Zombie AU

Esperanças com poucos fios


Jack Frost

As ordens da Elsa foram vasculhar as farmácias e se possível mercados. De acordo com ela a cidade estava dentro da área de evacuação. Nós pegamos todos os suprimentos que achamos na farmácia, passamos no mercado e pegamos o que podíamos. Alguns salgadinhos, açúcar, café, alguns enlatados no deposito, pegamos mel e vinagre, que Rapunzel falou que era bom para alguns tipos de ferimentos, caso precisássemos.

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Estava sem meu moletom azul, tinha deixado para Jamie. Mais cedo no carro Rapunzel me perguntou o porquê de amar tanto esse moletom e eu não sabia responder, mas a verdade é que era do meu pai. A ultima coisa que ele deixou pra mim.

Era meio raro eu falar do meu pai, Rapunzel conhecia minha mãe e Emma muito bem de tanto que eu falei delas. Mas, o meu pai não. É claro. Eu também não o conhecia direito, conhecia o dia em que ele deixou minha mãe e o dia em que parou de pagar a pensão. Nada mais que isso

— Fala cara de pastel – Peter atendeu o rádio. E Rapunzel estava no refeitório da escola que resolvemos passar para pegar material para as crianças – Já pediu a loira Einstein em casamento ou tá com medo de compromisso? Ai – ouvi alguém da um tapa nele. – Não tenha medo, Jack. Você a ama. É um grande passo. – Alice falou, Peter é um linguarudo. – Eu obriguei ao Peter a me contar o que vocês estão aprontando.

— Aposto que foi fácil tirar isso dele. O cara é um maníaco sexual – Comentei

— Não muda de assunto, frostidiota – Me segurei para não mexer com ela de volta. – Já pediu?

— Não – Suspirei frustrado – Não encontro nenhum momento certo.

— Não existe momento certo, Jackson. – Alice suspirou – É só você e ela. Só vocês dois. – Ela deu uma pausa Peter falou- Não vai ter nenhuma cabeça morta de plateia Jack, pede logo – Estragando o momento dramático da Alice. – Ai amor – Aposto que recebeu outro tapa.

— Cadê o Jamie? – Perguntei vendo Rapunzel se aproximar.

— Ele queria mesmo falar com vocês, vou chamar ele e já te retorno. – Peter falou – Câmbio. – Rapunzel chegou.

— Vamos? Essa foi a ultima parada. – Falei e começamos a voltar para saída – Peter foi chamar Jamie para falar com a gente.

— Já estou sentindo saudades. – Ela falou dando um pulinho, estávamos chegando perto do carro quando o rádio chiou e Punzel atendeu – Oi querido – Eu ouvia a voz de Jamie dizendo que o Kristoffer fez um frisbee para eles brincar e então Elsa chegou e pediu para conversar com a gente. – Como está as coisas, Elsa?

— Jamie querido vai brincar com a Alice. Sem pânico quero que me ouçam. Kristoffer identificou via satélite um furacão indo até a área que estão. Em 10 minutos o alarme automático da cidade ira tocar e pode atrair qualquer sinal de gente morta ou viva para ai. Então quero que peguem os remédios e encontrem uma casa com porão e assim que o furacão passar eu vou avisa-los.

Corremos para o carro e Rapunzel colocou a mochila nas costas e pegou a Walker Colt que tínhamos e eu peguei a mochila com as latas de comida e coloquei o mel e o vinagre dentro, peguei minha caixa de cigarro e Rapunzel se tivesse visto talvez brigasse comigo.

Nós corremos para três casas na frente já que era a que estava com a porta aberta, nós entramos e quando atravessamos a sala para procurar um porão dois caras apontaram armas para gente e só depois de 10 segundos de silêncio reparei uma garota no meio deles.

— Quem são vocês? – O mais velho que tinha um casaco de militar e postura de militar perguntou e não respondemos. – Vamos respondam! – olhamos um para o outro e apontamos as armas para eles também.

— Ronin o que eu faço? – O cara do lado dele mais jovem perguntou.

— Quase a vida toda comigo e ainda pergunta. Só aponta essa arma, garoto. – O Ronin respondeu.

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— Escutem. – Comecei a falar – Em 5 minutos o alarme da cidade vai tocar, tudo morto ou vivo em raio de talvez 5km deve escutar, e então em mais 5 ou 10 minutos que o alarme parar um furacão vai chegar. Podemos morrer com os andarilhos infectados, com o furacão ou nos matando, só que eu já sobrevivi a muita coisa para não dar um livro para o garoto que está me esperando.

— Podemos trabalhar juntos. – Rapunzel falou – Tenho certeza que vocês também não querem morrer. Então, podemos ir para o porão esperar o furacão passar e depois cada um seguir seu caminho, ou morrer. E como meu parceiro disse: Não vou deixar meu garoto sem um livro. – O alarme tocou. – Vocês decidem.

— Eu acho uma ótima ideia a dela – A garota falou e depois falou algo em seu ouvido.

— Então abaixem as armas de vocês primeiro – Ronin falou. - Nod – Ronin falou com o garoto – abaixa a sua e leva a M.C para o porão. – O garoto obedeceu. – Ok rapaz nos três abaixamos juntos, tudo bem? A garota tem razão, não precisamos nos matar. – Ele contou até três e abaixou junto comigo. Rapunzel passou me puxando e o cara veio atrás da gente, nós entremos no porão.

O furacão começou 10 minutos depois que entramos no porão e eu e Rapunzel ficamos perto das escadas, e parece que por enquanto não era mais eu e ela. Esse pedido estava mais difícil de fazer a cada dia. A casa balançava e uma hora a janela no alto da parede quebrou e eu e Ronin tampamos.

— Há quanto tempo estão na estrada? – A garota nos perguntou

— Não liguem, ela é meio invasiva mesmo. Não esta acostumada. – Ronin disse serio.

— Juntos há dois anos. – Rapunzel respondeu pra aliviar a situação. – E vocês?

— Eu estou há pouco tempo, nós vivíamos... – Ela foi interrompida por Ronin de novo.

— Acho que não precisamos conversar não é? – Ele disse e a garota se entristeceu.

— Que linda a sua bolsa – Rapunzel comentou da bolsa em forma de flor que a garota carregava.

— Obrigada, uma amiga me deu antes de morrer – Ela sorriu fraco e por trás do sorriso eu via os olhos dos três tristes. Elsa nos chamou no rádio e disse que poderíamos sair. Saímos e metade da casa já estava destruída.

— Ainda bem que pegamos suprimentos antes disso – Rapunzel comentou apenas para eu ouvir. – Será que eles têm? Eu só vejo a bolsa da garota e é pequena demais para suprimentos. – Olhei surpreso para ela, ela não estava pensando em dar algo para eles. Ela me olhou firme, fazendo seus olhos verdes ficarem mais brilhosos.

— Punzel... – Sussurrei de volta e ela continuou me olhando. Resmunguei um xingamento e ela sorriu. Virei-me para os forasteiros. - Vocês vão ficar bem? Estão só com a bolsinha e duas armas...

— Vocês têm suprimentos? – Rapunzel perguntou – Se quiserem podemos dar um pouco dos nossos, afinal. – ela olhou para trás e vimos a cidade cheia de destroços – eu duvido um pouco que agora vão encontrar mais algum tão cedo. – O garoto sussurrou algo com Ronin e foi falar com a garota.

— Não vamos sobreviver até lá se não comermos. – A garota olhou para gente e foi para perto de Rapunzel – o que vocês têm ai?

— M.C nós conseguimos! Somos fortes e – Ronin começou a falar e o garoto interrompeu.

— Ela tem razão Ronin. Pelo menos algo para hoje. Não sei se vamos conseguir mais dias de viagens sem comida ou água.

— Tem um lago a poucos quilômetros de distância daqui, podemos beber água lá. – Ronin falou novamente e os outros não prestaram atenção com Rapunzel dando duas latas pra cada. – Já está bom pessoal. – Eles se levantaram sorrindo. – Obrigado de novo. – Ronin sorriu de lado.

— Agradeça a Flor. Por mim já estaria longe. – Em uníssono eles disseram ‘’Obrigada, Flor’’ para Rapunzel. Sorrimos e Rapunzel ficou vermelha de vergonha.

— Obrigada por me deixar dar comida pra eles. – Já estávamos na estrada e graças a Deus nosso carro só saiu um pouco do lugar. Olhei para ela e sorri.

— Não resisto a essas esmeraldas que você chama de olhos. – Ela sorriu mais uma vez – Punzel, eu queria mesmo um tempo com você pra...

— Será que são eles? – Ela falou olhando o retrovisor e eu olhei também – Jack pare o carro.

— O que? Não – Ela olhou para mim brava quando eu voltei meus olhos para a estrada – Baby, eles só estão indo pra esse lago ai que eles falaram, não estão nos seguindo. Desencana.

— Jack eu acho que não são eles – Ela falou mais uma vez olhando no retrovisor, e então eu vi: Um carro surrado e preto, mais o que chamou atenção foi um cara pendurado na janela com armadura de ferro.

— Eu não vou parar o carro. – Ela me olhou e eu não consegui decifrar pela primeira vez seu olhar. Aumentei a velocidade do carro, o que era errado por causa da gasolina, Punzel não brigou só pôs o cinto de segurança. O carro atrás aumentou a velocidade também, e em poucos minutos eles estavam do nosso lado. Estavam com uma pintura branca esquisita na cara e com roupas de pelos de animais esquisitas. Um deles puxou uma serra elétrica e passou na lateral do nosso carro me fazendo perder o controle. Depois eles jogaram o carro de lado na nossa frente para impedir a passagem. Parei rápido e na mesma rapidez eu e Punzel sacamos nossas armas e descemos do carro.

Desceram 5 caras do carro também, com suas roupas estranhas e armas, rindo. Isso não vai dar bem. Apontamos as armas para eles e ficamos esperando.

— Quero que me digam onde está a garota com a flor de botão? – O cara parecia o chefe, um pelo de animal grande e branco sobre seus ombros, roupa preta, botas pretas e tinha uma tinta branca em seu rosto. – Andem! Onde está?

— Não sabemos do que você está falando. – Ele sorriu esquisito e um garoto baixo sorriu também e atirou na perna de Rapunzel e ela caiu no chão de dor. Fui ver a perna dela e ela começou a chorar, meus olhos encheram d’água também e eu apontei a arma para o garoto. – Se vocês derem mais um passo, eu garanto que ninguém vai sobreviver. – Eles riram.

— Vou perguntar mais uma vez: Onde está a garota com a flor de botão? – Ele apontou a arma pra mim. – e se não responderem, meu filho vai adorar brincar com a loira aí – O Garoto tentou chegar perto de Rapunzel e quando eu ia apontar a arma pra ele, Rapunzel foi mais rápida.

— Se encosta um dedo em mim, você vai perder o seu pinto. – Ela tinha a voz firme, mas eu sabia que ela queria chorar, não só pelo raspão de bala em sua perna, mas também pela situação.

De repente um tiro acertou um dos caras e ele foi ao chão. Todos olharam para onde veio o tiro. Mas, eu não. Eu mantia meus olhos no maior, seria fácil acerta-lo agora: Mas, não seria fácil me virar com o resto.

— Ele não está com a flor Mandrake – Reconheci a voz e era Ronin. – Agora os deixe em paz – Ele chegou perto – Ou a próxima ferida vai ser no seu filho, e não vai ser eu quem vai atirar – Ele assobiou apontando para Punzel.

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— Sei que está com a flor, Ronin. Entregue para mim e deixamos vocês irem. – O tal de Mandrake falou apontando também a arma. – O que é isso Ronin? Sem seus soldados? Só você, o garotão aqui e a donzela indefesa. Não tem mais ninguém? – Alguém atira na arma de Ronin fazendo a arma cair e outro carro com mais 5 caras da gangue do Mandrake aparece.

Um deles soca a cara de Ronin e ele então toma a posição para lutar. Fui olhar para Ronin e um dos cara tira a arma de mim e segura meu braço, fazendo Rapunzel também se distrair e o filho de Mandrake pular em cima dela: Ela chegou a atirar, mas nada foi acertado. A arma de Rapunzel foi pra longe. E então 4 caras juntaram em cima de Ronin e mais 4 em cima de mim: Eu nunca fui um bom lutador, mas não fugia de uma briga. Só que o que mais me distraia eram os gritos e gemidos de força que Rapunzel dava. Eu a conheço o suficiente para saber que ela sabe se cuidar e se defender, mas ainda é minha namorada.

Já estava acabado, e de relance via Ronin também acabado, enquanto o idiota do Mandrake estava rindo vendo a cena.

— Parem! – Alguém gritou, mas muitos ignoraram. – Eu estou com a flor Mandrake: Pare!!! – M.C a garota que estava com o Ronin e Nod levantou a bolsa em forma de flor e todos pararam olhando para Mandrake. Ele fez um sinal com a mão e os capangas foram para perto dele. Vi Ronin cuspir sangue com o rosto destruído e acho que meu também deve estar. Fui para perto de Rapunzel que tinha um olho roxo, a blusa rasgada, a calça aberta e o sangue da perna mais espalhado.– Eu te dou a bolsa e você deixa a gente ir. – M.C falou.

— Adorei a proposta – Mandrake sorriu. – Passe pra cá – A garota andou devagar até Mandrake e nós assistimos. Afinal, o que tem de tão importante nessa bolsa e por que ele quase nos matou só para consegui-la?

Quando ela iria entregar para ele, ela tirou uma faca de caça da manga e esfaqueou sua costela.

— AGORA! – Ela gritou e se afastou se abaixando. Dois caras foram acertados na cabeça e foram ao chão. Mandrake atirou aleatoriamente e então Ronin mandou a garota fugir e o filho de Mandrake foi atrás.

— Pega ela Dagda – Mandrake falou pegando a arma e apontando pra gente – Vão ajuda-lo – Mandou três capangas atrás. A garota não chegou nem na metade do caminho, um capanga que perseguia a menina foi para o chão e o Dagda caiu em cima dela, segurando-a. Vi Mandrake entrar no carro, assim que seu filho segurou a M.C.

Peguei minha arma e atirei no carro que já se movimentava. Olhei para trás e os outros entraram no carro e seguiram Mandrake.

Nod chegou perto de M.C carregando uma Metralhadora Airsoft, então era ele que estava atirando. Ronin levantou devagar e Nod e M.C chegaram perto dele. Olhei para Rapunzel e sua blusa rasgada mostrava seu sutiã rosa, tirei meu casaco marrom e dei para ela, ela pegou com as mãos tremulas.

Lá se vai meu pedido de casamento.