O local era escuro e frio, e mesmo já estando lá uma vez, Jack não conseguia se acostumar com a sensação daquele lugar. Era angustiante, e ele sentia um enorme peso no coração. Não sabia ao certo explicar aquilo, só esperava que Elsa estivesse bem. Imaginar que ela estava sozinha naquele palácio de gelo o deixava com um peso na consciência, mas fez o possível para manter aqueles pensamentos o mais longe possível. Não queria ser pego desprevenido.

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Caminhando cautelosamente, ele adentrou naquele buraco escuro em busca de Breu, mas aparentemente estava vazio. As jaulas, onde meses antes as fadinhas estiveram confinadas, agora encontravam-se vazias. No entanto, somente sua presença tornava o ambiente ainda mais macabro e sombrio.

Inicialmente achou que fosse apenas uma impressão, porém ao olhar para o chão e constatar alguns cascalhos se movendo, ele soube que algo se aproximava. Ao longe, viu os cavalos negros se aproximando, mas não recuou.

Manteve-se onde estava e em poucos segundos, estava sendo rodeado por uma manada deles. Eram grandes, ferozes e negros, mas não lhe impunham nenhum medo. O modo como balançavam o pescoço de um lado para o outro, os suspiros profundos, a forma como o chão tremia cada vez que seus cascos pesados se chocavam contra o solo, tudo contribuía para aumentar a raiva do Guardião.

O relincho dos cavalos, que mais se assimilavam a gritos de tortura enchiam os ouvidos de Jack, fazendo-o se sentir levemente atordoado. Quando um deles empinou afim de derrubá-lo, rapidamente o atacou com seu cajado.

O cavalo se desfez em uma nuvem de poeira negra, que se dissipou por um breve momento, logo voltando a se reagrupar, personificando o próprio Bicho Papão. Diante de sua presença, os outros cavalos recuaram alguns passos, mas se mantiveram presentes.

— Ora, mas a que devo a honra de sua visita, Jack Frost? Estava com saudades? - ele perguntou enquanto se aproximava do rapaz com a expressão mais cínica possível. - Algo me diz que está procurando por algo... Talvez isto aqui.

Ao terminar sua frase, estalou os e uma palheta da Fada do Dente apareceu em sua mão. Ele a virou entre os dedos por um momento, antes de mostrar a foto de Elsa para Jack.

— Devolva. Agora. - o rapaz proferiu por entre os dentes cerrados.

— Por que eu faria isso?

Jack esticou o braço para segurar a palheta, mas num outro estalar de dedos a mesma desapareceu. Com força, o Guardião impulsionou seu cajado contra Breu diversas vezes, ao passo que este sempre desviava prontamente de seus golpes. Numa última investida, Breu segurou seu cajado com força pela ponta encurvada.

— O que você quer com as memórias de Elsa? - Jack esbravejou de modo furioso.

— O que eu quero? - ele indagou retoricamente. - Diga-me, por que eu abriria mão do controle desse coração tão fraco e medroso? É claro que o pequeno detalhe dessa garota ter se tornado seu principal ponto fraco foi apenas um bônus.

— Devolva as memórias da Elsa, senão...

— Senão o quê? Diga-me Frost, o que você vai fazer?

Ao invés de palavras, Jack usou sua força. Puxou seu cajado para trás com brutalidade, tirando-o das mãos de Breu. Ambos iniciaram uma batalha intensa. Após alguns momentos, o Espírito da Neve foi enfraquecendo seu inimigo aos poucos. Após atingi-lo com uma rajada de gelo, Breu deslizou pelo chão.

— Acha que tudo vai se resolver quando me derrotar, Frost? Você não entende nada mesmo. Aquela garota nunca será livre. E sabe por quê? Porque o maior pesadelo dela... É ela mesma.

Com fúria, Jack correu, diminuindo rapidamente a distância entre eles. Quando estava a poucos passos dele, levantou seu cajado para então abaixá-lo com força. Num gesto de defesa, Breu virou o rosto para o lado oposto e ergueu a mão esquerda. Para bloquear o golpe, a palheta retornou a sua mão.

Fora tudo tão rápido que Jack não pudera evitar o ataque. Quando seu cajado tocou a palheta de Elsa, o mesmo congelou instantaneamente, logo se partindo em mil estilhaços que rolaram soltos pelo chão. Soltando seu cajado no chão, o Guardião se ajoelhou e tentou inutilmente recolher os pequenos fragmentos. Breu se levantou do chão, soltando uma risada alta, maquiavélica.

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— Satisfeito Jack Frost? Finalmente disse a que veio. Você conseguiu arruinar tudo, de novo. Agora não importa o quanto se esforce, aquela garota nunca mais se recordará dos momentos que tiveram juntos. - ele se virou, caminhando calmamente em direção a mais profunda escuridão. - De qualquer modo, não fará muito diferença. Ela não vai durar muito.

— O que quer dizer com isso? - Jack perguntou, sentindo sua voz levemente embargada. Não podia acreditar que havia estragado tudo.

— O quê? Você achou mesmo que ela estaria segura naquele ridículo castelo de gelo? Eu já disse, ela nunca estará segura. Pois onde quer que vá, seu inimigo sempre estará junto. Ela é prisioneira da própria pele.

Dito aquilo, Breu se dissipou como fumaça no ar. Naquele local, só restou a escuridão, o frio e a frustração de Jack Frost. Ele podia ver, no chão, os fragmentos de gelo brilhando como pequenos cristais. Não sabia com que expressão tornaria a olhar para o rosto de Elsa. Mas ele tinha que voltar. Havia feito uma promessa, e não ousaria quebrá-la.

Mas antes, ele devia desculpas à alguém. A uma Guardiã, especificamente. Jack voltou até o Palácio das Fadas com a expressão mais derrotada possível. A Fada se aproximou histericamente dele e perguntou sobre os dentes da pequena Elsa, mas ele apenas meneou negativamente com a cabeça.

O Coelho da Páscoa ainda pensou em descarregar suas críticas sobre o jovem Guardião, mas depois de analisar bem sua expressão, desistiu. Certamente não havia sido sua intenção, no final das contas.

— Me diga... O que acontece quando uma pessoa perde os dentes de leite? - ele perguntou num tom baixo e meio mórbido.

— Os dentes representam as memórias das pessoas. - a Fada explicou. - Se ela tiver suas memórias bem vivas em sua mente, não acontecerá nada. Mas se ela esquecer de algo e eventualmente vier a tentar se lembrar, será impossível.

Sandman se aproximou lentamente de Jack. Com sua areia mágica, ele desenhou o castelo de gelo, apontou para o rapaz e fez uma rápida mímica de quem corre. Ele sabia que deveria voltar, só não tinha certeza como.

— Jack. - a Fada do Dente lhe chamou em meio a um choro discreto. - Você deve encontrar essa menina e pedir-lhe desculpas. É o mínimo que pode
fazer por ela.

Ele sabia disso. Não demorou um segundo sequer antes de alçar voo, direito para Arandelle.

Ao chegar no castelo de gelo, Jack suspeitou da ausência de movimento. Subiu lentamente as escadas, a pé. Era uma forma de adiar, nem que fosse por alguns segundos, seu encontro com Elsa. Ele realmente estava temeroso sobre o que estava para acontecer. Não queria que ela o odiasse. Mas também, não ficaria admirado se isso acontecesse. Ele bem que merecia.

Ao estar de frente para os portões, ele respirou fundo. "O que tiver de ser, será", ele concluiu. Bateu na porta e ambas se abriram ao mesmo tempo. Do lado de dentro, ao invés do aspecto elegante e delicado de antes, Jack viu a mais pura destruição. Estalactites de gelo brotavam de um lado do chão. Do outro, um paredão parecia separar a sacada do hall. E ao centro, o lustre estava estilhaçado no chão.

O Guardião observou tudo aquilo espantado, imaginando o que poderia ter acontecido ali, embora internamente ele já soubesse. Alguém esteve lá. E para que Elsa tivesse aquele tipo de reação adversa, deveria ser alguém realmente indesejável. Ele se aproximou do lustre quebrado. Um pouco mais a frente, havia uma pequena poça de sangue. Não era muito, mas só a realização de que ela poderia estar ferida fez Jack se encher de raiva e sair imediatamente do castelo.

Seguiu até o castelo de Arandelle o mais rápido que pôde. Não queria sequer imaginar o que poderia estar acontecendo com ela. Na praça principal, havia um grande alvoroço. Tudo estava afundado em neve. Soldados corriam de um lado para o outro. Jack adentrou o castelo e vasculhou todos os quartos, mas nem sinal da Rainha. Ele não se preocupava com empregados ou soldados de caminhavam dentro do palácio, afinal, não era visto por eles.

Após ouvir uma rápida conversa entre dois subalternos, descobriu que Elsa se encontrava numa das masmorras. Demorou um tempo até que encontrasse o a localização da mesma. Não havia guardas lá, provavelmente todos estavam no andar de cima, preocupados com a tempestade que não cessava.

Jack encontrou uma última porta, totalmente vedada, de onde ele ouvia o som ferro se movimentando. Ele tentou abrir a porta, mas estava trancada. Se concentrou por um momento, logo uma chave, feita de gelo, encontrava-se na palma de sua mão. Ele abriu a porta lentamente, tentando evitar o som das dobradiças velhas. Elsa estava de pé, puxando as correntes que envolviam suas mãos. Assim que percebeu a presença do rapaz dentro da cela, pensou em correr até onde ele estava mas as mesmas correntes a impediram.

— Jack, eu fiz de novo! Eu machuquei a Anna de novo, mas eu não fiz por mal. Eu só queria que ela fosse embora, para protegê-la. Ah não, eu estraguei tudo.

— Elsa, se calme, você não estragou tudo. Ainda temos tempo de resolver.

— Como? - ela esbravejou, imensamente angustiada. - Se eu não for embora, Arandelle vai desaparecer debaixo da neve e vai ser tudo culpa minha.

— Calma, uma coisa de cada vez. Vamos tirar você daqui, antes de tudo. - ele pensou por uns instante, antes de decidir o que faria. - Puxe a corrente o mais forte que conseguir. Estique bem os braços, assim.

Jack recuou alguns passos e, com seu cajado em mãos, ele o ergueu num segundo e abaixou no outro. Quando a madeira se chocou contra a corrente de metal, imediatamente congelou, tal como acontecera com a palheta. Elsa deu um último puxão forte, libertando suas mãos.

Ela correu imediatamente para os braços de Jack, que a abraçou de maneira forte, tentando demonstrar que tudo ficaria bem, embora ele mesmo não tivesse certeza daquilo.

— Elsa, você tem que parar a tempestade.

— Eu não posso fazer isso. Eu só sei congelar, não sei como descongelar. Talvez, se eu for embora, a tempestade passe...

— Se isolar não é a solução! Onde quer que você vá, o gelo vai estar com você. O que você tem que fazer é aprender a controlá-lo.

— Mas eu não tenho tempo para isso agora! Jack, eu preciso que me faça um favor. - ela segurou ambas as mãos do jovem rapaz antes de proferir seu pedido. - Pare a tempestade.

Ele recuou alguns passos e viu a seriedade no rosto de Elsa enquanto ela fazia aquele pedido. Havia entendido suas intenções. Se ela não conseguia parar a tempestade, talvez ele conseguisse, muito embora não estivesse certo daquilo. Não sabia se conseguiria controlar uma magia que não lhe pertencia.

Só que naquela altura não havia tempo para hesitações ou conjecturas. Ele tinha que ao menos tentar. Era o mínimo que podia fazer por ela. Ambos destruíram a parede da cela, que dava para o lado de fora do castelo. Elsa corria o mais rápido que conseguia para longe de Arandelle enquanto Jack tentava chegar na origem da tempestade. O vento estava extremamente forte e mesmo sendo um Guardião, estava difícil de controlá-lo.

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Ele tentou, de diversas maneiras, parar a tempestade, mas nada surtia efeito. Ou a magia de Elsa era imensamente superior à sua, ou ele realmente não tinha controle nenhum sobre uma tempestade originada por uma fonte de magia diversa. Quando estava prestes a fazer sua última tentativa, tudo parou. Literalmente.

A ventania havia cessado, assim como a tempestade. Por um momento, ele achou que suas tentativas haviam surtido efeito, mas logo percebeu o quanto estava enganado. Os flocos de neve estavam paralisados no ar. As nuvens não se moviam. A neblina havia se dissipado e tudo ao seu redor estava estático. Ele se recusava a acreditar que aquilo era possível. Desceu rapidamente, ainda mantendo uma distância considerável.

Elsa havia feito algo que ele sempre achou que fosse impossível. Havia congelado o tempo.

Ela chorava copiosamente, abraçada a uma estátua de gelo. Não precisava de muito para que ele percebesse que aquela era Anna. Mesmo que acidentalmente, ela havia congelado o coração da menina. Lentamente, uma rena e um rapaz robusto se aproximaram, sem dizer uma única palavra. O pequeno boneco de neve que ele havia visto antes também estava lá. Ele queria se aproximar de Elsa e confortá-la, mas nada poderia amenizar uma perda daquelas.

Ele entendia o que ela sentia. Em sua vida passada sempre zelou muito por sua irmã, até o dia em que para salvá-la ele teve de sacrificar a própria vida. Não se arrependia disso. Nesse momento, Elsa deveria estar se sentindo mal por não ter feito o mesmo. Passar uma vida isolada parecia inútil se, no final das contas, Anna terminara como vítima de seu gelo incontrolável.

Foi o grito do pequeno boneco de neve que o fez despertar de seus devaneios. A cor voltava ao rosto de Anna lentamente, sem que a mais velha percebesse. Apenas depois de algum tempo, Elsa percebeu o corpo de Anna tornar-se quente e quando se afastou levemente, viu a mais nova viva, corada e sorrindo-lhe com carinho.

Ambas se abraçaram com força, ainda em silêncio. Palavras não eram necessárias naquele momento.

Jack sorriu consigo mesmo. O amor de Elsa pela irmã era forte o suficiente para descongelar seu coração. Logo, o tempo voltou ao normal, mas já não tinha que se preocupar com a tempestade. Ela havia desaparecido.

Já havia uma hora que as pessoas patinavam no pátio do castelo. Elsa tentava ensinar Anna a usar seu patins, mas a mais nova era descoordenada demais para entender aquilo. Não que fosse algo extremamente importante. O fato era que elas estavam próximas como nunca. Elsa agora era livre para rir, tocar e falar com sua irmã sem medo de nada.

— Anna, me ajude aqui!

Ambas irmãs se viraram e viram Kristoff tentando inutilmente levantar a rena. Sven havia deslizado de tal forma que suas patas estavam abertas sobre o gelo. Anna sorria como uma criança para o rapaz e aquele detalhe não passou despercebido pela mais velha. A caçula se virou, pedindo permissão com o olhar pra Elsa.

— Tudo bem Anna, pode ir. Mas diga-me uma coisa primeiro. A quanto tempo vocês se conhecem? - a caçula corou levemente antes de responder.

— Dois dias... - ela disse num sussurro baixo. Elsa começou a rir e Anna não pôde deixar de fazer o mesmo.

Anna estava prestes a se virar e ir ao encontro de Kristoff quando seus olhos passaram rapidamente sobre a fachada do castelo. Imediatamente, ela pulou sobre os braços de Elsa, surpreendendo a mais velha.

— Elsa, eu amo você também!

A mais velha estava incrédula quanto a reação de Anna. A caçula apontou para a fachada do castelo. Sobre o muro de pedra, flocos de neve estavam agrupados formando a frase "Eu amo você". Elsa não conseguiu conter o sorriso em seu rosto, mas nada disse. Apenas retribuiu o abraço da irmã, que em seguida correu até onde Kristoff e Sven estavam. Com o vento, os flocos de neve se dissiparam, como se nunca tivessem estado ali.

A Rainha aproveitou a distração de todos para entrar no castelo. Ela andava o mais rápido que conseguia e por um momento se aborreceu com as grandes escadarias e os largos corredores. Quando finalmente estava de frente para a porta de seu quarto, parou um momento e respirou fundo, só então empurrando a porta com rapidez.

Jack estava sentado na janela. Ele recebeu a garota com um sorriso de canto, meio envergonhado. Elsa correu até seus braços, abraçando-o com força. Ela não tinha palavras para descrever seu estado de felicidade atual.

— Jack, aquilo foi... Simplesmente lindo.

— O quê? Não sei do que você está falando. Tudo que sei foi da belíssima declaração que você fez pra sua irmã. - ele respondeu se fazendo de desentendido.

— Seu bobo. Anna tirou suas próprias conclusões antes que eu pudesse dizer qualquer coisa.

— Eu sei. - ele respondeu e se calou por um momento. Agora vinha a parte difícil. - Elsa, eu preciso te contar uma coisa. É sobre as suas memórias...

Antes que ele pudesse continuar o que estava dizendo, Elsa colocou um dedo sobre seus lábios. Ele a encarou confuso, mas ela sorria ternamente.

— Olha, eu não quero te decepcionar, mas... Eu não quero me lembrar. Digo, eu não preciso de coisas que ficaram no passado. Eu estou extremamente feliz e satisfeita com o que eu tenho agora. Tudo o que quero é construir um futuro melhor.

Depois daquela declaração, Jack não pôde deixar de sorrir largamente. A realização de que eles estavam muito próximos um do outro não lhe passou despercebida. Ele mexeu levemente numa mecha do cabelo loiro de Elsa, soltando-a da trança enquanto aproximava seu rosto do dela vagarosamente.

Ela não recusou ou recuou diante do que veio em seguida. Inicialmente, o beijo era calmo. As mãos de Elsa estavam sobre o pescoço do Guardião, roçando levemente as unhas no cabelo acinzentado do rapaz. Jack bagunçava levemente o cabelo de Elsa, soltando pequenas mechas de sua franja da trança.

Quando se separavam, ambos sorriam. Não havia melhor definição para a palavra 'felicidade' do que aquele momento dos dois. Não tardou até que estivessem se beijando novamente. Dessa vez o beijo era um pouco menos calmo e mais necessitado. Elsa segurava o rosto de Jack entre suas mãos, enquanto ele a puxava pela cintura para que se aproximasse mais.

Eles tinham aspectos parecidos. Ambos estiveram sozinhos por longo tempo. Ambos eram pessoas "frias". Ambos amavam incondicionalmente suas irmãs mais novas. Mas quando estavam juntos, não havia solidão ou frieza.

Porque quando estavam juntos, eram unidos por aquele sentimento morno, que só conseguiam sentir um pelo outro, mais ninguém.

Elsa prometera a Anna. Nunca mais os portões seriam fechados. E prometeria a Jack mais tarde. As janelas estariam sempre abertas, mesmo para os visitantes mais inesperados.

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.