No capítulo anterior...


— HARRY JAMES POTTER.


Para muitos, aquela voz era definitivamente desconhecida. Mas Harry, que estava no lado oposto à porta - o lugar de onde fora ouvido o grito -, tinha certeza de quem se tratava: era Ginny Weasley.


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Capítulo 17


Ao ouvir a voz tão conhecida, o moreno dos olhos verdes paralisou. Todas as lembranças que tivera ao longo dos anos na presença da ruiva vieram à tona, e, embora uma parte de si quisesse abraçá-la para nunca mais deixá-la partir, o sentimento que predominava em seu íntimo era meramente a raiva. Raiva por tê-la deixado quando partiu em busca das Horcruxes; raiva por não ter impedido-a de ir jogar nas Holyhead Harpies, enquanto ele, Harry, apenas ignorava o fato e se dirigia ao treinamento na Academia de Aurores. E foi essa raiva que fez com que o garoto caminhasse até as figuras surpresas de James e Lily e de uma Ginny furiosa.


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— O QUE VOCÊ PENSA QUE ESTÁ FAZ... — a ruiva Weasley continuou gritar, encarando James como se ele a tivesse traído.


— GINNY! — Harry interrompeu-a. A cabeça de cabelos flamejantes virou na direção do moreno e, antes que pudesse fazer algo a respeito, sentiu seu braço ser puxado casa adentro, e não teve escolha senão seguir o moreno, que os encaminhava para seu quarto naquela linda Mansão sob os olhares curiosos de todos os convidados.


Quando já se encontravam fora do alcance auditivo da festa, Harry se pronunciou.


— Olha, Ginny, eu não sei o que você está fazendo aqui, mas eu... – Começou a falar, já pensando em alguma coisa para dizer à garota que amava quando se interrompeu. – Espere um pouco! Como você veio parar aqui?


— Eu... Não sei. Eu... Estava... Harry! – Entre gaguejos e expressões sem nexo a garota estancou. Arregalou os olhos e levou as mãos até o rosto do moreno à sua frente, segurando-o de forma delicada, como se qualquer movimento brusco pudesse quebra-lo. – Aquele... Era seu pai? – Sussurrou.


Harry apenas assentiu com a cabeça, sem desviar o olhar um tanto assustado.


— Vocês... São idênticos! Meu Merlin! Eu preciso dar uma saudação ao meu sogro que nunca conheci. – Falou a ruiva, tentando livrar-se das mãos do garoto-que-sobreviveu e já ia virando-se em direção ao baile quando ele a impediu mais uma vez.


— Não! Você não vai sair daqui antes de conversarmos, Ginny. – Brigou o mais velho.


— Conversar sobre o quê, Harry? Conversar sobre como você me deixou sozinha? Sobre como você simplesmente me deixou viajar naquele time de quadribol com a filha da mãe da desculpa de que era o melhor para mim? Como se o melhor para mim fosse ficar longe de você. Ah, me poupe Harry Potter! Não aguento mais seu egoísmo. – A garota Weasley desviou o olhar para um lugar qualquer, tentando impedir que Harry visse as lágrimas que já se formavam em seu olhar.


— Não fale como se soubesse de tudo, Ginevra. Você não sabe o que eu senti esse tempo todo. Não foi você que ficou seus últimos anos de Hogwarts vendo a pessoa que amava saindo com vários outros sem ser você. Não fui eu que beijei mil e um garotos para esquecer alguém.


— Mas foi você que a largou para ir atrás de um cara sem nariz! – Poderia ter rido se o momento não fosse tão sério.


— MAS FOI PARA O SEU PRÓPRIO BEM! – Gritou o garoto, já irritado com a situação. – Você

queria que eu fizesse o quê? Te levasse junto comigo? – Perguntou, um tanto irônico, e retornou a gritar quando viu ela assentir. – VOCÊ MORRERIA, GAROTA!


— MAS LEVOU A HERMIONE!


— É diferente. – O moreno dos olhos verdes abaixou a cabeça, mordendo os lábios levemente. Logo em seguida levantou o rosto e levou as mãos até as bochechas da garota, acariciando-as. – Eu não aguentaria perder você assim, Ginny... – Aproximou o rosto do dela, inclinando o próprio e sussurrou contra os lábios dela. – Eu a amo tanto, tanto...


Poderia tê-la beijado naquele instante. Poderia tê-la feito sua naquela hora. Ter matado a saudade. Poderia ter feito muito mais se não fosse alguém adentrar o local com um sorriso sacana no rosto: Sirius.


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Alheios à tudo que acontecia no outro compartimento, James finalmente parou de beijar Lily, mantendo entre eles ainda uma proximidade íntima, as testas coladas uma na outra, as respirações batiam uma na outra, ofegantes.


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— Eu... Eu consegui? - O moreno sussurrou, ainda ofegante e com os olhos serrados.

— O... O que? - Lily parecia estar com a mente viajando em lembranças, momentos distantes que ela vivenciara com aquele que chamara de irritante e à poucos minutos dera-se enfim conta de que estava perdidamente apaixonada por ele.


— Você é minha agora, Lily? - Tornou a indagar o garoto Potter.


Lily sorriu e seus olhos brilharam.


— Agora e para sempre, James.


Pronto. Bastou aquela resposta para que as mãos de James fossem imediatamente à cintura da ruiva e a agarrasse forte, levantando-a no ar delicadamente enquanto mantinha um enorme sorriso no rosto. Tão rápido quanto a suspendeu, trouxe os pés da ruiva de volta à superficie. Parecia que não poderia ser mais feliz do que estava agora, tinha finalmente agarrado a ruiva para si e ninguém iria tira-la de sua posse.