Yakusoku

Capítulo 53 - Makenai!



Depois de passar o que pareceu uma eternidade abraçados debaixo da chuva, que tinha voltado a cair com força total poucos minutos depois que a serenata terminou, Tadase finalmente entrou em casa, e foi pegar um pijama limpo e se secar, já que suas roupas estavam completamente arruinadas pela chuva e pela lama. Nagihiko o acompanhou, já que queria esclarecer de uma vez por todas a situação com ele, e ainda que o loiro tivesse dito que não precisava, ele preferiu esperar na sala do que no quarto enquanto Tadase se trocava. A situação ainda era delicada demais e eles tinham acabado de reatar, não queria estragar tudo de novo fazendo alguma besteira.

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– Etto... Fujisaki-kun? - Tadase chamou timidamente da porta, agora vestindo um pijama seco e limpo - Eu terminei...
– Eu também - Nagi anunciou, apontando para o pijama de Tadase que ele mesmo vestia, e que ficava um pouco curto nele por sinal. Tinha uma grossa toalha branca jogada sobre os ombros, como uma capa, por causa dos longos cabelos molhados - Mas você não precisava ter me emprestado uma roupa sua, sabe, não tinha necessidade de eu me trocar também...
– Não mesmo, é claro que precisava! - Tadase o interrompeu - Nós... ainda temos muita coisa pra conversar, e eu quero falar com você agora, então... e-então não seria bom se você ficasse andando pela casa e espalhando lama por aí! - ele virou o rosto, como uma criança mimada - Além do mais, eu... e-eu não iria querer que você pegasse um resfriado, ou... o-ou coisa parecida...
– Ahh, certo... bem... - Nagihiko coçou a cabeça sem graça - Então, vamos resolver de uma vez essa questão, está bem? Vou te explicar tudo o que aconteceu, sente-se.


Os dois adentraram o quarto de Tadase, que se sentou na cama e, depois de certa insistência por parte do loiro, Nagihiko se sentou também. O Valete explicou sobre tudo o que tinha acontecido, e sobre os motivos que o levaram a agir dessa forma. Contou que, assim como Tsukasa tinha alertado, a doença de gato tinha deixado ambos mais alterados, mais emotivos, e mais sucetíveis a seguir seus instintos corporais, sem dar ouvidos ao raciocínio lógico. E devido à isso, acabou fazendo coisas com Tadase que nem sequer se imaginava ser capaz de fazer algum dia. Por causa disso, ele acabou sentindo vergonha e culpa depois, principalmente depois que suas orelhas e cauda de gato sumiram, indicando que ele estava se curando da doença e recobrando o raciocínio lógico, e que foi por causa disso que ele tentou agir indiferente e despreocupado, mas aos olhos de Tadase pareceu que estava sendo frio e distante. Por isso ele evitou ficar perto do loiro, e até trocar de roupa na frente dele, por causa da vergonha e culpa misturadas que ele sentia. Contou também que acabou encontrando a garota Haruka enquanto voltava pra casa, e por uma idiotice descomunal de sua parte acabou levando a menina pra casa quando ela machucou a perna. Contou como ela havia descaradamente dado em cima dele, e que aquilo o pegou de surpresa, o deixando meio sem reação, e que foi justamente nessa hora que Tadase chegou e flagrou os dois. Explicou que tinha também rejeitado devidamente a garota e explicado que, não importa o que ela fizesse, não teria a menor chance com ele, e pediu mil desculpas pelo incidente com Haruka. Depois que concluiu sua explicação, permaneceu sentado e imóvel, encarando Tadase com o canto dos olhos, entre nervoso e impaciente, enquanto esperava por uma resposta dele.


– Certo... bem... e-eu entendi o que aconteceu com a Haruka-san. Não é novidade uma garota ter uma queda por você, várias meninas da escola agem assim o tempo todo afinal - Tadase finalmente disse, depois de muito tempo pensando em silêncio sobre a situação - Mas o que eu não entendo é porque você ficou se sentindo constrangido e culpado pelo que nós f-fizemos.... enquanto estávamos com aquela doença de gato. Q-Quero dizer, eu sei que passamos um pouco dos limites, mas... não é motivo pra você ficar daquele jeito. Não era como se você estivesse me forçando a fazer aquelas coisas, sabe... e-eu também queria a-aquilo...
– Hotori-kun, você só diz que queria fazer aquelas coisas porque estava sendo influenciado pela doença de gato - Nagihiko explicou novamente - E mesmo que não estivesse - ele acrescentou quando Tadase abriu a boca pra dizer que não era por causa da doença - Mesmo que você não estivesse sendo influenciado e realmente quisesse aquilo... você tem alguma noção do que teríamos feito se eu não tivesse parado? Realmente sabe como aquilo teria acabado?
– Eu... sei... c-claro que sei - Tadase baixou os olhos, sentindo o rosto esquentar. Ele conhecia a teoria, é claro, mas saber como funcionava na prática, e compreender todos os detalhes, ele realmente não tinha a menor idéia
– Sabe mesmo? - Nagi indagou descrente, erguendo uma sombrancelha
– C-Claro que sei! - Tadase exclamou, não querendo parecer um tolo ingênuo, ainda que aquilo fosse uma baita mentira deslavada - Eu... quero dizer... n-nós tivemos aula de saúde na escola e tudo mais... e-eles explicaram sobre isso...
– Nenhuma aula de saúde pode explicar o que estávamos prestes a fazer, Hotori-kun - Nagihiko interrompeu o gaguejar do loiro - Só pra você ter uma idéia... o que nós poderíamos ter feito é... b-bem... m-mais ou menos o que aquele garoto Pico fez no filme que assistimos no Halloween, se lembra?
AQUILO?! – Tadase berrou antes que pudesse se conter, o coração quase saltando pela boca e o rosto inteiro se tingindo rapidamente de escarlate. Assim que percebeu que sua voz saiu alta e aguda demais, ele levou as mãos aos lábios, tampando a boca, e tornou a desviar o olhar para o chão - Q-Quero dizer, eu... e-eu sabia que era aquilo sim... sabia o tempo todo, viu?!
– Aham, claro que sabia - Nagihiko falou, cético, e forçando-se a não rir desse novo e desconhecido lado tsundere do Rei - Tá bom então, digamos que você soubesse... o fato é que nós ainda somos muito novos pra fazer esse tipo de coisa. Quero dizer, nós nem estamos no ginásio ainda... e, ainda que nos amemos, isso é... é um passo importante, sabe, acho que é muito cedo pra isso. E, ainda que você tenha razão quando disse que eu não deveria me sentir culpado... ainda que você também... q-quisesse fazer aquelas coisas... o fato é que nós dois nos empolgamos e nos deixamos levar pela doença... e acabamos passando dos limites. Ainda é muito cedo pra isso, eu não me sinto preparado pra esse tipo de coisa, e duvido de que você também esteja pronto. Por isso acho que nós apressamos demais as coisas, deveríamos ir com mais calma quanto a esse assunto... nós temos a vida toda pra avançar e amadurecermos juntos afinal, e um dia, quando nós dois estivermos prontos... bem... q-quando isso acontecer eu vou... q-quero dizer... i-isso deve acontecer naturalmente, sem nenhuma influência de doenças de gato, nem nada do tipo... eu acho - ele concluiu, meio incerto se tinha explicado direito. Em seguida lembrou-se de algo que Tadase havia reclamado quando ainda estava influenciado pela doença de gato de Yoru, algo que era realmente embaraçoso, mas que ainda assim era a única coisa que ele podia fazer sem se sentir culpado depois, e resolveu testar - Você entendeu o que eu disse... "Tadase"?

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Assim que o Rei abriu a boca pra responder, parou a meio caminho de formular uma frase, o corpo completamente paralizado e a boca ainda aberta. Seus olhos se arregalaram em choque e o rosto corou mais do que qualquer outra ocasião que Nagihiko se lembrasse. Depois de vários segundos absorvendo a informação, ele se afastou alguns centímetros do maior, encarando-o com puro choque estampado no rosto.


– D-D-Do que f-foi que v-você me c-c-ch-chamou???
– Ah, bem... é que eu lembrei que, quando tivemos aquela briga, você reclamou que eu chamei a Haruka-chan pelo primeiro nome, mas sempre me referia á você pelo sobrenome, então... p-pensei que talvez você gostaria de eu te chamar assim... - Nagihiko coçou o rosto sem jeito, começando a duvidar se aquela tinha sido mesmo uma boa idéia
– Ahh... err... m-mas isso é tão... r-repentino.... - Tadase sentiu seu coração agitar-se terrivelemnte, como se estivesse dando uma volta ao redor do mundo, o rosto completamente em brasas, como se estivessem fazendo um churrasco e usando a face dele como churrasqueira - E-Eu não... n-não sei o que d-dizer... etto... eu... b-bem... v-você não devia fazer isso tão de repente, eu... n-não estava p-preparado psicologicamente pra isso...
– O que?! - Nagihiko observou com atenção o ataque de vergonha e pânico do loiro, tendo cada vez mais certeza de que aquela não tinha sido mesmo uma boa idéia - Mas foi você quem começou com isso...
– Eu sei! - Tadase interrompeu, cobrindo o rosto com as mãos, como se isso pudesse impedir Nagihiko de perceber o quanto ele estava envergonhado - S-Sei que fui eu quem disse isso primeiro, mas... n-não pensei que seria tão... e-embaraçoso... ouvir você dizer meu nome uma úncia vez fez meu coração disparar tanto que parece que vou desmaiar a qualquer momento... e-eu não estou estou preparado emocionalmente pra isso, sinto muito.... me desculpe, Fujisaki-kun, mas será que... s-será que você continuar me chamando de "Hotori-kun" só por mais algum tempo... por favor?
– É claro que posso... sem problemas, Hotori-kun - Nagihiko suspirou, sem conseguir conter uma risadinha. Por mais que isso o fizesse feliz, também tinha sido tremendamente embaraçoso para ele dizer o primeiro nome de Tadase, e se o próprio Rei ainda não queria isso, ele é que não iria insistir - Demo nee... você entendeu agora? Se você está tendo um ataque de pânico só por eu ter te chamado pelo primeiro nome, imagine como você ficaria se tivéssemos feito todas aquelas coisas até o fim? Quero dizer, aquilo é muito mais constrangedor e sério do que apenas dizer o primeiro nome de uma pessoa, você sabe, não é? - Nagihiko resolveu aproveitar a deixa e dar alguma utilidade àquela tentativa fracassada de dizer o primeiro nome do garoto - Quero dizer, eu te amo, e quero proteger e cuidar de você, não quero de modo algum fazer alguma coisa da qual você se arrependa mais tarde, nem te... te m-macular, nem nada assim, entende... e mesmo você dizendo que também queria aquilo naquela hora, se você não está pronto nem pra me ouvir dizendo seu primeiro nome, de jeito nenhum pode estar preparado para fazer aquele tipo de coisas
– Sei... b-bem, talvez você tenha um pouco de razão quanto a isso... - Tadase admitiu à contragosto, se recuperando de seu ataque de vergonha, e fazendo um biquinho contrariado. Em seguida, esticou uma das mãos até alcançar a de Nagihiko, segurando-a entre a dele e, encarando o maior, continuou - Demo nee Fujisaki-kun... ainda que você esteja certo sobre esse... "detalhe"... ainda assim, não significa que você não possa passar dos limites de vez em quando, ou que eu não queira isso, entende? Eu entendi que ainda é muito cedo para fazermos aquelas coisas... ou irmos até o fim... - ele continuou, sem saber ao certo aonde raios era esse tal "fim" - Mas não significa que não podemos exagerar um pouquinho de vez em quando, e fazer outras coisas... como isso, por exemplo.


Em um raro impulso, Tadase empurrou o corpo de Nagihiko para baixo até que ele se deitasse na cama, ficando em cima dele. Em seguida ficou de joelhos em cima do Valete, com as pernas do maior entre as dele, e apoiando as mãozinhas no peito de Nagi, de modo a encará-lo nos olhos. E, respirando fundo, como se isso fosse lhe dar coragem, abaixou a cabeça até colar seus lábios no pescoço do mais alto. Queria ter beijado aqueles lábios doces com gosto de cereja primeiro, mas sabia que, se fizesse isso, Nagihiko logo assumiria o controle, e Tadase não queria isso agora. Nagihiko ficou completamente estupefato com as ações do menor. Não se lembrava de jamais tê-lo visto agindo assim tão impulsivamente, exceto quando era influenciado por alguma outra coisa, como os remédios suspeitos de Yaya, a doença de gato ou ainda o Chara Change, mas Tadase jamais agiu assim por conta própria. Estava tão abismado que não conseguiu demonstrar qualquer reação quanto àquilo. Mas também, ele não estava muito afim de resistir mesmo, então apenas deixou que o Rei continuasse.


Ele sentiu a língua de Tadase passeando por seu pescoço, alternando as lambidas e os beijos, sem ter muita certeza se o loiro realmente sabia o que estava fazendo ou não. Tadase tentou mordiscá-lo, mas como não estava tendo muito sucesso, voltou a beijá-lo, como que imitando o que Nagihiko sempre fazia com ele. Nagi soltou um gemido longo e rouco em seu ouvido, fazendo o loiro se arrepiar por completo e começar a desejar ter mais daquilo. Por mais cosntrangimento que sentisse, também sentia uma pontinha de felicidade e de orgulho por também ser capaz de causar essas sensações em Nagi. Sentia um imenso contraste de emoções agora, destacando-se mais a vergonha e a determinação misturadas, mas estava decidido a não deixar que o embaraço o dominasse dessa vez. Ele não queria perder para o constrangimento e ter um ataque de vergonha novamente, queria mostrar para Nagihiko que era capaz de fazer aquelas coisas também, e que queria que Nagi fizesse mesmo com ele. E não era um simples ataque de pânico que ia derrotá-lo. Por mais que Tadase fosse tímido e ficasse embaraçado com facilidade, ele não iria perder para a vergonha, não dessa vez!


– H-Hotori-kun! - Nagi exclamou, com certa dificuldade, ao sentir a língua do menor passeando pelo seu pescoço sem nenhuma displicência aparente - O q-que raios está f-fazendo?!
– Eu... eu quero te mostrar que, mesmo não indo até o final, não significa que não podemos fazer essas coisas, nem passar dos limites de vez em quando - ele afastou-se alguns milímetros de Nagi, apenas o suficiente para encará-lo nos olhos - Quero te provar que sou capaz de aguentar essas coisas, de que também desejo essas coisas.... e que também sou capaz de fazer isso com você. Fujisaki-kun, você disse que, por mais que você sinta essas "vontades" e "desejos" estranhos, você acaba se contendo porque tem medo de me... "m-macular", como você mesmo diz... m-mas e se também for da minha vontade fazer essas coisas com você? E se eu também desejar isso? Não haveria problema assim, já que nós dois queremos, não é? - ele argumentou, deixando Nagihiko completamente sem fala - Não é apenas você que quer ficar comigo, Fujisaki-kun... eu também... q-quero ficar com você. E-Eu também.... desejo você - ele sussurrou aquela última frase no ouvido do maior, fazendo-o sentir um forte arrepio na espinha. E então, respirando fundo para tomar coragem, ele desabotoou o pijama de Nagi, lentamente, atrapalhando-se um pouco com os botões, e começou a descer, deixando agora sua língua passear pelo tórax do mais alto. Estava morrendo de vergonha, mas queria mostrar para Nagihiko que ele não se importava em fazer esse tipo de coisas. Abraçou o maior pelas costas, enroscando os dedos em seus longos cabelos, e continuou descendo, até chegar ao abdômen. Parou perto do umbigo, ficando meio perdido e sem saber o que fazer a seguir. Respirou fundo mais uma vez e, fechando os olhos com força, segurou o cós da calça do Valete com as duas mãos e a puxou para baixo, tirando-a de uma só vez.

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– H-Hotori-kun...! - Nagihiko arquejou, o rosto irremediavelmente corado - N-Não acha que está... indo um pouco longe demais não??
– Não, não acho - loiro respondeu, sem coragem para encará-lo nos olhos - Eu estou fazendo isso porque... p-porque quero te mostrar que não tem problema... fazer esse tipo de coisa de vez em quando. Mesmo não indo até o final, eu... n-não me importo de fazer isso às vezes, sabe... n-na verdade eu q-quero fazer i-isso - ele admitiu em voz baixa, com o rosto em brasas. Em seguida seus olhos rubros se desviaram para as pernas esguias do mais alto e perdeu a linha de raciocínio por um momento, se esquecendo completamente do porquê de estar fazendo tudo aquilo
– Ah, sim... quase me esqueci do quanto você gostava delas - Nagihiko comentou, passando a mão pela própria perna, como que provocando o loiro - Foi você quem começou com isso, não foi? Vá em frente, pode tocar
– Ahn... e-então... c-com licença - por mais que estivesse envergonhado, Tadase não hesitou nenhuma vez e, antes que pudesse se conter, antes mesmo que percebesse o que estava fazendo, abaixou-se um pouco mais, terminando de tirar a calça do maior e a jogando para longe. Aproximou o rosto da perna esquerda, sentindo aquele perfume delicado e ao mesmo tempo masculino que Nagi exalava e, antes que pudesse sequer pensar em refrear seus impulsos, tocou com a ponta da língua na pele dele. Começou a deslizá-la em um movimento de vai-e-vem, enquanto tocava a perna direita com a mão, arrancando gemidos cada vez mais altos do Valete. Trocou ocasionalmente as lambidas por beijos, subindo cada vez mais até chegar à coxa. E quando Nagihiko percebeu que ele estava subindo demais, quase chegando no final da perna, fez um esforço descomunal para se sentar e deter Tadase.


– Ok, já chega. Eu disse que você podia tocar minhas pernas, não... isso - ele apontou displicentemente para o lugar que Tadase estava prestes a tocar sem nem perceber, que corou irrediavelmente, desviando os olhos para o lado - Nee... v-você realmente não se importa se eu fizer essas c-coisas com você?
– Hein? - Tadase voltou a encará-lo, ainda um tanto aturdido com o que tinha acabado de fazer, e quase se esquecendo do motivo pelo qual tinha feito tudo aquilo - Ah.... não, claro que não me importo! Eu... a-acabei de fazer isso com você, não foi? Então não vejo porque você não poderia fazer o mesmo comigo
– Bem, se você diz.... então depois não vá reclamar caso eu acabe me empolgando, ouviu? - Nagi enfim deu-se por vencido, e roubou um beijo de Tadase antes que ele pudesse responder. O loiro esqueceu-se rapidamente de como era difícil tomar a iniciativa e fazer todas aquelas coisas embaraçosas, e apenas deixou-se ser abraçado e tocado, adorando a sensação de se sentir protegido e amado, envolvido nos braços de Nagihiko, como tanto gostava. Sentiu a ponta da língua do maior tocando seus lábios e logo os entreabiu, deixando que ele aprofundasse o beijo. Sentiu Nagihiko apertar o abraço e deslizar as mãos pelo corpo dele, adentrando sua camisa e o tocando diretamente na pele, fazendo o loiro se arrepiar por completo e arrancando gemidos cada vez mais altos do menor. Sentiu também uma das mãos do Valete adentrar sua calça, tocando-o por cima da parte de trás da cueca, e soltou uma exclamação particularmente alta, meio abafada devido ao fato de seus lábios ainda estarem grudados nos de Nagi, um tanto surpreso com o atrevimento do mais alto, já que ele nunca tinha feito isso antes, mas não o deteve. No entanto, logo a necessidade de oxigênio se fez mais presente, e eles foram obrigados a se separar.


– Eu... definitivamente... prefiro quando você faz isso - Tadase confessou assim que conseguiu repor o ar em seus pulmões - Tomar a iniciativa é mesmo muito difícil
– Não se preocupe, eu sempre poderei fazer isso pra você - Nagi respondeu, sorrindo de canto - Nee... eu te amo muito, Hotori-kun. Te amo mais do que tudo no mundo.... não sei o que faria se tivesse te perdido
– Eu também... minha vida não teria mais sentido sem você. Eu também te amo demais, Fujisaki-kun - Tadase respondeu, encarando o maior nos olhos, e trocando outro beijo apaixonado.



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Infelizmente eles não puderam dormir juntos naquela noite como gostariam. Nagihiko precisou voltar pra casa, já que não queria ouvir os sermões de sua mãe por ter dormido fora sem avisar, e ainda mais na casa de Tadase, por quem ela havia criado uma inconveniente antipatia. No entanto, era visível o quanto o humor de Nagihiko havia mudado da noite para o dia. Estava mais sorridente, mais alegre, com uma aparência infinitamente melhor e mais cuidada. E tinha até parado de chover! Até a mãe natureza parecia de bom-humor hoje, como se a chuva do dia anterior fosse mesmo uma representação das lágrimas de Nagi que, uma vez que tinham cessado, também tinha levado a chuva embora. Finalmente o sol deu as graças de sua presença naquela manhã. O dia estava lindo, os pássaros cantavam, as flores desabrochavam, e tudo estava perfeito para o Valete e o Rei novamente. Até eles chegarem na escola e se lembrarem de um fator crucial que tinham se esquecido completamente por causa da briga.


– Isso vai cair na prova, então anotem! - Nikaidou dizia com uma cara séria que não combinava com ele, apontando para as fórmulas de matemática no quadro-negro - Essa não vai estar tão fácil quanto a do bimestre passado, então tratem de estudar, ouviram?! Isto é tudo por hoje, quando acabarem de copiar estão dispensados! - ele anunciou ao ouvir o som da campainha ao longe, saindo da sala em seguida com sua costumeira pilha de livros nos braços
– Prova... nós teremos prova! - Tadase exclamou, levando as duas mãos à cabeça e bagunçando seus cabelos loiros - Me esqueci completamente disso...
– Eu também... nem lembrava que o fim do ano está chegando - Nagihiko confessou, tão preocupado quanto ele - Temos que começar a estudar, Hotori-kun. Somos Guardiões afinal, seria um péssimo exemplo se tirássemos notas baixas, e não podemos repetir de ano!
– Ora, não se preocupe com isso, Nagi! Como você mesmo disse, vocês são Guardiões afinal, e professor nenhum vai se atrever a reprovar os Guardiões! - Yaya surgiu de algum lugar desconhecido, exclamando a altos brandos e sobressaltando os dois
– Yaya-chan... daonde raios você saiu?! Você nem é dessa classe... - Nagihiko comentou com uma gota na cabeça
– E isso importa? O que realmente interessa é que a Yaya tem razão dessa vez. Vocês estiveram tão entrertidos em seus "assuntos pessoais", digamos assim, que se esqueceram completamente das provas - Rima comentou, sentada em uma das mesas de pernas cruzadas, de modo a parecer mais alta do que realmente era, e por algum motivo tomando uma xícara de chá
– Nee Mashiro-san... daonde foi que você tirou esse chá?! - Tadase indagou, também com uma gota na cabeça
– Do mesmo lugar desconhecido que a Yaya saiu, aposto - Amu falou, sendo que ninguém tinha visto ela se aproximar, provavelmente saindo do mesmo lugar misterioso que Yaya e o chá de Rima - Mas é sério, vocês precisam estudar, garotos! Tudo bem que vocês tiveram aquela briga... e estão de novo nesse clima meloso, já que acabaram de se reconciliar... mas vocês não podem se esquecer de que as provas estão chegando!
– A Yaya teve uma idéia!! - a Às exclamou ao pulos, erguendo uma mão no ar - E se a gente estudasse toooodos juntos? Um podia fazer perguntas para o outro, e quem errasse, pagava uma prenda!
– Isso parece meio perigoso... ainda mais se tratando de algo que você sugeriu, Yaya - Amu comentou, meio receosa
– Além do mais, eu duvido que esses dois iriam querer estudar com a gente, eles devem querer estudar sozinhos - Rima acrescentou sabiamente - Se bem que, se eles ficarem à sós, devem fazer de tudo menos estudar... - ela murmurou baixinho, encarando os dois garotos fixamente
– V-Vamos, vamos, também não é assim! - Tadase exclamou, querendo mudar de assunto - Eu gostei da idéia da Yuiki-san, mas... r-realmente parece um pouco perigoso...
– Bem, podemos decidir quem vai estudar com quem depois, não é? Agora está na hora de irmos para o Royal Garden - Nagihiko lembrou
– Sim, isso mesmo! Depois da reunião decidimos como faremos para estudar! - o Rei apoiou, juntando suas coisas rapidamente para seguir para o Royal Garden junto com os outros. E ainda que estivessem preocupados com as provas que se aproximavam, e constrangidos com as insinuações das amigas, tanto Tadase quanto Nagihiko não conseguiam deixar de exibir um sorriso bobo em seus rostos, nem de sentir a imensa felicidade que se apossava de seus corações por estarem novamente ao lado da pessoa que mais amavam.