Você me faz forte

What if I want to try?


Quando Rosalya ia dizer alguma coisa alguém bateu na porta e era Alexy.

— Desculpa incomodar, mas Rosa poderia me ajudar nos figurinos?

— Que figurinos? - disse não entendo nada.

— Ah... Quando eu fui te procurar e você estava naquela situação - ela riu - eu ia falar justamente disso, a diretora disse que vamos fazer uma peça para os pais e eu e Alexy estamos responsáveis pelos figurinos.

— Entendi. Que peça vamos fazer?

— Ainda não decidimos, por isso estava atrás da Rosa e de você mocinha - Alexy disse rindo - bom, vamos lá - ele pegou na mão de nós duas e nos guiou até o ginásio onde todo mundo já estava.

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— Ai estão as perdidas - diretora disse brincalhona, me dava medo quando ela estava assim, alguma coisa aconteceria - bom, estão todos aqui, sei que falta Castiel, mas com tudo o que aconteceu com ele eu relevo dessa vez. Enfim, qual peça vocês querem fazer? Aproveitem que estou deixando vocês escolherem, qualquer confusão que der eu mesma escolho.

— Quais são as opções? - Lysandre disse lá no fundo, nem tinha percebido sua presença ali.

— Tanto faz, desde que eu tenha o papel principal - Ambre disse esperançosa.

— Se você tiver o talento para tal, talvez você tenha - diretora disse direta, todos começamos a rir e Ambre ficou vermelha de raiva. - Continuando, temos Alice no País das Maravilhas e...

— AH - Alexy deu um grito que todos se voltaram para ele - Podemos fazer esse, me veio ideias ótimas para o figurino - ele bateu palminhas e todos rimos.

— Alexy, bem menos, não esquece que eu também irei fazer os figurinos - Rosa disse nervosa, mas sem deixar de rir daquela situação.

— Tudo bem, eu me acalmo, mas poderíamos fazer essa.

— Estão todos de acordo? - a diretora perguntou e todos assentimos. - Então está feito, essa será a peça. Bom, as audições serão na quarta-feira, espero que não faltem - dito isso ela saiu deixando todos surtando ali.

— Já estou vendo minha cara de idiota fazendo isso - era a voz de Castiel, olhei para trás com tudo, parecendo a menina do exorcista.

— Não me imagino fazendo essa peça - Lysandre disse pensativo, como se estivesse falando sozinho.

— Eu também não, mas já que somos obrigados, talvez podemos aproveitar isso - falei enquanto me virava pro mesmo.

— É, vai que talvez seja divertido - ele deu um sorriso e Castiel bufou, não entendi, mas não quis dizer nada.

— Vai ser muito divertido e vocês ficaram lindos - Alexy se aproximou de nós gritando e nos fazendo rir.

— Alexy aquieta por favor? Não sei como está com toda essa animação, é apenas uma peça idiota - Castiel disse revirando os olhos e Alexy se encolheu.

— Gosto desse filme, do desenho, gente JOHNNY DEPP faz o chapeleiro SOCORRO - Alexy disse animado, o que não deixava de ser engraçado.

— Queria estar morta - Rosa disse batendo a mão na testa enquanto todos riam - Não acredito que terei que aguentar isso - ela falou se referindo ao Alexy.

— Daria de tudo para estar no seu lugar, iria me divertir horrores com ele - falei dando de ombro e ele se aproximou de mim, me dando um abraço de urso.

— Essa é minha Bellinha - ele sorriu.

— Bellinha... - Castiel disse com um sorriso travesso, era bom ver que ele estava dessa vez sorrindo de verdade.

— Apelido carinhoso - Alexy deu de ombro.

— Tábua - Castiel riu e todos olharam pra ele sem entender, mas eu entendia perfeitamente.

— Se eu gostasse bom... De mulheres, eu queria uma tábua dessa lá em casa - disse Alexy e Rosa tampou a boca dele, Castiel sentou no chão para rir e me encolhi escondendo meu rosto com minhas mãos.

— É... Acho que vou dar uma volta pela escola - disse sem olhar para trás, saindo de toda aquela situação constrangedora, só o Alexy para me deixar assim.

Comecei a vagar novamente, passava pelas salas e todas estavam vazias, só havia nós ali e decidi ir para a nova sala que era a de ciências. Encostei a porta e entrei, como esperado não havia ninguém ali, quando ouço o barulho da porta sendo trancada, bati nela e gritava pedindo socorro, mas ninguém parecia me ouvir. Peguei meu celular, mas estava sem bateria, então sentei no chão e fiquei encarando aquelas carteiras.

Horas se passaram e nada de alguém aparecer, olhei pela janela e não havia ninguém lá fora, minha barriga já estava roncando e comecei a rir sozinha, mas não tinha nada ali para comer e estava com muita fome. Sentei em uma das cadeiras e deitei sobre a mesa, acabei dormindo. Acordei e já estava de noite, fui até a porta e comecei a gritar, talvez Cassy, Lys ou o Nath estivessem aqui como todas as noites. De repente ouço uma voz e era Nathaniel.

— Bella? O que está fazendo ai?

— Estava andando pela escola como sempre e resolvi entrar aqui, quando percebi alguém tinha trancado a porta. Abre por favor, estou morrendo de fome. - disse colocando a mão na barriga, ouvia ela fazer barulho e me encolhi.

— Calma - ele disse tranquilamente enquanto abria a porta, como ele tinha as chaves de todas as salas. Quando abriu sai correndo e o abracei - está tudo bem, o professor deve ter trancado achando que não tinha ninguém.

— Deve ter sido isso - falei soltando do abraço e respirando fundo, olho por cima do ombro dele e estão Castiel e Lysandre nos encarando.

— O que está acontecendo aqui? - Castiel gritou quase como se tivesse com ciúmes, fiquei feliz e preocupada ao mesmo tempo.

— Fiquei trancada na sala de ciências e o Nathaniel abriu pra mim - dei de ombro.

— E pode me explicar o por que de estarem abraçados?

— Está boladinho? Cara, primeiro que eu saiba a Bella não é nada sua pra você ter esses seus ataques, segundo ela me abraçou porque quis e isso não é da sua conta - ele bateu a mão na testa bufando - vou indo, antes que eu perca a cabeça, se cuida Bellinha - ele riu e deu um beijo em minha testa e então saiu trancando a porta da sala e nos deixando ali.

— Nathaniel já disse por mim e então vou para casa, minha mãe deve estar quase surtando. - ri fraco - Boa noite meninos - beijei a bochecha de cada um e sai.

— Espera - era a voz de Castiel - eu vou com você, está de noite e eu e Lysandre já ensaiamos, então não vou deixar você sair sozinha essa hora - ele respirou fundo - Desculpe por aquela cena agora pouco, não sei por que fiz isso.

— Porque ficou com ciúmes? - falei sem pensar (tive que fazer isso).

— Ahm... Só não gostei de ver você abraçando aquele idiota - ele disse enquanto passava a mão pelos cabelos.

— E isso não se chama ciúmes?

— Bella, eu... Preciso de um tempo sabe? Depois de tudo que eu passei acabei não entendendo mais meus sentimentos. Antes de Debrah voltar eu... - ele ia dizer quando respirou fundo, não estava acreditando que aquilo finalmente estava acontecendo, ergui as sobrancelhas, confusa e ele continuou - eu tinha certeza de que eu sentia algo por você, mais que apenas uma amizade e pensei: e se eu quiser tentar? Se ela quiser tentar? O que aconteceria? Será que daríamos certo? - ele suspirou - e quando ela voltou todas as coisas na minha mente vieram à tona, nossos momentos juntos, o sorriso dela e tudo que passamos e minha cabeça virou um caos de confusão e eu não estava aguentando mais, quando a ficha dela e a minha caiu, eu percebi que você sempre tentou me alertar e esteve do meu lado mesmo eu sendo um grosso com você e isso que me encantou, de verdade, seu modo de ser com seus amigos, por mais que leve nas costas sempre está disposta a ajudar e Bella, eu... - ele parou de falar e quando olhei na mesma direção que ele, estava vindo um carro em alta velocidade e travamos ali, quando me direcionei para ele, no ato de puxá-lo mais rápido para a calçada, senti uma dor insuportável e apaguei.

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