ele ergueu o rosto dela pelo queixo e tomou os lábios carnudos e rosados num beijo que era carinho, mas que também era sôfrego e cheio de desejo por ambas as partes. Sasuke praticamente rasgou a camisa para fora do próprio corpo e deitou-se por cima da esposa que tinha o rosto em brasa.

- Envergonhada?

- E-Eu só vi você assim uma vez – lembrou ela olhando para o lado.

- É a primeira coisa que eu vou compensar – falou com a voz rouca deixando-a ainda mais vermelha.

Os olhos dele pareciam mais negros que o normal sem aquele brilho de desconfiança e – que agora ela sabia que na verdade eram culpa e remorso – os orbes negros pareciam ainda mais lindos. As bocas se uniram novamente um explorando o outro. Sakura agarrou os cabelos ébanos instintivamente, ela era totalmente inocente aqui. A noite de núpcias deles não contava como uma experiência verdadeira.

- Você toda é deliciosa assim, ou é só a sua boca? – O rosto feminino ficou em brasa -, você não sabe? Então só me resta descobrir por mim mesmo.

Desceu as alças da camisola expondo os ombros e o colo delicado. Beijou a ponta da orelha e mordiscou o lóbulo sentindo-a estremecer. Mordeu o pescoço gracioso forte o suficiente para deixar uma discreta marca. Acariciou com os lábios a pelo do colo ao mesmo tempo em que descia mais a camisola até que essa estivesse abaixo da cintura expondo todo dorso dela. Percorreu com a língua a linha do vão dos seios até o umbigo.

Ergueu a cabeça para olhar nos olhos dela. Os verdes estavam semi cerrados, mas não desviaram dos negros... Nem mesmo quando ele se ajoelhou e terminou de retirar a camisola do corpo dela. Embaraçada por estar completamente nua na frente dele cobriu os seios com os braços.

- Não faça isso – retirou os braços delgados -, você é tão linda.

- Sasuke...

- Shhh minha flor – levou uma das mãos até os seios e acariciou o bico deixando-o enrugado -, é quase da cor do seu cabelo – tal observação só a deixou ainda mais vermelha.

Abaixou o rosto capturando o delicado mamilo com os dentes e mordiscou de leve deliciando-se com o gemido assustado que ela deixou escapar.

Sakura arfou com as sensações que se apossavam do seu corpo. Sua parte intima parecia pulsar no mesmo ritmo que Sasuke chupava seu seio. A sensação era deliciosa, sem saber onde por as mãos apoiou-as nos ombros largos, os ruídos de sucção a excitavam.

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- Você toda é doce – murmurou lambendo os lábios.

A cerejeira mordeu o lábio inferior, tentado pela cena o moreno mordiscou o superior antes beijá-la sofregamente. Discretamente desceu a mão até o vértice das pernas dela. Ela interrompeu o beijo com um gemido manhoso.

- Sasuke... Aí...!

- Você também será doce aqui? – Explorou a intimidade que para a elevação do seu ego estava encharcada.

O Uchiha observou a esposa ainda provocando-a com os dedos, os olhos verdes estavam opacos, os lábios inchados e vermelhos, a respiração ofegante o que fazia seus seios subirem e descerem e a pele totalmente arrepiada.

Tentado a realmente prová-la abaixou-se até a feminilidade. Prendeu a pequena pérola inchada bem de leve com os dentes e a provocou sem piedade.

- Ah! Ah! Sasu... Sasuke! Por favor...! – Implorou sem saber ao certo o que exatamente queria.

- O que você quer meu amor – perguntou sem levantar o rosto.

- Eu não...

- Não sabe querida? Então por que está pedindo?

Abaixou o rosto novamente mimando a pérola e dessa vez só parou quando sentiu-a arquear os quadris e gritar seu nome imersa ao prazer.

- Deliciosa – passou a língua pelos lábios -, como eu sabia que você seria.

- Todo Sasuke – falou com a voz rouca -, quero você todo.

O abdômen dele contraiu com aquela pequena admissão, sua excitação duplicando, triplicando, elevando-se a um nível que nunca tinha estado antes. Como tamanha inocente poderia ser tão sedutora? Sem contar com a ajuda dela retirou a calça que a muito se tornara extremamente desconfortável. O ar ficou preso na sua garganta ao sentir as mãos macias e pequenas em volta do seu membro.

- Sakura...!

- É bom? – Os olhos verdes adquiriram um pouquinho de malicia.

Ele sorriu de lado e parou-a, no estado que se encontrava iria chegar ao clímax nas mãos dela e queria que isso acontecesse dentro dela. Utilizando apenas um dos braços prendeu os dela em cima da cabeça e com o outro arqueou uma das pernas para o lado expondo a feminidade para seu membro faminto.

- Sasuke – uma pintada de medo apareceu.

- Não se preocupe... Eu nunca mais vou maltratar você.

Invadiu devagar aquela cavidade quente e apertada. Sakura fechou os olhos e suas unhas arranharam a mão dele que a mantinha prisioneira. Ele estava entrando tão devagar que ela podia sentir toda a extensão dele que parecia não ter fim.

Ambos gemeram e o moreno a soltou para apoiar-se com os cotovelos quando entrou totalmente dentro dela. Era tão macio, quente e ela estava tão molhada. Parecia o paraíso. Olhando dentro dos olhos dela começou a se movimentar. Saia quase totalmente e depois entrava de volta de uma só vez.

Sakura parecia perdida na nuvem de luxuria que o quarto se tornara. Nunca pensou que fazer amor era aquilo tudo. As estocadas começaram a se tornar mais curtas e mais fortes a proximidade fazia com que o seu ponto sensível se esfregasse continuamente nele, a sensação era desorientadora.

Ofegou quando ele a puxou sentando-se e levando-a com ele. Agora o contado entre eles era tanto que nem um fio poderia passar por ali. Seus gemidos já estavam alcançando o volume de gritos, sua parte intima queimava a sensação que sentira quando ele a acariciara com a boca estava voltando, só que dessa vez muito mais forte.

As mãos masculinas eram firmes nos quadris dela, fazendo-a subir e descer firmemente. As paredes internas agarravam-se ao seu membro como se quisessem expulsa-lo. Sabia que ela estava muito perto do orgasmo, sentia as contrações se tornarem mais rápidas e mais fortes. Ela gemia tão manhosa e dizia seu nome de uma forma tão erótica que o seu próprio clímax também não estava muito longe.

- S-Sasuke...!

Maldosamente escorregou uma das mãos entre seus corpos e pressionou com força a pequena e sensível pérola. Foi o que bastou. Ela mordeu seu ombro e chegar ao prazer máximo. Torturado pelas violentas contrações chegou ao próprio orgasmo gemendo alto, o melhor e mais forte da sua vida.

Caiu por cima dela na cama, surpreso com a momentânea perda de força, suas pernas ainda estavam entrelaçadas. Olhou para o rosto dela, vendo-a de olhos fechados, respiração rápida e bochechas coradas. Sentindo-se observada os verdes saíram de seus esconderijos e ela sorriu graciosamente para ele. Ergueu o troco e beijou-o sendo plenamente correspondida.

Sasuke deitou na cama e a acomodou no seu peito vendo-a dormir rapidamente ainda ficou um tempo acordado acariciando os cabelos e as costas dela. A felicidade dele estava tão próxima e ele quase a perdeu duas vezes para a morte, bom isso não voltaria acontecer. E com esse pensamento adormeceu mantendo os braços firmemente em volta da razão da sua existência.

§§§

O canto dos pássaros e a luz do sol foi o que realmente acordou o casal. Eles já estavam despertos há algum tempo mais decidiram ficar na cama conversando e expondo muito um sobre o outro.

- Posso fazer uma pergunta – Sakura olhou para ele.

- Sim.

- Você não se importa que agora eu não posso ter filhos? – Os negros se abriram totalmente.

- Não – era uma resposta sincera -, admito que ter um filho com você seria o melhor momento da minha vida, mas se esse é um pequeno detalhe para ficar com você eu não me importo.

- Mais e o titulo de Duque?

- Assim como Itachi passou ele para mim eu posso passar ele para Daiki quando chegar a hora – explicou. – Você está tentando arranjar alguma desculpa para se livrar de mim?

- Não! – A duquesa corou tão forte que quase chegou a violeta o que trouxe um sorriso aos lábios do marido. – Eu só fiquei preocupada e curiosa com esse fato.

- Eu já sabia, era só para ter certeza – murmurou fechando os olhos de novo.

- Você é muito convencido – ouvi-a dizer por meio de um gracioso biquinho -, mas quer saber – o tom sério fez com que ele a encarasse. – Eu amo você exatamente da forma como você é.

- Eu sei... Eu também de amo.

Sorrindo feliz ela decidiu que já havia passado da hora deles levantarem e por isso sentou-se na cama. Contando com a ajuda dele vestiu-se e gargalhou quando o marido começou a reclamar que as roupas das mulheres eram demasiado complicadas.

Juntos desceram as escadas e toda a atenção se centrou neles ao chegaram a sala de jantar onde quase todo mundo já tinha tomado café.

- Tia! Tia – Daiki e Aiko vieram correndo -, a senhora caiu no lago?

- É, eu fui extremamente desastrada – disse sorrindo e não querendo que as crianças soubessem que na verdade ela tinha sido empurrada.

Sasuke cerrou os olhos ao se lembrar que ainda teria que cuidar daquele pequeno detalhe. Pediu licença a todos e beijou a esposa na testa dizendo que voltaria logo. Mikoto, Itachi e Fugaku muito cientes do que o outro iria fazer resolveram ir com ele. O pai de Sakura e Ino começaram a conversar com ela e com as crianças. Só Iza parecia fingir que a filha não existia, mesmo sabendo que ela quase morrera no dia anterior.

§

Os quatro Uchiha pareciam não acreditar no que estavam ouvindo dos cava lariços. Pelo que parecia Karin havia sido atacada por lobos e seu corpo mutilado estava desaparecido, só encontraram as roupas e Sasuke reconheceu o vestido que ela estava no dia anterior. Decidido a simplesmente esquecer a existência naquela mulher pretensiosa e doente deu as buscas por encerradas e comunicou as autoridades da capital.

- Acabou querido – Mikoto abraçou o filho.

- Eu sei mãe.

- Estou orgulhoso de você filho – emendou seu pai.

- Agora você pode ser feliz com a sua Duquesa – completou seu irmão dando um peteleco na sua testa, mania de infância.

Ignorando o atrevimento do mais velho por aquele maldito hábito, ele já não era mais uma criança. Foi atrás de Sakura e a encontrou no Jardim Secreto Mágico, riu do nome que os sobrinhos haviam dado aquele lugar. Secreto não mais, só que com certeza Mágico. Sentou-se ao lado dela que sorriu e beijou de leve seus lábios e ficaram observando as crianças correrem a brincaram, as flores desabrochando e os pequenos animaizinhos curiosos explorando aquela pequena parte do paraíso. Sim, seu próprio paraíso. Olhou para a mulher em seus braços, Deus o havia abençoado com a pessoa mais bondosa e gentil que ele teve o prazer de conhecer. E jamais de novo deixaria que ela escapasse do seu abraço. Nunca mais nada nem ninguém despedaçaria a sua flor.

§§§

Dois meses depois

A festa de noivado de Yamanaka Ino com o Conde Sabaku no Gaara estava linda. Sakura oferecera a mansão e como eles estavam no final da primavera às flores de cerejeira faziam uma chuva deixando o lugar ainda mais lindo e misterioso. Embora os personagens centrais fossem os recém anunciados noivos. Todos ali queriam mesmo eram ver o Duque e a Duquesa Uchiha.

E qual foi à surpresa de todos ao ver o casal mais comentado da corte muitos próximos e a Duquesa se locomovendo sem esforço algum pelo salão. Os sobrinhos próximos ao casal deliciando-se com as guloseimas da festa. Muitas jovens suspiraram de resignação com o fato de Sakura ter se recuperado, pois se especulava de que o matrimonio deles seria anulado e obviamente o Duque mais cobiçado teria de encontrar uma nova esposa.

- Parece que tem muita gente decepcionada por aqui – Itachi falou só para o irmão ouvir.

- Hn – resmungou Sasuke fazendo uma cara de desdém para outra oferecida que cismava em tentar provocá-lo com o olhar e o leque.

Irritado com aquele assédio descarado passou o braço em volta da cintura da esposa que parecia não notar os olhares luxuriosos que eram enviados para ele. Mais que não surtiam quaisquer efeitos. Seu amor, libido e carinho eram apenas direcionados a uma única pessoa. E, além disso, o que mais ele poderia pedir?

Sakura estava usando um vestido vermelho com rosa que realmente a deixava parecida com uma flor. As jóias eram esmeralda pura com ouro branco, feitas especialmente para ela. Estava linda, ela era linda, meiga e gentil. Puxou-a para a pista de dança.

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- Acho que ainda não devo...

- Você já está andando perfeitamente bem – lembrou ele.

- Mais às vezes as minhas pernas travam eu posso cair ou pior cair e levar você junto – a cena embora em sua mente fosse engraçada ela sabia que na vida real seria humilhante.

- Eu quero dançar com você e dane-se o que pode acontecer... Eu prometo Sakura, eu nunca deixaria você cair – aquelas palavras eram mais profundas do que realmente pareciam.

Um pouco tensa, mordiscou o lábio inferior sabendo o quão tentando seu marido ficava com aquele ato. Deixou-se guiar pelo salão e dançou graciosamente a música inteira sem cometer um erro sequer. Ao terminarem Sasuke deu um longo beijo na testa dela o que só aumentou o choque de todos. Vermelha com a surpreendente demonstração de carinho Sakura pediu licença e disse que iria falar com sua irmã.

Não foi difícil encontrá-la, estava na pista de dança com o noivo e ao vê-la veio rapidamente ao seu encontro e as duas foram para um canto fofocar como só duas irmãs podiam fazer.

- Eu vi o beijo que ele te deu – riu Ino -, minha boca quase foi no chão.

- Eu também fiquei chocada, ele mudou muito nos últimos meses, mas eu jamais achei que ele fosse fazer algo assim em público.

- Você pode chocar ele também – comentou a loira com um brilho no olhar.

- O que quer dizer? – Ficou momentaneamente confusa pelo tom usado pela irmã caçula.

- Você sabe...

- É eu sei – suspirou -, eu vou contar hoje.

- Agora? – A noiva teve que se segurar para não dar pulinhos de entusiasmo. – Aonde?

- No jardim.

- É claro! – Pergunta idiota.

- Eu estou indo para lá agora.

- Okay!

As duas se olharam por um minuto antes de se abraçarem com força. Sakura sabia o quanto a irmã estava feliz por estar noiva do homem por quem se apaixonara e ao mesmo tempo triste pela mãe delas não ter vindo e cortado relações não só com a filha mais velha mais também com Ino por querer se casar com Gaara. Ambas jamais iriam entender a fixação da matriarca com o título dos Uchiha.

- Vá, vá... Quero detalhes depois!

- É claro! – Dirigiu-se para porta lateral.

§

Faltavam apenas um dia para que a primavera terminasse as folhas das arvores já estavam amareladas e algumas até começaram a cair. Primavera. Que maravilhosa estação era aquela. Trazia consigo beleza e vida, trouxe de volta para a sua vida brilho e felicidade, com um pequeno empurrãozinho dos sobrinhos é claro. Sorriu ao se lembrar deles e da pequena brincadeira. A missão de fazê-la voltar a andar estava concluída. Quem não conhecia a sua história nem imaginava que ficará meses sem andar...

- Até o fim da primavera – falou para o vento.

- O que até o fim da primavera? – Sorriu ao escutar aquela voz.

- A tarefa do Daiki e da Aiko, me fazer voltar a andar – sentiu-o circular seu corpo com os braços -, mas eles fizeram muito mais do que isso... Tiraram-me daquele estado de semi morte.

- Eles são realmente crianças muito especiais.

Sorrindo ela se afastou e ficou frente a frente com ele.

- Que olhar é esse?

- Que olhar? – Indagou se afastando mais um passo.

- Esse de criança preste a aprontar alguma coisa – ela gargalhou com o comentário.

- Médicos realmente ajudam, mas nem sempre estão certos – Sasuke franziu o cenho com as palavras da esposa. – E parece que o nosso errou em mais uma coisa...

- Como assim?

Mordendo o lábio ela espalmou as próprias mãos no ventre esperando que aquilo fosse o suficiente para fazer o marido entender o que ela queria dizer. Ela soube exatamente quando a compreensão veio a mente dele. Os olhos sérios ficaram como pratos e inundados de surpresa e felicidade, porém antes que ele pudesse dizer algo virou de costas e saiu correndo rindo como um pássaro ao aprender a voar.

Sua corrida não durou muito em apenas alguns segundos seu marido a alcançou e eles caíram na grama com ele por cima dela, beijando sua testa, bochechas e finalmente a boca a qual explorou com lentidão. Amaldiçoando a necessidade de ar por ter que se separar.

- Como? Quando?

- Como você sabe – riu ao ver pela primeira vez ele ficar vermelho -, eu estou com apenas seis semanas, mas tenho certeza – falou acariciando o cabelo dele. – Eu sinto nosso filho dentro de mim Sasuke.

- Eu amo você – falou com tanta maciez que trouxe lágrimas aos olhos da futura mamãe.

- Eu também amo você.

Os dois se beijaram apaixonadamente por longos minutos e Sakura ficou ainda mais emocionada ao senti-lo acariciando seu ventre.

- Eca!

- Beijo é muito nojento tio! – Aiko gritou de trás da árvore.

O casal de separou rindo ao ver os dois pequenos espiões. As crianças vieram correndo a abraçaram eles. Bastante contentes com a noticia de que teriam um priminho. Logo Itachi, Mikoto, Fugaku, Tanaka, Ino e Gaara estavam no jardim também comemorando a novidade.

Embora quisessem ficar ali mais algum tempo, sabiam que deviam voltar não podiam sair todos da festa daquele jeito. Um pouco atrás Sasuke observou carinhosamente Ino e Mikoto paparicando sua esposa que brilhava toda em felicidade. Antes de sair do jardim olhou em volta sentindo a energia daquele lugar.

- Até o fim da primavera – murmurou vendo as flores meio murchas, mas a dança das pétalas de cerejeira e dos vaga-lumes impediam que o lugar perdesse sua magia. - Não. Aqui a primavera jamais vai ter fim.

... Embora Daisuke, o próximo Duque Uchiha tivesse nascido no meio de um rigoroso inverno. Seus pais, seus primos, tios e avós para sempre prefeririam a estação primavera... Mas tudo bem, pois sua irmãzinha Sakiko que nasceu dois anos depois dele veio na estação nas flores e a felicidade dos seus pais foi ainda mais completa...

Fim