- Ele está trancado ai a quanto? Algumas horas? Nem sei por que veio para os estúdios hoje. – disse Ringo, apontando para a sala fechada onde estava George Harrison – Deve estar fazendo algum tipo de “protesto” para George Martin deixar ele colocar Cítara em uma música.

- Só o George pra fazer isso mesmo – disse John, abrindo a porta.

De lá de dentro, saiu o cheiro de incenso e o som de uma cítara. Havia uma energia inimaginável dentro da sala, parecendo que todo o Universo estava lá. Infelizmente, toda aquela energia fugiu quando John abriu a porta.

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- Eu pedi – disse George, ainda com a cítara na mão e os olhos fechados – para não entrarem...

- Mas Georgezinho – disse John, irônico como sempre – temos uma emergência aqui sabia?

- Emergência? Que tipo de emergência?

- Ataque! – começou a gritar o Capitão – Pepperland foi atacada! Pelos Malvados Azuis! Precisamos de ajuda! A de avião, J de jacaré, U de urso, D de dado e A de Ajuda!!!

- Você precisa é de meditação. Iria melhorar muito essa sua... doença?

- Bem George – disse John – nós vamos embarcar num submarino, e iremos a Pepperland. Não quer vir, fique ai com seus incensos e tudo mais... – disse ele, e deixou a sala, sabendo que George iria atrás deles.

- Submarino? Mas... ei John! – disse George, saindo da sala e indo atrás de John.

- Depois explicamos tudo George. Agora vamos encontrar o Paul.

Andaram pelos estúdios, e finalmente chegaram à sala em que Paul estava.

- Paul – disse John

- Ah John! Já ia te chamar, por que... – então John o interrompeu

- Estamos saindo Paul, voltamos mais tarde, ou amanhã talvez. Não nos espere acordado. Vamos rapazes. – disse ele, e deu meia volta, e os outros o acompanharam.

- Como assim sair? – disse Paul indo atrás de John, estúdio a fora– temos de gravar aqui! John está me ouvindo? E quem é esse... Capitão?

- Ah muito prazer, meu nome é Capitão – disse ele calmamente, depois mudou completamente de atitude, e começou a gritar – Ajuda! Precisamos de ajuda! Música! Os Malvados...

- Sim, sim – interrompeu John – já sabemos. Malvados Azuis, “Papel”land, submarino e tudo mais... aliás, onde está esse submarino?

Estavam os cinco lá fora, mas não havia nenhum submarino por perto, ou qualquer outra coisa parecida.

- C-c-certo – disse o Capitão, tirando um pequeno submarino do bolso, que não tinha mais de 10 cm. Apertou um botão, e o submarino começou a aumentar.

Chegou a uma altura estupenda, muito grande. Do tamanho de um submarino normal, para ser específico. Era praticamente bonitinho e amarelo obviamente. Em cima havia 4 periscópios, e havia 8 janelas pequenas e redondas de cada lado. Todos entraram e os Beatles ficaram surpreendidos. Por dentro o Submarino Amarelo era muito maior. A sala de comando era bem decorada com várias cores, e as paredes eram cheias de botões pequenos. Milhares e milhares de pequeninos botões forravam as paredes. Na parte principal da sala havia os controles principais, e nos fundos tinha um velho sofá e uma mesinha simples, para se tomar chá John presumiu. Abaixo daquela sala havia os motores e todas aquelas coisas complicadas que não são nada divertidas.

- Incrível! – disseram os quatro, o Capitão entrou e foi direto para os controles principais.

- Ok, isto é lindo, divertido e tudo mais – disse Paul – mas temos de voltar para o estúdio, George Martin vai ficar... – então foi interrompido por George Harrison.

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- Olha só! – disse ele, vendo uma salinha pequena, que era o banheiro – o submarino é amarelo, mas a privada é verde!

- Vejam – disse John, mexendo numa impressora perto dos controles principais – está imprimindo um relatório... uma partitura pra ser mais exato. Compasso 4/4, clave de sol, e começamos com um lá sustenido, ré bemol, si em semicolcheia... – e continuou lendo em voz alta a partitura.

- Que curioso – disse Ringo – este botão. Está escrito “Música Clássica, Lá menor” vou apertar... – então o Capitão gritou

- Não encostem em nenhum botão! É perigoso, ainda não saímos de terra firme!

Até Paul começou a gostar, pois viu um violão de 24 cordas num canto. Nunca tinha visto um igual aquele. Depois de George e John falarem milhares de vezes para o Capitão contar o que havia acontecido em Pepperland, ele os chamou para sentar em pequenas cadeiras de plástico, apagou as luzes e acendeu um projetor que começou a mostrar um desenho antigo de cores fracas, com um piano clássico tocando no fundo. John conseguiu identificar a música “The Entertainer”

- Pepperland, uma terra de alegria, amor, paz e música! Muita e muita música! – dizia o narrador, enquanto os desenhos animados apareciam na tela – baseado em regimes socialistas, Pepperland é um dos melhores lugares para quem quer viver com tranquilidade e paz, aproveitando os maiores bens da vida.

“Fundada a vários e vários compassos musicais atrás, Pepperland nunca precisou de um governante ou coisa do tipo. Temos apenas um prefeito para decidir que cor será o céu em determinados dias, e para chamar pessoas para trabalhar em seu departamento, que hoje é formado por 23 milhões de funcionários, que ganham fortunas e nem precisam ir trabalhar! Aqui a única coisa que importa é a música! Ela já foi usada como moeda local, deusa para sustentar as igrejas, e até como combustível para carros. Hoje nada disso existe mais. Não, hoje só temos coisas boas em Pepperland!”

“Infelizmente, a alguns compassos atrás, sempre tivemos guerras para manter a paz. Principalmente contra os seres obscuros que chamamos de Blue Manies. Eles aterrorizaram nosso país, congelando-o e sumindo de vez com todas as cores. Mas nossas defesas são sempre maiores e conseguimos vencer os Malvados Azuis na última guerra. Nossos maravilhosos cientistas programaram uma das nossas maiores montanhas para trancar os Blue Manies nela. E agora nunca mais atrapalharão a sua paz e tranquilidade em Pepperland! Venha conviver aqui conosco, temos lotes novos e maravilhosos a sua espera! Estamos localizados a 150 léguas submarinas do Mar Esverdeado. Entre em contato pelo telefone...”

Então o vídeo foi cortado, o Capitão acendeu as luzes, olhou pra eles e disse:

- Então... é isso. Os Blue Manies se libertaram, congelaram e destruíram as cores em Pepperland. Precisamos de música para descongelar, e trancá-los de volta na sua montanha. Eles fogem e perdem os poderes ao som de qualquer nota musical.

- Eu acho – disse Paul – que esse vídeo é um bom jeito de anunciar o lugar não?

- Sim, parece um bom lugar para morar – disse George.

- Não é isso senhores – disse o Capitão – precisamos da sua música para salvar Pepperland. Vocês vão comigo?

- O que acham pessoal? – perguntou John

- John – disse Ringo – você praticamente nos arrastou até aqui dentro, e Capitão, você devia ter perguntado isso antes não devia?

- De um jeito ou de outro – disse o Capitão – eu já acionei o botão que irá nos tele-transportar até Pepperland, e vocês não tem escolha – ele disse, com um sorriso simpático de “Há! Peguei vocês!”

Então o Submarino levantou do chão, e começou a viajar através dos confins do tempo e do espaço.