Capítulo 5

-Percy, cara, levanta! – Tyson falava.

-Po Tyson, me deixa dormir cara! – Gritou Percy.

-Não mano, levanta!

-Escuta aqui seu pirralho, eu quero dormir!

-Percy, eu não sou pirralho sou só um ano mais novo que você, mas em compensação sou mais alto.

-Tá bem Tyson! – Disse ele se rendendo. – Por que você quer que eu levante agora?

-É que o Nico e o Beckendorf estão vindo pra cá cara, a gente vai sair!

-Ah, só isso?

-Mano, acho que você não ouviu direito, a gente vai sair pela primeira vez como banda cara!

-A gente já saia antes como banda Tyson! – Retrucou Percy.

-Mas a gente não era famoso.

-Ah é, quanto a isso você ta certo, agora vaza daqui que eu vou tomar banho. – Ordenou ele.

-Tudo bem, to saindo, to saindo! – Disse Tyson fechando a porta.

Percy direcionou-se ao banheiro, onde fez sua higiene matinal e logo após se vestiu. Ao descer para o primeiro andar, encontrou Tyson e Nico conversando.

-Não, a mais linda é a Sophie, nem vem! – Disse Nico.

-Hahaha, você tá completamente errado, pois, concerteza a mais gata é a Silena.

-Desse jeito mano você vai arruma bagunça com o Beckendorf. – Disse Nico.

-É Tyson, o Nico tá certo. – Disse Percy.

-Bom dia cara. – Disse Nico.

-E aí, como ficou a situação em casa Nico?

-Normal cara, só a Bianca começou a dar piti porque não tinha ido. – Disse ele.

-Garanto que foi por causa das meninas, não por causa do show. – Disse Tyson.

-Você acertou, quando eu falei que elas haviam ido no camarim, a Bianca não acreditou, até a hora em que eu mostrei a foto.

-E vocês brigaram ou só discutiram? – Perguntou Tyson.

-Só discussão cara, mas foi feio de ver. – Respondeu ele.

-Nico, já tomou café? – perguntou Percy.

-Sim cara, sossegado, pode ir lá tomar o seu.

-Beleza então. – Disse Percy indo até a cozinha. – Nico, se você quiser, meu violão tá no quarto.

-Cara, como você adivinhou?

-Só chutei.

Percy foi tomar seu café da manhã, Nico foi até o quarto do jovem, onde pegou o violão e voltou à sala.

-Tyson acompanha cara?

-Sim, vai lá. – Respondeu ele.

Nico começou então os primeiros acordes da musica:

I came to dance, dance, dance, dance
I hit the floor
'Cause that's my, plans, plans, plans, plans
I'm wearing all my favorite
brands, brands, brands, brands
Give me space for both my hands, hands, hands, hands
You, you
Cause it goes on and on and on
And it goes on and on and on

I throw my hands up in the air sometimes
Saying AYO
Gotta let go
I wanna celebrate and live my life
Saying AYO
Baby, let's go

'Cause we gon' rock this club
We gon' go all night
We gon' light it up
Like it's dynamite
Cause I told you once
Now I told you twice
We gon' light it up
Like it's dynamite

Enquanto de um lado da cidade os jovens se divertiam, do outro, as coisas não estavam tão boas assim.

-Annie, você tem certeza que está bem? – Perguntou Thalia.

-Thalia, você sabe que mesmo não estando bem eu vou ter que encarar, é a vida minha amiga. – Disse ela.

-Mas você vai pra onde Annie?

-Vou sair, pra arejar um pouco amiga. – Respondeu ela.

-Annie, você não quer que a gente vá com junto? – Perguntou Sophie.

-Não é necessário meninas. – Falou ela olhando para Sophie. – Sério.

-Mas Annie, pra onde você vai? – Perguntou Thalia novamente.

-Pra onde meu coração me levar. – Respondeu ela enquanto escolhia uma roupa.

-Annabeth Chase, você sabe que pode confiar em nós, a gente não vai te seguir é só pra saber, pois se você não voltar até às 2 da manhã, a gente manda a polícia atrás de você. – Disse Silena.

-Silena, você até parece minha mãe falando assim. – Disse ela rindo.

-Eu sei disso Annie, mas você sabe que pode confiar na gente, pois não somos iguais a certas pessoas. – Disse ela.

-Sei Silena. – Disse ela quando uma lágrima solitária escorreu pelo seu rosto.

-Amiga, não precisa chorar! – Falou Sophie a abraçando.

-Eu não vou chorar, não por ele.

-É assim que se fala Annie! – Disse Thalia.

-Meninas, agora vocês podiam me dar licença que irei tomar banho.

-Estamos saindo já! – Disse Sophie.

Após a saída das garotas, ela dirigiu-se ao banheiro, onde suas lágrimas misturavam-se com a água. “Eu não irei mais chorar” Pensava ela. Quando terminou seu banho, a jovem pos um vestido rosa com estampa liberty, e uma sapatilha branca.

-Annie, aonde você vai toda arrumada assim? – Perguntou Sophie.

-Meninas, vou almoçar em algum lugar ok. – Disse ela enquanto procurava a chave em sua bolsa branca.

-Mas aonde amiga? – Perguntou Silena.

-Chega! Deixem a Annie em paz caramba! – Gritou Thalia.

-Thalia...

-Nem vem Sophie, quando foi você que ficou chorando pelos cantos a gente não enchia, agora é a vez de vocês deixarem ela em paz!

-Obrigada Thalia, qualquer coisa vou estar com o celular ligado. – Disse ela ao sair.

Annabeth pegou o elevador e foi até o estacionamento, onde estava sua BMW. Ao entrar no carro ela percebeu que não fazia ideia do local apara aonde iria “vou para o local onde devo estar” Pensou ela, a jovem ligou o carro e saiu do local indo para onde o coração a levasse.

-Cadê o Beckendorf? – Perguntou Tyson pela quarta vez.

-Não sei cara. – Respondeu Nico.

-Ele não atende. – Falou Percy.

-Ele vai se ver comigo! – Disse Tyson.

Passaram-se dez minutos até que o celular de Percy tocou.

-Oi. Ah, você ta aí em baixo, a gente ta descendo então.Tchau. – Disse ele ao desligar.

-Era o Charles? – Perguntou Nico.

-Sim, ele ta lá em baixo e disse que é pra gente descer, que ele tem um papo sério pra tratar com a gente.

-Será que é o que? – Perguntou Tyson curioso.

-Não faço à mínima ideia. – Respondeu Percy.

Os garotos desceram e encontraram Charles dentro de seu Maverick preto.

-Entrem aí pessoal. Tenho uma coisa muito seria pra falar com vocês.

-O que foi? – Perguntou Nico curioso.

-Eu estava falando com a Silena e...

-E o que ela aceitou ficar contigo? Se for isso meu caro amigo, isso não é importante. – Disse Nico estressado.

-Não é isso não moleque, é que aconteceu um problema.

-Qual problema? – Perguntou Nico sem paciência.

-Deixa eu contar a história direito, sem nenhuma interrupção.

-Conta, que ninguém está te impedindo. – Disse Tyson.

-Tá bem, então eu e a Silena estávamos conversando, quando ela me contou que o Luke traiu a Annabeth e...

-Pera aí, o Luke traiu a Annie! – Repetiu Tyson assustado.

-A minha reação foi a mesma cara. Mas continuando, a Silena disse que isso havia saído em uma revista, e eu resolvi então tirar a prova, então eu comprei.

-E... – Fez sinal Nico para Charles continuar.

-E que ela está no banco traseiro. – Disse ele quando Percy e Nico pegaram à revista.

-Cara muita sacanagem dele! – Falou Nico.

-A Annie deve estar muito mal. – Falou Percy passando a revista para Tyson.

-E Eu não sei disso cara, a Silena me falou que elas discutiram com o Luke de uma forma não muito agradável.

-Cara me diz que tipo de discussão é agradável! – Disse Nico exasperado.

-A em que ninguém sai machucado.

-Tá, a gente sabe que a Annie gostava dele. – Disse Tyson.

-Cara, não machucado psicologicamente e sim fisicamente. – Respondeu ele.

-Quem bateu em quem? – Perguntou Nico.

-As meninas destruíram o djzinho.

-Mas a coisa foi feia? – Perguntou Percy.

-Pelo que a Silena me disse sim cara. –Disse ele enquanto ligava o carro. – Parece que ele até saiu mancando.

-E a Annie tá como? – Perguntou Tyson.

-Isso eu já nem sei cara. Mas mudando de assunto, vamos aonde? – Perguntou Charles.

-Que tal a gente ir pra uma lanchonete? – Perguntou Tyson.

-Boa cara, to morrendo de fome. – Disse Nico.

-Mas a gente podia ligar pras meninas antes né! – Disse Charles.

-Claro né cara, liga aí e chama elas. – Disse Nico.

Charles ligou para as garotas, e após muita insistência, conseguiu convence-las a ir se encontrar com eles.

-Elas vão só que a Annie não. – Falou ele.

-Por quê? – Perguntou Percy.

-Parece que ela saiu sozinha, disse que precisava relaxar.

-Ah. – Disse ele.

Enquanto iam em direção ao local combinado, Percy olhava pela janela do carro, e viu em frente a um bar, uma BMW branca que para ele era conhecida. “Será que é da Annabeth?” Pensava ele. “Eu tenho que ver isso”.

-Beckendorf! Beckendorf! – Falava ele.

-O que foi cara? – Perguntou.

-Para aqui! – Ordenou Percy.

-Por que mano?

-Porque sim, precisa de explicação agora. – Disse ele.

-Claro que precisa. – Disse Tyson.

-Cara, eu não devo explicações a ninguém, pois a vida é minha e eu quero descer! – Falou ele.

-Tudo bem, desce aí. – Disse Nico quando o sinal ficou vermelho.

Percy saiu do carro tranquilamente e os garotos ficavam se perguntando o porquê disso.

-Por que ele saiu cara? – Perguntou Tyson.

-Não sei, e nem quero saber. – Falou Nico.

-No mínimo ele achou alguma gata e foi à caça. – Disse Charles.

-Talvez cara, talvez. – Falou Tyson enquanto o sinal voltava para verde.

Annabeth saiu de casa sem rumo certo, seus pensamentos estavam confusos depois de tudo o que havia acontecido, ela andou por uma meia hora, até que encontrou um bar que parecia ser legal, a jovem estacionou o carro em um lugar onde a visibilidade do automóvel era pouca. E então se dirigiu para dentro do local onde estava tocando uma das músicas que ela não estava muito a fim de ouvir. “Porque tem que ser justamente essa” pensava ela enquanto a voz do Pitbull ressoava pelo local.

-O que a mocinha deseja? – Perguntou o jovem garçom após Annabeth ter se sentado à mesa.

-Eu quero um Whisky puro. – Disse ela.

-Mais alguma coisa? – Perguntou o jovem a olhando de cima a baixo.

-Não, obrigada. – Disse ela.

Após algum tempo a bebida de Annabeth chegou, e quando estava no seu segundo gole, ouviu uma voz que parecia ser conhecida:

-Beber não irá ajudar a esquecer, só vai te deixar com ressaca.

-Como você soube que eu estava aqui? – Perguntou ela se virando para o garoto.

-Vi seu carro. – Respondeu ele.

-Por que você não se senta e me acompanha? – Perguntou ela.

Percy sentou-se ao lado de Annabeth, e o garçom se dirigiu novamente a mesa:

-O que o senhor deseja?

-O mesmo que ela. – Respondeu Percy olhando para Annabeth, enquanto o garçom saia.

-Achei estranho sua atitude. – Disse ela.

-Qual? – Perguntou o garoto.

-A de pedir a mesma bebido que eu pois, não sei se você sabe, mas ela é alcoólica.

-E o que tem demais com isso? – Perguntou.

-É que um de nós deve ficar sóbrio para poder levar o outro para casa, e concerteza, essa não serei eu.