Wildflowers

Aquele da minha vida ao seu lado.


Encarando o céu que ficava cada vez mais carregado pelas nuvens pesadas de chuva, Regina fez seu caminho para o hall do prédio, a bolsa pendendo em seu ombro, enquanto tinha uma garrafa de vinho em uma mão e o aparelho celular em outra.

Estava no começo do segundo lance de escada quando o celular tocou, e Regina deixou um sorriso deslizar por seus lábios ao ver que era o número do telefone fixo de sua casa.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

"Regina Mills, como posso ajudar?" falou assim que atendeu, a voz saindo séria. Escutou a risada de seu pai do outro lado da linha.

"Querida, sou eu." o senhor falou, fazendo ela sorrir. “Você já chegou na casa do Robin?”

“Sabia que era você, só não gosto de perder a chance de te ouvir falando isso.” riu, colocando o celular entre a orelha e o ombro para achar a chave do apartamento na bolsa. Robin havia dado uma a ela há algumas semanas, pois tinha vezes que a morena ficava no apartamento dele e tinha que pegar a chave do homem para poder entrar. “Acabei de chegar, por quê? Precisa de alguma coisa? Posso ir para casa se precisar.” falou ligeiro, achando a chave e encaixando na fechadura.

“Não querida, só queria saber se tinha chegado bem. Está armando um temporal.” Henry falou, a preocupação estampada na voz. Regina se permitiu sorrir, adentrando o apartamento do namorado e ouvindo o som da TV ligada no jogo, embora não tivesse ninguém na sala. Regina passou os olhos pelo apartamento e encontrou o empresário de costas, mexendo em uma panela no fogão.

“Está mesmo, vai ser um dos feios. Você tem certeza que vai ficar bem sozinho? Posso ir até a fazenda rapidinho.” Regina insistiu, enquanto deixava a bolsa em cima do sofá. Assim que ouviu a voz dela Robin virou-se, encontrando os castanhos que tanto amava. O homem sorriu, abaixando o fogo e observando enquanto ela fazia o caminho até ele. O loiro lhe beijou o nariz assim que Regina parou na frente dele, as mãos indo parar na cintura dela.

“Não há necessidade, filha. Aproveite sua noite com o Robin. Já estou deitado no sofá, olhando o jogo.” O homem explicou e Regina semicerrou os olhos, como se estivesse no mesmo lugar que o pai. “E não estou comendo besteira, Regina.” Afirmou, sabendo que esses pensamentos passavam na cabeça da arquiteta.

“É bom mesmo! Tem que cuidar da saúde, papai, pelo amor de Deus!” bufou, o cenho franzido. Embora o senhor tivesse dito que não estava ingerindo nenhuma besteira, Regina podia jurar que ele tinha uma bacia de pipoca no colo. Robin a observava risonho enquanto a mulher conversava com o pai.

“Eu vou cuidar, querida, mas não é como se houvesse algo que realmente podemos fazer, huh? Desde que eu viva para conhecer meus netos, está de bom tamanho para mim. Por isso você e o Robin não podem mais demorar muito tempo.” falou, fazendo Regina abrir a boca em surpresa com o comentário. Em seguida ouviu um grito vindo do telefone, o que só poderia ser Henry xingando algum jogador na TV, e, ao levantar os olhos até o rosto de Robin, percebeu que o mesmo tinha os olhos azuis voltados a algo atrás dela, o rosto mexendo em negação. “Desculpe, querida. Eles são uns imbecis! Olha, vou desligar agora, okay? Você não precisa me escutar xingando esses caras.”

“Papai, eu sempre escuto.” riu, se despedindo do pai. A atenção de Robin voltou para ela assim que a mulher desligou o telefone celular, circulando o pescoço do loiro.

“Boa noite, amor meu.” Robin cumprimentou, os lábios indo de encontro aos da morena, que aceitou de bom grado o contato, as mãos se afundando nos cabelos loiros á medida que o beijo de aprofundava e Robin a apertava mais contra si. Quando o ar se tornara escasso, Robin foi diminuindo o ritmo, os lábios dele deixando diversos selinhos molhados na boca e queixo da mulher. “Pra matar a saudade.”

“Eu amo esses beijos de saudade.” Falou, os olhos castanhos mirando o oceano azul, as mãos delicadas saindo do emaranhado de cabelos para pegar o rosto entre as mãos. “Boa noite, turrão. Que cheiro bom é esse?” ficou na ponta dos pés, tentando ver o que tinha na panela em cima do fogão. Robin riu, dando um selinho nela para logo depois se afastar, aumentando o fogo. Regina o abraçou pela cintura, escorando a cabeça nas costas fortes. “Como foi o seu dia? Não sabia que você já estaria em casa.”

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

“Eu quis fazer uma surpresa.” Respondeu o homem, virando-se novamente para ela. Regina escorou novamente a cabeça, só que agora no peito dele. “E o dia foi corrido, mas é tão bom ver todo aquele movimento no hotel, Regina. Mesmo com os dias frios, parece que o pessoal gostou de tirar uma folga da cidade grande.” Comentou, enquanto suas mãos faziam um carinho delicado num vai e vem gostoso nas costas de Regina. A mulher podia dizer que aquele era seu lugar favorito no mundo, e fora o momento do dia que ela se encontrava mais relaxada.

Fazia bons três meses que a vida deles havia mudado completamente, para melhor. Doze semanas que Robin assumira seu novo empreendimento, que fizera morada fixa na cidade pequena que conquistara seu coração. Noventa dias que compartilhava de sua vida com Regina, que a namorava e amava sem medo de decepcioná-la ao ter que pegar um avião para Nova Iorque. O homem podia afirmar, com toda certeza, que estava sendo a melhor época de sua vida.

"Você não faz ideia de como eu fico contente ouvindo isso, Robin." a voz saiu abafada contra o peito dele, e a mulher aproveitou para se apertar ainda mais nos braços do homem. Robin riu, o nariz afundado nos fios castanhos. "E como Belle tem se saído?" perguntou ela, referindo-se a uma amiga de infância que havia sido, por coincidência, escalada para o cargo de auxiliar administrativa no hotel.

"Ela tem muita experiência, está indo bem. É bom ter alguém na equipe que tenha essa visão de hotelaria. Além disso, por ela estar fazendo hora extra hoje que eu estou aqui…" ele falou, os dedos brincando com a bainha da blusa de Regina, a pele da mão do homem causando arrepios na mulher. Regina suspirou, e depois de todo esse tempo juntos, Robin já sabia que era um sinal de que ela estava aproveitando o carinho. Sorrateiramente as mãos fortes entraram por dentro da camisa xadrez que ela vestia, parando nas laterais de sua barriga. Robin se afastou da mulher para que pudesse encarar os olhos castanhos, mordendo os finos lábios ao perceber que com um simples toque as chamas nas íris de Regina haviam acendido.

Robin então tomou os lábios carnudos devagar, um roçar calmo, enquanto as mãos agarravam a cintura dela por de baixo da blusa, puxando o corpo mais para si. Não demorou para que a morena entreabisse os lábios, dando passagem para a língua sedenta de Robin encontrar com a sua. Não demorou para que o loiro a erguesse em seu colo, as pernas da mulher entrelaçando em sua cintura. Robin girou com ela, colocando-a sentada sobre o balcão ao lado do fogão, descendo distraidamente os lábios pelo pescoço da mulher, arranhando com seus dentes e deixando diversos beijos molhados no local. Regina soltava suspiros e gemidos baixinhos, as mãos puxando os fios loiros calmamente.

As mãos de Robin saíram de baixo da blusa da arquiteta para deslizarem pelas coxas, a mão fazendo um carinho provocante na lateral, Regina arfando nos lábios dele com a provocação. Robin riu, mordendo o lábio inferior dela, descendo mais uma vez uma série de beijos pelo pescoço da mulher, que estava a cada segundo que passava mais entregue a todas aquelas carícias.

Robin começou a desabotoar a camisa xadrez que Regina usava, a cada botão desfeito deixando um beijo pela pele que ficava a vista. Quando a peça estava totalmente aberta, Robin se afastou para poder admirar a mulher, que tinha os olhos fechados, a cabeça inclinada para trás, o lábio inferior preso entre os dentes. O peito subia e descia, em um ritmo descontrolado, e o sutiã de renda tapava os seios, fato que deixava Robin ainda mais fora de si.

Quando deu por si, sua boca já beijava todo o colo de Regina, com o cuidado que ele sempre tinha com ela, mas também com a intensidade que sabia que ela gostava. Perdidos no momento de carícia, Robin só fora perceber o cheiro de carne queimando alguns segundos depois, e não querendo se desfazer do momento com Regina, levou a mão direita desajeitadamente até o fogão, tentando achar os botões sem tirar a atenção do pescoço, lábios e seios de Regina.

Sem perceber, ao conseguir desligar o fogão, a mão do empresário agarrou a panela de ferro, fazendo o homem se afastar na hora de Regina com um gemido de dor, a panela sendo derrubada no chão, a arquiteta abrindo os olhos na hora, assustada.

"Robin? O-o que…" gaguejou, pulando do balcão e dando menos de dois passos até chegar ao namorado, que tinha uma bela careta de dor. Regina pegou o pulso dele com carinho, dando uma olhada na palma da mão e ponta dos dedos, que se encontravam avermelhados.

"Está tudo bem. Não queria assustar você" o homem falou, mas Regina o puxou rapidamente em direção a pia, abrindo a torneira e colocando a mão de Robin embaixo, resfriando a ferida. Embora tentasse controlar, o homem não conseguiu evitar um gemido de dor, provocando um olhar de preocupação na mulher.

"Fica aí! Não tira a mão, está me ouvindo?" Regina perguntou séria, recebendo um aceno com a cabeça. A mulher seguiu até onde a panela estava caída, pegando um pano e recolhendo o objeto do chão, colocando sobre o balcão. Depois foi rapidamente até a área de serviço, e com um pano limpou todo o alimento que havia caído junto com a panela. Depois seguiu novamente até Robin, pegando delicadamente nas costas da mão dele, tirando-a da água, apenas para confirmar seu temor… pequenas bolhas davam sinal no ferimento. "Se ao menos você não fosse tão teimoso! Turrão! Um turrão! O que você estava pensando? O que pensa que foi fazer?" Regina perguntou brava, e mesmo que sua mão estivesse doendo bastante, Robin mordeu os lábios para não rir. Regina o puxou pela mão, indo em direção a sala de estar, sentando Robin no sofá.

"O que você vai fazer?" Ele perguntou, observando ela andar até o banheiro e sumir lá dentro, voltando com uma caixa de remédios na mão.

"Um curativo, Robin. O que acha que eu vou fazer?" Regina respondeu, quando se sentou ao lado dele. Apesar da situação, o loiro a admirava com todo o amor que tinha por ela. A camisa de Regina ainda estava aberta e as bochechas da mulher continuavam coradas. Se do pequeno momento deles, do susto, ou de brava com ele, Robin não sabia. "Seu descuidado! Não podia ter tirado a atenção de mim só pra poder desligar o fogão? Olha o estado dessa mão, Robin!" bradava a mulher, enquanto mexia na caixa de remédios. Robin ria baixinho, e Regina o fuzilou com o olhar.

"Você é a coisa mais linda desse mundo, sabia?" vociferou Robin, o rosto de Regina suavizando. A mulher respirou fundo, se aproximando dele e lhe tomando o rosto nas mãos, beijando a ponta do nariz dele.

"Está doendo muito?" ela perguntou, quando voltou a atenção para a mão dele, agora já tomada por pequenas bolhas. Robin negou com a cabeça, embora não tenha conseguido convencer a mulher

Regina colocou a mão dele em cima de uma almofada quando se levantou e seguiu até a cozinha. Robin retirou a mão da almofada, vendo o estrago que tinha feito. Quando tentou flexionar a mão, soltou um gemido de dor.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

Ao voltar a sala, Regina sentou-se no sofá e levou a mão dele até o colo, colocando um pano molhado e gelado em cima da ferida. Robin suspirou, se escorando no sofá enquanto observava a morena cuidar de sua mão. Regina, após limpar bem a ferida, pegou uma pomada na caixa de remédios e após se certificar que serviria para aquilo, delicadamente aplicou no local. Robin a observava concentrado para que não pensasse na dor que aquela queimadura causava.

Depois de terminar o curativo aplicando gaze em cima da queimadura, Regina arrumou a caixa de remédios em cima da mesinha de centro e deixou o pano ao lado, se ajeitando no sofá e puxando o homem para os seus braços.

"Sua camisa ainda está aberta." ele cochichou no ouvido dela, rindo travesso. Regina tinha as mãos nas costas dele, fazendo um carinho gostoso, e levou uma delas até a sua cintura, apertando o local com o comentário, Robin se encolheu mais contra ela, de forma que não a machucasse. "Desculpa por estragar nosso momento, amor meu."

"Seu bobo, a culpa não foi sua." Ela disse, Robin levantando a cabeça até enxergar os olhos castanhos, semicerrando os azuis. "Tá bem, na verdade foi… mas nós deveríamos ser mais cuidadosos." ela riu baixinho, os lábios encontrando a bochecha dele e ficando por lá.

"Foi imprudência da minha parte…. Já pensou se quem sai queimada é você? Não me perdoaria…" Ele sussurrou, os olhos de Regina marejando com todo o cuidado que aquele homem tinha com ela.

"Amor… não é como se já não tivéssemos feito amor naquele balcão." os olhos castanhos encontraram os azuis, Regina tinha um pequeno sorriso travesso nos lábios. Robin mordeu os lábios, lembrando de como eles já haviam estreado cada cantinho daquele apartamento. "O fogão nunca esteve ligado ao nosso lado, mas ficamos bobos um com o outro né? Não percebemos mais nada a nossa volta."

"Isso é verdade. Mas não justifica." respondeu, afundando novamente a cabeça no pescoço dela.

Por mais que amassem os momentos intensos que tinham um com o outro, para ambos não havia nada melhor do que momentos como aquele que compartilhavam agora, perdidos e relaxados um nos braços do outro. Regina esticou a mão para pegar o controle remoto da TV, colocando em um filme qualquer, enquanto sua atenção era totalmente do homem. As mãos delicadas davam atenção para os fios loiros, e ela riu ao perceber que havia alguns que estavam ficando brancos. Os dedos então passavam pelos fios, sabendo o quanto aquilo só o deixaria mais charmoso.

No entanto a morena não podia negar que Robin estava quieto demais, e ela só sabia que ele estava acordado por causa da respiração agitada em seus pescoço e a mão boa dele que descansava na lateral do corpo da mulher, fazendo um leve carinho.

"Amor, está com dor?" ela perguntou baixinho, descendo as mãos em um carinho pelas costas dele. Robin se mexeu contra ela e Regina sentiu quando ele sorriu contra seu pescoço.

"Um pouco, mas nada que deva se preocupar." garantiu. Regina fez uma careta, porque era impossível não se preocupar. A mulher se afastou dele, para que pudessem se olhar nos olhos. "Estou bem, caipira. Tenho a melhor enfermeira de todas bem aqui comigo." Afirmou Robin, selando os lábios com os dela. Regina decidiu dar esse voto de confiança a ele. "Agora eu estou mais preocupado com o que vou fazer para minha namorada comer."

"Eu estava louca pra comer a sua comida…" reclamou baixinho, o loiro rindo contra os lábios dela. "Mas podemos encomendar uma pizza?" sugeriu, enquanto aproveitava a série de beijos que Robin depositava em seu pescoço.

"De novo?" riram e a morena concordou com a cabeça.

"Pizza nunca vai mal, Robin."

"O que eu não faço por você?" perguntou, encarando os olhos da mulher intensamente. Regina o puxou para um beijo, sabendo que se pedisse a lua naquele momento, mesmo com uma mão queimada, Robin buscaria para ela.

"Amo você, turrão!" silibou contra a boca dele.

Regina só saiu dos braços de Robin naquela noite para pegar a pizza na porta e abrir o vinho. Enquanto a chuva caia na cidade, o casal aproveitava para matar a saudade que sentiram um do outro durante todo aquele dia.

***

Embora Crowley Cornes estivesse passando por uma semana bastante chuvosa, o amanhecer de sexta-feira pareceu oferecer uma trégua aos moradores da cidade. Regina voltava de mais uma de suas caminhadas matinais, e naquele dia resolvera ir apenas até o estábulo. Assim que entrou no quarto percebeu que Robin já não estava na cama, lugar onde ela havia o deixado quando saira mais cedo.

O barulho do chuveiro vinha do banheiro, e Regina seguiu até o batente da porta no momento em que o barulho da água foi interrompido. Regina observou a sombra de Robin no box, mordendo os lábios no momento em que o loiro saíra apenas com a toalha envolta na cintura. O empresário ficou surpreso com a presença da namorada, abrindo um sorriso sedutor quando percebeu que ela lhe encarava com os olhos em chamas.

"Bom dia para você." se aproximou dela, as mãos indo de encontro a cintura da mulher. Regina depositou a mão sobre o peito largo e nu do homem, onde algumas gotículas de água haviam passado despercebidas pela toalha.

"Bom dia nada. Não me esperou para tomarmos banho juntos." reclamou, arrancando um riso dele. Regina semicerrou os olhos, as mãos indo até a barba por fazer.

"Eu não sabia que voltaria tão cedo, achei que tivesse ido montar. Tenho direito de pedir desculpas?" perguntou e aproximou seus corpos, fazendo a morena segurar um sorriso. "Talvez se eu der um beijo aqui, huh?" depositou um beijo no canto dos lábios dela. "Aqui." beijou a bochecha. "Aqui." a pontinha do nariz. "Outro aqui." sussurrou, os lábios alcançando a outra bochecha. "Tá bom?" se afastou, observando a morena que tinha os olhos fechados. Robin levou uma das mãos até a lateral do rosto dela, o dedão fazendo um carinho sobre a bochecha. Regina abriu os olhos, um biquinho se formando em seus lábios.

"Você esqueceu a parte principal." comentou, a testa tombando contra a dele. "Mas pode deixar que eu ajudo você a lembrar." se aproximou dos lábios do homem, findando finalmente a distância que os separava. Os lábios se encontraram famintos um pelo outro, em um belo beijo de bom dia. As mãos da morena foram parar nas costas do homem, enquanto as dele circularam a cintura dela de forma delicada porém forte. Quando o ar se tornara necessário, Robin findou o contato com dezenas de selinhos molhados e Regina não conseguiu impedir que um sorriso lhe tomasse os lábios. "Agora sim o meu dia começou, só começa depois disso. Sempre." afirmou risonha. Robin riu, atacando ela com diversos beijinhos no pescoço, a fazendo gargalhar. A barba dele roçava a pele de seu pescoço, fazendo cócegas e causando arrepios ao mesmo tempo.

"É uma pena eu não poder ficar agarradinho com você hoje. Eu te amo tanto, Regina." declarou, os olhos castanhos marejando com as palavras.

A verdade era que ela havia pensado muito naquilo naquela manhã, em toda a história e relação que os dois construíram juntos. Robin conquistou um espaço de tamanha importância na vida da mulher e Regina sentia vontade de passar o resto da vida com ele.

Robin era o homem mais incrível que ela já havia conhecido. O melhor namorado que já tivera. Tudo nele a encantava de formas indescritíveis e ela agradecia todos os dias por ter retomado o contato com Graham e ter tido o prazer e oportunidade de trabalhar com a Locksley Construções. Afinal, isso a levou até Robin. Sempre agradeceria o universo por aquilo.

É claro que às vezes ela e Robin discutiam e batiam de frente, mas eram brigas raras que só fortaleciam ainda mais o que sentiam um pelo outro. E depois das brigas, sempre vinham pedidos de desculpas repletos de amor e carinho.

"Eu te amo muito, muito, muito mais." Ela respondeu, tocando a ponta do nariz dele. "Vou entrar no banho e deixar você terminar de se arrumar, sei que o dia de hoje é importante." lhe deu um selinho, saindo de seus braços e seguindo até a frente do box, tirando a blusa que vestia e ficando só de sutiã. Robin observou ela com adoração, sabendo que a mulher adorava provocá-lo.

Usando todo seu autocontrole para que não se deixasse levar pelo momento e puxá-la para dentro do box, Robin seguiu até a frente do espelho, retirando seus objetos para fazer a barba. Regina tirou a calça e ficou observando enquanto o loiro se observava no espelho, pensativo. Antes de tirar as roupas íntimas que vestia, Regina seguiu até ele, abraçando seu corpo por trás. O homem sorriu sentindo o corpo dela, as mãos entrelaçando nas que estavam em seu barriga.

"Você quer que eu faça?" Regina perguntou, as mãos brincando com as de Robin. O loiro ergueu a sobrancelha, se afastando dela e a puxando para a sua frente, de modo que ela ficasse entre ele e a bancada. "Sua barba, deixa eu fazer?"

"Não sabia que você sabia fazer barba." respondeu, a mão esquerda indo de encontro a bochecha da mulher, fazendo um leve carinho. Regina riu, fazendo um biquinho, e é claro que o loiro não resistiu em beijar.

"Quando o papai ficou doente e tivemos que passar dias e dias no hospital, bem, ele não gostava de ficar com a barba mal cuidada… Então eu meio que aprendi a fazer barbas." explicou, a atenção do loiro totalmente nela. Robin assentiu com a cabeça, colocando os utensílios para tirar a barba para o lado com as costas das mãos, logo depois levando as mãos para a cintura de Regina e a colocando sentada sobre o balcão da pia. A morena riu, passando a mãos pela barba, vendo que ela não estava precisando ser feita. "Mas amor, pelo que vejo você não está precisando tirar nada." tombou a cabeça pensativa, Robin riu.

"É pra reunião, amor. Quero tirar ela toda." explicou, sorrindo com a carinha de negação que a mulher fez.

"De jeito nenhum! Não lembro de ter permitido isso! Eu amo a sua barba, por Deus, enlouqueceu?" falou exasperada, e Robin não conseguiu evitar gargalhar. Regina bateu no peito dele, brava. "Você não vai tirar toda a barba."

"Querida, eu preciso. Quero estar apresentável para receber o pessoal, é importante essa parceria." tentou explicar, mas percebia a morena irredutível.

"Nem na inauguração do Wildflowers você tirou a barba, Robin! Sabia que eu amo poder acariciar ela? E você quer ficar sem?" dramatizou, parecendo realmente triste com o fato. "Não vou deixar que cometa um erro desses."

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

"Você sabe que ela vai crescer de novo, né?" ele perguntou, a mão brincando com uma mecha de cabelo dela, um biquinho pairando nos lábios de Regina.

"Mas eu amo tanto você assim." resmungou, enquanto beijava toda a extensão da barba dele. Robin riu. "Por favor…"

"Desculpa, amor. Tenho que fazer isso, realmente quero fechar essa parceria, ainda mais agora que as pessoas começam a procurar pacotes de viagens… você se importa muito mesmo?"

"Não, turrão… e-eu nem acredito que vou falar isso…" ela disse, respirando fundo. Passou a mão na barba dele mais uma vez e encarou os olhos azuis. "Vamos fazer isso, ok? Você vai continuar sendo o meu Robin."

"Tem certeza?" Regina confirmou com a cabeça e o loiro tomou os lábios dela nos seus, um beijo intenso que só foi findado para que ele descesse diversos beijos molhados pelo pescoço dela, passando a barba delicadamente por lugares que sabia que ela gostava. "Pra você não ficar com saudade." riu travesso, bicando os lábios nos dela mais uma vez. Regina segurou o rosto dele entre as mãos, aproveitando para acariciar a barba dele mais uma vez antes de pegar o gel pré barba.

Enquanto passava o produto sobre a barba do homem, Regina soltava resmungos e declarações que Robin tinha que morder a bochecha para não rir. A mulher tinha enlaçado a cintura do homem com as pernas e a concentração dela em espalhar o gel e em reclamar era tamanha que ela nem tinha notado o ato.

"Não entendo, sabe? Um homem tão lindo desses querendo tirar essa barba… Por quê?" terminou de espalhar o gel, pegando o navalhete de Robin entre os dedos e aproximando do rosto dele. Com toda delicadeza e cuidado do mundo Regina deslizava o objeto pelo rosto do homem, a concentração dela fazendo Robin fica como um bobo a encarando.

Regina ia devagar o livrando da barba, com um carinho e cuidado sem igual. Robin tinha as mãos acariciando as coxas da mulher delicadamente, e no meio do trabalho Regina começou a cantarolar uma música baixinho. Quando enfim terminou pediu para que Robin lavasse o rosto, soltando um suspiro quando o loiro voltou a lhe olhar.

Sem falar nada Regina passou a loção pós barba no rosto dele, se demorando ao sentir falta dos pelos que antes ficavam ali. Quando terminou, beijou o canto dos lábios de Robin e sorriu, os olhos marejados. Robin não entendeu o porquê.

"Estou namorando um bebê!" exclamou risonha, um sorriso abrindo no rosto de Robin. Regina o encarava apaixonadamente, tendo a certeza de que com barba ou sem barba Robin era o amor da vida dela. "É a primeira vez que te vejo sem barba. Eu te amo ainda mais!"

"Ah, caipira. Você é sensacional, sabia?" Perguntou, bicando os lábios dela. Regina sentiu a falta da barba, mas era algo que dava para se acostumar. "Já estava ficando com medo de que terminasse tudo comigo depois de me ver sem."

"Seu bobo! Eu te amo demais pra isso e, além disso, você continua tão lindo…" beijou o queixo dele. "Tão cheiroso…" a ponta do nariz passeou pelo pescoço de Robin dando cheirinhos. O homem levou as mãos até as costas da mulher, permitindo-se aproveitar o carinho. "Tão gostoso!" apertou as pernas em roda da cintura dele, suspirando com a proximidade dos dois. Robin aproveitou para tomar os lábios dela em um beijo forte, as bocas se movendo de forma intensa, um contato cheio de paixão e desejo. Regina sorriu ao final do beijo, sabendo que amava aquele homem mais que tudo. "Agora, o senhor vá se arrumar enquanto eu vou tomar banho, também tenho compromissos importantes no dia de hoje."

"Tá bem. Obrigada pela barba, amor meu. Amo você tanto!" Beijaram-se mais uma vez, Regina não conseguindo segurar o sorriso. Robin riu junto, as testas se encontrando. "Só mais um beijo!" Pediu, quando ela desceu da bancada. Regina não demorou a atendê-lo.

"Nos vemos lá embaixo." sorriu contra os lábios dele, se afastando e entrando no box. Robin ficou alguns instantes ali, escorado na bancada, a observar a silhueta de sua caipira no banho. Suspirou, todo bobo de amor por ela, virando-se para o espelho e vendo o trabalho dela com sua barba.

Nem ele mesmo se reconhecia sem ela. Mas era importante a parceria para o Wildflowers, e ele sabia que uma barba bem feita era respeitável. Lembrava-se de como sua barba nunca crescera em Nova Iorque e de como perdera esse hábito em Crowley Cornes.

Seguiu até o quarto e enquanto se vestia não conseguia parar de sorrir com o desespero de Regina para ele não tirar a barba. Depois de pronto, o homem arrumou a cama e seguiu até a cozinha, encontrando seu sogro passando o café.

"Bom dia, Henry!" pegou no armário três xícaras de café, seguindo até a mesa e arrumando os utensílios sobre a toalha.

"Bom dia, meu filho! Regina subiu para se arrumar?" perguntou o senhor, seguindo até a mesa com o bule do café e outro de leite. Robin terminou de colocar na mesa os alimentos, como pães, geleias, ovos mexidos, bacon, um bolo de laranja e uma jarra de suco.

"Subiu, está no banho." riu, pensando que Regina não iria ficar nada contente com os bacons no café. "Você vai mesmo enfrentar a fera?" Robin perguntou ao senhor, referindo-se ao bacon. Henry deu de ombros, calmo como sempre.

"Ela pode me proibir de comer agora, mas depois ela vai trabalhar e eu vou poder comer de qualquer forma. Sabe-se lá o que vai me acontecer, meu filho, não vou me privar de comer nada." sentou-se na mesa, de frente para Robin.

"Você está certo, porém coma com moderação. Não esqueça que só queremos seu bem." Robin falou, servindo-se de uma xícara de café puro e uma fatia de pão com geleia.

"Agradeço a preocupação, Robin, e vocês devem saber que eu vou me cuidar para poder ver meu futuro neto correndo por essa casa…" disse Henry, fazendo Robin rir. "Não me entregarei tão cedo."

***

A Ford Edge foi estacionada ao lado do carro de Robin no estacionamento do Wildflowers. Regina observou as luzes do hotel acesas, percebendo que naquela noite o lugar estava bem movimentado. Ela apertou o casaco grosso contra o corpo quando saiu do carro, fazendo seu caminho para dentro do estabelecimento.

No hall, atrás do balcão, Belle se encontrava conversando com um hóspede. Regina percebeu que o restaurante estava movimentado e as mesas a maioria lotadas. No espaço de estar, a lareira acesa trazia um ar de aconchego e a grande árvore de natal enfeitava o cômodo.

Assim que Belle atendeu o homem com quem estava falando, abriu um sorriso pra Regina, saindo de trás do balcão e tomando a mulher nos braços. A morena sorriu, correspondendo o abraço da amiga de infância.

"Oi Regina! Quanto tempo eu não vejo você! Não tinha aparecido aqui esse mês ainda, não é?" perguntou a loirinha, se afastando da arquiteta.

"Infelizmente estou lotada até a cabeça de trabalho, Belle. Faltando tão pouco tempo pro Natal parece que as pessoas enlouquecem!" queixou-se fazendo uma careta. Belle riu.

"Nem me fale, Rê. Enlouquecem mesmo." sorriram. "Robin está no escritório, acredito. Pode passar lá." Regina sorriu, agradecendo a mulher e fazendo seu caminho até a sala de Robin, parando antes na cozinha e espiando no vão da porta as funcionárias que eram tão queridas para ela.

"Boa noite!" falou alto, chamando a atenção principalmente de Beth, que era a chefe de cozinha. A senhora que aparentava ter um pouco mais de 50 anos seguiu até a arquiteta, toda contente com a presença dela.

"Querida! Quanto tempo você não vinha aqui… vai ficar para jantar, não é?" Beth convidou, segurando as duas mãos de Regina, que sorriu concordando, apenas para ver a alegria nos olhos da mais velha, que adorava cozinhar para os outros.

"Eu só vou ir ver o meu turrão, e aí volto com ele aqui para jantarmos." riu quando as mulheres gargalharam com o termo turrão. "Eu estou morrendo de fome, hein Beth…"

"Ah, então eu vou deixar a senhora falar com o senhor Robin e vou ir preparar o jantar dos dois." Regina fez uma careta.

“Só Regina, Beth!” repreendeu, fazendo a cozinheira sorrir. Depois despediu-se, terminando de fazer seu caminhão até Robin.

Bateu a porta do escritório e ouviu um entre baixinho. Ela abriu a porta e espiou o cômodo, vendo seu amor concentrado na tela do computador. Quando Robin levantou os olhos para ela os azuis se iluminaram, um sorriso grande tomando conta dos lábios do homem. Regina não demorou para fazer seu caminho até ele, que a recebeu de braços abertos.

"Que coisa boa essa surpresa? Achei que nem conseguiria pegar você acordada hoje…" ele falou depois que se beijaram, a morena enrolando o pescoço dele com os braços, a ponta dos narizes se encontrando.

"Eu estava com saudades, o dia hoje foi difícil." se aconchegou no colo dele e Robin colou os lábios na testa dela, mas antes que se preocupasse Regina continuou. "Só problemas no trabalho, nada demais. Só precisava desse colinho." falou manhosa, sentindo Robin a apertar mais em seus braços.

"Oh minha caipira, para você todo o colinho do mundo. Tá bem mesmo?" Sentiu ela assentindo em seu pescoço e Robin beijou sua testa mais uma vez, as mãos fazendo um carinho vai e vem nas costas dela.

"Como foi seu dia?" Regina perguntou depois de um tempo.

"Corrido, você viu o movimento aí fora?" falou entusiasmado, fazendo Regina sorrir com a alegria na voz dele. Ela buscou os olhos azuis, as mãos tomando o rosto dele.

"Um sucesso, huh? Não era para menos." orgulhosa, juntou os lábios no dele, Robin intensificando o beijo que começou calmo. Quando se separaram, Regina tombou a testa na dele. "Agora, eu quero fazer um convite. Na verdade não é pra você, mas quero ver o que acha da ideia…" disse meio receosa, fazendo Robin levantar a sobrancelha.

"Sou todo ouvidos." bicou os lábios dela, colocando uma mecha do cabelo castanho atrás da orelha.

"Bem… papai e eu estávamos conversando e pensamos em convidar a Anna e a Rose para virem passar o natal aqui conosco, já que você disse que não tem como ir para Nova Iorque no natal." mexendo distraidamente na lapela da camisa dele, Regina se encontrava um pouco nervosa. Robin sorriu, levando a mão até a bochecha dela fazendo com que seus olhos se encontrassem. "Claro, Richard e Alice também…"

"Regina…" ele tentou falar, mas a morena o interrompeu.

"Natal é época de passar com a família, Robin. Mesmo você não falando sobre isso, sei que está com saudade delas. E desde que não quero passar o natal longe de você, pensei em nós convidarmos elas para passarem o natal aqui. O que você acha?" perguntou, mordendo o lábio inferior, esperando uma resposta dele. Viu quando os olhos azuis marejaram, e na verdade Robin estava tentando achar palavras para responder a mulher.

Ele não sabia como Regina fazia aquilo. A forma como ela se importava e preocupava com ele era tão linda e ele só queria poder devolver todo esse amor e cuidado com ela.

"Às vezes eu chego a conclusão de que não tem como eu te amar mais que já amo, e aí dona Regina, você vem com gestos tão significativos que sinto que meu coração vai explodir de amor dentro do peito." lhe acariciou a bochecha, observando um sorriso gigantesco tomar conta daquele rosto que ele tanto amava. "Obrigada por pensar em mim e nelas, acho incrível elas virem. Podemos ligar agora mesmo para convidar." Juntou os lábios nos dela depois que Regina concordou com a cabeça. "Tenho outra coisa pra te falar também, na verdade é um convite…" Regina ergueu a sobrancelha, agora sendo a vez dela de ficar curiosa.

"O que é?" perguntou, se arrumando no colo dele. Robin riu, beijando-a mais uma vez antes de começar a falar.

"Bem, eu não sabia sobre o seu convite de natal, se você achar demais podemos mudar os planos…Eu tinha pensando em passarmos o Ano Novo em Nova Iorque… Eu, você e seu pai." A mão direita brincava com os fios de cabelo dela, enquanto esperava uma resposta de Regina.

"Eu acho perfeito. Podemos pegar o voo de ida com elas. Por mim podemos ir sim, só preciso falar com o papai, mas acho que ele não vai se importar." sorriram um pro outro, Regina brincando com a barba de Robin que felizmente já tinha crescido. "Mas e o hotel?"

“Bom, conversei com Belle e ela disse que não se importa de ficar no comando durante a minha saída. Seriam uns 4 dias apenas, mas quero tanto te levar para Nova Iorque e acho que não existe uma data melhor.” sorriu, beijando a pontinha do nariz dela. Regina maneou a cabeça, contente pelos planos que os dois fizeram.

“Espero que você me leve para passear lá, senhor Locksley. Tenho saudades de alguns lugares…” ela pediu, deitando novamente a cabeça no ombro do homem.

“Te levarei para qualquer lugar que quiser, meu amor.” beijou o topo da cabeça dela, que suspirou em contentamento. Não havia lugar que amava mais do que aquele colo. Ficaram alguns segundos aproveitando aquele silêncio, Regina descansada nos braços do empresário, deliciando-se com as mãos dele que faziam uma trilha de carinhos por suas costas.

“Podemos tentar falar com elas?” pediu, se afastando para que encarasse os olhos azuis. Robin assentiu, movendo a cabeça em direção ao seu celular em cima da mesa, um pedido mudo para que Regina o pegasse. Com a liberdade que tinham um com o outro, a morena acessou o celular do namorado, sorrindo com as fotos do protetor de tela e do plano de fundo. Depois foi até o aplicativo do WhatsApp, iniciando uma chamada de vídeo, ajeitando-se no colo do namorado de modo que a câmera pegasse a face dos dois. “Espero muito que elas aceitem.”

“Eu sabia que vocês estavam com saudades!” a voz de Rose pode ser ouvida, a imagem dela na tela, um enorme sorriso a deslizar por seus lábios. Tanto Regina quanto Robin riram com a fala da loirinha. “Oi maninho, oi cunhada preferida!”

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

“Meu Deus, você é muito puxa saco, hein garota?” Robin provocou, encaixando o queixo no ombro de Regina, de forma que pudesse enxergar melhor a tela do celular. “Como você está?”

“Regina, você pode bater nele por mim, por favor?” a morena riu e Robin mostrou a língua para a irmã.

“Desculpe Rose, ele está cheio de amores comigo hoje, vou ficar te devendo esse favor.” brincou Regina, fazendo com que Rose revirasse os olhos e Robin soltasse uma risada de vitória, dando um cheirinho no pescoço de Regina.

“Eu poderia até ficar brava com vocês, mas eu sinceramente morro de amores pelo meu casal favorito, não tem como.” confessou. “Como vocês estão?”

“Estamos ótimos, querida. E vocês aí?” Regina perguntou.

“Mamãe está em casa?” Robin perguntou logo depois de Regina.

“Estamos bem. Mamãe está na cozinha, esperem que vou para lá.” levantou-se de onde estava, a imagem no celular tremendo um pouco. Robin e Regina riram e balançaram a cabeça com a loirinha descendo as escadas do apartamento correndo, e depois fazendo o caminho até a cozinha do mesmo jeito. “Mamãe, olha quem está no telefone!” exclamou contente, se aproximando de Anna que olhou confusa para o celular, o rosto se iluminando quando viu Regina e Robin.

“Filho! Regina! Boa noite!” sorriu, acenando com a mão. “Como vocês estão?”

“Estamos bem, mamãe. E você? O que está cozinhando?” Robin perguntou, sorrindo quando a mãe se arrumou ao lado de Rose, desligando o fogão.

"Estou fazendo massa, já que sua irmã teria um ataque nervoso se eu não fizesse." riram.

"Ah, que saudade que eu estou da sua comida!" Robin exclamou, arrancando um sorriso da mais velha.

"Garanto que você prefere a comida de Regina ao invés da minha. Eu preferiria." piscou, arrancando um sorriso sincero de Regina. Robin deixou mais um cheiro no pescoço da namorada, abrindo um sorriso pra mãe.

"Eu sou apaixonado pela comida dessa caipira aqui, mas amo demais sua comida também, mamãe." Ele explicou, Anna parecendo contente com a resposta.

"Eu te entendo, filho. Agora me diz, vocês já fizeram planos pro Natal?" Anna perguntou, fazendo a nora e o filho se entreolharem.

"Por favor, Robin! Diga que vocês vão vir pra cá!" Rose tomou a fala, um biquinho crescendo em seus lábios.

"Então, na verdade foi por esse motivo que ligamos." Regina começou, um pouco nervosa. Robin beijou-lhe o ombro, tentando mostrar que não havia motivo para nervoso. A morena sorriu, voltando a falar. "Queremos que passem o natal em Crowley Cornes com a gente. E aí pensamos em passar o Ano Novo em Nova Iorque com vocês."

“Meu Deus, que ideia maravilhosa!” Rose exclamou contente, arrancando sorrisos de Robin e Regina. “É claro que a gente vai.”

“Vocês acharam mesmo que a Rose ia negar um convite desses?” Anna falou, recebendo um dar de ombros de Rose.

“Bom, é claro que eu não ia negar, estou morrendo de saudade do bonitão.” falou. “E de você também, cunhada” piscou para a câmera do celular. “Como é o clima aí? Muito frio, como em Nova Iorque? Tenho que ver as roupas vou levar… Robin, dê tchau para a mamãe, quero conselhos sobre que roupas por na mala. Regina, me ajuda, pelo amor de Deus” pediu, nem esperando Anna se despedir, saindo da cozinha às pressas.

Regina e Robin ficaram por longos minutos na chamada de vídeo, rindo da animação de Rose para a viagem inesperada a Crowley Cornes. Quando desligaram, a barriga de Regina roncou, evidenciando a fome que a morena sentia, e sem demorar Robin a levou até a cozinha, onde foram recebidos pelo jantar delicioso que Beth havia preparado.

***

Era a primeira vez que Robin entrava no hospital municipal de Crowley Cornes. Além de nervoso, o loiro se encontrava em pânico e também perdido. Regina ligara para o seu celular há cerca de uns 20 minutos atrás, e Robin ficara em alerta com a voz embargada que a morena tentara controlar durante a ligação.

Assim que chegou a sala de espera e viu a figura de sua namorada andar de um lado para o outro, as mãos trêmulas a brincarem com o anel de compromisso, Robin fez com que seus passos se tornassem mais rápidos. Quando Regina percebeu o namorado vindo de encontro a ela, o queixo tremeu e as lágrimas passaram a descer de seus olhos com mais intensidade. As mãos trêmulas agarram a cintura de Robin, enquanto o rosto ia de encontro ao peito forte, o nariz se enterrando em sua roupa, tentando buscar conforto.

Os braços de Robin a abraçaram forte contra si quando o choro baixinho da mulher estourou. Embora não soubesse de todos os detalhes, tudo que Robin fez fora apertá-la ainda mais em seus braços, os lábios deixando diversos beijos delicados nos cabelos castanhos. As mãos nas costas dela iam em um vai e vem, tentando fazer com que ela se acalmasse. Depois de longos segundos, a mulher buscou os olhos azuis.

"Estou com medo." choramingou, fazendo com que Robin sentisse os olhos marejarem com o estado dela, e também porque compartilhava do mesmo medo.

Regina se sentia apavorada. Já estivera ali antes. Já vivera aquilo antes. Mas não sabia como lidar com o pavor que sentia. Achava que só continuava em pé porque os braços de Robin a sustentavam.

"Shh, vai ficar tudo bem, meu amor. Henry é a pessoa mais forte que eu conheço. Estou aqui com você, tá bem? Não tenha medo." acariciou o rosto dela, beijando a trilha de lágrimas na bochecha esquerda da mulher. Regina tombou a cabeça com o carinho, suas mãos apertando a cintura de Robin. O homem a levou em direção as cadeiras, sentando-a em uma delas enquanto se ajoelhava em sua frente, as mãos tomando o rosto dela, secando as lágrimas. "Vou buscar uma água pra você, tá bem? Já volto." beijou-lhe a testa e fez menção em se levantar, mas Regina segurou rapidamente em seus braços, impedindo.

"Por favor, fica comigo. Não me deixa sozinha." sussurrou, as lágrimas caindo com mais intensidade. Robin apertou os lábios, sentindo seus olhos marejarem mais uma vez, não demorando para puxá-la para seus braços, findando o contato apenas para sentar na cadeira ao lado de Regina, não demorando para abraçá-la novamente.

"Estou aqui e daqui não saio. Só quero que se acalme, tá bem?" pediu, sentindo ela assentir contra seu pescoço. Robin beijou a testa dela com carinho antes de perguntar. "Há quanto tempo ele está lá dentro?"

"Vai fazer pouco mais de 30 minutos… eu liguei pra você assim que me vi sozinha nessa sala. Foi horrível Robin, horrível." sussurrou a última frase, levantando a cabeça para mirar os azuis de seu amor. "Ele nunca se mostra fraco, você o conhece. Mas ele veio até mim e pediu pra mim trazê-lo, porque estava sentindo muita dor no peito. Ele não conseguia respirar quando estacionei o carro, Robin.." deitou o rosto no ombro do namorado, buscando conforto. Foi o que recebeu, as mãos de Robin tocando-lhe onde podiam, tentando lhe acalmar.

"Calma, amor meu. Foi bom que ele disse que não estava se sentindo bem, é sinal de que talvez tenham ganhado tempo. Ninguém veio dar notícias?" perguntou, enquanto acariciava o braço da mulher. Regina negou com a cabeça, o rosto ainda escorado entre o ombro e pescoço de Robin. "Vamos esperar mais uns minutos, huh? Aí eu vou atrás de informações. Agora se acalma, tá bem? Vai ficar tudo bem."

Regina assentiu e fechou os olhos, as mãos buscando as de Robin, entrelaçando-as. Naquele final de tarde a emergência de Crowley Cornes estava movimentada, enfermeiros e médicos correndo de lá para cá. Enquanto o tempo passava, a arquiteta não largou a mão do namorado em nenhum segundo, buscando o conforto e força que precisava.

Um bom tempo depois, um senhor com jaleco branco se aproximou dos dois, chamando primeiramente a atenção de Robin, cumprimentando o loiro com a cabeça.

"Senhorita Mills." chamou o doutor, fazendo com que Regina se afastasse de Robin rapidamente, levantando-se e se aproximando do médico.

"Doutor Wood, como ele está?" perguntou depressa, sentindo Robin depositar a mão na base de suas costas, colocando-se ao seu lado.

"Por enquanto está fora de perigo." Regina soltou um suspiro de alívio, sentindo o namorado lhe dar um beijo demorado na cabeça. "Infelizmente foi um começo de infarto, Regina. Tivemos sorte que ele deu o braço a torcer e admitiu a dor, acho que se tivesse bancado o durão como a gente sabe que ele gosta de fazer, talvez poderia ter se tornado tarde demais." Wood continuou. "Começamos o tratamento com remédios e ele está reagindo bem, mas vou mantê-lo em observação até que tenha certeza de que não haverão mais sustos."

"Nós podemos vê-lo?" perguntou a mulher, recebendo um aceno do médico.

"Claro, mas ele está descansando, por isso peço que não o acordem se ele estiver dormindo. Me acompanham?" Regina e Robin acenaram com a cabeça, a morena abraçando fortemente o loiro quando o doutor virou as costas.

“Viu? Está tudo bem. Seu pai é forte, Regina.” beijou-lhe os lábios rapidamente, a morena sorrindo fraco com a afirmação. Ela tinha os olhos marejados, e Robin a puxou novamente para os seus braços, sentindo mais uma vez que a morena derramava lágrimas, agora de alívio. Robin fez um sinal com a mão para Dr. Wood, pedindo que ele lhes desse um momento, e logo estava fazendo cafuné nos cabelos da morena, enquanto ela deixava todos os sentimentos de medo irem embora junto das lágrimas que saiam de seus olhos.

Quando se sentiu melhor, Regina se afastou do homem apenas para olhar em seus olhos azuis. As mãos delicadas foram parar na barba por fazer que tanto amava. “Obrigada por estar aqui comigo, não teria conseguido sem você.”

“É claro que teria conseguido, você é a mulher mais forte que eu conheço.” respondeu, batendo com o dedo na ponta do nariz dela, fazendo-a sorrir. Sorrir verdadeiramente, no meio daquele momento de apreensão. “Aí está, vamos ir mostrar esse sorriso para o seu pai, amor meu?” perguntou, beijando a mão dela que estava em seu rosto, Regina assentindo e respirando fundo. Robin passou a ponta da manga de sua camisa sobre as bochechas de Regina, secando as lágrimas e seus rastros daquele rosto tão bonito.

“Vamos.” sussurrou, entrelaçando a mão na de Robin e seguindo até o doutor.

Contrariando o que o médico havia dito, Henry se encontrava desperto quando Regina e Robin adentraram o quarto. Logos os olhos do senhor encontraram os da filha e foi impossível para ele não sorrir. O queixo de Regina tremeu levemente ao ver a carinha de seu pai, que mesmo cansado, a olhava de um jeito especial e carinhoso que só ele sabia olhar. A arquiteta seguiu até a cama, sentando-se ao lado de Henry, que entrelaçou a mão na dela. Robin resolvera ficar escorado no batente da porta, deixando que pai e filha tivessem seu momento.

“Você me assustou, senhor Mills. Já disse para não fazer isso…” a voz embargou e Henry franziu a testa, levando a mão livre até o rosto de sua menina.

“Oh, minha filha… Mas eu já não te falei que vou viver pra ver meus netos correrem pela casa? Não há motivo para se assustar, querida.” brincou, arrancando um pequeno sorriso de Regina e Robin de longe balançou a cabeça para o comentário, sorrindo também. “Vem cá, seu velho pai está bem, não foi dessa vez ainda.” a puxou para um abraço desajeitado, Regina respirando fundo ao sentir aquele carinho paterno. Henry encontrou os olhos azuis do genro, que encarava a cena emocionado e aliviado pelo sogro estar bem e fazendo brincadeiras tão características dele. “Agora eu devo admitir que estou pensativo, e meus pensamentos me deixam triste, Regina.” confessou quando a mulher se separou do abraço, Robin se aproximando da cama para interagir com o sogro.

“Por que, papai?” preocupou-se, as mãos apertando as do pai.

“Se você já não me deixava comer bacon antes… quem dirá agora?”

***

Selando Stone, Regina cantarolava baixinho Happy Xmas (War is Over). Havia ido fazer as compras de natal naquela tarde junto com Robin, e agora estava tirando um momento com Stone, já que o homem, depois das compras, seguira direto para o hotel.

Faziam quase duas semanas que seu pai já estava em casa, se recuperando do susto que levaram no começo daquele mês. Apesar de ter ficado abatido nos primeiros dias, ele estava respondendo muito bem ao tratamento, e estava sendo difícil mantê-lo na dieta.

Rose, Anna e Richard chegariam no dia seguinte, e não seria necessário buscá-los no aeroporto, já que o padrasto de Robin havia alugado um carro. Embora Regina tenha convidado-os para ficarem hospedados na fazenda, com toda a situação com Henry, a família de Robin, que também era um pouquinho dela agora, resolvera que seria melhor se hospedar no hotel. Bem, Richard e Anna decidiram por ficar no hotel, já que Rose quis se hospedar na casa de Robin.

Infelizmente, Dr. Wood achara melhor que Henry não viajasse no final do ano, e por esse motivo Robin e Regina haviam cancelado a ida para Nova Iorque. Na verdade, Regina insistira para que Robin fosse passar a data com a família, mas o loiro fora irredutível, e disse que queria passar junto com ela a primeira virada de ano dos dois juntos.

A arquiteta estava tão perdida em pensamentos que nem percebeu quando o empresário chegou no estábulo e caminhou pé por pé até ela. Regina levou um susto quando sentiu as mãos fortes em sua cintura, por cima da jaqueta que usava. Robin enterrou o rosto no pescoço dela, deixando um cheiro gostoso, seguindo de um beijo, fazendo a morena se escorar contra ele.

“Como Zelena está com o seu pai, pensei em vir ver o que você está aprontando.” a voz saiu abafada contra o pescoço dela, que riu.

“Não vi que você havia chegado, faz tempo?” suspirou baixinho quando ele beijou mais uma vez seu pescoço, virando-a para ele logo depois. Robin juntou os lábios em um selinho demorado, beijando a testa da morena em seguida.

“Não faz muito tempo, conversei um pouco com Henry, que estava tentando levar Zelena no papo para que ela te convencesse a deixar ele comer bacon.” riram, Regina escorando a testa na dele.

“Ele não vai desistir.” comentou, mexendo a cabeça de um lado pro outro, abobada com a força de vontade de seu pai.

“Não vai desistir enquanto não tiver o que ele quer… você tem a quem puxar.” brincou Robin, ganhando um tapa de leve no peito.

“Pode deixar que o seu sogro vai ficar sabendo disso.” semicerrou os olhos para o namorado, ganhando um belo sorriso em troca. Sem aguentar mais a saudade que estava dela, Robin colou os lábios aos de Regina, em um beijo intenso e ao mesmo tempo carinhoso, cheio de saudade.

“Acho que você não precisa contar nada para ele, huh? Posso te oferecer muitas coisas interessantes em troca do seu silêncio quanto a isso.” sugeriu o homem, descendo uma trilha de beijos pelo pescoço de Regina, até onde a jaqueta permitia. A morena sorriu maliciosamente com a proposta dele, mas antes que pudesse falar algo, Stone se fez presente, soltando um sopro e chamando a atenção dos dois.

“Seu cavalo está impaciente.” riram, Robin depositando mais um beijo nos lábios da mulher, antes dela se afastar para arrumar a sela em Stone.

“Monta comigo?” convidou, virando-se para ele. Robin tombou a cabeça, preparado para negar.

“Teria que montar o Andante, meu anjo, e você sabe que eu demoro muito para colocar a sela neles, já vai ter escurecido.” constatou, recebendo um biquinho em resposta.

“Monta o Stone junto comigo…” se aproximou dele, os olhos pidões. As mãos tomaram a cintura dele, logo depois deslizando por seu peitoral e parando em seus ombros. Regina beijou o queixo dele, sussurrando contra seus lábios: "Por favor."

"Você consegue tudo o que quer, não é?" bicou os lábios nos dela, Regina abrindo um grande sorriso. Roubando mais um beijo dele, a morena seguiu até o cavalo, montando-o com facilidade. Robin respirou fundo quando ela piscou pra ele de forma convencida, e sem demorar muito, se juntou a mulher em cima do cavalo, circulando a cintura dela, sentindo Regina colocar as rédeas em sua mão e descansar contra seu peitoral.

"Você comanda." disse, e Stone não demorou a começar a se movimentar, fazendo caminho para fora do estábulo. O frio acertou o casal em cheio, Robin apertando seus braços ao redor de Regina quando sentiu ela estremecer. Por nunca ter montado em Stone, o loiro se encontrava meio apreensivo, porém o cavalo se mostrou tranquilo, como se quisesse mais do que eles aquele momento.

O sol já começava a baixar prontamente, deixando tudo mais bonito. Apesar de estar frio, a cidade tinha contado com um dia lindo de céu azul.

"Você lembra que foi em um dia assim que te pedi em namoro?" Robin perguntou baixo no ouvido de Regina, um sorriso genuíno deslizando pelos lábios dela. Stone andava devagar e o casal aproveitava a vista que tinham.

"Como eu poderia me esquecer? Eu te pedi em namoro primeiro." riram, Robin afundando a cabeça no vão do pescoço dela. "Lembro de cada momento nosso, acho que mesmo quando estivermos bem velhinhos vou lembrar." deixou escapar Regina, sem perceber. Robin só conseguiu sentir o coração se encher de certeza e amor, afinal, também queria envelhecer com a mulher.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

“Ah, então a senhorita quer ficar bem velhinha ao meu lado?” questionou, sentindo as mãos da mulher tocarem as suas. Regina não precisa pensar a respeito, a resposta estava ali, na ponta de sua língua. O que tinha com Robin era muito mais que uma relação amorosa, a ligação que tinham um com o outro era tamanha, e ela o queria ao seu lado pelo resto de sua vida. Esperava que sua relação com ele nunca se desgastasse, que nunca deixassem picuinhas afastarem-se um do outro. Desejava que eles pudessem enfrentar os problemas e dificuldades, mesmo que agora não tivessem nada disso. Queria que sua família crescesse e que ele estivesse ali, junto com ela. Sendo seu melhor amigo, namorado, marido, pai de seus filhos e avô de seus netos.

“Você sabe que sim.” sentiu o sorriso de Robin crescer contra seu pescoço, a respiração dele batendo em sua nuca e causando bons arrepios. O loiro cantarolou alegre, e Regina fechou os olhos, descansando contra ele. “Eu acho que você deveria vir morar aqui.”

“Na fazenda?” inquiriu, surpreso com a fala da morena. Regina assentiu, retomando a fala.

“Você já vive aqui, turrão. Seria uma despesa a menos para você, não precisaria mais pagar o aluguel do apartamento.” Regina falou, apontando os fatos. Robin ponderou, ele realmente passava mais tempo na fazenda do que em casa.

“Eu não quero invadir a sua privacidade e a de Henry, amor meu… mesmo que eu já faça isso de certa forma.” sorriu amarelo,mesmo que a namorada não pudesse ver o seu rosto.

“Você não invade nossa privacidade, Robin. Henry adora ter você por perto, sente sua falta quando você não vem… e eu sinto mais ainda.” Robin deu ordem para que Stone parasse, descendo do cavalo e ajudando Regina a fazer o mesmo. A morena se aproximou do velho amigo, fazendo um carinho leve em sua crina, deixando que ele ficasse livre para pastar. Depois virou-se novamente para Robin, que a observava atentamente. “Você acha que é cedo demais? Para morarmos juntos?” questionou, encarando suas mãos, voltando a olhar novamente para os azuis, tentando enxergar em seus olhos o que passava em sua cabeça. Robin negou, se aproximando dela.

“Eu nunca acho que é cedo demais quando se trata de nós, meu amor. Mudar para cá seria muito bom e minha resposta é sim…” disse, as mãos tomando o rosto de Regina, que suspirou aliviada e deixou um sorriso tomar-lhe os lábios. “Mas…”

“Ih, sem mas, senhor turrão.” reclamou, encarando os olhos azuis do homem que sorria feito bobo para ela.

“Você é muito reclamona, caipira. Me escuta!” bicou os lábios no dela, a morena não conseguindo segurar o sorriso, mesmo que não tivesse ideia do que ele iria dizer. “Conversaremos com o seu pai primeiro, huh? Se ele nos der um okay, então eu venho morar com vocês… porém tenho que esperar o contrato provisório no apartamento acabar.”

“Era isso que eu queria ouvir.” Regina sussurrou, enlaçando as mãos no pescoço de Robin. “Amo você.”

“Eu te amo, também.” Robin respondeu, juntando os lábios no dela. “Além do mais, tenho uma outra surpresa para você…”

“Que surpresa?” perguntou, levantando a sobrancelha. Robin deu de ombros, recebendo um olhar fuzilante. “Robin…” resmungou, um biquinho tomando em seus lábios, o que fez o loiro a beijar.

Aquela surpresa iria continuar sendo surpresa até o momento certo, e Robin queria que fosse perfeito.

***

A véspera de Natal tinha chegado como de costume com o clima mais frio que Crowley Cornes poderia ter. Faltava somente a neve, e Rose teve que se contentar que não estava em Nova Iorque e não teria isso ali. Após a ceia, a família Mills e a família Locksley resolveram por se acomodarem na sala, a lareira acesa, deixando o local aconchegante. A grande árvore de Natal tinha inúmeros presentes em sua base, e as luzes piscavam sem parar. Regina estava sentada em uma poltrona, com Rose sentada no braço da mesma. Robin, Henry e Zelena estavam em um sofá, enquanto Richard e Anna estavam em outro. Lola se encontrava aos pés de Regina, descansando depois de ganhar um pouco do peru de Natal.

Com um violão em seu colo, Regina findou a melodia de Happy Xmas, que Rose cantou lindamente, sendo observadas pelas pessoas ali presentes. Robin não podia estar mais bobo, as duas pessoas mais incríveis de sua vida tocando e cantando juntas. Quando a música acabou, a sala inteira explodiu em aplausos, Regina e Rose deixando escapar sorrisos tímidos.

“Agora cantem Happy Together, dos Turtles.” pediu Zelena, a taça de vinho na mão.

“Você sabe a melodia?” Rose encarou Regina, recebendo um aceno da morena, que logo dedilhou os dedos pelo violão, concentrada.

Imagine me and you, I do, I think about you day and night, it’s only right…” começou Rose.

To think about the one you love, and hold her tight… so happy together” Regina cantou, piscando para Robin, os dois trocando sorrisos apaixonados. Richard apertou Anna em seus braços, ganhando um selinho da esposa.

If i should call you up, invest a dime, and you say you belong to me, and ease my mind, imagine how the world could be so very fine, so happy together.” foi a vez de Zelena soltar a voz, toda contente, arrancando risadas dos presentes.

I can’t see me loving nobody but you for all my life. When you’re with me, baby, the skies will be blue, for all my life.” as três cantaram juntas, recebendo aplausos e assobios assim que Regina terminou de tocar a melodia.

Entre músicas, risadas e carinhos foi que as duas famílias passaram aquela data tão importante, e Robin podia afirmar de longe que aquela era a melhor véspera de Natal que ele vivia em anos. Quando Anna, Richard e Zelena resolveram por irem embora, Regina pediu que eles ficassem dormindo ali naquela noite, já que Rose e Robin também ficariam. A mulher e seu pai não queriam que ninguém fosse embora naquele horário, depois de terem bebido vinho.

Regina seguiu com Henry até o andar de cima, a fim de lhe dar os últimos remédios do dia, enquanto Robin mostrava as acomodações para sua mãe, padrasto e Rose. Zelena, como já era de casa, não precisou de nenhuma ajuda, apenas se recolheu, desejando boa sorte para quem pegasse o quarto ao lado do de Regina, fazendo a morena querer cavar um buraco para se esconder.

Quando Rose e Richard se dirigiram para seus respectivos quartos, Anna parou na frente do filho e o abraçou fortemente, e embora Robin não tenha entendido bem o porquê do abraço, a correspondeu na mesma proporção.

“Estou tão orgulhosa e feliz por você, filho.” ela disse quando eles se afastaram, fazendo os olhos do loiro marejarem.

“E posso saber o motivo? Eu não fiz nada demais.” riu, embora tivesse uma noção do porquê Anna estava falando aquilo.

“Neste ano você fez tudo, meu menino, se transformou, se tornou um novo homem. E eu amo esse novo Robin.” beijou a bochecha do loiro, emocionada. “Não sabe como fico contente em ver o bem que esse lugar te faz, ver o quanto você é feliz ao lado dessas pessoas, de Regina.”

“Eles são minha família também mamãe, eu sou muito grato por tudo que aconteceu desde que eu pisei nessa cidade.” falou, apertando a mão de sua mãe.

Anna só conseguiu sorrir e o puxar para mais um abraço, lembrando-se da primeira visita que Robin fez a Nova Iorque depois de ter se mudado para Crowley Cornes. Seu menino estava tão perdido, com tanto medo. Mesmo assim aquele coração que já havia sofrido tanto foi forte o suficiente para aproveitar a chance de felicidade que ainda tinha. E embora tivesse ficado com medo de que seu filho não perceberia aquilo, Anna se sentia grata pelo contrário ter acontecido.

“Minha nossa! Parece que foi ontem que você e sua irmã se agarravam em minhas pernas para que eu não fosse trabalhar, e agora olhe só! Você está morando em outro estado, longe de mim, e a minha bonequinha está criando asas… o tempo passa rápido demais, meu bebê. Então aproveite o tempo que você tem para fazer coisas extraordinárias.” aconselhou, secando uma pequena lágrima que deslizou pela bochecha do filho. O empresário abraçou a mãe, agradecendo baixinho em seu ouvido por tudo o que ela já tinha feito por ele.

“Eu amo você, mamãe. Sinto sua falta todos os dias.” disse quando se afastaram, Anna assentindo com a cabeça, porque também sentia.

“Agora vai passar um pouco de tempo com a sua garota, filho. Feliz Natal!” deu-lhe mais um beijo na bochecha, antes de seguir até o mesmo quarto em que Richard entrou.

Robin ficou longos segundos encarando a porta pela qual a mãe entrou, grato demais pela mulher sensacional que tinha como figura materna. Ela era seu espelho, seu exemplo mais forte e bonito e Robin tinha muito orgulho dela, assim como ela tinha dele.

Assim que fez seu caminho de volta a sala encontrou Regina recolhendo as sobremesas da mesinha de centro e também tentando pegar os pratos e talheres sujos. Robin riu pra cena, pensando na forma como sua morena sempre tentava abraçar o mundo todo nos braços.

“Quer ajuda?” perguntou, se aproximando e tomando os dois pratos na mão, um que continha um mousse de morango com ganache de chocolate e o outro com a tão famosa e deliciosa torta de limão, que os dois haviam feito juntos.

“Ainda bem que você veio me salvar.” sorriu para ele, lhe depositando um selinho nos lábios. Os dois seguiram para a cozinha, e prontamente Robin começou a lavar a louça, enquanto Regina colocava no lugar tudo que estava fora com toda a preparação da ceia.

“Seu pai está bem?” Robin perguntou, enquanto ensaboava os pratos sujos.

“Está, vai dormir muito tranquilo depois de eu ter liberado ele da dieta. Essa noite ele se fartou!” riram, e enquanto aguardava o loiro terminar de enxaguar os objetos para que ela pudesse secar, Regina o abraçou pela cintura, descansando o rosto em suas costas. “Estou tão cansada.” murmurou, Robin tendo que se esforçar para ouvir.

“Eu imagino, acho que fazia anos que a casa não enchia desse jeito, não é?” perguntou, passando as mãos na água para que tirasse o sabão e se virando para Regina, secando as mãos no pano que a mulher tinha com ela.

“Fazia muito tempo mesmo que eu e papai não recebíamos tantas pessoas, era sempre somente nós dois e Zelena.” explicou, sentindo a mão de Robin lhe tomar a bochecha, deixando um delicioso carinho ali, e ela não resistiu em descansar o rosto contra a mão dele. “Mas tenho que dizer que esse Natal é o mais feliz em anos.”

“Eu digo o mesmo.” sorriu para ela, que descansou a testa na dele. “Obrigada por ter convidado minha família para passar com a gente, meu amor. Significou muito para mim, muito para elas. Acho que Rose não quer mais ir embora…” disse, torcendo a boca, fazendo Regina gargalhar baixinho.

“Sua irmã é uma figura completa, Robin. Ela não precisa ir mesmo, é bom tê-la por perto. Anna também. Elas podem vir sempre que quiserem, não necessitam de um convite. Temos que deixá-las bem avisadas sobre isso.” falou, recebendo um aceno do homem em resposta. Regina sorriu para ele, observando os olhos azuis atentos olhando para ela, a mão delicada fez seu caminho para a barba que tanto amava, acariciando-a com carinho. “O que você olha tanto?”

“Para o amor da minha vida.” declarou, sabendo que o sorriso que Regina daria seria de fazer parar o coração. E não foi diferente, logo a morena tombou a cabeça, desviando os olhos do dele timidamente, abrindo um enorme sorriso. “Esse sorriso elusivo e gratificante que eu penso a cada vez que fecho os meus olhos.” falou, não esperando que a morena absorvesse as palavras ditas por ele, levando os lábios aos dela, em um beijo intenso, o qual não puderam trocar durante toda a noite. Regina entreabriu a boca para que a língua do namorado passasse, e aquele contato tão conhecido pelos dois só teve fim quando Robin percebeu que o ar estava se tornando escasso demais para ela, mordendo o lábio inferior de Regina devagar, fazendo a morena suspirar baixinho.

“Isso foi…” tentou dizer, mar o ar lhe faltou, Robin rindo baixinho com o jeito que ela ficava afetada.

“Isso foi muito bom.... Beijar você é sempre uma das melhores coisas que eu faço, Regina.” falou, a mão ajeitando os fios de cabelos castanhos que caiam sobre os olhos da mulher, que o beijou mais uma vez. Quando o ar se fez escasso, Regina deixou diversos selinhos nos lábios dele, descendo alguns beijos para o canto dos lábios e queixo dele, descansando a cabeça sobre o peito do homem logo depois, sentindo-o a abraçar ainda mais contra si. “Quer tomar mais um vinho? Me espera no sofá, descansa um pouquinho, eu termino aqui.”

“Não precisa, amor, eu posso te ajudar.” protestou, mas Robin se manteu firme, beijando-lhe a testa antes da mulher seguir até a sala.

Em poucos minutos Robin terminava de guardar o último prato no armário, pegando duas taças de vinho limpas e a garrafa do mesmo, levanto até a sala. Encontrou Regina sentada em um canto do sofá, uma manta sobre suas pernas e Lola ao seu lado, enquanto sentia a dona lhe fazer um delicioso carinho na cabeça. Robin percebeu que os olhos de Regina pesavam, e se perguntou se deveriam tomar mais algumas taças de vinho.

“Você demorou…” reclamou Regina, assim que Robin se arrumou atrás dela, fazendo com que a mulher ficasse entre suas pernas, deitada em seu peito.

“Tenho direito a um pedido de perdão?” pediu brincando, arrancando um sorriso de Regina que acenou prontamente, levantando um dedo e mostrando que seria apenas aquele direito. “Quer mesmo tomar mais vinho? Estou te achando bem cansada, meu anjo. Quer que vamos para a cama?” inquiriu preocupado.

“Quero um pouquinho mais de vinho, e eu posso descansar bem aqui, nos seus braços. Além disso, faltam poucos minutinhos para a meia noite. É o nosso primeiro Natal juntos.” descansou contra ele, depois de ter se virado para um leve beijo.

“Nosso primeiro de muitos.” beijou-lhe o pescoço, arrastando o nariz por toda aquela extensão, sentindo Regina arrepiar-se. “Seu cheiro é viciante, não canso dele.”

“Sou tão cheirosa assim, é?” riu travessa, levando as mãos até os fios loiros na cabeça de Robin.

“Muito cheirosa.” cheirou-lhe o pescoço. “Muito carinhosa.” beijou-lhe a bochecha. “Muito sexy.” beijou-lhe o lábio superior, tocando com os lábios a cicatriz que a morena tinha ali. “Tão, mas tão linda.” beijou-lhe o nariz. “Tão gostosa… e agora vou beijar sua boca porque não posso beijar outros lugares.” sussurrou contra a boca dela, fazendo Regina arregalar os olhos, antes de sentir a boca de Robin pressionando fortemente a sua, não conseguindo segurar um gemido quando suas línguas se encontraram.

“Você é impossível!” falou contra a boca dele quando se separaram.

“Por você sou tudo.” sorriu, depositando mais um beijo nos lábios dela. Ficaram longos minutos ali, trocando beijos e carícias, aproveitando a companhia um do outro. Quando Regina terminou de tomar a terceira taça de vinho, Robin achou melhor que deitassem, entretanto a morena negou com a cabeça, se debruçando e pegando o celular, vendo que marcavam 00h23min. Sorriu feito boba, depositando o celular novamente sobre a mesa de centro e virando-se para Robin, abraçando-o apertado.

“Feliz Natal, senhor turrão.” desejou, inalando o cheiro do homem e agradecendo mentalmente por estarem passando aquela data juntos.

“Feliz Natal, minha caipira.” Robin lhe beijou a bochecha, puxando-a para seu colo. Regina riu baixinho, se ajeitando com uma perna de cada lado do homem, e eles trocaram um significativo olhar.

“Tenho um presente.” ela disse, mordendo os lábios, fazendo Robin semicerrar os olhos azuis, as mãos parando na cintura da mulher. “E não é isso que você está pensando.”

“Mas eu não pensei em nada.” se defendeu, e Regina o olhou como se não acreditasse.

“Eu sei como você não pensou em nada…” apertou a ponta do nariz dele, dando-lhe um selinho, levantando-se em seguida indo em direção a saída do cômodo, sem falar nada. Robin escutou a porta de entrada sendo aberta, alguns segundos de silêncio e depois o barulho dela se fechando. Quando ia levantar-se para ver o que estava acontecendo, Regina apareceu novamente em sua visão, uma das mãos para trás. Ele tombou a cabeça, a sobrancelha se erguendo. Não demorou para que Regina estivesse em seu colo novamente como antes, a mão ainda para trás.

“O que você tem aí, caipira?” ele perguntou, as mãos brincando com a cintura dela. Regina pegou uma delas, colocando o que estava segurando na palma da mão dele. “A chave reserva?” observou o objeto, sorrindo.

“Bem, agora ela não é mais uma chave reserva, ela é a sua chave, para a nossa casa.” falou, encarando Robin com atenção. Quando os olhos dele marejaram, ela não conseguiu evitar que os seus marejassem também.

“Nós temos esse negócio de dar chaves um pro outro, não é?” disse, encostando sua testa na dela. Regina riu baixinho, concordando com a cabeça, antes de lhe tomar os lábios em um beijo delicado, cheio de amor e carinho. As mãos de Robin seguraram na cintura dela, subindo por suas costas em um carinho terno, alcançando os fios castanhos e se perdendo no meio deles. Lola agora desperta observava os dois, e quando Robin desceu os beijos pelo pescoço de Regina, a cachorra resolveu se meter entre os dois, fazendo com que Regina quase caísse para trás, se não fosse as mãos fortes do namorado a segurando.

Eles gargalharam, dando atenção a cachorra, que pareceu satisfeita por ser o centro das atenções. Robin pediu que Regina pegasse as chaves do carro dele, e que também já trouxesse a maior caixa embaixo da árvore de natal. A morena não pode negar que estava curiosa.

Quando entregou a chave para ele, observou o loiro colocar a chave da casa junto as outras no chaveiro com facilidade.

“Agora sim, huh?” Entregou o chaveiro para ela, que não conseguia esconder o sorriso. “Eu te amo muito, Regina. Obrigado! Foi de longe um dos melhores presentes que já ganhei na vida.” ele falou, puxando-a para si do jeito que podia, visto que agora Lola estava esparramada em seu colo. Regina beijou a bochecha dele carinhosamente, dizendo que o amava também. “Agora abre o pacote, é o seu presente de Natal.” instruiu e Regina não demorou a desfazer o pacote de presente, abrindo com cuidado. Se deparou com uma caixa de sapato, e pelo tamanho ela já sabia o que era.

“Minha nossa! Não acredito que você comprou para mim…” exclamou, um sorriso de orelha a orelha. Com cuidado retirou a bota de montaria marrom da caixa, observando todos os detalhes. “Robin, ela é linda!”

“Eu vi a forma como seus olhos brilharam quando a viu na vitrine, e como alguém que só quer ver o amor da sua vida feliz eu tive que comprar ela para você.” explicou, enquanto observava a morena olhar para o presente admirada.

“Eu amei, vou usar amanhã mesmo para montar.” sorriu contente, ajeitando o par de botas na caixa novamente. “Obrigada, amor. Você é o melhor do mundo, e não por causa do presente.” se jogou em seus braços novamente, sem se importar com Lola, que nem se mexeu. Robin abraçou Regina apertado, deixando um beijo carinhoso em seus cabelos.

Naquela noite de Natal, enquanto observava sua namorada se arrumar para dormir, o loiro agradeceu por tudo que tinham vivido até ali. E desejou que de agora em diante as coisas apenas melhorassem, que Regina continuasse sempre radiante, que tivesse seu sogro para lhe dar conselhos por longos anos e que sua família pudesse sempre vir de Nova Iorque visitá-lo.

Desejou que toda a transformação que acontecera nele durante todo aquele ano continuasse a acontecer a cada dia que passasse, porque queria se tornar um homem melhor a cada dia.

Quando Regina se aconchegou em seus braços naquela noite, as pernas dela se enlaçando nas suas, a respiração tranquila em seu pescoço, Robin desejou que sempre pudesse fazer aquela mulher feliz. Que pudesse lhe dar todo o carinho, afeto e amor que ela precisasse. Ele sabia que eram capazes de vencer o mundo um do lado do outro. E era isso que ele queria fazer, conquistar todos os seus sonhos e desejos ao lado da namorada.

E, acima de tudo, naquele momento Robin percebeu que não queria mais que Regina fosse apenas sua namorada. O homem queria mais do que isso.

Queria que ela fosse sua esposa.

***

Faltavam poucos minutos para a virada do ano. A movimentação no Wildflowers era imensa, já que Robin decidira fazer o jantar de Ano Novo ali. Além de ter os hóspedes e seus familiares, Robin também pediu para que os funcionários trouxessem suas famílias, já que iriam ter que trabalhar naquela data festiva, pelo menos não passariam longe de seus entes queridos.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

Na grande varanda do hotel, garçons passavam com taças de champanhes e bandejas das mais variadas frutas. Rose conversava alegremente com Belle e Zelena em um canto, enquanto Robin batia um papo com Richard e Henry em outro.

O jardim com as lindas flores que cercava toda a construção estava iluminado, e entre eles algumas crianças corriam alegremente. Regina bebeu mais um gole de seu champanhe, prestando atenção nos pequenos e também em como, mesmo a noite, aquele jardim continuava com a sua beleza intocável. Naquele dia, em especial, a mulher se encontrava bastante nostálgica, lembrando de todo o cuidado e carinho com o qual aquele paisagismo fora feito, aproveitando e realçando o que a propriedade tinha de mais bonito. Sentiu uma mão delicada em sua cintura, sorrindo quando percebeu que pertencia a sua sogra.

Anna jogou uma uva na boca, tomando seu champanhe em seguida. As duas mulheres permaneceram longos segundos em silêncio, os olhos azuis da mais velha seguindo a direção para aonde sua nora estava olhando.

“Pensando nos de vocês?” Anna quebrou o silêncio, se referindo as crianças,chamando a atenção de Regina.

“Ainda não.” riu sem graça. “Pensando na beleza das flores, apenas.”

“É inexplicável a beleza, não é? São lindas essas espécies que aguentam o frio do inverno.” Anna comentou, encarando a figura da namorada de seu filho. “Esse ano foi intenso, não é, querida?” questionou, sentindo que era nisso que a mulher ao seu lado tanto pensava. Regina sorriu, buscando os olhos azuis da sogra.

“Do começo ao fim. E quando a gente se permite pensar, parece que tudo aconteceu tão rápido, não é?” sorriram fraco, Regina levando a taça de champanhe a boca. “Esse hotel pronto, Robin como proprietário. Nosso relacionamento. As pessoas incríveis que ele trouxe para a minha vida.” sentiu Anna apertar sua mão. “Me sinto extremamente grata ao universo por ter me dado esse destino.”

“Eu sinto, desde a primeira vez que te vi, que é exatamente disso que se trata tudo o que você e meu filho passaram até chegar o dia de hoje, Regina. O mais belo e bonito destino. E tenho certeza que ele só prepara coisas incríveis para vocês dois viverem juntos.” Anna falou, tirando a mão da de Regina para segurar sua taça de champanhe e abraçar a nora pelos ombros. Regina sorriu, emocionada, abraçando Anna de volta. “Eu fico agradecida demais por Robin estar tão feliz ao seu lado. Espero que meu filho de faça tão feliz quanto você o faz.”

“Robin me faz a mulher mais feliz do mundo, Anna. Obrigada por todo o seu apoio.” Regina disse, e as duas mulheres sorriram quando ouviram Rose gritar que era sua vez de escolher a música que iria tocar. “Apareçam mais vezes aqui, tudo bem? E sem hoteis, da próxima vez. Vão ficar na fazenda, conosco.” lhe beijou a bochecha, fazendo Anna sorrir. Robin encontrou os olhos de Regina de longe, e quando a melodia de Put Your Head On My Shoulder começou a tocar pelo hall que havia sido transformado em uma pista de dança, o homem fez seu caminho até onde sua mãe e namorada se encontravam.

“Posso ter a honra de dançar com a caipira mais linda dessa festa?” Robin disse, assim que parou na frente das duas mulheres. Regina riu largamente com o convite, colocando a mão sobre a de Robin que estava estendida, e o homem a conduziu até a pista de dança, enlaçando a cintura da mulher com suas mãos, enquanto a morena segurava em seus ombros fortes.

“Não sei dançar muito bem essas músicas, senhor Locksley. Não sou uma menina de Nova Iorque.” constatou risonha, arrancando um sorriso bobo de Robin, que lhe beijou o nariz rapidamente.

“E eu amo que você não seja uma menina de Nova Iorque, minha caipira. Agora relaxe e deixe que eu conduzo você.” se aproximou do ouvido dela para falar a última frase, fazendo Regina descansar a cabeça sobre o ombro dele, como dizia a música.

Put your head on my shoulder

Whisper in my ear, baby

Words I want to hear, tell me

Tell me that you love me too

Quando a melodia teve fim, a maioria das pessoas já estavam espalhadas por toda a grande varanda e jardim, pois os fogos iriam começar. Robin beijou a bochecha de Regina, dizendo para ela se juntar a eles, que ele iria apenas até o escritório e já ficaria com ela. A arquiteta estranhou o pedido, porém não constatou.

Se colocando ao lado do pai e da melhor amiga, a voz de Regina se misturou com a dos outros enquanto faziam a contagem regressiva para a chegada do novo ano.

“Três!” as vozes exclamaram, todos os olhos atentos ao céu estrelado daquela noite fria, porém bonita.

“Dois!” Regina virou-se rapidamente para trás, a procura do namorado, achando estranho ele não ter aparecido.

“Um!” A mulher voltou-se para frente a tempo de ver os lindos fogos silenciosos colorirem o céu. Nesse momento uma mão forte tomou sua cintura, um beijo delicado sendo depositado em seu pescoço.

“Feliz Ano Novo, amor da minha vida.” Robin falou em seu ouvido, fazendo Regina sorrir. Antes que pudesse virar, entretanto, Robin levou sua outra mão a frente do corpo da mulher, uma caixinha vermelha de veludo descansando ali. Regina sentiu os olhos marejarem. “Casa comigo, Regina Mills?” ele perguntou, virando-a de frente para ele. O silêncio ao redor deles comprovou que as pessoas observavam a cena, esperando o desfecho daquele pedido.

“Robin…” a voz de Regina embargou, as mãos indo parar sobre a boca. Robin a olhava com tanto amor e expectativa que a mulher achou que iria desmaiar, tamanha emoção que sentia. “Claro que sim! Mil vezes sim!” se jogou nos braços dele, sentindo o homem girar com ela, uma risada escapando pelos lábios da arquiteta.

Logo o homem a colocava novamente no chão, pegando a mão dela e colocando uma linda aliança, com uma pequena pedra de diamante no meio. Robin beijou os nós dos dedos da mulher, a puxando para si em seguida. Ao redor deles aplausos escoavam, e Regina podia ver a felicidade de Zelena e Rose ao fundo. Porém tudo que ela conseguia processar, a única coisa que ele conseguia enxergar era o seu turrão a sua frente, a olhando como se fosse a coisa mais preciosa do mundo todo.

“Eu amo você!” Regina conseguiu pronunciar, a voz embargada. Sentia as lágrimas descendo por sua bochecha, e Robin secava-as delicadamente. Ele mesmo se encontrava emocionado, e ela tomou o rosto dele em mãos, acariciando a barba que tanto amava.

“Eu te amo muito mais, amor meu.” sem querer esperar mais, Robin tomou os lábios dela nos seus, em um beijo cheio de amor, fazendo Regina sentir por aquele contato tudo que ela era para ele.

No céu os fogos continuavam a brilhar e encantar, porém para a família Mills e Locksley tudo que importava era aquele momento.

“Vou te fazer a mulher mais feliz do mundo.” Robin prometeu contra os lábios de Regina, a morena negando emocionada, um sorriso em seus lábios.

“Você já me faz, seu novaiorquinho turrão. A mulher mais feliz e realizada do mundo!”