–Caroline? Está acordada? –alguém sussurrou.

Assenti e abri os olhos, olhando para todos os lados.

Eu desmaiara de novo? Não, não era possível.

–Ela está bem –a mesma pessoa gritou.

Olhei seu rosto e não pude reconhecê-la. Será que já havíamos no conhecido? Naquele momento minha cabeça estava mais confusa do que quando eu virara vampira.

–Quem é você? –perguntei, levantando um pouco o corpo.

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–Sou Lucy. Prazer em conhecê-la, Caroline.

–Idem –tentei sorrir –Onde estou?

–Essa é a casa do Enzo. Ele estava com você quando desmaiou.

–Hum –falei, tentando me lembrar dos últimos acontecimentos –Por quanto tempo eu dormi?

–Apenas algumas horas –ela respondeu, sorridente.

–Ufa! –suspirei –Obrigada por tudo, mas tenho que ir agora –sorri, levantando-me para pegar a bolsa e calçar novamente minhas pantufas.

–Tem certeza que pode ir sozinha? Posso pedir ao Enzo para acompanhá-la até a mansão dos Mikaelson –ela ofereceu, fazendo-me pensar qual era sua relação com Enzo.

–Obrigada, mas não é necessário –falei. Mal tinha dado dois passos quando parei, girando-me para encará-la –Mansão Mikaelson? Por que eu iria para lá?

Ela sorriu timidamente e me entregou um bilhete.

–Ligaram para você e eu atendi. Me desculpe, mas ele não parou de tocar até eu finalmente resolver atende-lo. Klaus Mikaelson deixara esse recado para você e disse que assim que acordasse era para ir até a casa dele e encontra-lo. Pelo que pareceu, precisam conversar urgentemente.

Assenti, em dúvida, e segui meu caminho até a casa de Klaus, imaginando o que ele poderia querer conversar comigo depois do que fizera. Será que havia recuperado a memória? Bom, achava isso um pouco impossível, mas acho que a esperança é realmente a última que morre.

Esperando que meus sonhos se realizassem, bati na porta da casa dos Mikaelson, sendo atendida por Rebekah.

–Caroline! Como é bom vê-la novamente. Não sabe o quanto as pessoas dessa casa estão. Sinto falta de alguém tão... normal –ela completou, olhando-me dos pés a cabeça.

Rapidamente me lembrei de que não estava com a minha melhor roupa e então puxei a blusa de frio para disfarçar ainda mais a blusa que estava por baixo.

Ela estava um pouco rasgada e com algumas manchas de tinta e eu calçava uma pantufa fofinha. Certamente ela estranhara, já que eu as usava apenas quando estava em casa por ser muito confortável.

Limpei a garganta e desviei o olhar.

–Me disseram que seu irmão, o Klaus, estava me procurando para podermos conversar um pouco. Ele está aí?

–Ele está no banho. Mas pode esperar na sala.

Assenti e entrei, um pouco tímida pelo olhar de compaixão de Rebekah. Assim como eu, ela sabia que aquele situação estava estranha. Se eu realmente fosse esperar Klaus sair do banho, esperaria no nosso quarto assim como fazia antes. Mas agora não há mais nosso. Não somos nem amigos. Pelo menos não mais.

–Mamãe! –Hope apareceu, engatinhando até mim.

Sorri diante daquela palavra e fui até ela, pegando-a no colo.

–Como vai minha garotinha? –perguntei, ainda sorrindo.

–Ela está bem –alguém disse, fazendo com que eu, Rebekah e Hope olhássemos para ele. –Agora, por favor, pode soltar a minha filha?

Olhei para ele, completamente surpresa com aquelas palavras e aquele tom rude. Rapidamente deixei que Rebekah levasse Hope dali, deixando-nos a sós.

–Estava mesmo querendo conversar com você –ele disse, sentando-se na poltrona que ficava na minha frente –Aquela mulher, a Lucy, ela foi obediente e a avisou, certo?

Assenti e deixei meus pensamentos me distraírem por tempo suficiente, poupando-me de ouvir toda aquela conversinha sobre como ele era poderoso, pai de uma linda garotinha e blá blá blá.

–Se você não for direto ao ponto, irei embora –avisei, ameaçando me levantar.

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Num único movimento ele me fez sentar novamente, ficando com o rosto poucos centímetros longe do meu.

Aquele momento teria sido perfeito se não fosse pelo simples fato de que os fantasmas começaram a voltar, fazendo com que eu sentisse uma dor de cabeça terrível.

–Está tudo bem, sweet? –ele perguntou e pela primeira vez pude notar uma preocupação verdadeira em seus olhos.

Balancei a cabeça negativamente, feliz por ele ter me chamado de sweet e triste por estar sentindo aquela dor terrível.

Ele passou a mão pelo meu rosto carinhosamente e eu pude perceber que as figuras assustadoras ao meu redor iam desaparecendo aos poucos.

Quando tudo já estava voltando ao normal, ele sorriu e aquilo que eu achava que era preocupação se transformara numa coisa terrível.

–Você é realmente apenas mais uma vadia vampira que encontramos por aí. Não merecia nem ter conhecido minha filha. Agora, por favor, vá embora e não me procure mais. Já é ruim o suficiente ter que aguentar seus amiguinhos andando de um lado para o outro na minha casa. Não quero ter que suportá-la também.

Mais uma vez, não pude impedir que as lágrimas não rolassem pelo meu rosto. Ele sorriu, satisfeito com o que suas palavras causaram.

Peguei minha bolsa que estava jogada no outro sofá e fui embora, deixando ele e sua fama de monstro sozinho.

Você é realmente apenas mais uma vadia vampira que encontramos por aí. Não merecia nem ter conhecido minha filha. Agora, por favor, vá embora e não me procure mais.

Essas palavras me atormentaram até eu enfim chegar na minha casa.

Não esperando por visitas, fiquei surpresa quando avistei Bonnie sentada em minha antiga cama.

–Precisamos... –ela parou quando percebeu que eu estava chorando –O que aconteceu? –perguntou, preocupadíssima.

Suspirei e limpei as lágrimas, decidida a contá-la tudo o que aconteceu nos últimos dias. Assim que terminei de fazê-lo, percebi que assim como o de Rebekah, seu olhar também era de compaixão.

–Sinto muito, mas não podemos perder tempo agora, mesmo que seja falando sobre Klaus. Temos coisas mais importantes para resolver.

Encarando o chão, bufei. Qual era o outro problema?

–Tipo quais? –perguntei.

–Talvez o fato de que você está sob o efeito de uma magia muito maluca –ela confessou –e o único que pode te salvar é Klaus.