Estava na locker room com Patterson quando finalmente Weller veio em minha direção. O dia havia sido longo e eu estava com muita saudade dele, especialmente pela indisposição havia me batido no dia.

— Ei vocês — Ele disse se aproximando e me abraçando por trás — Como foi o dia?

— Longo — Eu respondi encostando meu corpo no dele e Patterson riu perto da gente

— Improdutivo. — Ela respondeu bufando.

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Eu e Kurt ficamos de mãos dadas enquanto Patterson vestia seu casaco para ir pra casa.

— Tasha está te procurando. — Kurt disse para ela e ela se virou fechando seu armário.

— Ok, se vocês querem ficar a sós aqui não precisa de desculpas, chefe — Ela respondeu e eu ri.

— Não, ela realmente quer falar com você. — Ele disse sério.

— Ok. — Ela disse já na porta. — Boa noite para vocês.

— Boa noite — Eu respondi enquanto Kurt assentiu e eu me virei para ele, abraçando-o.

Nos beijamos por um tempo e eu só o abracei. Como eu amava sentir seu toque e estar perto dele. Me confortava, me trazia segurança, força. Ele não soltou minha mão e mesmo quando paramos de nos beijar ainda ficamos colados.

— Vamos para casa? — Eu disse depois de um tempo. — Estou precisando do seu carinho. Estou me sentindo cansada. — Eu disse sussurrando.

Ele me deu um meio sorriso e um beijo rápido.

— Eu… — Ele disse parecendo meio triste. — não vou poder dormir em casa hoje. Desculpa.

Eu o olhei diretamente nos olhos sem esconder minha tristeza. Eu estava precisando muito dele hoje. De deitar enrolada em seus braços e ficar conversando qualquer besteira ou vendo qualquer filme bem óbvio. Eu estava cansada e queria apenas um banho quente e sua companhia, mas eu não o teria. Seria uma longa noite como a da última vez que nós resolvemos dormir separados. Como nós estávamos apegados!

Eu suspirei fundo depois de um tempo absorvendo a informação.

— Ok. Boa noite. — Eu disse com um sorriso falso e dei um beijo rápido nele, já me virando para sair quando ele pegou em minha mão.

— Hey. — Ele disse me puxando mais pra perto dele e colocando seus olhos no meu. — Desculpa mesmo, ok? Tenho pendências urgentes aqui. Espero que você entenda. — Ele concluiu alisando meu rosto. Como eu amava sua ternura.

— Sem problema. — Eu disse dando um meio riso. — Não vai ser nada que eu não sobreviva, mas eu vou sentir sua falta. — Eu disse num tom breve.

Nos beijamos mais uma vez, mas dessa vez mais lentamente.

— Eu sei disso. Eu também vou sentir sua falta.

Depois que nos encaminhamos até o elevador, nos abraçamos demoradamente, até que ouvimos a campainha avisando que o elevador havia chegado. Entrei no elevador, junto com Reade que também aparentava estar encerrando seu expediente. Abri um pequeno sorriso para Kurt antes que as portas do elevador se fechassem.

XXX

POV Kurt

Assim que Jane adentrou o elevador, telefonei para Tasha avisando que ela já havia ido embora. Tasha tinha se voluntariado para me ajudar com a proposta de casamento, visto que eu não fazia ideia de como faze-la.

— Eu sei que eu me ofereci para ajudar, mas já quero dizer que talvez eu seja a pessoa errada para isso. — Tasha falou enquanto entrava na sala e fechava a porta atrás de si. — Olha para mim, tenho um total de 0 relacionamentos que deram certo.

Não pude deixar de soltar uma risada quando ela disse isso.

— Não tem problema. — eu disse enquanto ligava meu computador. — Dizem por aí que duas cabeças pensam mais do que uma.

— Ok, mas você já tem algo em mente? — a morena perguntou enquanto se sentava na cadeira do outro lado da mesa.

— Não. — eu disse com um tom de frustração na voz.

Me mantive encarando a tela do computador por um tempo, enquanto Tasha mexia em seu celular. Eu estava fazendo o máximo de esforço para conseguir pensar em alguma ideia decente, mas nada acontecia. O silêncio foi quebrado quando Tasha soltou uma risada. Voltei meu olhar a ela, que ria enquanto encarava seu celular. Nem precisei perguntar o que era, pois ela se virou para mim, e mostrou o celular.

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— Imagina se a Jane resolve fazer isso. — ela riu enquanto mostrava um vídeo.

Era um vídeo com os pedidos de casamento que deram errado, no qual a maioria das mulheres fugiam enquanto o homem fazia a proposta. As reações eram engraçadas, embora também fossem tristes. Eu segurei o riso, tentando manter a pose de sério.

— Você é a pior ajudante de todas, Tash.

— Eu sei disso. — ela concordou fechando o vídeo e se encostando-se na cadeira. — Fique tranquilo, a Jane não faria isso. Se tenho certeza de uma coisa, é que essa mulher te ama.

Não pude deixar de sorrir. Meu coração logo se aqueceu quando pensei em Jane, que provavelmente já estava em casa dormindo.

— E eu também sei que você a ama, Kurt. — a morena continuou.— Então não se preocupe, nós vamos encontrar o pedido perfeito.

— Eu espero que sim. — eu falei soltando um suspiro.

Enquanto eu conversava com Tasha, troquei algumas mensagens de texto com Jane. Uma delas me deixou preocupado, então resolvi telefonar. Saí da minha sala e fui para um canto reservado conversar com Jane, pois sabia que se eu permanecesse na minha sala, Tasha soltaria alguma piadinha. Passei um tempo conversando com Jane. Era impossível não notar o tom de tristeza que envolvia as palavras dela. Eu estava angustiado por deixar que ela passasse a noite sozinha, mas era por um bem maior. Depois que nos despedimos, retornei a sala.

— Era ela? — Tasha perguntou assim que eu entrei na sala e eu respondi que sim. — Deu para perceber. Ela chorou de novo?

— Não, mas ainda está triste por eu estar aqui e não em casa, com ela.

— E pelo visto você também está, né. — Tasha brincou percebendo que eu também estava cabisbaixo. — Relaxa, é só uma noite. Nenhum dos dois vai morrer por passar uma noite sem dormir junto. Aposto que a partir de amanhã vocês nunca mais vão se desgrudar. — ela ponderou me fazendo rir.

Passamos mais algum tempo discutindo ideias, porém nenhuma delas era muito original. Pelo menos não ao meu ponto de vista. Tasha até chegou a me chamar de muito exigente, mas tudo o que eu mais queria era fazer daquele um momento inesquecível. Que marcasse nossas memórias para sempre.

Após muitas sugestões, Tasha teve a ideia perfeita.

— Já sei. — ela deu um pulo da cadeira e pegou o tablet que estava em cima da minha mesa, abrindo as imagens do último caso que resolvemos. — E se nós usássemos as tatuagens? Afinal, foi por esse motivo que ela voltou para a sua vida.

Ali estava, a melhor ideia de todas.

Começamos a discutir como faríamos aquilo, até que decidimos pedir a ajuda de Patterson. Telefonamos para ela, que ficou empolgada com o plano. De sua casa Patterson nos ajudou a montar tudo. Passamos várias horas organizando as tatuagens para o pedido perfeito, que seria pela manhã, assim que Jane chegasse. Eu não poderia estar mais feliz e ansioso. Provavelmente amanhã nesta mesma hora eu estaria noivo da mulher que mais amo.

XXX

POV Jane

— Boa noite, Jane. — Reade disse me cumprimentando.

— Boa noite. — Respondi.

Ficamos em um silêncio constrangedor até que ele quebrou o silêncio.

— Você está indo para a casa de Weller? Eu posso te dar uma carona já que ele não está indo agora. — Ele disse sendo gentil.

Eu respondi com um sorriso.

— Obrigada. — Disse aceitando a carona.

Nunca fui muito próxima de Reade, mas o gelo que existia havia sido quebrado depois de um tempo. Entramos no carro e logo estávamos em trânsito.

— Como está você e Sarah? — Perguntei após uns minutos tentando quebrar o silêncio.

— Estamos bem. Principalmente depois que Kurt nos aceitou melhor. — Ele disse olhando de rabo de olho para mim. — Obrigada por isso.

Eu sorri ternamente.

— Não foi nada, Reade. — Eu disse por fim. — Vocês merecem ser feliz.

Ele sorriu com a constatação

— E você e Kurt?

— Estamos bem. — Eu disse um pouco desanimada por ele não poder dormir em casa hoje. — Apesar de…

— O quê? — Ele disse me interrompendo.

— Kurt anda um pouco estranho. — Eu disse finalmente. — Não sei se é coisa minha, mas ele tem estado aéreo às vezes e muito ocupado com o trabalho.

— Pode ser pressão do novo cargo, Jane, mas ele logo se acostuma. — Ele disse finalmente parando em frente ao apartamento de Kurt.

Eu já estava tirando o cinto quando Reade se virou para mim.

— Posso ser bem sincero com você? — Ele disse e eu parei ainda sentada e ele continuou antes que eu respondesse. — Logo que nos conhecemos eu julguei você pelo Kurt ter mudado com seu aparecimento, mas a verdade é que ele realmente mudou, Jane, mas para melhor. Ele é um agente ainda melhor, um amigo ainda melhor e ele anda mais alegre, com menos problemas por incrível que pareça. — Ele finalizou rindo e eu ri junto. — Ele pode estar passando por algo, mas nem se compara aos 25 anos que ele passou sem você, e você pode ajudá-lo a passar por tudo nesse mundo, eu não tenho dúvidas.

Eu sorri para ele. Sabia que ele estava sendo honesto.

— Obrigada pelas palavras. — Eu disse já descendo do carro. — Eu não o julgo pelo início. Mande abraços para Sarah, ok? — Eu disse e ele assentiu com a cabeça. — Boa noite.

Eu já havia entrado quando escutei seu carro partir. Não demorou até eu estar no apartamento de Kurt. Como aqui é silencioso sem ele. Tirei a roupa lentamente e tomei um banho enquanto deixava a comida esquentando. Não demorei e quando saí do banho arrumei a comida. Depois me servi e fui assistir algo na sala, mas nada que me distraísse. Fui para a cama tentar dormir, mas não resisti em pegar o celular.

“Sua cama é muito espaçosa sem você e eu odeio isso.” — Mandei e ele logo ficou online.

“Nossa cama.” — Ele respondeu

“Estou cansada e queria você aqui.” — Mandei com um emoji triste. Ele visualizou e logo meu celular tocou.

— Você está se sentindo bem? — Ele disse logo assim que atendi.

— Estou, mas odeio não ter você aqui. — Eu disse com voz manhosa. — Sua casa é muito grande para me ter sozinha aqui.

Escutei ele resmungando algo do outro lado e logo depois bufando no telefone.

— Você acha que tem fantasmas? Não sabe lidar com eles? — Ele disse em tom de brincadeira e eu ri.

— Não me zoa não, estou falando sério. — Disse tentando manter um tom sério, mas fracassando.

— Eu odeio não estar aí. — Ele disse.. — E não é minha casa, é nossa, amor.

Eu sorri involuntariamente para o nossa.

— Não pensei que fosse ser tão difícil não ter você aqui uma noite. — Eu disse respirando fundo.

— É só uma noite, ok? E eu ainda estou aí, no seu coração. — Ele finalizou.

— Eu te amo. — Disse e ficamos um tempo apreciando um o silêncio do outro.

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— Eu também te amo, Jane. — Ele disse após um tempo. — Tenha uma noite confortável.

— Você também. — Eu disse até que desligamos.

No máximo ela será confortável, pensei até que fechei meus olhos e adormeci.

XXX

Logo que cheguei ao escritório naquela manhã senti algo diferente. Não só pelo frio que fazia naquele dia, mas porque tudo parecia agitado. Me encaminhei para sala de Kurt depois de passar no refeitório para pegar café para nós, mas para minha surpresa ele não estava em sua sala. Saquei o celular enquanto ia para a Locker Room para falar com ele já que desde a última vez que tínhamos nos falado tinha sido a noite. Por que ele estava me torturando com sua ausência? Ao olhar na tela do celular, uma mensagem:

“Bom dia, amor. Pode vir direto para a sala da Patterson? Temos algo a resolver.”

Bufei antes de responder. Eu sempre gostava de me despedir dele do nosso modo antes de irmos para o laboratório, mas dessa vez parecia ser urgente.

“Estou indo.”

Respondi e poucos segundos depois eu estava lá. Ele havia trocado de roupa, mas estava a sós.

— Você tem roupas aqui? — Disse passando a mão pela sua blusa enquanto o abraçava. — Bom dia.

— Oh... — Ele disse olhando para o próprio terno. — Sim. Já fazia um tempo que essas peças estavam aqui e aproveitei que estavam limpas. Bom dia. — Ele respondeu finalizando com um beijo.

— Onde estão Patterson e os outros? — Perguntei depois que nos afastamos.

— Então… — Ele começou e deu um riso para mim. Eu amava vê-lo feliz daquele modo. — Hoje eu sou sua Patterson.

Não podíamos deixar de rir.

— Ok. Ela e os outros tiveram que resolver uns problemas, então eu acabei me adiantando com o assunto para falar com você. — Ele finalmente disse.

— Ok. O que temos hoje? — Eu perguntei ainda com um pouco de deboche por ver ele com o tablet e as telas sob seu comando. Kurt nunca foi muito fã de tecnologia.

Eu me sentei sob um banco que havia perto da bancada de Patterson a frente de sua mesa digital principal. Kurt sentou ao meu lado e puxou minhas mãos.

— Jane. — Ele começou com um sussurro e me virei para ficar totalmente de frente para ele. — Algumas coisas mudaram desde que você entrou aqui, e na minha vida. — Ele disse rindo e abaixando a cabeça como quem lembrasse de algo e logo depois olhou para mim. Seus olhos estavam tão claros. — Eu era apenas um agente especial, acabei virando agente de operações graças a você e suas tatuagens — ele continuou, dessa vez traçando um de seus dedos na colmeia que havia em minha mão. — e agora sou diretor dessa unidade. — Ele completou.

— E eu tenho muito orgulho disso. — Eu disse sorrindo do modo mais sincero que meu sorriso poderia mostrar, porque era bom lembrar o que tínhamos nos tornado da Time Square até aqui.

— Mas não foi só isso. Por sua causa também eu me tornei um homem. Um homem mais trabalhador, mais honesto e que perdoa. Eu me tornei a melhor versão de mim. Uma versão que eu não conhecia. Eu quero muito te agradecer por isso. Por você finalmente me fazer feliz e me trazer a felicidade. Por eu me senti feliz de nascer em nascer do sol.

— Kurt… — Tentei falar algo em meio as lágrimas que corriam na minha bochecha agora rosada e sorridente, mas ele passou seus dedos entre uma de minhas lágrimas e depois em meus lábios.

— Essas suas tatuagens… — Ele começou enquanto selecionava algumas de minhas tattoos na bancada digital da Patterson. — Elas não significaram somente crimes e corrupções para mim. Elas significaram minha vida depois de você. E tudo que eu quero que você me responda está nelas. — Ele finalizou tirando as mãos da bancada e colocando uma de suas mãos firmemente na minha. — O que você me diz?

Eu olhei para a bancada e vi a coisa mais linda que Kurt já havia me mostrado. Eram algumas letras de algumas tatuagens aleatórias, mas essas letras formavam: “Casa comigo?” Eu não poderia nem nos meus melhores dias descrever tudo que eu estava sentindo naquele momento. Era um misto de nostalgia com felicidade plena. Algo que eu nunca tinha sentido antes. Eu estava me afogando em lágrimas e finalmente não era de nervosismo, preocupação, estresse. Era de amor, do amor do Kurt comigo. Eu o olhei e nossos olhos brilhavam mais que os dias mais claros de sóis.

— Então… — Ele completou escorregando uma caixinha sob as letras e abrindo. Havia uma linda aliança dentro. — O que você me diz?

— Sim! — Eu disse mais alto do que poderia imaginar e logo o agarrei para um beijo. Eu mal poderia acreditar que era possível eu me sentir tão feliz como eu estava agora.

Nos separamos para que eu pudesse limpar minhas lágrimas. Nós colocamos nossas alianças e depois de nos beijarmos novamente passei meus dedos nas bochechas de Kurt, que também estavam molhadas com suas lágrimas.

— Agora você será uma Weller. — Ele disse quando eu o abracei. Eu senti minha vista escurecer e me agarrei em seu pescoço e sussurrei em seu ouvido.

— Essa será a maior alegria da minha vida. — Eu completei. Antes de fechar meus olhos e desmaiar nos braços de Kurt.

XXX

POV Kurt

Alguns minutos depois de Jane ter sido levada ainda desacordada pela enfermeira, a equipe toda aparece na pequena sala de espera do edifício. Eu estava muito nervoso. A parte mais tensa do pedido já havia passado, porque então ela tinha desmaiado depois? Eu sabia que ela andava estranha por esses dias, mas será que ela estava com alguma doença e não queria me contar? Eu não sabia o que esperar.

— Ei, o que aconteceu com Jane? — Patterson perguntou chegando mais perto. Todos estavam me olhando.

— Eu não sei. — Disse olhando pra ela nervosamente. Tasha me abraçou.

— Vai ficar tudo bem. A pressão dela só deve ter caído ou algo assim. — A morena disse.

Eu dei um sorriso falso e nervoso pra ela e depois de mais uns segundos de silêncio eu prossegui.

— Eu não sei o que aconteceu. Ela aceitou o pedido. — Eu disse mostrando nossas alianças agora em meu dedo. — E nos abraçamos e logo era estava desmaiada. E se ela tiver doente, e se… — Eu disse mas a enfermeira me interrompeu.

— Sr. Weller, pode me acompanhar? — Ela disse com um papel na mão.

Eu apenas acenei e a equipe ficou. Fui andando por um corredor com a enfermeira, mas ela não falou nada.

— O que aconteceu, enfermeira? — Eu disse quando ela ia na minha frente.

— Jane está bem, mas ela ta na sala. Ela precisa falar com você. — Ela disse sorrindo e abriu a porta.

Ao entrar, Jane estava numa cadeira com medicação no braço. Eu entrei lentamente e ela me olhou. Eu sentei na sua frente, puxando a cadeira pra ficar mais próximo dela.

— Hey amor, — eu comecei tocando em sua mão. Nossas alianças se tocaram pela primeira vez. — você está bem? — Eu disse e olhei pro seu rosto. Ela estava sorrindo.

— Sim. — Ela disse acenando com a cabeça e abriu um sorriso ainda maior ainda. — Eu estou super bem. Foi só um enfraquecimento, mas eu já estou melhor. — Ela finalizou passando a mão em meu rosto e com seus olhos se enchendo de lágrimas. — E você?

— Você está chorando, Jane. O que aconteceu? — Eu disse alisando meus dedos no dela. Ela apertou minha mão com ainda mais força e voltou a sorrir.

— Quando nós nos conhecemos, quando isso tudo começou entre nós eu não sabia se poderia voltar a saber o que era estar bem, mal, triste, feliz. Eu tinha medo de nunca mais voltar a ser feliz plenamente, Kurt. Eu tinha esse medo até algumas horas atrás. — Ela disse e me deu um selinho rápido nos lábios. — Eu nunca pensei que pudesse ser mais feliz do que eu fui por agora sabendo que vou casar com você, mas eu me enganei. — Ela finalizou puxando minha mão mais pra si.

As lágrimas já corriam pelos nossos olhos quando nos olhamos firmemente, conversando como sempre fizemos pelo nosso olhar.

— Eu não vou ser uma Weller. — Ela disse sorrindo e colocando nossas mãos juntas por debaixo de sua frouxa camisa, sob sua barriga. — Nós seremos, Kurt, porque eu estou grávida!

Nós nos olhamos firmemente antes de nos beijamos novamente firmemente. Eu não tinha ideia do que era plenitude até sentir o que eu senti hoje. A felicidade plena ao saber que teria Jane, teria fruto de toda aquela imensidão que sempre ameaçava explodir meu coração toda vida que eu a via ou que encostava nela.

— Eu nunca vou cansar de dizer que te amo! — Eu disse até me abaixar e descobrir a barriga ainda pequena dela.

Nos olhamos e ela riu.

— Acho bom não cansar mesmo, porque agora você terá que dizer para duas pessoas! — Ela disse com um ar de convencimento nos fazendo rir.

— Não é um problema. — Eu disse tocando suas mãos, beijando sua aliança e ajoelhado a sua frente. — A coisa mais real que eu posso dizer hoje na minha vida é que eu amo vocês! — Eu finalizei e ela me beijou. Nos beijamos na certeza de que tudo aquilo era real. Que nada nessa vida era mais forte e real que nosso amor!

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.