You and I
Capítulo 15
Jonas estava na piscina brincando com os filhos quando Vicente chegou...
– Vida boa, né? – brincou o rapaz – assim é fácil ser o grande Jonas Marra...
– Fala, garoto – respondeu Jonas – você não devia estar na Marra, ralando pra caramba a essa hora?
– Pois é – falou o enteado – mas sabe o que é? Eu também tenho um outro chefe super bacana lá e grande amigo. O Davi me liberou hoje.
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!– Beleza, hein – respondeu o empresário – depois quer falar de mim... então tá esperando o quê? Entra aí, a água tá ótima.
– Só se for agora – condordou o rapaz, tirando a camisa e, em seguida, a bermuda.
Quando o filho mais velho mergulhou, Verônica apareceu na beirada da piscina...
– Não vão sair da água, não, é? Vão acabar virando peixes...
– Pessoas não viram peixe, mãe – respondeu Loló – só sereias. Né, pai?
– É... – respondeu o magnata, carregando o menino no pescoço...
– Pai, mergulha de novo – pediu o filho, com óculos de mergulhador no rosto, e Jonas o obedeceu.
E eles brincaram bastante.
**************
Depois, quando Jonas saiu da piscina, deixou Vicente com os irmãos. O magnata, então, procurou pela mulher no espaço da churrasqueira. Ela estava lá, preparando alguma coisa de comer, como de costume. Jonas riu. – Não vai entrar na água, não? – indagou ele, beijando-lhe o cangote – não sabe o que tá perdendo.
– Não, obrigada – respondeu ela, rindo com o toque carinhoso dele – prefiro ficar aqui comendo... além do mais, acabei de passar hidratante no corpo... amor, você tá todo molhado!
– Claro que eu tô molhado, eu tava na piscina, ora – respondeu ele, dessa vez beijando-lhe o ombro – mas me diz uma coisa: desde quando você se importa com essas coisinhas de hidratantes?
– Bom – respondeu ela – desde quando descobri que estava com mais um Marra na barriga. Fazer o quê? Preciso cuidar da pele.
– Ou dois – falou ele, rindo – dois Marras na barriga... ou quem sabe três...
– Hahahaha – zombou ela – isso é pra rir? Não teve graça. Bobo.
Eles, então, se beijaram, até que o celular dela tocou.
– Amor?
– Hmmm?
– Preciso atender...
– Tá bom, mas só mais um beijinho...
Ela riu. Depois de mais um beijo, Verônica pegou o aparelho, sem olhar no visor. Jonas aproveitou esse momento para beliscar alguma coisa ali pra comer.
– Alô?
– Verônica – falou uma voz familiar, do outro lado. Era Herval. Verônica ficou nervosa.
– Bom... – falou ela, assustada e perturbada com o fato de Jonas estar ali do lado – acho que não temos nada pra conversar...
– Você tá enganada – respondeu ele, do outro lado – não vou desistir de te provar que o Jonas não presta. Você vai ter que me ouvir.
– Desculpe, preciso desligar – respondeu ela, antes de terminar a ligação. Jonas, então, a encarou, intrigado.
– Quem era?
– Nada... ninguém... engano... vamos voltar pra piscina? Agora tive vontade de entrar na água...
Jonas continuou encarando-a, sem entender.
– Que foi? – indagou ela, tensa – vamos?
– Tá certo – respondeu ele, intrigado – então vamos.
*****************
Mais tarde, enquanto Verônica preparava alguma coisa na cozinha, Jonas se aproximou...
– Os meninos estão quase dormindo, vendo desenho – comentou ele, encostando-se na parede, observando-a.
– Ah, não – respondeu ela, sem virar-se – não deixe eles dormirem, estou preparando um lanche...
Verônica parecia um pouco agitada, sei lá, nervosa... Jonas continuou a observando.
– Quem era no telefone naquela hora?
– Quem? – respondeu ela, evitando fitá-lo – ah, não era ninguém... só engano mesmo. Por quê?
– Tem certeza? – indagou ele, colocando as mãos nos bolsos.
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!– Jonas...
– Só queria entender por que você está me escondendo a verdade – continuou ele – Verônica, tem algo que eu deveria saber, que não estou sabendo?
– Como assim? Não sei do que você está falando.
– Eu sei que o Herval te ligou hoje – falou Jonas, firme – eu vi o nome dele no seu telefone. Era ele naquela hora?
– Jonas...
– Só fala pra mim – insistiu ele – era ele ou não?
Verônica fitou-o. E pensou se devia mesmo falar.
Silêncio.
Jonas continuou a encarando. Verônica desviou o olhar por um momento.
– Era ele sim – respondeu ela, por fim.
– Então você esteve com o Herval – concluiu Jonas, sério – com aquele cretino. Afinal, o que você e esse canalha ainda têm pra conversar? Será que eu posso saber?
Verônica abriu a boca, pensando no que dizer.
– Jonas, aconteceu algo... aconteceu algo muito grave. Eu procurei o Herval, sim, pra conversar...
Verônica passou a língua nos lábios, nervosa, antes de continuar.
– Eu o procurei porque precisava falar da gente, e também sobre aquela história da agressão sobre ele... e...
– E?
– Jonas, o Herval surtou – respondeu ela – simplesmente surtou. Ele... ele ficou transtornado com a nossa volta... falou um monte de coisas horríveis sobre você... me levou contra a minha vontade para um lugar que eu não queria e me garantiu que você é culpado de um assassinato... e...
– Como é? Ele te levou contra a vontade? Como assim?
Verônica procurou as palavras certas para dizer.
– Ele... ele praticamente me sequestrou... – falou ela, e de repente, se controlou para não cair no choro – eu tive muito medo, sabe? Tive muito medo do que poderia acontecer... e... nem sei mais o que dizer...
Jonas ficou perplexo.
– Você... você tá querendo me dizer que aquele imbecil, aquele canalha te levou à força? Como assim? O que aconteceu?
Verônica, então, pôs as duas mãos na boca, tentando controlar-se mais.
– Jonas, eu não queria que você ficasse preocupado...
– Mas agora eu estou. Me conta, o que mais aquele desgraçado fez? O que aconteceu?
– Não aconteceu mais nada – respondeu ela, um pouco mais calma – eu fiquei muito nervosa na hora... insisti, implorei que ele me deixasse em paz.. – falou ela, suspirando – e aí ele me disse... me afirmou que você matou o irmão dele.
– Esse desgraçado é louco – falou Jonas, irritado, e começou a andar de um lado pro outro – não faço ideia de quem seja ele e esse irmão dele.
– É claro que eu não acreditei em nada do que ele falou... Jonas, vamos deixar isso pra lá. Esquece.
– E você? – indagou ele, fitando-a – tudo bem? Ele fez alguma coisa com você? Me conta. O que ele fez?
– Não – respondeu ela – agora tá tudo bem - e o abraçou – e sabe, agora fiquei aliviada por ter te contado tudo... estava tão... tão nervosa, tão tensa.
Jonas abraçou-a e beijou-lhe a testa.
– E o que o cretino queria hoje no telefone?
– Conversar. Falar as mesmas maluquices de sempre... amor, vamos esquecer isso, por favor.
– Ele vai ter o que merece. Você vai ver.
– Jonas, não, por favor – pediu ela, fitando-o – promete que não vai fazer nada. Por favor. O cara é um maluco. Não vale a pena.
– Ele não vai parar de te perturbar enquanto eu não tomar uma atitude. Deixa comigo.
– Por favor – insistiu ela – promete que você não vai fazer nada. Jonas, pelo amor de Deus, ele é louco. Você não tem noção do que ele é capaz...
– Fique tranquila – respondeu ele – eu não vou fazer nada. Esquece.
– Promete?
– Eu só não quero você perto dele. Está me ouvindo? Fique longe desse cretino. Ele pode tentar outra coisa e aí quem vai surtar vai ser eu. Fique longe desse cara, Verônica.
– Pode deixar. Eu prometo.
Abraçados, eles, então, se beijaram.
**********************
Na Marra, em sua sala, Jonas estava sentado, pensativo, quando o seu assessor apareceu.
Boss? – falou Murphy – o senhor quer falar comigo?
– Sim, Murphy – falou o empresário – quero que você faça um favor pra mim.
– Claro – respondeu o indiano, risonho – o senhor quem manda.
– Quero que você descubra tudo sobre o Herval Domingues. O mais rápido o possível.
– Herval Domingues? Ok.
– Ainda hoje, Murphy – falou Jonas, taxativo.
– Pode deixar, boss – respondeu o indiano – vou fazer isso agora mesmo...
– E Murphy?
– Sim, senhor?
– Desmarque aquele meu compromisso de hoje com James Roberts – falou o empresário – vou sair agora e depois vou ir direto pra casa.
– Pode deixar, mister Marra... e pra onde o senhor vai, antes de ir pra casa? Eu... posso saber?
– Isso não importa – respondeu Jonas, vestindo a jaqueta – só faça o que eu te mandei. Quero saber tudo sobre Herval Domingues e quero todo o relatório sobre ele amanhã na minha mesa. Faça isso ainda hoje, que amanhã eu vejo.
– Sim, senhor. Ok
– Ótimo.
– Com licença... e boa sorte, boss.
– Obrigado.
***************
Herval estava falando com alguém no telefone quando a campainha de sua casa tocou, de repente.
– Preciso desligar agora – falou ele – tem alguém na porta... depois a gente conversa. Faça tudo como a gente combinou, ok? Falou. Até mais...
Após desligar o telefone, ele foi até a porta. Quando o dono da Plugar abriu a porta, ficou surpreso...
******************
Fale com o autor