Por Violetta:

— Violetta, quanto tempo, estava com saudades! Você continua linda! Adorei seus cabelos mais curtos e loiros, ficaram bem pra você! - disse-me enquanto me abraçava.

— Tomás, o que faz por aqui? - perguntei-lhe um pouco assustada pelo seu abraço.

— Esqueceu que moro na Espanha?

— Sabia que morava em Madrid, estivemos lá no ano passado e não nos encontramos. O que está fazendo em Sevilha?

— Tenho feito alguns shows pela Espanha, minha carreira nem chega perto da de vocês, mas não posso reclamar. Acompanho a trajetória de vocês pelo YouMix, quando estiveram em Madrid, eu estava viajando. Cheguei hoje em Sevilha para uma apresentação e soube que estavam aqui, resolvi aproveitar a oportunidade para te ver e encontrar o pessoal também.

— Não estamos mais no YouMix, eles nos abandonaram depois da morte do Antônio, quando mais precisávamos do patrocínio. Quase perdemos o Studio On Beat, não foi fácil, mas conseguimos contornar a situação.

— Eu soube. Como estão as coisas entre você e León? Ainda tem dúvidas sobre o que sente por ele? Estão namorando? Será que ainda tenho alguma chance contigo?

— Tomás, não tenho dúvidas do que sinto pelo León, eu o amo, estamos juntos e melhores do que nunca. Eu já não sou aquela adolescente que você conheceu, sei muito bem o que eu quero e o que sinto. Não quero que se iluda, meu coração é do León e de mais ninguém. Não alimente esperanças sem fundamento.

— Violetta, eu estou brincando! Fico feliz que vocês estão juntos, León é um cara de sorte, sempre te amou, e você, por mais confusa que estivesse naquela época, amava ele e não a mim. Eu também encontrei o amor, conheci uma garota maravilhosa e estamos noivos, ela se chama Nina.

— Que bom Tomás, por um momento achei que estava falando sério. Somos amigos e gostaria que continuássemos assim.

— Agora que esclarecemos tudo, me leva onde estão todos? Estou querendo saber das novidades.

— Tenho certeza que eles adorarão te ver, vamos até o pátio, devem estar tomando o café.

Seguimos conversando até onde a galera se encontrava, Francesca foi a primeira a vê-lo, vindo correndo ao encontro de Tomás, logo todos estavam cercando-o, felizes pelo reencontro. León, após cumprimentar Tomás, passou o braço ao redor da minha cintura, me trazendo para perto, como se tivesse medo de me perder. Será que ele acha que eu ainda gosto do Tomás? Não, ele sabe o quanto eu o amo, ainda mais depois de tudo que passamos, deve ser coisa da minha cabeça. Retribuí seu abraço e dei-lhe um beijo.

Tomamos o café relembrando o nosso primeiro ano no Studio, quando ele ainda se chamava Studio 21, apresentamos o Diego, a Gery e o Clement ao Tomás, já que eles não estavam lá no tempo dele. Era muito bom reencontrar o Tomás, estarmos todos reunidos novamente, os amigos que conquistei depois de muitos anos de solidão. O melhor foi ver nos olhos do León que ele não se importava com a presença do Tomás, não havia ciúmes, apenas a certeza de que tenho amizade pelo Tomás e nada mais.

Despedimo-nos de Tomás, estava na hora de irmos ao aeroporto e, finalmente, voltarmos para casa. Resolvemos almoçar lá mesmo, para não perdermos o voo. Já no avião, sentei-me com León, segura em seus braços, deixei-me levar pelas lembranças do tudo o que aconteceu na minha vida até agora.

Saí de Buenos Aires aos cinco anos de idade, depois da trágica morte da minha mãe Maria Castillo, mais conhecida como a famosa cantora Maria Saramego, que ocorreu na sua última turnê, quase não lembrava dela, tinha apenas algumas fotografias. Meu pai, Germán Castillo, fechou seu coração, não sabendo lidar com a perda, resolveu levar-me para Madrid, me protegendo de todas as formas, fui criada longe da música, sem amigos, estudando em casa com professoras particulares, como uma princesa encerrada na torre do castelo. Viajávamos o mundo todo, por conta da empresa de engenharia do papai, mas nunca pude conhecer os lugares em que chegávamos, minha vida era quase um aeroporto por mês.

Regressamos a Buenos Aires, no início do mês de março, semanas antes do meu aniversário de 16 anos, papai estava noivo de Jade Lafontaine, ela e seu irmão Matias, praticamente moravam lá em casa, pois a empresa da família deles havia falido, inclusive Matias cumpriu prisão domiciliar sem que percebêssemos. Jade amava o papai, mas ele não sentia o mesmo por ela. Ela era fútil e não nos dávamos bem, sempre querendo me afastar do papai, mas na sua frente fingia que gostava de mim.

Naquela época, o que me consolava era que eu tinha voltado para casa, minha antiga casa. Sentia saudades de Olga e Ramallo, meus únicos aliados. Olga cuidava da casa e de mim com muito amor, sempre muito exagerada e passional, às vezes me sufocava, mas eu a amava. Ramallo era o braço direito do papai, seu amigo e fiel escudeiro, o único que era capaz de ser sincero com ele sem medo das consequências, dizendo-lhe quando estava errado, tentando fazê-lo entender o que eu sentia e precisava, defendendo-me com unhas e dentes. Ele era formal, educado e fugia dos abraços e das investidas de Olga, com a sua famosa expressão: “espaço pessoal”. Não sei o que seria de mim sem eles!

No primeiro dia em Buenos Aires, a minha professora Elza se demitiu, tive mais uma discussão com papai, não queria outra professora, desejava estudar como qualquer garota da minha idade, também não queria nenhuma festa para comemorar meu aniversário de 16 anos organizada pela Jade, não conhecia ninguém aqui e ela também não me conhecia. Saí de casa escondida e esbarrei no Tomás Heredia, ele me encantou, era alto, bom, pelo menos pra mim, pois tenho 1,60 m, ele devia ter 1,75 m de altura, de cabelos negros e olhos azuis. Não conversamos muito, afinal eu era tímida, voltei pra casa sem sequer dizer o meu nome.

Quando cheguei em casa, encontrei a Angie, que seria minha nova professora. Mal sabia eu que ela era Angeles Saramego, a minha tia, irmã mais nova da minha mãe. Não imaginava que tinha uma tia, tampouco uma avó. Só mais tarde fiquei sabendo que voltamos para Buenos Aires porque minha avó Angélica havia procurado papai em Madrid. Papai havia cortado relações com a família da mamãe, depois da sua morte, com medo que o gosto pela música me levasse ao mesmo fim dela. Sei que foi egoísmo da sua parte, me privar de conviver com elas, mas hoje entendo suas razões.

Angie se tornou a minha mais nova aliada, papai não se lembrava dela, pois ela tinha apenas 16 anos quando partimos para a Espanha, mas Ramallo e Olga a reconheceram e guardaram seu segredo até de mim. Angie, além de me dar aulas, era professora de canto no Studio 21, uma das melhores escolas de música da América Latina.

A primeira vez que entrei no Studio 21, me apaixonei pelo lugar, a música fluía. Conheci o Antônio Jerez, um espanhol que era o fundador, ele havia sido professor da minha mãe e conhecia bem o papai também. Ele era um senhor muito simpático, de cabelos bem brancos, sempre incentivando a todos. Pablo Galindo era o diretor, tinha sido colega da Angie, seu melhor amigo. Havia o Beto, na verdade Roberto Benvenuto, que era o professor de música, sempre alegre e estabanado. O professor de dança era Gregório Casal, enérgico e exigente, nunca estava satisfeito e detestava o Pablo, era o que parecia.

A muito custo, consegui convencer o papai a me deixar estudar piano com professor particular e com a ajuda de Ramallo fui até o Studio. Lá encontrei León, Ramallo nos apresentou, pois o pai do León fazia negócios com o papai e por isso os dois se conheciam. Primeiro fiz aulas particulares com o Beto, depois criei coragem, fiz o teste para entrar no Studio e passei, mas tinha que fazer tudo escondido do papai, se ele descobrisse, era capaz de levar-me novamente para fora do país.

No Studio fiz meus primeiros amigos, a Francesca Cauviglia, uma italiana de cabelos negros que tinha vindo estudar aqui quando o irmão Luca assumiu a administração do restaurante dos tios, a Camila Torres, a ruiva que ainda não havia achado o seu estilo, às vezes usava visual hippie, emo, roqueira ou punk e o Maximiliano Ponte, ou simplesmente Maxi, mais conhecido como menino rapper, como Gregório o chamava.

Além deles, havia a turma dos populares, formada pela Ludmila, Nathália, León e Andrés. Ludmila Ferro chamava o Studio de formigueiro, tratava todos como se fossem formigas insignificantes, a loira era a legítima patricinha que pisava em qualquer um, intitulava-se uma estrela, ou melhor, uma supernova, não media esforços para tirar alguém do seu caminho. Namorava o León, ela era a única que o chamava de Lion e ele parecia não se importar. León Vargas era alto, 1,80 m de altura, cabelos castanhos e lindos olhos verdes, exibia Ludmila como se fosse um troféu, era muito arrogante e esnobe, tinha vindo ainda criança do México. Nathália Vidal era espanhola, seu pai era diplomata, era a melhor amiga de Ludmila, mas era tratada por ela como se fosse uma escrava. Andrés Calixto era o melhor amigo de León, ambos eram os mais velhos do grupo, tinham 18 anos. Andrés era uma criança grande, por vezes entendia o que lhe era dito no sentido literal da palavra, causando grandes confusões.

Tomás também conseguiu entrar no Studio, saiu do emprego de entregador do restaurante do Luca e passou a ser assistente do Beto. Ludmila e Francesca começaram a disputar a sua atenção, sendo que Ludmila montava diversos planos para me prejudicar e ficar perto de Tomás, tentando conquistá-lo.

No meio deste grupo, entrei eu, a garota tímida e insegura, que não conhecia o talento que tinha e tudo foi mudando. Fiz as minhas primeiras apresentações e me apaixonando pelos palcos. E, por incrível que pareça, com meu jeito comecei a unir esta turma.

León terminou com Ludmila e começou a se aproximar de mim, mudando completamente as suas atitudes, deixando de ser arrogante, se tornando compreensivo, carinhoso e amigo de todos. Foi ele quem mais me incentivou e me ajudou a encontrar a minha vocação. Passei a ficar dividida, não sabia se gostava dele ou de Tomás. León compôs para mim Voy Por Ti, retratando a nossa situação. Ele nunca desistiu de mim, foi com ele o meu primeiro beijo, até namoramos por um tempo, mas as minhas dúvidas acabaram nos afastando, embora ele tenha ficado ao meu lado como amigo.

Depois do show que fizemos no meio do ano, o Studio 21 fez uma parceria com o portal YouMix, Antônio nos apresentou o Marotti, produtor do portal. Tivemos mais dois colegas novos, Federico Paccini e Broduey Oliveira. Federico veio da Itália como aluno de intercâmbio, para participar do Talentos 21, desafio online do portal do YouMix, ficando apenas dois meses. Ele era filho de uma amiga de papai, por isso ficou hospedado em nossa casa, era quase da altura de León, cabelos castanhos claros e um grande topete, era um pouco convencido, mas acabamos nos tornando grandes amigos. Já Broduey veio do Brasil, o único negro do grupo, dançava como ninguém, sempre de roupas coloridas e dono de um carisma ímpar, não demorou muito para conquistar o coração da Camila.

Aquele ano passou rápido, papai acabou não casando com a Jade, se apaixonou pela Angie, sem saber que ela era sua ex-cunhada, mas descobriu toda a verdade, sobre quem era a Angie e que eu estava no Studio e, como sempre, quis me levar pra longe, dessa vez íamos para os Emirados Árabes. Já tinha me despedido de todos e mesmo que eu e o León tivéssemos uma conexão incrível, chegamos a sonhar com a mesma música: Podemos, eu ainda estava indecisa, pois tinha trocado um beijo com Tomás. Decidi ficar sozinha, até ter certeza do que sentia. Não participaria do show do final do ano, porque papai, além de não me apoiar, estava me levando para o aeroporto no mesmo dia. Porém, antes de chegarmos no aeroporto, ele escutou a mensagem da Angie com uma gravação minha e entendeu que a música era parte de mim, resolvendo aceitar a minha vocação e me levar para o show.

Depois do show, Tomás voltou para a Espanha e todos viajamos de férias, pra lugares diferentes, acabamos nem fazendo festa para os 19 anos do León, que foi em dezembro, até porque ele ainda estava chateado por eu não ter voltado com ele. Eu precisava de um tempo, pra ter certeza do que eu sentia por ele.

Retornei para o segundo ano no Studio 21 morrendo de saudades dos meus amigos, mas principalmente do León, entendi que estava completamente apaixonada por ele e, desta vez, não teria ninguém para atrapalhar. Doce ilusão! Que ano difícil! Não gosto nem de lembrar do quanto eu sofri!

León havia começado a fazer motocross e, aparentemente, estava disposto a me esquecer, já que não nos falamos durantes as férias e ele achava que eu ainda estava confusa sobre os meus sentimentos. Para piorar a situação tinha a Lara Cortez, que era a mecânica na sua equipe de motocross e estava disposta a lhe conquistar.

Como se isso não bastasse, chegaram dois alunos novos no Studio, Marco Tavelli, um mexicano que se encantou com a Fran e, seu melhor amigo, o espanhol bad boy Diego Hernández. Diego cantava Yo Soy Así, se achava irresistível, rei dos corações partidos e começou a fazer de tudo para me conquistar.

Quando parecia que eu e León estávamos nos acertando, Diego conseguia estragar tudo! Tirava o León do sério, criando situações só para provocar-lhe ciúmes, fazia questão de se aproximar de mim e me perseguir por onde eu ia, o que deixava León furioso, além de dar a entender que talvez eu pudesse estar divida como no ano passado. Só que eu nunca estive indecisa, mas, mesmo assim, o León cansou, não queria mais sofrer e começou a namorar a Lara, para o meu desgosto.

Além de todo o horror que virou a minha vida amorosa, papai e Angie não se entendiam, não admitiam que estavam apaixonados, a situação era tensa entre os dois. Papai conheceu a Esmeralda e começou a namorar, aparentemente ela era uma boa pessoa, eles quase se casaram, mas descobrimos que ela era uma atriz contratada pela Jade e pelo Matias para conquistá-lo e roubar toda a sua fortuna. Quase perdemos tudo, mas acabamos recuperando.

No meio deste turbilhão, virei estrela exclusiva do YouMix, para ajudar em casa, quando papai ainda não havia recuperado o seu dinheiro e afastei-me dos meus amigos, por conta da agenda.

Depois do show do meio do ano, quando o Studio 21 mudou o nome para Studio On Beat, acabei cedendo as investidas do Diego, ele parecia ter mudado de atitude e, como León fazia questão de me mostrar que estava feliz com a Lara, comecei a namorar o Diego, mesmo amando o León, precisava tirar ele da minha cabeça e do meu coração. Como se isso fosse possível!!!

Meus amigos não confiavam no Diego, tampouco o León, parecia que ele escondia algo, mas eu não dava importância, eu até gostava dele, ele era bonito e tinha estilo, mas nunca o amei, apenas tinha a esperança de para de sofrer pelo León. Diego tentava de todas as formas ser mais íntimo, mas eu me esquivava, somente me aproximando dele quando encontrava León com Lara.

O clima entre Diego e León era insuportável, os dois brigavam muito, assim como eu e León, até que Pablo propôs um exercício em sua aula e formou uma banda com os garotos, obrigando-os a aprender a conviver. A banda era composta por León, Diego, Broduey, Maxi e Andrés, eles eram incríveis tocando juntos, Maxi me contou que León e Diego só se entendiam quando estava no palco, pois nos ensaios, muitas vezes, quase chegavam a se agredir fisicamente.

Angie foi ido morar na França, depois de ter se desiludido como o papai, pois não conseguia entender o porquê de papai sufocar os seus sentimentos e não o havia perdoado por nos ter enganado, se disfarçando de Jeremias, pianista do Studio.

Federico havia retornado ao Studio, pelo menos tinha meu amigo de volta, me sentia sozinha depois da partida da minha tia. Ele estava fazendo sucesso na Itália, tinha muitos fãs, mas ficaria até a apresentação do final do ano e estava disposto a conquistar Ludmila, somente ele poderia amolecer o coração gelado da loira, que ainda infernizava a minha vida.

Numa aula, Gregório separou a turma em casais, escolhidos por ele para fazer uma apresentação de uma coreografia para a música Juntos Somos Más, Marotti adorou a ideia e lançou um novo desafio no portal do YouMix, sendo que as duas melhores duplas iriam se apresentar em Madrid. Os ganhadores foram León e eu, Francesca e Diego. Lara acompanhou a nossa apresentação no Studio e resolveu terminar o namoro com o León, era óbvio para quem nos viu no palco que estávamos apaixonados, embora negássemos, como orgulhosos que somos.

Em Madrid, admiti para a Fran que eu amava o León e precisava terminar com o Diego, mas não sabia como, e também, por mais que eu amasse o León, não queria estragar a sua felicidade com a Lara, ainda não sabia que os dois haviam acabado com o relacionamento.

Nesta viagem, León e Fran descobriram o que tanto Diego escondia, ele era amigo de infância da Ludmila e estava executando um plano para me desestabilizar e me tirar do Studio. Ludmila sabia quem era o pai do Diego, mas só revelaria o seu nome depois que ele me conquistasse e terminasse comigo no palco, humilhando-me em público. Fiquei sabendo disso pouco antes da minha apresentação solo, estava tão decepcionada que não conseguia cantar, mas León foi em meu socorro, cantando junto comigo. León sempre me salvou, todas as vezes que eu precisei, ele esteve ao meu lado, mesmo quando estávamos brigados.

Terminei com o Diego em Madrid. Já em Buenos Aires, quando preparávamos as músicas para a apresentação de final de ano, León cantou Nuestro Camino, fiquei impressionada com a nossa conexão, pois havia sonhado com a música, nós dois cantando juntos, enquanto eu ainda namorava o Diego e ele a Lara. Era a segunda vez que isso acontecia, quase não acreditava como a gente conseguia sonhar as mesmas coisas.

Voltamos a namorar, depois que eu conversei com a Lara, ela me explicou que havia terminado com o León porque ele ainda me amava e que eu seria uma idiota se não voltasse com ele.

León me ajudou a me reconciliar com o meu pai no show, não conseguia esquecer que ele havia se passado por Jeremias só para me vigiar no Studio e isso me deixou muito mal, quase não consegui cantar a minha música Soy Mi Mejor Momento. León, sem que eu soubesse, chamou papai para me acompanhar no piano e me contou que a música que eu tinha feito era baseada num poema que a minha mãe havia escrito quando estava grávida e papai também tinha escrito uma parte, dizendo-me que foi Ramallo quem tinha lhe contado.

Terminamos o ano fazendo uma pequena festa para comemorar o aniversário de 20 anos do León, em dezembro. Estávamos todos juntos, León e eu, Fran e Marco, Fede e Ludmila, Maxi e Nathália, Broduey e Cami. Diego tinha descoberto que seu pai era o Gregório e tinha pedido desculpas a todos nós, tanto ele quanto Gregório haviam mudado de atitude. Não tivemos muito tempo de descanso, pois no ano seguinte, começaríamos a nossa turnê pela Europa.