Work Of Fire

RU mine? ♪♫ Você é minha?


♪♫ “Eu fico louco, pois aqui não é onde eu quero estar
E satisfação parece com uma memória distante
E eu não posso me ajudar
Tudo que eu quero ouvi-la dizer é: Você é meu?
Bem, você é minha?” ♪♫

— Arctic Monkeys – RU mine?

POV General Cullen

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Eu estava cansado daquela porra toda. Cansado de procurá-la naquela merda de floresta e nada encontrar, pior era aquela merda de sentimento estranho que apertava meu peito ao cogitar a ideia de algum filho da puta ter encostado o dedo nela.

Onde ela estava?

Já tinha se passado alguns minutos desde que os tiros e barulhos de explosões tinham sessado, a floresta só não estava em completa escuridão por causa do fraco facho de luz da minha lanterna. Essa merda ia parar de funcionar em breve e eu não poderia me dar o luxo de permanecer ali. Seria assinar de vez a minha sentença de morte. Então, com ajuda da minha bússola, caminhei apressadamente para uma rodovia próxima para tentar uma carona. E olha que perfeito, a estrada estava completamente vazia. Não tinha a porra de carro nenhum à vista e eu sabia que não encontraria nenhum tipo de civilização por perto, pois ninguém iria querer morar perto de um campo de treinamento militar.

Olha só o que você me faz passar, Swan! Merecia umas palmadas por isso.

Reunindo forças da raiva que eu sentia, me pus a ir a pé para o quartel xingando-me por ter me metido nessa situação. Na verdade, eu deveria xingar a Swan por tal feito. Isso! Tenho que xingar a Swan por tudo que está acontecendo comigo desde a sua chegada ao quartel. Que merda eu tinha na cabeça quando comecei a investigar o caso de seus pais? Se eu não fosse tão idiota ao ponto de fazer isso, eu não estaria aqui nessa estrada vazia e gastando a porra da sola das minhas botas novas, morto de cansaço e preocupação. Sim, você entendeu certo. Preocupação com aquela desgraça de mulher que não sai da minha cabeça e que faz um reboliço dentro do meu peito.

Muito tempo depois, finalmente avisto uma luz a se aproximar devagar. Animo-me ao ver que se trata de um carro. Aceno freneticamente até ele parasse no acostamento, sem me importar de quem poderia ser o automóvel. Foda-se, eu precisar de uma carona.

Aproximo-me da janela da picape velha, no lado do carona, com a mão pousada na arma que estava no coldre tático de ombro por baixo da jaqueta, porém, a visão do casal de velhinhos me fez ajustar a jaqueta para que não vissem o coldre.

— Olhe, Alberto, é um militar. — exclamou a velhinha, entusiasmada — Precisa de ajuda, querido?

— Lídia, não o conhecemos. E se ele...

— Sou o agente 002, General Cullen, comandante do Departamento de Operações Especiais. Gostaria de uma carona. — respondi tranquilamente, mas acho que acabei assustando-os um pouco.

— Ah... Está vendo, Alberto, ele é policial! — revirei os olhos quando o entusiasmo da velhinha voltou, e ela, animadamente, abriu a porta do seu lado e se aproximou mais do seu marido, dando-me espaço para entrar — Entre, querido! Sou Lídia e este é meu marido, Alberto. Diga-me, para onde quer ir?

Dei as coordenadas e logo o carro estava na estrada novamente. E ressalto, vagarosamente. Se eu estivesse em uma das minhas corridas matinais eu ultrapassaria aquela lata velha sem fazer esforço! Mas como eu estava cansado demais para isso, nem reclamei. Continuei encolhido contra a porta do carro, enquanto aquela velhinha bondosa tagarelava pior que um papagaio, recebendo algumas respostas do marido.

Swan, você me paga!

O balanço da picape estava quase me fazendo dormir quando Alberto me avisou que estávamos chegando ao quartel. Finalmente! Meu traseiro já não aguentava mais ficar sentado no estofado desgastado, enquanto o resto do meu corpo era espremido pela velhinha que parecia gostar muito de me apalpar a ponto de quase sentar no meu colo. Esquece o que eu disse antes, essa velhinha está mais para tarada do que bondosa.

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Logo que o carro parou, agradeci ao casal rapidamente e desci dele ainda escutando a velhinha me convidar para visitá-los qualquer dia. Sei bem o que ela quer e digo logo que está fora de cogitação! Um dos guardas do portão me avistou e logo o abriu. Acenei mais uma vez para o casal e praticamente cambaleei em direção aos dormitórios. Eu só queria uma ducha e logo depois iria procurar pela Swan. Precisava lhe dizer poucas e boas!

— Edward!

Parei de súbito ao escutar aquela voz. Merda, seria alucinação? Virei e constatei o óbvio. Era ela. Meus pés moveram-se sem controle e quando percebi, ela já estava chorando copiosamente em meus braços.

Porra! Como eu não tinha percebido que eu tinha saudade daquilo? Todas as merdas e palavrões que eu tinha pensado em despejar em cima dela evaporaram da minha mente. Eu só queria senti-la, apertá-la fortemente em meu peito, enquanto seu cheiro preenchia meus pulmões de vida.

— Bella... Você está bem? Onde você estava? — minha voz soou embargada — Eu te procurei em todo canto.

— Eu consegui sair de lá com outros agentes. Eu... — respondeu chorosa, depois de respirei fundo. — Eu pensei que você não voltaria mais.

Oh, merda. Então ela também tinha sentido o mesmo desespero que eu?

— Shiii... Eu estou aqui, está tudo bem. — beijei sua testa, aspirando mais do cheiro de seus cabelos, e a peguei no colo. — Vamos sair daqui.

Caminhei rapidamente para meu quarto, não querendo ser visto por ninguém além do guarda do portão. Teria que ter uma conversa com ele mais tarde. Depositei Isabella no chão, próximo a minha cama, e a avisei que tomaria um banho antes de conversarmos, eu precisava de um tempo a mais para pensar. A água quente relaxava meus músculos dos ombros, mas nem por isso me deixava totalmente relaxado. Eu queria muito entender o que sentia por Isabella, sabia que ia muito além de preocupação e proteção. Meu corpo vibrava perto dela e reclamava quando estava longe. Encostei minha testa nos azulejos brancos do banheiro enquanto eu relembrava aquelas sensações do caralho que senti ao tê-la em meus braços. Isso é uma grande merda. Não posso colocar a missão em risco por estar envolvido amorosamente com a peça principal.

Amorosamente? Que porra é essa, Cullen?

Decido a parar de ser covarde e deixar de prolongar ainda mais o banho, desliguei o chuveiro e me sequei em seguida. Devidamente vestido, respirei fundo e saí do banheiro. Isabella estava sentada na cama e fitava o chão parecendo envergonhada.

— Você está bem?

A pergunta saiu sem que eu percebesse. Quando ela somente assentiu, percebi que tanto ela quanto eu não sabíamos como começar a conversa. Sentei ao seu lado.

— Como conseguiu fugir? — rompeu o silêncio minutos depois.

— Conheço aquela floresta como a palma da minha mão, eu sabia que tinha uma rodovia movimentada ao sul dela. Eu só precisei chegar nela, o que demorou um pouco já que a floresta é grande e escureceu muito rápido. — omiti o fato que a rodovia estava ironicamente deserta naquele dia e que precisei andar muito até que o casal me encontrasse. Mesmo com a minha resposta, ela não pareceu ficar tranquila e o silêncio acabou preenchendo a conversa por mais alguns segundos.

— Eu vou dormir. — Bella levantou subitamente, me assustando. A chamei antes que alcançasse a porta. Virou-se para me encarar em expectativa, mas eu não sabia bem o que dizer. Não sabia se queria que ela ficasse ali, mas também sabia que não queria que ela fosse. Confuso? Eu que o diga!

Baguncei meus cabelos, nervosamente, completamente atordoado.

— Eu te procurei feito um louco. Eu só pensava em te achar, em te proteger, em não deixar ninguém te tocar. Eu... — levantei em um rompante indo até ela, minhas mãos coçavam para se instalarem logo ao redor do seu rosto. — Só de pensar que você poderia ter sido pega e que poderia estar morta agora, eu...

— Edward...

E então eu sentia aquelas sensações do caralho me consumirem de novo. Meu rosto estava tão próximo do seu que eu poderia facilmente acabar com aquela distância torturante e entrar no modo “foda-se” de uma vez por todas. E, porra, eu quero tanto isso!

— Bella, nós...

Antes que eu terminasse, Bella afastou-se abruptamente com uma expressão que transbordava raiva e decepção.

— Eu sei, já entendi. Eu vou dormir.

Então me deixou lá, plantado igual um pateta sem saber que merda tinha feito. Ah, mas isso não iria ficar assim. Não enfrentei a porra de uma floresta escura, andei quilômetros numa estrada deserta, peguei carona com os velhinhos mais falantes que já vi, desesperado de preocupação, para chegar àquela altura do campeonato depois de ligar o “foda-se” e Isabella simplesmente tirar meu cavalinho da chuva! Ah, mas não ia ficar assim de forma alguma!

Com passadas largas, fui até o quarto de Isabella e surrei a porta. Apoie-me no parapeito à espera que a porta fosse aberta. Uma Isabella assustada e com os olhos avermelhados apareceu e toda a minha raiva desapareceu.

— Foda-se a porra da missão.

Puxei-a para mim e a beijei profundamente, sentindo meu corpo vibrar de prazer. Prensei seu corpo quente contra a parede e um gemido de satisfação de ambos logo foi ouvido. Uma de minhas mãos estava em sua nuca e a outra apertava firmemente sua coxa gostosa. Era uma saudade filha da mãe que eu sentia dela inteira.

— Porra, Bella, eu te quero tanto.

— Eu também...

A partir daí éramos beijos desesperados, carinhos intensos, gemidos de prazer, toques nas porras dos lugares certos. Eu só pensava no quanto queria tirar logo as nossas roupas e marcá-la como minha de uma vez por todas. Esse desejo louco corria por minhas veias para se concentrar entre as minhas pernas. Pressionei minha ereção latejante onde ela mais queria entrar, no meio das pernas de Bella. Isso a fez gemer alto, deixando-me ainda mais excitado.

— Edward, eu preciso de você.

— Eu sei, meu amor, e você me tem.

Tudo o que antecedeu o grande momento fixou-se em minha mente como ferro quente. Então, finalmente, Bella se tornou minha. Porra, isso é bom pra caralho! Meus lábios castigavam a pele de seus ombros, enquanto os meus eram marcados por suas pequenas unhas. Minha pélvis se chocava contra a sua, necessitando de mais contato. Nossos gemidos misturavam-se em um idioma intraduzível e ruidoso, o ar tornou-se rarefeito sobrando apenas arquejos. Aproximei nossos rostos e colei os lábios em sua orelha.

— Minha. Você é minha, Bella. — eu não cansaria nunca de repetir aquilo.

— Sua. Só sua... — murmurou sem fôlego.

Aumentei meus movimentos, satisfeito por saber que eu causava nela a mesma avalanche de sentimentos que ela me fazia sentir. Porra, isso nunca tinha sido tão bom.

Juntei nossas testas buscando seus lábios com carinho ao chegarmos ao ápice, me desvencilhei para não esmagá-la com o peso do meu corpo, mas nada me faria soltá-la completamente. Mais algumas palavras foram trocadas até eu aninhá-la em meu peito e acariciar seus cabelos levemente molhados de suor, fazendo-a suspirar fechando os olhos. Pouco a pouco, sua respiração tornou-se tranquila, confirmando que ela estava dormindo. Eu poderia muito bem deixá-la ali e ir para meu quarto, tentar esquecer o que houve e focar na merda da missão. Mas, caralho, onde é que se consegue força de vontade para isso?

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Foda-se! Ela é minha e eu não vou à porra de lugar nenhum!

Aconcheguei-me mais em sua cama parcialmente macia e prendi seu corpo quente junto ao meu. Minha cama poderia ser muito mais macia que aquela, mas aquele era o meu lugar e é ali onde eu pretendo permanecer.