Who We Are

Capítulo 4: But it never happened!


Dorcas Meadowes

– Aqui está bom? – Remo perguntou-me, apontando para um lugar específico na grama.

– Está ótimo. – sorri para ele. – Você trouxe os sapinhos de chocolate?

– Não podia esquecer. – ele levantou o saquinho cheio deles e o sacudiu. – Acho que eles são mais importantes do que eu nesse encontro.

Dei uma risadinha e me sentei.

– Para de besteira. – revirei os olhos.

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Ele apenas deu de ombros, sentou-se ao meu lado e me deu um selinho.

– Sabe, - Remo disse, tempos mais tarde. - nós devíamos prestar atenção nos lugares que nós... é... bem, você sabe. Sirius disse que estava tudo bem, mas acho que ele sabe que fizemos na cama dele.

– Oh, sim, claro.

Ele olhou para mim e riu.

– Por que está corada? – perguntou divertido. – Não é como se isso fosse algo que nunca tivesse acontecido entre nós dois. E além do mais, é muito bom...

– Remo! – dei um tapa na cabeça dele.- Você não é desse jeito na frente dos seus amigos.

– Tenho que dar exemplo à eles. – deu de ombros, sorrindo para mim. – Sinto que posso ser eu mesmo com você.

Não pude evitar o sorriso de orelha à orelha que surgiu em meu rosto.

– E por falar em eu mesmo...

– Ah, não. – disse irritada. – Já vai começar com esse negócio de lobisomem?

– O quê? – ele me olhou incrédulo. – Eu não ia falar nada sobre isso!

– Oh, eu...

– Não! – ele disse irritado. – Você pensa nisso, não pensa? – me olhou magoado. – Eu sabia, Dorcas. Você não ia aguentar toda essa pressão. – ele se levantou.

– Remo, eu não quis dizer isso, eu... – me levantei também, ficando à frente dele.

– Eu não preciso que você continue comigo por pena! – reclamou, virando as costas para mim.

Como é que é? – Muito bem, agora ele passou dos limites. Dizer que eu estou com ele por pena... Eu não acredito nisso. O puxei pelo braço, obrigando-o a ficar de frente para mim. – Escute aqui: nunca mais diga isso, está me ouvindo? Eu nunca ficaria com você por pena, eu...

– Olha, Doe, - ele me interrompeu, dando um grande suspiro afim de ficar calmo. – eu já sabia que isso ia acontecer. E eu não te culpo. Poxa, eu sei que um namorado lobisomem é demais para qualquer uma e...

– DROGA, REMO! – gritei totalmente tomada pela raiva. – SERÁ QUE VOCÊ NÃO VÊ QUE EU ESTOU DISPOSTA A ASSUMIR ESSE RISCO POR VOCÊ?!

– MAS EU NÃO QUERO QUE VOCÊ ASSUMA ESSE RISCO POR MIM!! – gritou de volta. – EU QUERO QUE VOCÊ TENHA A VIDA NORMAL QUE EU NÃO PUDE TER, CARAMBA!!

Fiquei o encarando, incrédula. Se ele estava querendo dizer o que eu achava que ele queria...

– Você quer terminar comigo? – perguntei, mas saiu mais como um sussurro. Não consegui olhá-lo nos olhos. Simplesmente não consegui.

– Acredite, Dorcas, - ele me disse, desviando o olhar assim como eu. – vai ser melhor assim.

– Não, não vai. – o olhei irritada. – Mas se você acha, quem sou eu para te contrariar, não é mesmo?

– Dorcas...

– Tudo bem, Remo. Você conseguiu: - eu disse, minha voz mergulhada em tristeza. – Nós terminamos.

Eu me virei e saí. Não ousei olhar para trás nenhuma vez, nem por todas as vezes que Remo me chamou. Eu sabia, tinha certeza absoluta, de que se me virasse eu iria acabar voltando correndo para os braços dele. E essa era a última coisa que eu queria fazer nesse momento.

Marlene McKinnon

– Você o quê? – perguntei a Remo, incrédula.

– Eu sei, eu sei, sou um idiota.

– Meu Deus... Mas isso nunca aconteceu! – continuava encarando ele. – Achei que não ia viver tempo o suficiente para ver você e a Dorcas terminarem. E por um motivo tão besta...

– Como assim, besta?

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– Ah, Remo, faça-me o favor. – disse impaciente. – Poxa, será que você não percebe? Dorcas ama você, e não liga se você é ou não a droga de um lobisomem. Quando é que você vai perceber isso? Mas que saco!

– Lene, eu...

– Escuta aqui: - eu o chamei para prestar atenção para o que eu ia dizer. – você vai voltar até a Dorcas, vai dizer que ama ela e vocês vão voltar porque vocês são dois idiotas apaixonados.

– Mas Lene, eu...

– Não quero saber. – o interrompi. – É bom que você faça exatamente o que eu te disse, senão eu mesma arranjo um pra para a Doe para o passeio a Hogsmead.

Ele apenas engoliu em seco.

Lily Evans

James e eu fomos entregar nosso trabalho, e depois nos dirigimos até a mesa da Grifinória, pois já estava na hora do almoço.

– E aí, gente. – cumprimentei, sentando-me entre Lene e Dorcas, que incrivelmente não estava sentada ao lado de Remo. Notei também que ambos ficavam lançando olhares irritados um ao outro. – Posso saber o que está acontecendo com vocês dois?

– Remo é idiota.

– Dorcas é louca.

Marlene suspirou longamente.

– Dorcas e Remo brigaram.

Hein? Mas isso nunca aconteceu! – James disse, a incredulidade estampada em seu rosto.

– Bem, você e Lily vindo juntinhos para jantar também é novidade. – Dorcas ralhou. – Mas eu não estou dizendo nada, estou?

– Êpa, êpa! – eu falei, em tom cauteloso, ignorando o fato de que o meu rosto começava a corar. – Só porque está com raiva não significa que precise tratar a gente assim.

– Sirius e Lene também brigaram, mas vocês insistem em ficar falando sobre nós dois. – Remo revirou os olhos.

– É diferente. – afirmei. – Sirius e Lene estão sempre brigando.

– Claro, Sirius é um idiota. – Marlene resmungou.

– Lene, por favor, deixa eu explicar...

– Espera um pouco. – o interrompi desconfiada. – Sirius e Lene discutindo não é nenhuma novidade, mas Sirius tentando se explicar... bem, isso é uma novidade.

– Você só pode ter cometido algo extremamente idiota. – disse James o encarado. – Tipo, mais idiota do que todas as coisas idiotas que você faz diariamente.

– Eu não fiz nada! – ele reclamou, exasperado.

– Ah, claro que não! – Lene revirou os olhos. – Você nunca faz, não é?

– Lene, deixa eu me explicar, caramba!

– Não tô afim de ouvir esses seus papos furados, ok, Sirius? – ela o olhou irritada e se levantou. – Tem uma hora que cansa. – e então saiu.

Merda. – ele murmurou.

– Sabe, - James pousou a mão no ombro do amigo. – você devia ir atrás dela.

Não sei por qual motivo eu fiquei surpresa: se foi por James ter demonstrado maturidade uma vez na vida, ou se foi por Sirius ter se levantado e ido atrás de Marlene.

Sirius Black

– Lene! – gritei o nome dela, mas ela não parava de correr. Quando finalmente consegui alcançá-la, puxei-a pelo braço, virando-a para mim. – Me escuta, por favor.

– O que você quer, Black? – ela me olhou com raiva, cruzando os braços abaixo dos seios. – Não está na hora do encontro com Angie? Ou você já escolheu outra vítima? Claro, não é? Você é Sirius Black, e deve trocar de menina todos os di...

– Olha, só me ouve, tá? Angie tentou algo comigo, mas eu não quis. – eu disse impaciente. – Nunca trocaria você pela Angie. – eu falei, e antes que eu soubesse que iria acrescentar mais alguma coisa, eu disse: - Na verdade, não trocaria você por ninguém.

A expressão de Marlene se suavizou, mas ela continuava me encarando zangada.

– Eu odeio você.

Lene...

Eu odeio você demais. – ela falou, antes de me beijar.

Eu retribuí na hora. Não tinha percebi quanta falta eu estava sentindo daqueles lábios antes de ela me beijar. Tentei abrir passagem com a minha língua só para ver se ela deixaria eu passar, e graças à Deus ela deixou. Não foi um beijo desesperado, não. Nem “quente”. Foi só um beijo. Um beijo normal. Para confirmar que ela me perdoava, e que eu estava feliz por isso. Na verdade, não foi um beijo. Foi o beijo.

– Quer ir comigo à Hogsmead? – perguntei, ainda ofegante quando nós nos separamos para pegar ar.

– Está me convidando para sair? – perguntou arqueando a sobrancelha.

Dei de ombros.

– Estou.

Seu rosto assumiu uma expressão desafiadora.

– E se eu não aceitar? – perguntou sorrindo.

– Bem, - sorri de volta. – nesse caso, vou ter de convidar Angie.

– Seu idiota. – ela riu. – Eu odeio você.

– Eu odeio você também. – respondi, ainda sorrindo, puxando-a pela cintura afim de começar mais um beijo.

James Potter

– Estão demorando, não? – sussurrei no ouvido de Lily.

– Devem estar aprontando alguma coisa. – sussurrou de volta, e eu senti os pelos do meu pescoço se eriçarem.

Era horrível estar nessa situação com Lily. Não me entenda mal, eu adoro poder estar andando ao lado dela e conversar sem receber seus gritos de volta. Mas vê-la todos os dias, interagir com ela todos os dias sem poder tentar nada é torturante. Lily fica hesitante até se tento dar um abraço nela.

– E vocês dois? – perguntei, olhando para Dorcas e Remo.

– Nós dois o quê? – Dorcas me olhou irritada.

– Quando vão se resolver?

– Não vamos os resolverenquanto Remo não parar de ser idiota. – respondeu.

– Não sou idiota. – ela resmungou.

– É sim! – Dorcas ralhou. – Lily, diga para Remo que ele é idiota.

– Remo, você é idiota. – Lily disse, claramente entediada.

– Não sou!

– Vocês dois são idiotas! – reclamei, e eles olharam para mim. – Porra, você se gostam, pra quê toda essa frescura? Sinceramente, Remo, se eu tivesse a oportunidade de namorar a garota que eu gosto, eu obviamente não iria fazer o que você está fazendo agora. Então parem de ser tapados e se resolvam logo, porque o fato que é que vocês não conseguem viver um sem o outro, caramba!

Depois de soltar tudo aquilo, me levantei irritado e fui em direção ao meu dormitório.