Havia momentos em que o Doutor quase esquecia.

Esquecia que tudo tinha de acabar. Esquecia o que fim estava próximo. Esquecia que ele sabia exatamente como iria acabar. Esquecia, até, do quão quebrado ele ficaria depois disso. Esquecia, esquecia, esquecia. E fingia que seu tempo com River duraria para sempre.

Ele a beijaria, então, a testa, os lábios, o nariz. A abraçaria com entusiasmo e passaria a mão por seu cabelo selvagem, curioso. Flertaria com ela, e tentaria parecer inteligente, e a mandaria correr nas horas que era preciso mesmo que ela já estivesse dez passos a sua frente.

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E o mundo seria perfeito, colorido, sem fim. Mas o Doutor sabia das coisas, e se existia uma verdade era a de que os felizes para sempre sempre tinham de acabar. Mas ele preferia esquecer.

Era menos doloroso.