Ficamos em silêncio por um bom tempo apenas nos olhando, acho que nem ele e muito menos eu sabíamos como reagir com aquilo tudo, na verdade a gente foi pego de surpresa.

– Se vocês não andarem logo, não vai sobrar panquecas pra vocês – minha irmã grita da cozinha

– Filha da mãe, isso é jogo sujo – ela não fala mais nada

– Iza, sem maldade eu preciso comer essas panquecas

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– Eu também, mas eles não vão tirar a gente daqui- bato as costas na porta

– Só se... – ele não fala mais nada, provavelmente sem graça assim como eu

– Isso é jogo sujo

– Eles tinham isso tudo planejado desde o começo

– Eu também acho

– Acho que devemos fazer isso pelas panquecas – ele vem andando em minha direção e a cada passo eu sinto meu coração aumentando a velocidade

– Eu também acho – quando ele chega perto de mim escuto alguns hmmmmmmmmmm vindo da cozinha e eu grito – Vão se fuder todos vocês.

Assim que acabo de falar ele me pega de surpresa e cola os nossos corpos e olha nos meus olhos e eu olho nos dele, ele desvia o olhar para a minha boca e eu sinto que se ele me soltar agora eu caio no mesmo instante no chão do tanto que estou tremendo.

Ele volta a olhar para os meus olhos e se aproxima mais, junta os nossos lábios e pede passagem para sua língua e eu cedo rapidamente, nossas línguas começaram uma pequena batalha, porém bastante intensa e por fim paramos o beijo por falta de ar. Ouvimos a porta ser destrancada, mas nem eu e nem ele mechemos um músculo sem quer, apenas ficamos nos olhando por alguns instantes até começarmos a dar risada.

– Isso foi estranho – eu vou andando rumo à porta

– Um estranho bom – ele cochicha no meu ouvido e sai correndo- quem chegar por ultimo... – o interrompo

– Quantos anos você tem? – e saio correndo atrás dele, não vou perder essa. Odeio perder.

Eu achava que depois que a gente se beijasse as coisas iam ficar estranhas, mas convenhamos que ambos somos estranhos, portanto tanto faz, as coisas continuam as mesmas, eu acho.

– Como sou uma boa pessoa – Mari começou falando- eu guardei algumas panquecas pra vocês, nós já comemos afinal vocês demoraram de mais pra...

– Tá ta – a interrompo e ela ri

– Estão no microondas – o Gui vai até la e pega o pirex onde elas estão e põe em cima da mesa

– A gente vai estar na sala de filmes, depois vocês vão até lá – O Lucas fala e escuto minha irmã gritar

– Juízo vocês dois hein – apenas ignoro

Sentei-me na mesa e peguei uma das panquecas para comer, já que o guloso do Guilherme já estava na sua segunda.

– Ei, deixa pra mim também babaca

– Tem umas dez ou mais panquecas ai menina

– Do jeito que você é você come tudo – faço cara feia pra ele

– Desfaz essa cara feia se não eu vou perder a vontade de comer – mostro o dedo para ele

Eu fiz ele esperar eu comer a minha segunda panqueca inteira para que a gente começasse a comer a terceira juntos, assim não tem como ele comer mais que eu HAHAHA. Quando já estávamos na sexta panqueca, não agüentando mais com o gosto do chocolate eu vejo ele com o rosto todo sujo de brigadeiro e começo a rir da cara dele

– O que você esta rindo?

– Não é por nada não, mas eu acho que você mais lambuzou o seu rosto com o brigadeiro do que comeu

– E você acha que seu rosto está limpinho né?

– Ele ESTÁ limpinho – dou ênfase no está e vejo ele levantando do seu lugar vindo em minha direção com a mão cheia de brigadeiro – Nem vem não, sai pra lá – como sou um poço de lerdeza ele chega em mim antes de eu conseguir me levantar e sair correndo, sujando todo o meu rosto de brigadeiro

– Seu rosto ESTAVA limpo

– Filho da nhsaosyesnak – falo tudo embaralhado e eu mesma não sei o que eu falei

– Você me ama isso sim

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– Não, eu odeio você isso sim

– Me ama

– Não, você que me ama

– E se eu amar – espera oi? Ele vem andando na minha direção

– Se – eu falo e vejo ele pegando uma panqueca e abrindo ela para pegar o chocolate

– Fala que me ama se não seu cabelo vai ter tratamento especial hoje

– Mas eu fiz hidratação nele esses dias, vai fuder tudo – faço bico – isso é chantagem

– Não importa, a gente se beijou minutos atrás por chantagem, falar que me ama não é nada

– E se for? – ele da risada e começa a andar na minha direção – Tá, ta eu te amo ta bom assim? – ele ri e solta à panqueca e anda na minha direção.

– Eu também – ele chega perto de mim e me puxa já me beijando como se fosse a coisa mais normal do mundo, mas quem sou eu pra renegar, então retribuo o beijo que mais uma vez é parado pela falta de ar, maldita falta de ar

– Acho que esse foi o beijo mais doce que já dei em toda a minha vida – ele ri alto

– Com certeza – ele para e fica me olhando

– Que foi?

– Nada, só estou olhando e reparando em como uma galinha fica quando está lambuzada

– Idiotaaaaaaa- grito com ele

– Sou mesmo, hohoho

– Papai Noel? Olha você precisa engordar mais alguns quilinhos ta?

– Babaca – mostro a língua para ele

– Gui?

– Hm?

– Eu não quero contar pra ninguém sobre eu e você

– Por quê?

– Porque se as pessoas ficarem sabendo... – ele completa a minha frase

– Elas vão estragar tudo, eu sei

– Tudo, e olha que gente nem sabe o que é esse tudo

– Verdade, é o que dizem se você quer que de certo não conte para ninguém.

– E você quer que de certo?

– Sim e você

– Uhum – falo meio envergonhada e ele vem em minha direção me abraça e da um beijo na minha testa

– Ah, esqueci de comentar uma coisa

– O que? – olho para ele confusa

– Tu come pra caralho – começamos a rir sem parar.

Acho que uma hora ou outra isso iria mesmo acontecer, afinal existia tanta pressão em cima da gente, e agora que tudo isso foi, depois de tudo hoje, eu acho que eu estava me privando de um sentimento e se for para ser assim, como foi hoje, eu decido assumir que sim, eu estou apaixonada por esse babaca.