Whenever, Wherever
Morrer com Estilo
Narrador PDV
Minerva, Snape, Remo e Umbridge estavam de novo com a cara na grama, se pelo menos tivesse servido para diminuir o nariz de Severo... Eles se levantaram tontos, a primeira bruxa arrumou o chapéu na cabeça enquanto a última copiosamente arrumava o lencinho, só para provocar.
- Onde estamos? - perguntou Lupin. Olhamos a nossa volta. Era uma colina verde e florida. Na verdade, eram vários quilômetros de colinas verdes e floridas.
- Será que morremos? - perguntou Umbridge.
- Você não duvido, mas eu estou muita nova pra morrer – retrucou Minerva.
- Correção: Você ERA muito velha – rebateu Umbridge. Minerva nem teve tempo de retrucar, pois nesse momento um pedaço de papel que voava ao vento parou no rosto de Snape.
- Oh, veja, Severo, ele gostou de você – brincou Remo.
- O que um nariz não faz – comentou Umbridge.
- Cala a boca, Severina – comentou Snape baixinho.
Umbridge não entendeu, ou se fez de desentendida. Severo tirou o papel do rosto, intolerante, e passou a ler. Todos juntaram as cabeças.
Caros colegas,
Se estão lendo isso agora, é muito provável que a profecia de Sibila concretizou-se e fui capturado. Não poderia haver lugar mais seguro pra vocês que este, mas estão aqui graças à ideia genial de Hermione Granger de abrir um portal em plena Azkaban, o que nos custou muito caro, mas escapamos ilesos da aventura. Agora prestem atenção: Vocês devem voltar para Hogwarts o mais rápido possível e me encontrar. A chave do portal para a plataforma 9 ¾ está em algum lugar destas relevantes colinas, mas talvez vocês tenham que pagar um precinho a mais...
Fiquem atentos ao perigo.
Snape dobrou o pergaminho.
- Não sei porque ainda me surpreendo com essas coisas – disse Minerva seca.
- Sabia que havia algo de errado. Pessoal, Dumbledore precisa de nós! - disse Lupin heroicamente enquanto Umbridge bufava.
- E a aluna da minha casa – comentou Minerva.
- Nossa casa – corrigiu Lupin. Minerva corou, e desta vez ambos Snape e Umbridge bufaram.
- Ah, aí estão, vocês! Preciso de vocês pra trabalhar na minha fazenda! - disse um homem aproximando-se. Todos olharam-no perplexos. Snape, Umbridge, Remo e Minerva colhendo pepinos e tirando leite da teta da vaca? Ele deveria estar maluco.
- A varinha, Remo... - cochichou Umbridge.
- Era a isso que Dumbledore se referia... - disse Snape em tom desgostoso.
Remo ergueu a varinha. O homem riu.
- Você não vai querer fazer isso com um bruxo abortado... Ou vocês trabalham na minha fazenda ou eu jamais lhes mostrarei o portal...
- Uma maldição Imperius funcionaria... - cochichou Umbridge.
- Não, Snape tem razão embora eu faça o de tudo pra não concordar – disse Minerva firme e Remo abaixou a varinha calculista – o que temos que fazer?
O fazendeiro sorriu para nós.
- O celeiro espera por vocês...
Umbridge bateu o pé.
- POR QUE A LADY GAGA NÃO SURGE DETRÁS DE UMA BERINJELA LOGO E NÃO COMEÇA A DANÇAR POKER FACE?
Horácio, Lockhart, Sibila, Sprout e Flitwick caíram em um lugar muito parecido com o inferno, de acordo com eles. Quanto mais andavam, mais a temperatura subia e a lava parecia se aproximar cada vez mais, caindo em pequenos riachos e vertentes de lava. Eles pisavam em rochas e também sentiam a temperatura delas aumentar. Lockhart olhava pro local fazendo cara de nojo enquanto lia um papel.
- Meus sapatos estão quentes! - reclamou Sibila.
- Seis passos para a esquerda... - leu Lockhart.
- Seu idiota! Tinha em mãos um pergaminho que poderia ser uma valiosa informação do Professor Dumbledore e escolheu este ridículo mapa do tesouro! - Hagrid estava furioso.
- Deveria ter nos consultado, imbecil! - gemeu Pomona.
- Heeeeellooow, em que mundo vocês vivem? É óbvio que Dumbledore fez o mapa do tesouro também! - disse Lockhart demonstrando irritação - Rúbeo, por que você tem que meter Dumbledore em tudo? O velho NÃO está aqui, lide com isso, abutre!
- Acho que você errou dessa vez, Lockhart, e errou feio – disse Horácio trêmulo.
- Não, nós é que erramos! - disse Sprout – uma lhama toma decisões mais racionais que Gilderoy!
- Vamos nos meter em apuros por causa de você! - gritou Hagrid avançando pra cima de Lockhart. Pomona, Flitwick e Horácio tentaram sem sucesso segurá-lo. Lockhart jogou-se no chão e começou a fazer cara de pânico enquanto fingia ser a estrela de um filme. Sibila não moveu UM músculo.
- O olho que tudo vê sente...
- CALA A BOCA, SIBILA! - gritaram todos juntos.
Nesse momento o chão tremeu e todos caíram.
- MASOQ - gritou Hagrid confuso.
- Acho que é porque estamos próximos do tesouro! Faltam apenas alguns passos! - disse Lockhart começando a correr. Os outros ficaram rígidos, mas logo se recuperaram do susto enquanto aos gritos tentavam alcançar Gilderoy.
- Por que estamos o seguindo mesmo? - perguntou Hagrid sentindo-se um idiota.
- LOCKHART! - berrou Flitwick.
Eles pararam na frente de um verdadeiro lago de larva. Um barquinho de madeira que sustentava-se nela obviamente por mágica era a única coisa que poderia levar ao tesouro, mas só havia lugares para duas pessoas...
- É o que diz o mapa! Pode ser a saída! Uma passagem secreta!
- Gilderoy! Esqueça isso e vamos dar o fora daqui! - guinchou Flitwick, mas o outro nem o ouviu. Pulou no barquinho e para sua surpresa, Sibila pulou junto.
- Nada disso, o tesouro será MEU! - disse Lockhart com os olhos em chamas. Sibila ignorou e os dois começaram a brigar.
- PAREM DE SER IDIOTAS! Ai, onde eu fui amarrar meu jegue? - perguntou Pomona e quando os três iriam tirá-los do barco, Sibila acertou um soco no queixo de Gilderoy e cortou a corda que segurava o barco.
- VOCÊ OLHA BEM NOS MEUS OLHOS SUA VACA! - guinchou Sibila e desferiu outro soco no rosto de Lockhart, aterrorizado.
- NÃO! - gritou Hagrid enquanto Horácio não sabia se ria ou se chorava. Lockhart e Sibila metiam socos um no outro, um de cada vez, em um ritmo infantil. Quando chegaram na outra margem da rocha cercada por lava, leu a última frase:
- Se você chegou até aqui, saiba que não há tesouro, você é o tr...
Gilderoy ficou branco de medo. Nesse momento Sibila puxou o cabelo do professor Lockhart e ficou com sua peruca em mãos. Lockhart rapidamente puxou um punhado de terra e jogou em Sibila.
- TRAIDORA! - gritou Lockhart jogando-a na lava. A professora afundou e não se viu mais sinal dela. Hagrid, Pomona, Flitwick e Hagrid tentavam entender o que acontecia. Gilderoy fingiu choro.
- Era ela a traidora...
SIBILA?
Todos abaixaram a cabeça. Por dentro Gilderoy ria. Horácio murmurou algumas palavras pra si mesmo e Hagrid e Pomona começaram a chorar.
- Não vamos sentir falta dela – disse Flitwick. Nesse momento, para o espanto deles, um portal se abriu.
- VAMOS! - disse Gilderoy apressado.
- NEM SABEMOS PRA ONDE ISSO VAI NOS LEVAR.. - gritou Hagrid, mas o portal sugou todos os presentes nas duas margens e se fechou, sem deixar tempo para escolhas.
Minerva e Umbridge recolhiam o feno que estava jogando pelo celeiro. O professor Snape levou um tombo enquanto varria o esterco e quase quebrou a coluna. Remo tentava levar os animais para seus respectivos lugares, mas eles eram meio teimosos.
- Pelo menos a Umbridge está quieta, pois pode comer seu estrume matinal em paz – disse Minerva com a vassoura na mão tirando o suor da testa – eu não tenho algo tão pesado na limpeza há muito tempo!
- E depois diz que é nova demais pra morrer – disse Umbridge irônica. Minerva aproveitou que Snape e Remo estavam longe e aproximou-se da professora atarracada.
- Escuta aqui, cara de sapo... Eu não sei qual é o seu plano, mas é bom que você admita logo ser a traidora ou EU VOU FAZER VOCÊ ADMITIR!
A professora Umbridge riu de Minerva.
- Eu? Trair Dumbledore? Tenho cara de quem perde a madrugada ferrando os colegas? Pra que isso quando se pode dormir?
A professora McGonagall estreitou os olhos.
- Sei que você é capaz de tudo, Dolores.
A professora Umbridge sorriu cinicamente.
- Obrigada, Minerva. Mas aposto que está apenas tentando tirar o fardo das suas costas. Você sempre quis o cargo de Dumbledore!
Minerva arregalou os olhos.
- Você come lixo...
Nesse momento o celeiro tremeu. As duas pararam de discutir.
- Remo? - perguntou Minerva aproximando-se dele e empunhando a varinha. A porta do celeiro abriu-se e o dono do celeiro apareceu com uma espingarda na mão.
- Não.. Se mexam – disse ele tremendo e suando frio – é hoje que fico rico...
O homem atirou, mas Remo fez alguns movimentos com a varinha e a bala paralisou-se no ar.
- MATE-O! - gritou Umbridge.
- NÃO! - gritou Minerva. Snape tirou a varinha da mão de Remo bruscamente.
- Severo...
- Avada Kedavra – pronunciou Severo e um jato de luz verde saiu da varinha e acertou o fazendeiro que definhou.
- Fudeu, playboy, fudeu... - gemeu Minerva.
Nesse momento a temperatura esfriou e todos sentiram a mesma sensação gélida que sentiram em Azkaban. Dementadores estavam próximos.
- ELE NOS ENTREGOU! - gritou Snape.
- Gasp! - tossiu Umbridge. Snape continuou com a varinha erguida e os dementadores entraram no celeiro.
Lupin começou a rezar. Minerva aproveitou para recolher estrume com as próprias mãos e surpreendeu a professora Umbridge enfiando esterco na boca dela.
- QUERIDA MCGONAGALL, OH! - Umbridge parou no meio do cinismo, fez cara de japonesa e começou a cuspir e levantar como um cavalo.
- Se eu for morrer agora, morrerei feliz! Mexe com quem tá quieto!
Um dementador aproximou-se de Dolores. Ela tentou correr, tropeçou em uma enxada e nesse momento um portal se abriu, sugando os quatro professores.
Eles caíram novamente em um lugar desconhecido, mas dessa vez em uma loja.
- Conheço esse lugar... Esse cheiro de sangue-ruim... - disse Umbridge irritada.
- Bonito o visual, Dolores – comentou Lupin suado. Eles perdem a vida, mas não perdem a piada.
- Ah, Olivaras! - chamou Minerva quando viu o senhor passando e ele quase teve um infarto – o senhor precisa nos ajudar! Estamos sem varinhas e estamos sendo procurados...
- Minerva! - repreendeu-a Snape.
Olivaras engoliu em seco. Alguns segundos tensos se passaram.
- Vai nos ajudar, não vai? - Minerva estava pálida pela esperança.
E nada de resposta. Ele tossiu um pouco e todos sentiram que o clima não era dos melhores.
- Desculpem-me, mas eu não posso ajudar...
Minerva boquiabriu-se. Snape estalou os lábios.
- Você tem certeza? - perguntou Snape.
- Olivaras... - avisou Remo.
- Tenho – disse o senhor e ele sacou a varinha e em uma fração de segundo o rojão saiu de sua varinha, mas Snape era atento e revidou com um jato de luz vermelha. Eles começaram a duelar entre as estantes.
- Santo Deus, POR QUE TÁ TODO MUNDO IDIOTA HOJE! Venham Remo e Dolores, precisamos de varinhas – disse Minerva encostando nas varinhas das prateleiras longe de Snape e Olivaras. O mesmo fizeram os outros dois, precisavam que uma varinha os escolhessem...
Mas eles se distraíram quando ouviram chutes em uma porta. Minerva observou-a. Era um porão. Alguém estava ali.
- Não, Remo! Pode ser perigoso! - disse Dolores quando Remo começou a chutar a porta.
- Não temos tempo para seu pessimismo – retrucou Minerva que ajudaria se não fosse uma velhota caindo aos pedaços. Pelo visto até Olivaras estava mais inteiro. No sexto chute a porta escancarou-se e eles encontram o verdadeiro Olivaras e a verdadeira Hermione ali amarrados.
- Pelos pelos pubianos de Dumbledore! - gemeu Minerva e ajudou Remo a desamarrá-los. O falso Olivaras apareceu no fim do corredor e apontou a varinha para Hermione.
- Avada Kedavra! - disse ele e um jato de luz verde passou a centímetros de Umbridge (Minerva lamentou o fato de não ter acertado a inimiga) e que acertaria Hermione caso Olivaras não tivesse se jogado na frente.
- NÃO! - gritou Hermione chorosa. Ela tinha sofrido muito. Minerva olhou preocupada para o já morto Olivaras e desamarrou Hermione.
- SEVERO! - gritou Remo.
O falso Olivaras foi desarmado e Snape atingiu-o com outro rojão verde, fazendo com que o inimigo definhasse. Todos estavam perplexos. Snape abaixou a varinha.
- Precisamos ir rápido, antes que os dementadores cheguem, deram um prêmio de 1 milhão de galeões pela cabeça de vocês! - disse Hermione assustada.
- E agora? - perguntou Minerva. Umbridge e Remo se entreolharam e nesse exato momento um portal se abriu.
- Não consigo mais confiar nessas coisas – disse Minerva cansada pegando algumas varinhas e eles desapareceram no momento em que os dementadores invadiram o local. Adeus, Olivaras.
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