Wonderwall

15. Afraid of you


Gerard's POV

Sai um pouco de casa e fui me encontrar com o Frank numa cafeteria, ele não parava de falar e eu estava com o pensamento longe.

“ok, nem adianta perguntar se você estava prestando atenção... tá viajando ai nas lembraças das curvas da Giovanna” - olhei sério para ele - “já está assim já? Ciumes por tudo?”

“cala a boca” - beberiquei meu café - “ela é incrível”

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“eu sempre te falava isso e você ficava mudando de assunto. Acho que eu já tive uma queda por ela sabia?”

“Frank sério, a próxima besteira que você falar, eu jogo essa caneca cheia de café em cima de você”

“nem posso falar que é falta de sexo” - peguei o guardanapo, fiz uma bolinha e joguei nele - “ok, parei”

“amem” - ele sorriu - “você parece que quer me falar algo” - Frank estava inquieto, era típico dele ficar assim quando quer falar alguma coisa

“quero nada”

“te conheço anão, vai, fala tudo” - me apoiei na mesa o encarando

“eu to diferente”

“MOTHER OF GOD! Você cresceu 1 centímetro?” - comecei a ri

“haha não teve graça... não estou falando disso idiota, eu conheci uma pessoa e acho que estou gostando dela”

“hum, legal! Ela é de qual?” - falei bebendo o resto do meu café

“qual o que?”

“qual hospício?” - ele me olhou sério - “desculpe eu não resisti”

“idiota, eu to falando sério” - ele ficou emburrado - “você tá me zoando ai, mas também está todo apaixonado”

“aaa cala a boca” - ele riu - “eu to diferente mesmo”

“eu sei, nunca mais te vi assim, vê se agora fica com esse humor para sempre ok? Não aguentava aquele seu mal humor todo dia”

“você está parecendo aquelas velhas, só reclama”

“estamos parecendo casal de velhos tendo uma DR” - ficamos nos olhando - “ok, isso foi estranho”

“que bom que você sabe disso” - rimos um pouco, terminamos a conversa e fomos embora, Giovanna não saia de jeito nenhum da minha cabeça.


Giovanna's POV

“Será que ele vai oficializar o namoro contigo?” - Brittany passou a tarde toda falando disso, depois da ligação do Andrew ela quis me distrair, tocando no assunto da noite passada

“Nem penso nisso Bri, só tivemos uma noite juntos, foi só isso”

“e quase 1 século para se entenderem e essa noite chegar, vamos Gio, vocês dois são perfeitos” - sorri - “dá para ver que ele gosta de você”

“shiu, cala a boca” - ouvi meu celular apitando, avisando por uma mensagem, sorri ao ver quem era

“ooown que lindo, já estão trocando mensagens”

“aham” - respondi ele e voltei a encarar a Brittany - “ele está com o Frank”

“esses dois, sei não... sempre desconfiei... sério” - joguei a almofada nela - “que? To mentindo? Até as fãs deles sabe que rola um tche tche rere tche tche ali” - eu ri com a expressão que ela usou

“o que é isso?”

“coisa de brasileiro, sério, eu tenho um amigo brasileiro e ele falou isso esses dias para mim” - eu ri - “ele é gato”

“e você tá com o Mikey, sossega”

“to nada” - rimos - “to brincando, eu gosto do Mikey”

“não, você AMA o Mikey”

“não exagera” - rimos - “o Mikey só é... fofo comigo”

“nossa, acabou com ele... nunca fala isso na frente de um cara, ele fica deprimido, o Andrew ficava pelo menos” - parei para pensar um pouco - “ele era tão diferente”

“o jeito que você falava dele dava para ver isso”

“mas sempre foi ciumento, acho que dessa vez o ciumes tomou conta... e isso me dá muito medo” - olhei para o meu celular e ele tava apitando de novo, sorri. Passei o resto da tarde conversando com ele, antes de dormir, Brittany perguntou se eu não queria um calmante para eu dormir melhor depois da ligação do Andrew, eu neguei e dormi. Acordei com um toque que eu conhecia quem era - “alô?” - falei com uma voz de sono

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te acordei né

“aham” - ele riu - “quando você tiver que acordar cedo também eu vou te ligar e te acordar de madrugada”

desculpe, tudo bem?

“aham, só com sono... muito sono” - sorri - “mas vale a pena”

porque?

“to ouvindo sua voz, que por incrível que pareça consegue ficar ainda melhor no telefone” - sorri, bem meu estado em ouvir a voz dele baixa como ele estava falando não era um dos melhores, estava arrepiada da cabeça aos pés - “eu to arrepiada”

só com a minha voz? Isso é bom, quer dizer nem tanto, eu não estou ai” - mordi meu lábio, dorga, ele parecia que gostava de me ver daquele jeito - “eu pensei em passar ai mas não queria dar de cara com a Brittany e ela me encher, já não basta o Frank” - soltei uma risada - “queria estar ai contigo

“e eu queria você aqui, a cama tá grande demais agora” - sorri

só me imagina ai então” - ficamos em silêncio

“esse papo não vai acabar numa coisa normal” - ele soltou uma risada

é melhor desligar então

“aham, boa noite”

bom dia” - sorri - “eu te amo” - ele desligou, meu coração disparou na hora, ele tinha esse poder sobre mim, aquele... idiota perfeito. No dia seguinte acordei um pouco mais tarde que eu to acostumada, Brittany já tinha saido, deve ter ido fazer compras, ela sempre fazia isso quando estava entediada. Fui fazer um café para mim, quando estava indo tomar meu café a campanhia tocou.

“Nem tomar café eu posso” - levantei e fui atender a porta - “Brittany deve ter esquecido a chave, bem a cara dela” - a capanhia tocou de novo - “já vai” - abri a porta e fiquei parada assustada, não acreditava quem estava ali

“Olá Gio” - fechei a porta rapidamente mas ele impediu dela ser fechada com o pé - “que mal educada” - ele forçou a porta para ela abrir - “sabia que eu tive que pagar um jatinho para chegar aqui hoje” - ele sorriu, começou a andar pela sala olhando tudo - “Brittany tem um bom gosto, curti a casa”

“sai daqui”

“mas eu acabei de chegar, literalmente” - ele riu - “as minhas malas ainda estão no carro lá fora, mas pensei... bem, eu poderia visitar meu amor antes de ir para o apartamento que eu aluguei aqui perto, é caminho mesmo né” - ele riu, eu me afastei dele - “gostou da surpresa?”

“Andrew por favor”

“fica tranquila, não farei nada que você não queira” - ele sorriu - “estamos sozinhos aqui né? Ótimo” - ele foi se aproximando de mim e eu andava para me afastar

“não... não se aproxime” - senti a parede em minhas costas, estava sem saída, ele sorria, e me prendeu contra a parede - “você é doente”

“você me deixou assim” - ele segurou meu braço e me pressionou mais contra a parede - “eu sou louco por você, eu te amo tanto”

“não, você é obcecado por mim, é diferente” - eu estava ofegante e tremendo de nervoso

“você me trocou pelo idiota que te humilhou, você... você não podia ter feito isso comigo” - os olhos dele começaram a ficar marejados, a expressão dele era de dor, por um momento eu vi aquele Andrew que eu conheci ali, sofrendo, e meu coração apertou - “eu... eu estava disposto a te dar tudo, a ser seu homem para sempre, estava... estava disposto a ser seu para sempre sem nem pestanejar, mas não, você preferiu ele” - o rosto que até agora expressava dor, mudou de uma hora para outra, agora mostrava um sorriso assustador e um olhar que me dava medo.

“Andrew, você está me assustando”

“EU IA TE DAR TUDO GIOVANNA!” - ele bateu na parede no lado do meu rosto, eu me assutei com a proximidade que foi o choque da mão dele na parede - “mas você fez isso comigo, eu... você tem que ser minha”

“Andrew, por favor, fica calmo” - ele ficou me olhando, percebi que seu rosto estava se aproximando do meu, sua respiração já batia no meu rosto - “se afaste”

“eu quero você agora” - arregalei meus olhos assustada, empurrei ele mas ele me prendeu de uma forma que eu não podia sair e me beijou a força, eu batia nele para ele se afastar mas ele segurou meus pulsos com força fazendo eu gemer de dor. Depois de alguns minutos ele parou o beijo ofegante - “que saudade de você” - ele sorriu ainda de olhos fechados, eu aproveitei que ele tinha se afastado um pouco e dei um chute no meio das pernas dele - “AH!”

“sai daqui agora” - ele me olhou com ódio

“você vai se arrepender de ter feito isso comigo Giovanna”

“SAI DAQUI!” - fui empurrando ele até a porta e abri ela - “NUNCA MAIS ME PROCURE ANDREW!”

“você não sabe o que te espera Giovanna, você não tem ideia do que eu sou capaz de fazer”

“SAI!” - bati a porta com força, eu estava tremendo demais. Me encostei na porta e fui escorregando até o chão chorando desesperadamente, eu não acredito que aquilo estava acontecendo comigo, não era possível.