You Belong With Me

No Mundo Inferior...


Como você sabe que morreu? Simplesmente aparece no Mundo Inferior com Caronte dizendo: Dracma?! Ou no rio junto com um bando de almas sem grana? Ou será que para alguém que é inimigo de Hades, a alma vai logo para os campos de punição sem nenhum julgamento? Seja como for, Percy desejou NUNCA ter visto Cavaleiros do Zodíaco, porque a visão que ele tinha dos campos de punição.... não era uma visão muito agradável. Ele já esteve no mundo dos mortos antes, mas nunca morto. A última coisa que ele lembrava era da gaiola caindo, com ele beijando Annabeth, mesmo ela estando desmaiada. Por um momento ele ficou feliz por ela ter desmaiado, morreu sem sofrer. Então o desespero tomou conta dele, ONDE TÁRTAROS ESTAVA ANNABETH?

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– ANNABETH?! – Percy gritou.

– Calma garoto. – disse uma voz conhecida.

Percy viu Cérbero rosnando para umas almas na outra margem do rio. Ele achou que fosse ver Caronte, mas quase teve um infarto quando a viu. Cabelo negro como piche, olhos cor de âmbar e uma expressão triste.

– Perséfone. – ele disse fazendo uma referência.

– Percy Jackson... honestamente eu torci para sua morte, assim Hades ficaria mais animado. – ela disse com um olhar triste.

– Ah... – disse Percy sem saber o que responder.

– Mas, acho que terei de esperar mais algumas longas décadas. – ela disse dando de ombros.

– Perdão?

– Você não morreu. Dê o fora daqui, menino.

Percy franziu a testa e levantou as sobrancelhas, não podia ser verdade. Ele ESTAVA no Mundo Inferior, então como poderia estar vivo?

– Perséfone... com todo o respeito, mas... se eu estou vivo...

– O que faz aqui? Bem, algumas pessoas meio que “vem para cá” quando estão em coma ou com a vida por um fio.

– Não entendi, se minha vida está por um fio... eu não deveria já ficar aqui?

– Vai desistir enquanto ainda há esperança, rapaz? – ela forçou um sorriso.

– Por que está aqui me ajudando? Onde está Annabeth?

– Calma filhote do mar. – ela levantou os braços se livrando da culpa. – Apenas faça as perguntas certas! O que é mais importante para você Percy Jackson?

Uma memória se ativou, a primeira vez que ele viu Afrodite, a forma como ela parecia com Annabeth... as palavras ditas pela deusa, a forma como ela confiava cegamente no amor... o tom que ela usava quando se referia a ele e Annabeth... sobre como eles eram uma história de amor tão trágica quanto Páris e Helena...

– Onde está Annabeth? – ele disse sério.

Perséfone deu um sorriso um pouco mais feliz, quase como se houvesse esperança em seu rosto, ela passou a mão pelos cabelos rebeldes do primo.

– Afrodite estava certa... vocês são mesmos fofos. Eu não sei onde ela está, lamento.

– Eu quero uma resposta verdadeira já que escolhi essa pergunta como certa! - exclamou.

– Eu não sei onde ela está! Se está viva ou morta! Não tenho muitos poderes por aqui e felizmente, não tenho nenhum sobre os mortos.

Percy destampou Contracorrente e colocou a ponta da lâmina no pescoço da deusa.

– Annabeth, diga-me agora! – ele disse com raiva.

Parecia impressão dele ou Perséfone estava sorrindo de verdade? Quase como se ele tivesse dito uma piada.

– Qual é a graça?

– Eu vim para ajudar Percy, não deveria me tratar assim!

Ele hesitou, mas guardou a caneta no bolso.

– Lamento priminha, mas você não está dando a entender que quer me ajudar.

– Bem, não sou Atena, não deixo tudo claro em minhas palavras! Só... faça o que eu disser está bem?

– Porque quer me ajudar?

– De novo com esse tipo de pergunta?

– Só pararei de fazê-la quando me responder!

– Você já viu algum reality show, Percy?

– O que isso tem haver com o fato de eu estar ou não morto?

– Só responda minha pergunta.

– Já. Eu acho. De relance. Prefiro programas esportivos.

– Sabe como funciona um reality show?

– Mais ou menos. E sei que de “realidade” esses shows não tem nada!

– Pois é! São um tédio! Ainda assim Afrodite decidiu fazer um!

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– Um reality show? Como quando Hefesto a flagra com Ares e põe na TV Hefesto?

– Exatamente! Só que mais realista! Acho que você já entendeu o que eu quis dizer não é?

Só lembrando que estamos falando do Percy Jackson, então ele demorou uns minutos para entender o raciocínio lógico.

– ESTAMOS NUM REALITY SHOW?! – gritou Percy.

– Por que você acha que Caronte fez limpeza nos dentes? – disse Perséfone apontando para o barqueiro, que deu um tchau com as mãos.

O sorriso estranho dele deu calafrios em Percy, parecia até que Caronte estava dando um sorriso híbrido entre o de Apolo e o da Sra. Dodds.

– DI IMMORTALES! – gritou Percy. – Então... ele lance do leucrota... e os Jogos Vorazes versão Monte Olimpo foram tudo... telenovela sem roteiro?

– Ah não. Infelizmente foram reais. E eu fiquei feliz em ajudar no que pude. Afrodite só inventou essa depois que Annabeth disse sim para o presente de Atena. Ela fez as câmeras invisíveis de Hefesto acompanhar você e ela por todo o ano, até acompanhou os meninos no acampamento e acredite... ver Dionísio pelado é algo que eu estou fazendo terapia para esquecer!

Percy se engasgou com o ar (e se sentiu o homem mais sortudo do mundo por NÃO ter essa imagem na sua memória).

– Espera... se nossas vidas viraram o Big Brother... POR QUE TARTÁROS VOCÊS NÃO FIZERAM NADA PARA MATAR ESSE LEUCROTA ANTES QUE EU MORRESSE?! – explodiu Percy.

– Pela segunda vez, você não está morto. – disse Perséfone. – Escute Percy, esse “programa” da Afrodite é o líder de audiência da TV Hefesto, de verdade. Mas eu não vim aqui por causa do show, eu realmente quero lhe ajudar.

– Ahã...

– Como acha que Zeus ouviu as preces de Annabeth? Pelo programa é claro! Não conte a ninguém, mas ele é fã número um do programa! Depois de Afrodite e Eros, é claro!

– Estou me sentindo extremamente patético!

– Percy, a questão é: muitas pessoas que estão em coma ou por um fio, vêm para cá, mas podem voltar! Podem lutar por suas vidas até não ter como se safar mais. Por isso que há casos de “milagres”, porque por mais que as pessoas digam que foi uma cura divina, na verdade foi só o desejo de continuar vivo, de voltar a respirar ou voltar para alguma pessoa que amam que as leva de volta à vida.

Percy sentou-se no chão, ele queria Nico ali. Não confiava cem por cento em Perséfone, mas confiava mais nela que em Hades e Nico... bem, em Nico ele confiava de verdade.

– Como algumas pessoas não sabem disso, simplesmente desistem! Por isso que vim aqui para lhe alertar, Caronte não é de estar dizendo isso para as almas, mas você, Percy, você precisava saber!

– Por quê? Para lutar pela minha própria vida quando há chance de perder?

– Em qualquer batalha há chances de perder Percy, você melhor que ninguém deveria saber disso. Ganhou para Ares quando tinha doze anos e salvou o Olimpo mesmo com a probabilidade contra nós. Só vim lhe alertar que há esperança para o seu caso.

– Por quê? Hades me odeia! Como você mesmo disse, ele vai ficar extremamente feliz por me ter em seu território.

– Tenho quase a mais pura certeza de que quando você vier para ficar, não ficará no território dele.

– Como assim?

– Hades pode ser o Senhor dos Mortos, mas não tem essa bola toda no Elísios. – ela piscou.

Ele não sabia o que responder. Então pensou em sua mãe, nos irmãos, nos amigos, na vida que queira ter. Ele abriu mão da imortalidade para ter uma vida o mais normal possível para um semideus. Abriu mão da imortalidade por Annabeth...

– Annabeth?

– Sinto muito, eu realmente não sei. Terá que escolher Percy Jackson. Lutar e talvez encontrá-la, ou ficar aqui e talvez encontrá-la.

– Ou posso simplesmente cometer suicídio se ela não tiver sobrevivido.

– É uma hipótese. Mas fique avisado: os juízes não são fãs dos suicidas.

– Não ligo. Não posso viver num mundo onde Annabeth não exista! Pera... de onde foi que eu tirei isso?

Perséfone riu.

– Castigo de Afrodite. Ela não queria que eu revelasse a você sobre o programa, então como punição por eu ter revelado, você vai ficar meloso por um tempo.

– Obrigado. – ele disse sínico.

– Eu realmente vim dizer isso porque quero lhe ajudar! – ela forçou um sorriso. – Boa sorte Perseus Jackson, espero só lhe ver novamente aqui quando as Parcas cortarem seu fio.

– Não pode me dar uma dica de quando será isso não hein?

– Lamento, eu não sei. Nem Hades sabe. Isso é decisão das três. Mas lhe digo uma coisa, elas gostam do “reality show”, pode ficar tranquilo, acho que irão deixar vocês em paz por mais umas dez décadas.

– Isso é algo bom ou ruim?

–Não sei, apenas lute Percy. Por sua Annabeth e também por sua mãe.

Perséfone caminhou pelo caminho que Percy conhecia, em direção ao palácio do seu tio nada favorito: Hades. Ao longe, Percy pode jurar que viu Zöe Doce-Amarga, Silena e Beckendorf dando tchau na entrada do Elísios, como se eles só estivessem ali para vê-lo e avisar que não se veriam por muitos anos. Ele olhou para Caronte, que mostrou o sorriso assustador. Uma luz branca o cegou, Percy realmente não sabia o que fazer, não tinha ideia do que teria que enfrentar para voltar à vida, porém, se Annabeth não... NÃO! Ele não podia pensar nisso! Era sua Sabidinha! Ela É forte! Ela VAI estar bem!

Ao fundo ouviu sons de espadas, Nico recitou uma espécie oração em Grego Antigo, Percy não entendeu muito bem, mas por alto, soube que ele estava mandando Minos como presente de aniversário para Hades. Se bem que Percy não tinha certeza se os deuses tinham data de aniversário. Ele ouviu também Clarisse murmurar algo do tipo: “Se ele não voltar à vida, a sua acaba aqui Pikachu!”. Clarisse queria matar Thalia? Pera... Jason! Com toda certeza Percy ajudaria Clarisse nessa. Ouviu também a voz de Chris e Thalia tentando apartar a briga. O fantasma de Minos praguejava palavrões em grego para Nico, que não se deixou abalar e a voz de Minos se calou. Hades provavelmente ia amar o presente!

Então Percy sentiu seu corpo, tudo doía. Do dedo do pé até o último fio de cabelo, cada célula do seu corpo queimava, seus ossos pareciam gelatina e ele queria vomitar, havia algo preso em sua garganta. Ele levantou de supetão, como se estivesse tendo um ataque de asma, com a respiração fraca e ao mesmo tempo ofegante, a visão embaçada, mas ele conseguiu identificar as camisas laranja. Cinco pessoas. Clarisse, Chris, Nico, Thalia e... pera... Jason usava uma camisa branca! Sra. O’Leary levou os demais, que NÃO usavam a farda do acampamento. Por Afrodite! Só podia ser...

– Percy? – chamou a voz de Annabeth ao lado dele.

– Minha cabeça tá pior que aquele negocinho do bingo! – foi tudo o que ele conseguiu responder.

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– Ambrósia? Néctar? – Annabeth implorou para os demais.

Ele não podia ver direito, mas teve a certeza de que todos balançaram a cabeça negativamente.

– Dei tudo o que tinha para Piper, ela estava quase morta. – respondeu Chris.

– Culpa minha... – disse Clarisse sem ânimo.

– Ei, não foi culpa sua! Ela usou o charme para se livrar de você! Foi nobre da parte dela fazer isso para que você não tivesse que ver outra amiga morrer. – respondeu Chris.

– Comida... – murmurou Percy.

– Beleza, ele tá fazendo cosplay de Grover! Era só o que me falta! – disse Thalia.

Percy então sentiu Annabeth o abraçar por trás, igual a como Sally fazia quando ele era pequeno, só que ele ficava no colo da mãe e Percy era grande demais para o colo de Annabeth, mas ainda assim ela encostou sua testa da orelha esquerda dele e ele notou que ela estava chorando. Tentou se mover, dizer que estava tudo bem, mas o toque de Annabeth lhe dava um choque muito bom. O perfume dela lhe curava a dor. Como ele não sabia, nem sabia que Afrodite podia se “vingar” de um jeito tão bom assim.

– Achei que fosse te perder. – Annabeth sussurrou.

– Não há nada, nem ninguém... nem mesmo as Parcas irão afastar você de mim! Você é a razão da minha existência e eu nunca irei te deixar! – respondeu ele sem segurar as palavras.

– Como é que é? – disseram Nico, Chris e Jason ao mesmo tempo.

Clarisse caiu na risada.

– ELE VIROU O EDWARD CULLEN! – ela zombou.

– Não sabia que Apolo tava distribuindo benção! – Thalia riu.

– Tem certeza que você está bem Cabeça de Alga? – Annabeth disse ignorando os demais.

– Acho que sim, mas é benção de Afrodite, não de Apolo. – ele respondeu tentando disfarçar a dor na voz.

– CREEM ZEUS PAI TEM MISERICÓRDIA! – Clarisse estourou de rir. – ISSO SERÁ MAIS DO QUE HILÁRIO!

– Eu queria que tivesse uma câmera aqui! Pena que não dá para guardar isso em DVD e assistir quantas vezes der vontade! – brincou Nico.

Percy achou melhor ficar quieto sobre o reality show, Annabeth provavelmente subiria com um tanque até o Olimpo para explodir um míssil na cara de Afrodite. E se a TV Hefesto mostrou Sr. D pelado... Percy não queria nem imaginar o que Clarisse ia fazer caso ela também tivesse aparecido. E como Afrodite e Ares... bem, todo mundo sabe... ele só ia ficar com raiva da amante por um período de tempo pela... “intimidade” da sua filha ser revelada ao mundo.

– Hospital? – disse Percy.

– Boa ideia. – respondeu Annabeth.

Nico e Chris ajudaram Percy a andar, pelo que sua pouca visão conseguiu notar, não era um labirinto, a entrada pelo alçapão (que não era um alçapão, era apenas um buraco) dava direto naquela imensa cratera que antes parecia ser uma caverna. Tudo era a magia de Alabaster. Quando desceram no Monte Diablo já era fim de tarde, de qual dia Percy não sabia dizer, mas o fiel motorista do pai de Piper estava lá os esperando. O que foi ótimo para chegar o hospital, não que serviu para alguma coisa, mas foi melhor que nada. Por insistência de Annabeth, Thalia, Nico, Clarisse, Chris e Jason pegaram um avião rumo a Nova Iorque, Sr. D provavelmente irá tortura-los ou algo do gênero, mas ao menos pegaram o miserável que controlava os leucrotas e o filho da *&¨&% do Minos.

Percy então começou a ver elefantes cor-de-rosa, morfina tinha um efeito tão real quando Flor de Lótus, só que vamos combinar né, FDL É INSUBSTITUÍVEL! Quando saíram do hospital, Annabeth fez algo que surpreendeu Percy mais do que tudo, mandou o motorista do pai de Piper deixá-los na casa do professor Frederick Chase e dispensou o pobre coitado. O pai de Annabeth abriu a porta bastante surpreso. Depois de comer até não aguentar os cachorros quentes da madrasta de Annabeth, Percy foi cambaleando para o sofá, onde caiu no sonho. Mas não sem antes anotar em sua mente: Estrangular Jason Grace!

– Fico feliz que esteja bem, corujinha. – disse Frederick.

– Obrigada papai. – Annabeth sorriu.

– Eu vou deixar vocês a sós, vamos meninos! – disse a madrasta de Annabeth chamando Bobby e Matthew.

Pai e filha ficaram sozinhos, com Percy dormindo e recitando poesias e haicais idênticos aos de Apolo.

– O que há de errado com ele? – perguntou o Dr. Chase.

– Benção de Afrodite... se bem que eu suspeito que Apolo se meteu na história também. – riu Annabeth.

– Eu fiquei preocupado com você filha! Todos nós ficamos! Inclusive sua mãe.

– Como?

– É. Ela veio aqui uma vez, não precisa nem dizer que sua madrasta teve crise de ciúmes.

Annabeth não se controlou e riu, não conseguia imaginar a cara do pai ao ver Atena em sua porta com os gêmeos brincando com os robôs de lego e sua madrasta tão pálida quanto um fantasma enquanto fazia cookies.

– Minha mãe veio AQUI? Sério? – ela segurou o riso.

– Pois é. Ela estava preocupada com você.

– Preocupada? Mas foi ela quem ofereceu a moradia no Olimpo.

– Nunca lhe ocorreu que isso foi um teste?

Annabeth sentiu seu estômago revirar, isso havia se passado pela cabeça dela.

– O que ela disse?

– Que você não era mais você. Que estava diferente. Perdeu o brilho nos olhos e que Eros ou Afrodite ficavam tentando convencer você a mudar de ideia e voltar ao acampamento.

– Minha mãe veio aqui só para dizer isso?

– Não. Ela queria que eu lhe convencesse a voltar ao acampamento, para sua antiga vida. Conhece sua mãe, ela não é de implorar, muito pelo contrário. Soltou friamente na minha cara o que queria que eu fizesse. Mas pude notar a preocupação com você, filha.

Annabeth ficou sem palavras. Um teste... e ela reprovou.

– Ei, não fique se sentindo mal por não ter passado ok? Sua mãe não está te julgando, nem eu.

Annabeth encarou os próprios pés, o Dr. Chase a abraçou e começou a cantar Hey Jude. Quando pequena, ele não cantava as tradicionais músicas de ninar para sua pequena semideusa e sim músicas normais... e boas.

– Pai, acha que posso mudar a besteira que eu fiz? Perdi o Percy por um ano... – respondeu ela tentando não olhar nos olhos do pai.

– Você o perdeu por um ano, Annabeth, não para sempre. – respondeu ele beijando a testa dela, deixando claro: Estou aqui! Sempre que você precisar, papai vai estar aqui para você. Não vou te deixar ir de novo.

Ela queria que ele tivesse sido assim antes, mas o importante é que ele estava lá agora. Annabeth não era muito sentimental, piorou na frente do pai, mas não sabia mais a quem pedir ajuda e ao ouvir sua resposta, ela entendeu porque Atena se apaixonou pelo professor fascinado por aviões e miniaturas das guerras. Ele podia não ser um romântico, mas era inteligente o bastante para orientar uma adolescente com o coração partido ao caminho certo e qualquer adulto que consiga fazer isso, é no mínimo, um gênio.